Filipenses 2:8 "E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz."
"E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo,"
Uma vez que ele estava encarnado ele humilhou-se a si mesmo. A expressão de que Ele “humilhou-se a si mesmo” tem o testemunho da história de que a sua vida inteira, da manjedoura ao túmulo, foi marcada por genuína humanidade.
Depois da humilhação da encarnação, Ele ainda sujeitou-se a ser perseguido e sofrer nas
mãos dos incrédulos (Isaías 53.7; Mateus 26.62-64; Marcos 14.60,61). Foi, de fato, uma auto-humilhação! Uma decisão espontânea da sua parte.
Ele submeteu-se a tudo isso porque não perdeu o foco de sua missão expiatória. O que importava para Ele era cumprir toda a justiça de
Deus em relação ao pecado: “Deixe assim, por enquanto; pois assim convém que façamos, para cumprir toda a justiça” (Mateus 3.15).
"...sendo obediente até à morte, e morte de cruz."
O autor da Carta aos Hebreus escreveu que Cristo se sujeitou à morte “para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo, e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hb 2.14,15).
A morte de cruz foi o clímax da humilhação que Jesus suportou, constituindo-se na vergonha maior que um condenado podia passar. Entretanto, a Bíblia é clara quando diz que essa morte foi necessária para que Ele pudesse vencê-la no túmulo ao ressuscitar ao terceiro dia,
abolindo sua força condenatória, e pela ressurreição trazer a luz e a incorrupção. Paulo escreveu a Timóteo que Cristo “aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção, pelo evangelho” (2 Timóteo 1.10).
Sua obediência era exclusiva à vontade de Deus, mesmo que essa vontade apontasse para a morte de cruz. Na sua angústia, antes de enfrentar o Calvário, no Getsêmane, Ele submeteu-se totalmente a Deus e acatou a vontade soberana do Pai ao dizer: “Não se faça a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22.42).
Ele desceu ao ponto mais baixo de sua humilhação ao enfrentar o Calvário e a
morte de cruz. Ele sofreu tudo que a palavra “morte” significa para nós. Passando pela dor e participando do Hades, o estado dos mortos (Atos 2.31) que não é a sepultura. A morte de cruz era símbolo da própria maldição (Deuteronômio 21.22,23), mas Cristo nos resgatou da maldição “fazendo-se ele próprio maldição em nosso lugar” (Galatas 3.13, ARA).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
3/4/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.
SOARES, Esequias. Cristologia: a doutrina de Jesus Cristo. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2008
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