1 Reis 8:56 ARC
1 Reis 8:56 ARA
A promessa de uma
grande descendência
“Assim, partiu Abrão,
como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta
e cinco anos, quando saiu de Harã “ (Gênesis 12:4) ARC
“Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; ”
Sobre o chamado de Abraão: O autor de Gênesis partiu do princípio de que
Deus já tinha feito um chamado anterior a Abraão antes de Harã (veja 11:31):
Deus o havia chamado para sair de Ur, sul da Mesopotâmia. Isto é declarado em
Gênesis 15:7, e em Neemias 9:7 e em Atos 7:2–4: “...O Deus da glória
apareceu a nosso pai Abraão, estando na mesopotâmia, antes de habitar em Harã,
E disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que
eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali,
depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora
“. No momento em que o Senhor chamou
Abraão para sair de Harã, o patriarca já tinha vivido tantos anos ali que
considerava aquele lugar a sua pátria. Por isso, o imperativo divino foi para
Abrão sair da sua terra, da sua parentela, e da casa de seu pai e ir para a
terra que o Senhor lhe mostraria. Sobre as restrições do chamado: Primeiramente,
sua “terra” incluía toda a região adjacente a Harã. Em segundo lugar,
“parentela” representava o grupo étnico mais amplo ao qual ele pertencia. Por
fim, “casa do teu pai” indicava a família extensiva de Tera: “E estas são as
gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló (Gênesis
11:27) ”. Deixar a terra, a parentela e a casa de seu pai significava que
Abraão renunciaria seus direitos de herança, os quais certamente incluíam as
propriedades da família. A ordem poderia ser traduzida com maior precisão ainda
desta forma: “Vá sozinho”. Este detalhe deve ter preparado o patriarca para o
anúncio de que seu destino era a terra que Deus estava reservando para a
“grande nação” que dele descenderia (12:2, 7).
“...e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã “
Na hora deste chamado para ir para a terra de Canaã, ele tinha setenta e
cinco anos; porém ainda não tinha filhos porque Sara era estéril. Mais uma vez,
Abraão foi desafiado a ter fé. Não desejando deixar toda a sua família, levou
consigo Ló, filho de seu irmão, possivelmente planejando adotá-lo como
herdeiro, se Sara continuasse estéril. O escritor não revelou a intenção ou
motivo de Abraão. Depois, quando houve a separação de Abraão e Ló, ele já tinha
escolhido um servo como herdeiro: “Senhor Deus, que me haverás de dar, se
continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer?
(Gênesis 15:2) “. Veja como isso era importante para o patriarca: primeiro Ló,
depois Eliezer e depois Ismael, filho da escrava. O plano divino para a vida de
Abraão só poderia se cumprir desde que ele andasse pela fé obediente –
confiando no Senhor, seu único mapa rodoviário, e seguindo-O até a terra da
promessa. O escritor de Hebreus observou: “Pela fé... partiu sem saber aonde
ia” (Hebreus 11:8)
DEIVY FERRREIRA
PANIAGO JUNIOR
23/3/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando
desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD,
2023.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201509_05.pdf
Segunda-Feira, 20 de
março de 2023.
A multiplicação da
Iniquidade e a falta de Amor.
Mateus 24:12 “ E, por
se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. “
No seu sermão profético sobre o
fim dos tempos, Jesus alertou os seus discípulos para diversas características
desses tempos. Além de prever a falta de fé no mundo, Jesus mostrou outras
características que marcarão os dias finais da ordem mundial das coisas. Haverá
falsos cristos, guerras e rumores de guerras, fomes, pestes e terremotos em
vários lugares. Será uma época catastrófica em termos de eventos escatológicos.
E Jesus previu a morte de discípulos seus com ódio por causa do seu nome. No
meio desse tempo tenebroso e catastrófico, Jesus disse esse versículo indicando
dois dos maiores sinais da sua vinda para buscar a sua Igreja, que são a
multiplicação da iniquidade e o esfriamento do amor entre muitos.
“ E, por se multiplicar a iniquidade ” Sobre a Multiplicação da
Iniquidade: Esse aumento da iniquidade ou da pecaminosidade humana na terra foi
citado por Jesus em outra ocasião, quando Ele disse que a sua vinda seria como
nos dias de Noé: “E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do
Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam,
bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca,
E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também
a vinda do Filho do homem (Mateus 24:37-39) “. Nos dias de Noé a corrupção
tornou-se global, e Deus resolveu destruir toda a humanidade de então (Genesis 6.11-13). Enviando a catástrofe
do Dilúvio, que eliminou todos os seres vivos que havia sobre a terra, exceto
Noé e a sua família (Genesis 7.17-24).
