terça-feira, 27 de dezembro de 2022

LIÇÃO 1 – O Avivamento Espiritual – 1 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra. ” (2 Crônicas 7:14)

O avivamento não acontece “de qualquer maneira” e nem por qualquer movimento avivalista promovido por pregadores, mensageiros ou representantes de igrejas ou grupos ditos espirituais. Ninguém, por mais santo que seja, produz um avivamento espiritual. O avivamento vem de cima, dos céus e é produzido por Deus pelo seu Espírito Santo. Charles Finney (1792– 1875) disse sobre isso: “O avivamento é o uso correto dos meios adequados. Os meios que Deus prescreveu [...] produzem avivamento. Caso contrário, Deus não os teria prescrito. ” Que meios são esses? São condições indispensáveis propiciadas por quem busca o avivamento segundo os princípios de Deus. Podemos tomar a promessa de Deus por ocasião da inauguração do Templo construído por Salomão em Jerusalém como referência ou requisitos para essas condições:

“E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, ” Diante de uma situação espiritual decadente, de um estado de frieza e letargia espiritual que clama por soluções efetivas, humilhar-se é a primeira condição para o avivamento. Deus é soberano, altíssimo, onipotente, onisciente e onipresente. São atributos absolutos ou intransferíveis do seu Ser. Diante da sua grandeza e majestade, todos os seres do Universo, tanto nos céus quanto na terra, sejam anjos, sejam homens, todos devem encurvar-se aos seus pés e, prostrados, adorarem-no (Hebreus 1.6; Salmo 149.1,2). Na terra, todos são exortados a prostrarem-se diante do Deus Todo-poderoso: “Exaltai ao Senhor, nosso Deus, e prostrai-vos diante do escabelo de seus pés, porque ele é santo” (Salmo 99.5). Sempre que Israel humilhou-se e obedeceu ao Senhor, estando quebrantado na sua misericórdia, o Senhor abençoou-o, restaurou-o e deu vitória, mandando avivamento para o seu povo.

“...e orar, e buscar a minha face” Um velho ditado entre crentes antigos dizia: “Muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder”. Jamais haverá avivamento sem oração. Se, para Israel, a oração era o meio pelo qual o povo, humilhado e quebrantado diante de Deus, podia dirigir-se a Ele, suplicando a sua bênção e o seu perdão para resolver crises espirituais e morais que afligiam o seu povo, imaginem nos dias atuais quando grande parte dos que se dizem cristãos não dão valor à vida de oração e preferem ocupar o tempo precioso com coisas supérfluas, como entretenimentos, redes sociais, que, além de não ter valor para a vida cristã, são armadilhas para o seu afastamento da presença de Deus. A Bíblia diz: “remindo o tempo, porquanto os dias são maus” (Efésios 5.16) e “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo” (Colossenses 4.5). Está muito difícil haver avivamento em muitas igrejas hoje em dia. A maioria dos crentes, mesmo os pentecostais, não gosta de orar. Os cultos de festas, de eventos e comemorações especiais são superlotados, mas a frequência é bastante reduzida nos cultos de oração — com raras exceções, claro. Sem dúvida alguma, podemos dizer que essa é uma das razões mais fortes pelas quais Deus não manda um avivamento no seio das igrejas evangélicas. Buscar a face do Senhor indica, porém, uma atitude mais profunda do que orar. O suplicante, além de orar, esforça-se mais para alcançar o que deseja. Desse modo, o avivamento requer oração e busca pela face de Deus, ou pela sua presença, de forma mais intensa.

