(Texto Áureo) “Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve” (II Crônicas 36.16).
“Porém zombaram dos mensageiros
de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, ” Os
profetas tinham um caráter de denúncia da injustiça, da opressão e do pecado e
apelavam à consciência do povo, mas especialmente aos líderes, indicando que os
fatos denunciados, bem como a idolatria, estavam chegando na medida de Deus
enviar o seu juízo, o que, de fato, aconteceu com o cativeiro babilônico. Vários
profetas haviam predito a ruína de Jerusalém, incitando o povo ao
arrependimento para que a justiça divina não agisse contra o povo, a Cidade
Santa e o Templo, mas todos os avisos foram em vão. Dentre os profetas
pré-exílicos do Reino do Sul, podemos citar Miqueias, Sofonias, Naum e
Habacuque. Joel e Obadias profetizaram bem antes do exílio. Isaías foi o maior
profeta em período anterior ao exílico de Judá, e Jeremias anunciou, acompanhou
e relatou todas as atrocidades dos cercos babilônicos e da sorte dos cativos.
Ezequiel e Daniel atuaram no exílio. O ministério de Jeremias foi o mais
importante desse período. Ele iniciou suas atividades proféticas no reinado de
Josias e deu continuidade durante os quatro reinos seguintes (Jeremias 1.1-3). No
tempo desse grande profeta, havia muita discórdia e confusão sobre o que era a
verdadeira e a falsa palavra de Deus: Assim
diz o Senhor dos exércitos: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que
entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não
da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse:
Paz tereis; e a qualquer que anda segundo o propósito do seu coração, dizem:
Não virá mal sobre vós”(Jeremias 23.16,17). Eles zombaram dos mensageiros de
Deus (o que era uma grande afronta para Aquele que os enviou), desprezaram as
suas palavras, e não só isso, mas escarneceram dos Seus profetas, tratando-os
como seus inimigos. O mau tratamento que eles deram a Jeremias que viveu nesta
época, sobre o qual lemos em detalhes no livro da sua profecia, é um exemplo
disso. Esta foi uma evidência de uma inimizade implacável a Deus, e uma
resolução invencível para continuarem nos pecados que praticavam. Isto trouxe
sobre eles uma ira irremediável, pois pecavam contra aquilo que seria o seu
remédio.
“...até que o furor do SENHOR
subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve” O autor de Reis
afirma: “O Senhor não o quis perdoar” (II Reis 24.4), porque já havia chegado a
um tal nível de deterioração que seria impossível o povo voltar-se novamente
para Deus, a não ser que fossem severamente castigados para refletirem sobre o
mal cometido. Outra afirmação forte de Reis é que o Senhor rejeitou-os da sua
presença (II Reis 24.20), o que também é corroborado pelo profeta Jeremias
(6.20). Deus chegou a chamar Jerusalém de Gomorra (Jeremias 23.14; Isaías
1.9,10)! Se Ele chamou assim a sua cidade escolhida, então vale a pena
atentarmos para nossa situação de enxertados na oliveira e vivermos uma vida
digna da glória de Deus (Romanos 11.17,18,21). Havendo rejeitado a postura de
filhos da aliança servos de Yahweh, a comunidade judaica espalhada pelo
cativeiro agora cumpriria o papel de escravos em terra estranha. Somente quando
se cumprisse o tempo da disciplina, o povo poderia sonhar com o retorno à sua
terra. Então reassumiria a responsabilidade de ser verdadeiramente a nação
santa e o povo de Deus.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/09/2021
Fontes:
POMMERENING, Claiton, Ivan. O
Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os
ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico
– Livros Históricos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
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