De igual modo, Jesus alertou que a sua vinda seria como “nos dias de Ló”,
em que a depravação moral era tanta que não mais havia sequer casamentos. O que
prevalecia era a prática abominável da homossexualidade: “Como também da
mesma maneira aconteceu nos dias de Ló: comiam, bebiam, compravam, vendiam,
plantavam e edificavam. Mas, no dia em que Ló saiu de Sodoma, choveu do céu
fogo e enxofre, consumindo a todos. Assim será no dia em que o Filho do Homem
se há de manifestar (Lucas 17.28-30)
”. O apóstolo Paulo recebeu pelo
Espírito Santo a revelação profética das características dos últimos tempos,
que antecedem à vinda de Jesus. Naquele tempo, crentes e igrejas que não
tiverem a presença, o poder e a unção do Espírito Santo não suportarão a realidade
espiritual do mundo, que será dominado por tremenda corrupção. Paulo,
escrevendo a Timóteo, o jovem obreiro e o seu filho na fé, disse: “Sabe,
porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá
homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos,
desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural,
irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os
bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos
de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes
afasta-te (2 Timóteo 3.1-5) ”. A
Multiplicação da Iniquidade é um evidente sinal de que Cristo está as portas
para buscar a sua noiva.
“...o amor de muitos esfriará. “ Sobre o esfriamento do amor: Um
exemplo disso se encontra em Apocalipse, onde Jesus repreendeu os crentes em
Éfeso por terem abandonado o primeiro amor:
"Tenho, porém, contra ti que deixaste a tua primeira caridade.
Lembra-te pois donde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras;
quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se
não te arrependeres. (Apocalipse 2:4-5) “. "Amor" (Apocalipse
2.4) é a mesma palavra (ágape) traduzida por "caridade" em 1
Coríntios 13, em algumas versões antigas. No início, aqueles irmãos haviam
cultivado este "ágape", que é sublime, santo e altruísta, totalmente expressado
no ato de Deus dar o seu Filho no Calvário. Inicialmente, haviam aberto seus
corações e correspondido a este amor. Agora, contudo, estavam satisfeitos com a
doutrina e em cumprir o que consideravam as suas obrigações diante do Senhor.
Porém, seu trabalho já não demonstrava mais a compaixão cristã. Suas vidas eram
cheias de atividades, mas estéreis e infrutíferas. Eles precisavam corrigir
essa falha e voltar àquele Jesus disse que a iniquidade se multiplicaria antes
da destruição de Jerusalém. Muitos cristãos esfriariam no amor por Cristo e por
Sua igreja. Aqueles crentes precisavam
também voltar a "praticar as primeiras obras". Alguns pensam que isto
significa que devamos voltar a repetir cerimônias religiosas tais como o
batismo em água e a Ceia do Senhor. Mas isto conduzir-nos-ia a um frio
formalismo se a atitude do coração continuasse a mesma. "Primeiras obras"
referem-se a um trabalho feito em resposta ao derramamento do amor de Cristo em
nossos corações a fim de que se tornem plenos de compaixão. (Ver João 15.8,9,12,17; I Pedro 1.22; 1 João
4.11, 20-21; 2 João 5.6,7). Se a igreja de Éfeso não se arrependesse,
poderia esperar por um julgamento certo. O "castiçal" seria removido
de seu lugar, significando que a igreja seria tirada da presença de Jesus.
Noutras palavras: Jesus não andaria mais no meio dela. Todavia no versículo em
questão o esfriamento desse amor é consequência da multiplicação da iniquidade.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/03/2023
FONTES
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das
escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
HORTON, Stanley. Apocalipse – as coisas que brevemente devem
acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201210_06.pdf
TEXTO ÁUREO “Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos a notifica; na ira lembra-te da misericórdia. ” (Habacuque 3.2)
“Ouvi, Senhor, a tua palavra e temi; ” Qualquer experiência que
venhamos a ter com o Senhor começa quando começamos a ouvi-lo. Sua voz, porém,
se manifesta de variadas maneiras: Pedro a deu valor quando o galo cantou; Isaias
e Agostinho através da morte de um que lhe era querido; Moody através do teste
humo de uma anciã. Tozer afirma “ Deus fala aos corações de quem deseja ouvi-lo”
corroborando com as escrituras: “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos
7:16). Habacuque ouviu a Palavra do Senhor. Um dos princípios básicos de um
avivamento é o retorno a Palavra. Está escrito nos Salmo: “Vivifica-me, ó Senhor,
segundo a tua palavra “ (Salmos 119:107). David Wilkerson pregou um sermão na
Times Square que nos fala até hoje. Ele pregou “traga-nos a verdadeira palavra
do Senhor”. Após ouvir a Palavra de Deus Habacuque teme pois compreende a real
situação do povo de Judá do qual ele fazia parte. A verdadeira Palavra de Deus
produz temor dentro de nós: “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas
e sinais se faziam pelos apóstolos “ (Atos 2:43).