“...se converter dos seus maus caminhos” Para que o avivamento seja enviado por Deus, há uma pré-condição, que é a existência de uma situação indesejável, uma realidade que indica a ausência de comunhão com Deus, de afastamento dEle, de desobediência a Ele, como aconteceu várias vezes com o povo eleito — e tem acontecido ao longo da história com muitas igrejas em todos os lugares. Os avivamentos no Antigo e no Novo Testamento sempre foram antecedidos de um estado espiritual decadente, pecaminoso e até de afronta contra o Senhor. Para que haja o avivamento espiritual, é indispensável que as pessoas reconheçam que estão vivendo de maneira errada e aceitem a submissão à Palavra de Deus: “E te darei os tesouros das escuridades e as riquezas encobertas, para que possas saber que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome” (Isaías 45.3). Uma vez despertados à nossa necessidade, precisamos fazer alguma coisa. A convicção do pecado leva ao arrependimento. Não pode haver avivamento antes que confessemos os nossos pecados, deixemos nossos maus caminhos e nos lancemos às misericórdias de Deus: “Se eu atender à iniquidade no meu coração, o Senhor não me ouvirá” (Salmo 66.18).

“...então eu ouvirei dos céus, “ Quando tudo está perdido por causa do desvio, da apostasia e das afrontas à santidade de Deus, não adianta buscar soluções nos homens. Ninguém na terra pode mudar a realidade espiritual em decadência. Pelo contrário, todas as coisas contribuem para piorar a situação moral e espiritual de um povo caído; todavia, quando há conscientização do pecado, da hipocrisia e do afastamento da vontade e da Palavra de Deus, então o Senhor ouve “dos céus”, de cima, do seu alto e sublime trono. Avivamento espiritual é como a chuva: jamais ela sairá debaixo da terra. Em 2 Crônicas, vemos outra ocasião. Desta vez, foi no reinado de Ezequias em que o avivamento espiritual caiu sobre o povo: Porque uma multidão do povo, muitos de Efraim e Manassés, Issacar e Zebulom, se não tinham purificado e, contudo, comeram a Páscoa, não como está escrito; porém Ezequias orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, faça reconciliação com aquele que tem preparado o coração para buscar ao Senhor Deus, o Deus de seus pais, ainda que não esteja purificado segundo a purificação do santuário. E ouviu o Senhor a Ezequias e sarou o povo. (2 Cr 30.18-20) Essa intervenção de Deus na realidade de um povo arrependido é avivamento espiritual, que é vindo dos céus.

“...e perdoarei os seus pecados, “ Pecado é toda atitude, ato e ação que provoca o rompimento entre o pecador e Deus (Isaías 59.2). Quando se trata de pecados de um povo, de um grupo ou de uma igreja, trata-se de pecados coletivos. Ao longo da história do povo de Israel, no livro de Juízes e na maior parte dos Profetas, percebemos quanto aquele povo, não obstante ter sido escolhido por Deus, foi abençoado por Ele de forma jamais vista em qualquer outro povo; um povo que viu os sinais, os prodígios e as maravilhas operadas pelo Senhor no Egito, na libertação com Moisés, nos 40 anos pelo deserto abrasador, onde eles viram o Senhor fazer jorrar água da rocha, enviar pão dos céus e tantas outras maravilhas na entrada em Canaã, na tomada das nações, de forma milagrosa; ainda assim, infelizmente foi o povo que mais se esqueceu de Deus e que mais pecou de forma absurda e incompreensível. Sempre que Israel experimentava períodos diversos de pecaminosidade, afrontava ao Senhor Jeová e voltava-se para outros deuses, sofria as consequências da sua desobediência. Depois da morte de Moisés, o Senhor designou Josué para liderar o povo na entrada à Terra Prometida. Josué, orientado por Deus, conquistou a grande cidade de Jericó sem lançar uma flecha sequer, apenas obedecendo à estratégia dada pelo Senhor (Josué 6). Logo depois, o povo foi derrotado pelos habitantes de uma pequenina cidade chamada “Ai”. Até o seu nome era pequeno. Porém, por causa do pecado de um só homem, Acã, Israel sofreu uma derrota humilhante (Josué 7). Somente após a condenação e morte do transgressor, o Senhor Deus deu vitória ao seu povo. Depois da morte de Josué, o povo de Israel ficou sem liderança. Levantou-se “outra geração [...] que não conhecia o Senhor [...]. Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins” (Juizes 2.10,11). Durante 400 anos, o povo de Israel alternou períodos de pecaminosidade, sofrimento, derrotas e destruições e períodos de arrependimento, humilhação, confissão de pecados e busca pela misericórdia de Deus. Foram 12 os juízes usados pelo Senhor para cuidar do povo naquele período turbulento da sua história; mas sempre que o povo se voltava para Deus, Ele perdoava os seus pecados e mandava períodos mais ou menos longos de avivamento espiritual.

