Hebreus 2:15 “E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão. “
O medo da morte é recorrente e comum. Apesar de ela ser um fato humano a tememos. Mas uma vez que Cristo triunfou sobre a morte: “Ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela;” (Atos 2.24). Cristo possui as chaves da morte: “E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1:18).
A morte não é o fim da estrada; é apenas uma curva na estrada. A estrada apenas serpenteia através desses caminhos pelos quais Cristo mesmo caminhou. Freqüentemente dizemos que Cristo nos encontrará do outro lado: “Por isso estamos sempre de bom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor (Porque andamos por fé, e não por vista). Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5.6-8)
Havia uma menina que morava ao lado de um cemitério e para chegar mais rápido em casa quando voltava da escola ela atravessava o cemitério. Um espectador curioso a perguntou a menininha se ela não sentia medo de atravessar o cemitério. Ela replicou: “Não, não tenho medo, pois minha casa é do outro lado!”. Nunca se deve temer um êxodo se for o caminho para um lugar melhor.
E assim é. Na morte, os cristãos mudam de um lugar para outro. Há motivo para pranto, mas não “como os outros que não têm esperança”. Essa confiança faz com que os descrentes percebam que os cristãos morrem de maneira distinta. Cristo garante a nós: “E se eu for e lhes preparar lugar, voltarei e os levarei para mim, para que vocês estejam onde eu estiver” (João 14:3).
Aristides, maravilhou-se com o sucesso extraordinário do Cristianismo e escreveu a um amigo: “Se algum homem justo entre os cristãos partir deste mundo, eles regozijam-se, agradecem a Deus e acompanham o corpo com cânticos e ações de graças como se estivessem partindo de um lugar para outro lugar próximo.”
Crisóstomo criticou as lamentações públicas exibidas em sepultamentos de sua época: Quando eu presencio os lamentos em lugares públicos, os gemidos pelos que já partiram desta vida, os uivos e todo tipo de comportamento inadequado, envergonho-me perante os pagãos e judeus e hereges que assistem a isso, e de fato perante todos que por essa razão riem e escarnecem de nós... Que Deus conceda que todos vocês partam desta vida sem serem pranteados! Ele acreditava que a tendência de chorar inconsolavelmente pela morte de um ente querido gerava descrentes.
Martinho Lutero disse: “Quem teme a morte ou não a vê com bom grado não é suficientemente cristão. Porquanto, tal pessoa carece de fé na ressurreição e ama esta vida mais do que a vida por vir.
Paulo, disse: ”tenho grande desejo de “partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Filipenses 1:23) Cristo disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente” (João 11:25,26).
Como uma fé forte ajuda o cristão a não ter medo da morte? Primeiramente, ela dá a segurança de um lar celestial (2 Coríntios 5:1). Em segundo lugar, ela acaba com o aguilhão da morte (1 Coríntios 15:54, 55). Em terceiro lugar, ela provê a crença numa eternidade que “é incomparavelmente melhor” do que a vida na terra (Filipenses 1:22, 23).
DEIVY
FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/3/2024
FONTES:
SILVA, Severino Pedro da. Epístola aos hebreus: as coisas novas e grandes que Deus preparou para você. Rio de Janeiro: CPAD, 2003
GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo: Fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD,2017.
GUTHRIE, Donald. Hebreus: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1999.
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201403_03.pdf
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