“...aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, “Após ouvir e
entender a situação que viria Habacuque ora ao Senhor. E impossível ocorrer um
avivamento espiritual sem oração. A oração, como já afirmou um servo de Deus do
passado, é a respiração da alma. Sem oração, a vida espiritual vai por água
abaixo. Ela é uma questão de sobrevivência. Em épocas de crise, então, nem se
fala. Por isso a oração do profeta. Sabendo o profeta que seu povo não
sobreviveria se o Senhor não interviesse com uma nova manifestação do Seu
Espírito ele ora “aviva, ó Senhor, a tua obra “. Somente assim a vida espiritual dos fiéis seria preservada, por
isso o clamor. Dessa forma, aprendemos aqui que só a ação de Deus, o avivamento
espiritual, pode preservar o crente em meio ao caos, impedindo-o de ser levado
e consumido pelo turbilhão das circunstâncias. Muitas vezes, o crente é tentado
a crer que a obra de Deus prospera por causa dele. Esse é um grande erro. Se
ela prospera, é por causa do Dono da obra. Infelizmente, não são poucos os que
pensam que o culto é abençoado se fulano ou beltrano pregar ou cantar. Porém, a
Bíblia nos diz que quem faz tudo é Deus. Sem Ele, nada somos ou temos. Enquanto
as pessoas pensarem que quem faz avivamento são pessoas, nunca o avivamento
chegará. Se deseja-se avivamento, deve-se reconhecer que a obra não é nossa,
mas de Deus. Dele é tanto o querer quanto o efetuar. É impossível que haja
avivamento sem o reconhecimento de que a obra é de Deus.
“...no meio dos anos a notifica; “ Essas palavras de Habacuque
revelam o desejo do profeta de que a ação divina sobre seu povo se
intensificasse com o passar dos anos, de tal forma que fosse evidenciada para
todos. O intento do profeta é ver a mão de Deus agindo de novo poderosamente na
vida dos judeus, fazendo conhecidas entre as nações as maravilhas do Senhor no meio
do seu povo. Assim como foram notórios os milagres no Egito e no deserto, despertando
o temor das cidades ao redor, Habacuque esperava uma futura visitação contínua
e crescente de Deus sobre os israelitas, ao ponto de equiparar-se àqueles dias
memoráveis de vitória e glória. Consigo ver essa oração cumprida nos seguintes
fatos históricos modernos: na Reforma Protestante; No avivamento inglês do
século 18, com os irmãos João e Carlos Wesley, e George Whitefield,
acontecimento também conhecido como “Despertamento Evangélico”; O Grande
Despertamento do século 18 nos Estados Unidos; o Avivamento de 1859 na Irlanda,
que varreu parte da Europa e produziu grandes reflexos nos Estados Unidos; E o
Movimento Pentecostal, encetado na virada do século 19 para o 20. Precisamos em
nossos dias de mais dessas visitações profundas de Deus, manifestações que não
só renovam vidas e avivam igrejas, mas também despertam nações.
“...;
na ira lembra-te da misericórdia. ” Ao mencionar a ira divina em sua
oração, Habacuque nos ensina que não há avivamento sem a consciência do juízo
divino, sem a percepção de que Deus julga e está julgando. Em outras palavras,
não há reavivamento sem o reconhecimento da ira de Deus. Paulo instruiu-nos a
considerarmos tanto a bondade quanto a severidade de Deus: “Considera, pois, a
bondade e a severidade de Deus. Para os que caíram, severidade; mas para
contigo, a benignidade de Deus. De outra maneira, também tu serás cortado. E
também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados, porque
poderoso é Deus para os tornar a enxertar” (Romanos 11.22-23). O teólogo A. W.