“...e sararei a sua terra. ” Quando um povo descuida-se de cumprir a vontade de Deus e passa a viver na pecaminosidade, na corrupção e, principalmente, na idolatria, é visto por Ele como um povo doente, acometido por enfermidades espirituais que precisam de tratamento e cura. E a cura só vem quando todos atendem às condições para ser recuperado por Deus, por meio da sua misericórdia e amor. Depois que o povo atende aos requisitos divinos, além de ouvir as suas orações e perdoar os seus pecados, o Senhor também sara a sua terra, ou seja, remove as consequências da “doença” espiritual e promove uma “cura” completa na nação, a começar pelos seus líderes. Essa referência bíblica diz respeito ao povo de Israel, mas pode ser aplicada em todos os seus aspectos ao povo de Deus, à sua Igreja, que se identifica como todos os crentes que se unem e que se reúnem nas igrejas cristãs. Há casos em que os desvios espirituais, morais e doutrinários são tão grandes que igrejas inteiras tornam-se doentes espiritualmente. E a terapia de Deus é a mesma. Ele só sara os crentes, os pastores e o ministério quando há arrependimento, confissão de pecados com sinceridade. Nos dias presentes, há nações que, outrora, foram exemplos para o mundo e conhecidas como povo abençoado por Deus, com prosperidade espiritual e material. Os Estados Unidos da América, por exemplo, foram uma nação com esse perfil; nação que nasceu debaixo da proteção de Deus quando os “peregrinos” fugiram da Inglaterra para escapar da perseguição religiosa. Tendo chegado à nova terra, fundaram uma nação com base na Palavra de Deus. Até mesmo a sua Constituição tomou como parâmetros princípios bíblicos a ser observados pelo seu povo. Deus operou maravilhosamente. A nação americana tornou-se a maior nação do mundo em termos espirituais, econômicos, financeiros e em todas as áreas. Infelizmente, porém, a riqueza material tomou o primeiro lugar nos corações do seu povo. Os seus líderes, eleitos, tornaram-se incrédulos e materialistas. As escolas expulsaram Deus do seu meio. O judiciário tornou-se a vanguarda na elaboração de leis contrárias à Lei de Deus. Como resultado, hoje a América não é mais uma nação cristã. Há poucas décadas, os evangélicos eram 60% da população; hoje são apenas 40%, com tendência a diminuir esse percentual. O fechamento de igrejas acentua-se. A grande nação do Norte está doente de enfermidade crônica em termos espirituais e morais. As abominações a Deus — o aborto, o casamento homoafetivo, a famigerada ideologia de gênero, as prostituições e tudo o que fere a Lei de Deus — são aprovadas ali. Oremos para que haja um reavivamento na grande nação, que já deu tantos missionários para o mundo, e que ela seja sarada pelo Médico Divino.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/12/2022

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro. CPAD, 2004.

Bíblia de Estudo Pentecostal. Introdução aos Atos dos Apóstolos. Rio de Janeiro. CPAD, 1995.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2022

LIÇÃO 13 - O Senhor Está Ali – 4 Trimestre de 2022.

TEXTO ÁUREO “Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar. ” (Isaías 11.9)

O reino que virá deverá ser introduzido pelo juízo (como o descreve Daniel 2). Assim o juízo de 11.4 é seguido pelas condições mileniais descritas nos versículos 6—9. Elas serão melhores que as do Jardim do Éden. A natureza dos animais será mudada e as crianças não precisarão ter medo até mesmo de cobras venenosas. Todos os efeitos da maldição infligidos na terra por causa do pecado de Adão serão findos. A criação “será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Romanos 8.21).