Pink escreve: “A ira de Deus é a perfeição do caráter divino sobre o qual precisamos
meditar frequentemente. ” E, por extensão, não há avivamento sem a consciência
da ira divina, porque só há arrependimento com a conscientização da
miserabilidade e abominação do pecado, que são percebidas quando olhamos o
pecado com os olhos de Deus. Habacuque sabia que após fazer a ferida, Deus
aplica a cura. Isso porque, para que o vaso de barro seja usado, primeiro tem
que ser concertado; e para ser concertado, deve antes ser quebrado. E somente
após ser amassado, ele é restaurado. Um avivamento é uma demonstração tremenda
da misericórdia de Deus. Quando a terra está ferida pelo juízo divino, sem
produzir; quando nossos pecados pesam sobre nós, esmagando-nos; quando não há
esperança aos olhos humanos; quando tudo ao redor parece “sem forma e vazio”,
morto e gélido, e então nos lançamos ao chão em clamor humildemente diante dos
Céus, Deus ouve e atende. Ele abre as comportas celestiais e derrama sobre
nossa vida catarata de gozo, chuva de misericórdia. Ele prometeu: “Se o meu
povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e se converter de seus
maus caminhos; então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei
a sua terra” (2 Crônicas 7.14).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/3/2023
Fontes:
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras
ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
DANIEL, Silas. Habacuque - A vitória da fé em meio ao caos.
Rio de Janeiro: CPAD, 2010.
Equivalência formal
Um equilíbrio entre equivalência formal e dinâmica
Equivalência dinâmica
Paráfrase
Fontes:
¹ Citação do anúncio publicitário da Contemporary English Version (Versão Inglesa Contemporânea) In Stephen M. Miller e Robert V. Huber. A Bíblia e sua história – o surgimento e o impacto da Bíblia. Barueri, SP: Sociedade Bíblia do Brasil, 2006, pág. 226.https://www.mundocristao.com.br/blog/diferencas-entre-as-traducoes-da-biblia-em-portugues/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Equival%C3%AAncia_formal_e_din%C3%A2mica
TEXTO ÁUREO: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. ” (Gálatas 5.22)
Após de uma exposição sobre a
luta da carne contra o Espírito, Paulo nos apresenta as chamadas “Obras da
Carne” (Gálatas 5.19-21) elas são
listadas: adultério, fornicação, impureza, lascívia, Idolatria, feitiçaria,
inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas,
homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das
quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não
herdarão o reino de Deus.
“Mas o fruto do Espírito é: “ A fim
de evidenciar a vida de comunhão com Deus, Paulo começa agora a falar do que
acontece com aqueles que se submetem ao Espírito Santo: em lugar de obras
aparecem o fruto e em lugar de carne aparece o Espírito. As mais belas virtudes
cristãs são destacadas na vida daqueles que vivem sob o controle do Espírito
Santo. O singular fruto, como sempre é usado por Paulo, na verdade trata-se de
um recurso para destacar a unidade que o Espírito Santo cria na vida daqueles
que se sujeitam a Ele, produzindo as diversas virtudes, mas tendo uma só fonte.
No viver carnal a desunião é grandiosa, ao contrário daqueles que vivem sob a
vida dinâmica do Espírito Santo, que busca levar o crente a viver como Jesus
viveu neste mundo, tendo um só sentimento, em total perfeição (Gl 4.19). O
viver na carne traz diversos problemas, conflitos, pecados, mas o viver no
Espírito produz uma vida segundo o querer de Jesus. A lista de Paulo começa da
seguinte maneira:
“...amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão,
temperança. ”
a) Amor (Agápe). É importante
entender que Paulo não está dizendo aqui, que as demais virtudes vêm do amor,
na verdade, ao o amor é a decisão de tudo (1 Coríntios 13.13; 1 João 4.8).
b) Gozo (Chard — alegria com
motivos certos). Quer dizer alegria, não é produto do crente, mas vem ao crente
por meio de Jesus e do Espírito (João 15.11; 1 Tessalonicenses 1.6).
c) Paz (Eiréne — ordem,
segurança, felicidade, ausência de ódio, vida confiante no que Cristo fez).
Essa paz vem de Cristo e concede tranquilidade ao crente (João 14.27; Filipenses
4.6), ela visa atingir também os relacionamentos.
d) Longanimidade
(makrothumía-paciência). Dominado por esse fruto o cristão não se apressa em
tomar atitude ásperas de imediato, nem fica dominado com o sentimento de
vingança, mas deixa tudo nas mãos de Deus (Romanos 12.19).
e) Benignidade (Crestótes —
generosidade, amabilidade). A ênfase está em fazer o bem e envolve atitudes
sociais.
f) Bondade (Agathosyne — retidão,
bondade benéfica). Essa bondade trata-se mais de uma conduta, alguém que faz o
bem porque é reto e sua alma aborrece o mal. Dominado por esse fruto o cristão
nunca agirá com intenções e motivos maléficos.
g) Fidelidade (Pístis — entenda
que não se trata de fé, mas sim de fidelidade, lealdade). São diversos os
conceitos que essa palavra recebe, mas nesta ocasião ela ganha uma conotação de
integridade, dignidade que merece confiança (Mateus 23.23; 2 Timóteo 4.7; Tito
2.10).
h) Mansidão (Praótes — gentileza,
faz o bem para o outro com toda humildade, pois o eu carnal está subjugado).
i) Domínio próprio (Encrateia —
autocontrole. Domínio sobre os desejos e as paixões, especialmente os apetites
sensuais). Estudiosos falam desse controle como um ato de reprimir com mão
forte, por intermédio do Espírito, os desejos do eu carnal.
Observe que no tocante às obras
da carne, Paulo diz que aqueles que são dominados por ela jamais entrarão no
reino dos céus. Para as obras carnais existe restrição, exigências, mas quanto aos
frutos do Espírito Santo, Paulo diz que não há Lei, ou melhor, restrição. Não
há Lei para frear o fruto do Espírito, pois todas as virtudes do fruto do
Espírito são benéficas para nossa vida (Romanos 8.4; 1 Timóteo 1.9). O cristão
deve procurar sempre viver sob o poder do Espírito Santo para que esses frutos
estejam em sua vida (João 15.2; Efésios 5.9; Colossenses 3.12; 1 Coríntios
13.7).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/3/2023
Fontes:
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras
ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
GOMES, Osiel. As Obras da Carne e o Fruto do Espírito - Como
o crente pode vencer a verdadeira batalha espiritual travada diariamente. Rio
de Janeiro: CPAD, 2016.
Segunda, 6 de março
de 2023 - Romanos 1.16
(Romanos 1:16) “Porque
não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação
de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. ”
Paulo em sua minuciosa
apresentação a Igreja de Roma começa afirmando que não se envergonha de pregar
o Evangelho de Cristo. As dificuldades financeiras ou a falta de recursos
necessários, não o envergonhavam de pregar o Evangelho. Para o apóstolo das
gentes, o Evangelho tem um sentido vivo: não é opaco como certas filosofias
religiosas da época.
O termo “evangelho”, oriundo do
vocábulo grego , significa literalmente “boa-nova”. A palavra é formada por
dois vocábulos gregos: , bom, e , anúncio. Trata-se de uma expressão
antiquíssima da língua grega. A palavra, contudo, só viria adquirir a conotação
com que, hoje, a conhecemos a partir do advento de Cristo. Após o seu batismo,
o Senhor apresentou-se a Israel com o evangelho do Reino. Ao descrever a ação
evangelizadora de Jesus, ressalta-lhe Mateus não somente as palavras, mas
notadamente os atos: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando
nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as
enfermidades e moléstias entre o povo” (Mateus 9.35).
“O Evangelho é poder de Deus”. No grego, a palavra poder é “dunamis” cujo
sentido é dinamite. O Evangelho é dinâmico, não apenas atraente como uma ideia
ou alguma filosofia. A palavra poder, em relação ao Evangelho, significa a
intervenção imediata e instantânea de Deus na vida do pecador. O Evangelho tem
um poder miraculoso que pode transformar o mais vil pecador numa nova criatura.
“Para a Salvação”. A palavra salvação neste
texto tem um sentido individual e também universal, pois é para todo aquele que
crer. Seu alcance tem uma dimensão real, pois não se trata de um poder abstrato
ou inconcebível. E um poder divino que pode ser experimentado e sentido. A
palavra crer, no grego é “pisteuo”, que também significa fé, como um ato de
confiar em alguém. Em relação ao Evangelho, crer significa confiança ou a
entrega pessoal de modo pleno a ponto de colocar-se o que crê, completamente à
disposição de outra pessoa. Crer no Evangelho não implica num mero assentimento
intelectual a uma verdade apresentada, mas requer uma entrega voluntária e sem
reservas à verdade recebida. Crer em Cristo é entregar-se a Ele sem reservas.