“Não se fará mal nem dano algum em todo o monte da minha santidade, ” A maldade será completamente extirpada deste Reino. Tanto a bravura dos animais será amansada, quanto a maldade dos homens será aplacada. O que antes era completamente impossível, dada a rivalidade e a disposição para a guerra, agora será perfeitamente possível, pois o Rei da Paz governará sobre tudo e todos. Nem mesmo crimes, seja de que ordem for, haverá neste Reino. Os mansos da terra que o profeta se refere são os que vivem em situação de opressão e suportam a injustiça com bondade, sem retaliações, confiando em Deus. Portanto, o profeta pressupõe que a violência será totalmente extirpada, estabelecendo-se a justiça, pois o Rei fará a justiça triunfar para todo sempre. “O monte da minha santidade” é o monte de Deus e quer dizer a Jerusalém milenial. Ela será livre de qualquer um que possa causar mal ou dano, porque toda a terra será mudada (veja também 65.25). Em contraste com a condição de Jerusalém e o mundo nos dias de Isaías, como também no nosso, o conhecimento pessoal e salvador do Senhor estará em todos os lugares.

“...porque a terra se encherá do conhecimento do SENHOR, como as águas cobrem o mar. ” A razão para a paz descrita é que “a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar”. Esse conhecimento de Deus terá influência em todas as pessoas, ou seja, toda ignorância, adoração a ídolos, corrupção política, líderes religiosos espoliadores, tudo isso será coisa do passado, pois Cristo esclarecerá a mente de todos, quanto aquilo que é servir a Deus e adorá-lo “em Espírito e em verdade. ” Será um conhecimento tão grande que o profeta o compara à profundidade do mar, dadas as suas dimensões e abrangência.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/12/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

POMMERENING, Claiton Ivan. Isaias, eis-me aqui, envia-me a mim. Rio de Janeiro: CPAD 2016.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201006_05.pdf

HORTON, Stanley. Isaías o Profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD 2003.

sábado, 17 de dezembro de 2022

LIÇÃO 12 - Imersos no Espírito nos Últimos Dias - 4 Trimestre de 2022.

TEXTO AURÉO “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. ” (João 7:38)

A celebração era a Festa das Cabanas, ou dos Tabernáculos (João 7:2). A Festa das Cabanas acontecia no fim de setembro ou começo de outubro. Era uma das três maiores festas dos judeus, ocasião em que os homens judeus vinham de todas as partes do mundo a Jerusalém. A celebração não durava apenas um dia, mas uma semana inteira. Na época do Senhor, haviam acrescentado um oitavo dia: um sábado solene. Assim como as demais festas judaicas, a das cabanas tinha aspectos relevantes para o povo. Primeiramente estava a sua importância histórica: era um memorial dos dias em que seus ancestrais peregrinaram pelo deserto (Levítico 23:43). Durante as festividades, os judeus habitavam em cabanas—estruturas provisórias feitas manualmente com galhos e folhas de palmeiras (Levítico 23:40) . Essas estruturas eram armadas nas ruas, nos telhados das casas, na área ao redor do templo e nas colinas que cercavam Jerusalém. Pais e filhos, mães e filhas, avós—todos habitavam dentro dessas cabanas. Durante uma semana, eles dormiam, comiam, oravam e estudavam ali, enquanto comemoravam como Deus providenciou tudo para o Seu povo durante quarenta anos de peregrinação. A festa não celebrava apenas a provisão de Deus no passado, mas também celebrava Sua provisão no presente. Tinha uma importância agrícola: era uma festa das colheitas após as principais safras—cevada, trigo e uvas. O povo agradecia a Deus pela colheita abundante e pedia que abençoasse as safras do ano seguinte. Um aspecto central da festa era o ritual da água realizado diariamente. No começo de cada dia, sacerdotes vestidos de branco conduziam uma procissão de celebrantes que descia do templo até o tanque de Silóe, um reservatório alimentado pelas águas do manancial de Giom. Essa era a principal fonte de água da cidade, a fonte de água potável. Quando eles chegavam ao tanque, um dos sacerdotes levantava um jarro de ouro reluzente e o afundava no tanque, enchendo-o de água. Nisto, o povo exclamava: “Nós, com alegria, tiramos água das fontes da salvação! ” (veja Isaías 12:3). O sacerdote então conduzia a procissão de volta ao templo, segurando o jarro acima da cabeça. Acompanhando-o, a multidão recitava Salmos 113 a 118, terminando com: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos; oh! Senhor, concede-nos prosperidade!… Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre” (Salmos 118:25, 29). Ao se aproximarem da Porta das Águas no sul do pátio interno, eram saudados com três rajadas de trombetas. A cerimônia celebrava a provisão divina de água no deserto, quando saiu água de uma rocha (Êxodo 1711; Números 20; veja Deuteronômio 8:15; Salmos 105:41). E também reconhecia a necessidade desesperadora da nação por água. Aquela região recebia, quando muito, poucas chuvas de maio a outubro. Se as chuvas não viessem logo depois da festa, não haveria colheitas no ano seguinte. No meio dessa exuberante celebração, Jesus levantou-se e exclamou (v. 37a). O fato de Jesus levantar-se é significativo; Ele geralmente Se sentava para ensinar (veja João 8:2). O fato de Jesus exclamar é notável; só em algumas ocasiões se diz que Ele levantou a voz ao ensinar.

“Quem crê em mim, como diz a Escritura, “ Ele faz essa declaração depois de insistir para que os que tivessem sede fossem até Ele. Onde exatamente a Escritura diz isto? No contexto do livro de Zacarias ficamos sabendo que “correrão de Jerusalém águas vivas" (Zacarias 14.8). Ezequiel, que dá mais detalhes sobre estas águas, acrescenta que “tudo viverá por onde quer que passe este rio” (Ezequiel 47.9). O cumprimento desta profecia e de outras semelhantes (veja Joel 3.18, Isaías 33.21) não deve ser procurado nos planos do século vinte de construir-se um canal através do território de Israel para competir com o Canal de Suez ou outra coisa deste tipo; para todos os que lêem a descrição de João está claro que ele está falando “rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro” (Apocalipse 22.1). As águas vivas saem de Jerusalém terrena; elas saem da morada de Deus em vidas que lhe são consagradas, em corações crentes onde Cristo habita. E para que ninguém entenda mal o que Jesus quer dizer, o evangelista acrescenta uma observação explícita, para orientar seus leitores: Isto ele disse com respeito ao Espírito.

“...rios de água viva correrão do seu ventre. ” Anteriormente, Ele dissera à mulher no poço de Samaria: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” (João 4:10). Água viva é a essência da vida; é ela que satisfaz a alma. Cristo disse à samaritana: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:14). A água viva é um antegozo da alegria que haverá no céu (Apocalipse 7:17; 21:6; 22:1, 17). A palavra “rios” realça a abundância de bênçãos oferecidas por Cristo. Ele disse que veio “para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Segundo o apóstolo João, Jesus tinha em mente uma bênção particular oferecida pelo Senhor: o dom do Espírito Santo. Após citar Cristo dizendo: “dele fluirão rios de água viva” (João 7:38), o apóstolo inseriu esta explicação inspirada: “Isto ele disse com respeito ao Espírito21 que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (v. 39).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/12/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200707_07.pdf

BRUCE, F.F. João – Introdução e comentário – Série Cultura Bíblica. São Paulo: Mundo cristão, 1987.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2022

LIÇÃO 11 - A Visão do Templo e o Milênio – 4 Trimestre de 2022.