“Primeiro do judeu” (1.16) não quer dizer que
é necessário tornar-se judeu para conhecer os benefícios do poder do Evangelho.
Basta crer no Evangelho. Essa afirmação deve ser entendida cronologicamente.
Jesus afirmou a mulher samaritana: Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o
que sabemos por que a salvação vem dos judeus. (João 4:22)
Nós, igreja do Senhor Jesus,
comissionados para pregar o Evangelho a toda à criatura. Não podemos nos
envergonhar dele, afinal o Evangelho é o poder de Deus para a Salvação, ou
seja, todos que chagaram a Cristo foi por intermédio do Evangelho. Se você não
se envergonha do Evangelho. Pregue o Evangelho! “Porque, se anuncio o
evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai
de mim, se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16)
Deivy Ferreira Paniago Júnior
12/3/2021
Fontes:
SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade
da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD,
2020.
ANDRADE, Claudionor. O desafio da Evangelização. Rio de
Janeiro: CPAD, 2016.
CABRAL, Elienai. Romanos: O evangelho da justiça de Deus.
Rio de Janeiro: CPAD, 1986.
TEXTO ÁUREO “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado. ” (Marcos 16.15,16)
“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda
criatura. ” Neste versículo Jesus convoca seus discípulos a se moverem,
eles devem ir a todo o mundo (Grande Comissão). Algo muito desconfortável para
os discípulos judeus, eles deveriam anunciar o evangelho aos gentios. Houve
grande resistência dos discípulos para pregarem fora de suas fronteiras, a
perseguição contribuiu grandemente com isso: “E fez-se naquele dia uma grande perseguição
contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras
da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos “ (Atos 8:1). Foram os judeus
gregos, segundo Justo Gonzáles, que se dispersaram, não os apóstolos. Eles deveriam
pregar a toda a criatura. Esta palavra “criatura” foi escolhida especialmente
para que não haja distinção entre povos, idades ou classes. Toda a terra é chamada
a ouvir a palavra do Senhor (Jeremias 22:29). Sendo gentios ou judeus todos são
inescusáveis diante de Deus. Os gentios por negarem a revelação natural de
Deus, os judeus por serem infiéis a antiga aliança. A Mensagem é: “ ...todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus “ (Romanos 3:23), mas “ Se
confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e nos purificar de toda a injustiça (1 João 1:9) “.
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.
“ Sobre o batismo: para os cristãos ortodoxos ele é uma ordenança divina,
ou seja, uma ordem direta do Salvador. Sendo ela uma ordem se espera que todos
os que aceitarem a fé sejam batizados em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo (Mateus 28:19), a fim de que sejam salvos da condenação do mundo. Pedro
diz em seu sermão: “Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo, para perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos
2:38). Sempre é lembrado o fato do Ladrão da cruz, não ter sido batizado e ter
recebido a promessa do paraíso, assim também como muitas crianças que não
chegam a idade considerada adequada para o batismo. Referente as crianças, Jesus
disse “com toda a certeza vos afirmo que, se não vos converterdes e não vos
tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus (Mateus 18:3)
”, disse também: “Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos
tais é o Reino de Deus (Marcos 10:14) ”. Possuindo as crianças o Reino dos céus,
não pode o batismo ser requisito para a sua salvação. Chegando o despertar da consciência
do próprio pecados essa criança necessita de batismo. Referente ao Ladrão a
palavra de Deus chegou a Ele no leito da sua morte tornando impossível o
batismo. Aqueles que após a fé protelam o Batismo devem se lembrar que Deus é
apto para discernir as intenções do coração e sabe porque não se batizam. Sobre
o duplo efeito da Pregação: O escritor aos Hebreus escreve: “Porque a palavra
de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes,
e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta
para discernir os pensamentos e intenções do coração “ (Hebreus 4:12). A
palavra de Deus é apta para salvar, mas será testemunho para condenar. A
condenação segundo João é esta: “Que a luz veio ao mundo, e os homens amaram
mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más (João 3:19) ”. Porque
todo aquele que ama o mal rejeita a luz para que suas obras não sejam reprovas.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/2/2023
Fontes:
RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das
escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.
GONZALES, Justo. História ilustrada do cristianismo - A era
dos mártires até A era dos sonhos frustrados. São Paulo: Vida Nova, 2019.