TEXTO ÁUREO “E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória. ” (Isaías 6.3)

“E clamavam uns para os outros, dizendo: Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos; ” Os seres que clamavam era chamados Serafins. O nome serafim, significa “os ardentes”, pode indicar a pureza de tal ser. Eles refletiam o brilho deslumbrante da glória de Deus em tão elevado grau que pareciam estar em chamas. Eles não são chamados anjos, e Isaías viu as faces, mãos e pés deles. Mas eles também tinham asas: duas que cobriam continuamente a face para indicar a indignidade deles em olhar para Deus ou inquirir nos seus segredos divinos, duas cobrindo os pés e a parte mais inferior do corpo para indicar humildade e reverência, e duas prontas para o vôo imediato e ininterrupto para fazer a vontade de Deus. Nós não somos informados de quantos serafins havia, mas deveria ter sido vários. Eles se mantinham clamando uns para os outros: “Santo, Santo, Santo é o SENHOR dos Exércitos”. A repetição tripla de “Santo” dá ênfase suprema à santidade como a central e mais essencial característica do SENHOR. “Santo” tem o significado básico de ser separado. Ele é separado do pecado e do mal. Ele é transcendente sobre o seu universo e separado deste. (Isto não deixa nenhum espaço para o conceito de panteísmo.) Mas Ele também tem se separado de um modo positivo — para levar a cabo o seu plano divino e propósito de redenção e restauração, que no final das contas conduzirá a um novo céu e uma nova terra. Também é possível que o triplo “Santo” reflita a Trindade. Os serafins seguramente teriam sabido e teriam entendido que há uma Trindade. João 12.41 fala a respeito de Isaías vendo a glória de Jesus. Certamente a Trindade estava presente na visão de Isaías, embora o conceito jamais fosse completamente revelado no Velho Testamento.

“...toda a terra está cheia da sua glória. ” Os serafins proclamam que agora a sua glória, incluindo a manifestação do seu poder e a sua natureza santa, enche toda a terra. Isaías é um livro escatológico, pois aponta para várias características somente possíveis no Reino messiânico, onde o descendente de Davi se assentará perpetuamente no trono. A glória do Senhor invadirá toda terra (Isaías 62.2), toda a terra desejará ver essa glória (Isaías 66.18-19), e a glória do Senhor será manifestada em todo o seu povo (Isaías 61.3). Essa glória futura será um evento escatológico ainda por acontecer, mas também já é presente através do Reino de Deus que já está entre nós pela obra redentora de Cristo, tendo como um dos seus sinais a Igreja de Cristo e todas as iniciativas que manifestam a glória de Deus através da luta pela justiça, equidade e paz. Se investirmos tempo em nossa comunhão com Deus e nosso relacionamento com nosso próximo, servindo-o em amor, teremos a oportunidade de viver um pouco, enquanto ainda estivermos na terra, do que será a glória futura.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/12/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, Stanley. Isaías o Profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD 2003.

POMMERENING, Claiton Ivan. Isaias, eis-me aqui, envia-me a mim. Rio de Janeiro: CPAD 2016.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

LIÇÃO 10 - A Restauração nacional e espiritual de Israel – 4 Trimestre de 2022.

TEXTO ÁUREO “E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sido virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. ” (Romanos 11.26)

O verso 25 é indispensável para entendermos o 26, ele nos diz acerca de um mistério: “que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado. “ Entende-se que o endurecimento de Israel quanto a Cristo é parcial e temporal, a fim de que os gentios tenham o conhecimento da verdade. Ora, se a graça salvadora é capaz de alcançar os gentios pagãos, por que não alcançaria também os judeus? Pois bem, se o “ endurecimento de Israel” é temporal e parcial, pergunta-se: “ Por quanto tempo? - A resposta está na própria escritura de Paulo que diz: ...ate que a plenitude dos gentios haja entrado”. Significa dizer que até que se cumpra o tempo de Deus para a salvação dos gentios, o endurecimento de Israel perdurará. - Que é a “ plenitude dos gentios”? - Diz respeito à complementação total da medida de Deus. Esta expressão tem sentido espiritual, pois quando se complementar essa medida de Deus na vida dos gentios, então Deus se voltará para Israel para concluir seu pacto (Atos 15.14-17) Não se pode confundir a “ plenitude dos gentios” com o “ tempo dos gentios” de Lucas 21.24, que se refere a um tempo específico no período da Grande Tribulação, quando o Anticristo governará a terra. Entretanto, a “ plenitude dos gentios” refere-se à Dispensação da Graça, quando os gentios estão tendo a oportunidade de obterem a graça salvadora em Cristo Jesus.

“E, assim, todo o Israel será salvo, ” “Todo o Israel” é o Israel como um todo, ou seja, não apenas o remanescente de Israel, mas os demais também — os ramos que foram cortados (Romanos 11.17). Alguns comentaristas interpretam a expressão “ ...todo o Israel será salvo” como se referindo ao Israel espiritual, que não é segundo a came, mas segundo o espírito. Entretanto, não podemos concordar com essa teoria, visto que toda a profecia relativa ao Israel futuro diz respeito à restauração nacional e religiosa de Israel como povo, sobre o qual Jesus governará no seu reino milenar. Israel espera o seu libertador, o glorioso Messias que não foi reconhecido na sua primeira vinda. Essa vinda futura do Messias significa a salvação de todo o Israel (Zacarias 12.2,3,8-10; 13.8,9; 14.2-4).

“...como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades. ” Esse versículo só tem sentido dentro de um contexto escatológico futuro. Esse fato é claramente demonstrado por Paulo quando ele afirma que a vinda do Messias Libertador acontecerá somente após haver se cumprido a plenitude dos gentios. A citação nos versículos 26 e 27 combina Isaías 59-20,21 com uma frase de Isaías 27.9 (“quando eu tirar os seus pecados”). A modificação nesta citação, a qual é bem parecida com alguns manuscritos da LXX, é que em Romanos 11.27 o Libertador virá de Sião, ao passo que no texto hebraico de Isaías 59.20, Ele entra em Sião. Esta pode ser tentativa em reforçar o ponto abordado no início de toda desta discussão em Romanos 9.5, que aquele a quem os judeus rejeitavam era um do seu povo. Mas Paulo dá a garantia de que virá o dia em que eles perceberão que Jesus é Messias. Naquele momento, o Senhor completará a relação baseada no concerto feito com os judeus, o qual foi estabelecido com os patriarcas (Romanos 11.28,29), perdoando-lhes os seus pecados (v. 27).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/12/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça. Rio de Janeiro: CPAD 2016.

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da Justiça de Deus. Rio de Janeiro: CPAD 2005.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.


 

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

LIÇÃO 9 - Gogue e Magogue: Um Dia De Juízo – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar para as ajuntar em batalha. ” (Apocalipse 20.8)

Passados o milênio "Satanás será solto". Porque isto tem de acontecer, só podemos conjeturar. Talvez para que a justiça de Deus seja firmemente vindicada. Poderia alguém perguntar, por exemplo, onde está a justiça divina ao mandar pessoas ao lago de fogo sem que estas hajam avaliado o que realmente perderam. Alguém poderia alegar ainda: Com certeza se o povo soubesse quão maravilhoso seria o reino de Cristo, todos o teriam aceitado.

 “E sairá a enganar as nações que estão sobre os quatro cantos da terra, “ Como o grande enganador e pai da mentira, Satanás ironicamente engana-se a si mesmo ao achar-se suficientemente forte para derrotar a Deus. É-lhe, pois, permitido sair da prisão para enganar os que se exaltam a si mesmos, e desprezam o reino de Cristo. “As nações” são descritas como estando “nos quatro cantos da terra”. Essa terminologia nada tem a ver com distância, mas com universalidade. “Quatro” é o número da humanidade. A expressão “quatro cantos da terra” indica simplesmente “do mundo inteiro”. O propósito de Satanás em seduzir as nações era “reuni-las para a peleja” (v. 8c). Esta é a mesma peleja sobre a qual lemos em 16:14–16 e 19:1919—a “batalha” decisiva e final entre o bem e o mal. Esta será a última rebelião do diabo. Seus seguidores o acompanharão na derrota final. Nunca mais haverá rebelião contra Deus! Seu amor jamais será contestado.

 “Gogue e Magogue, cujo número é como a areia do mar para as ajuntar em batalha. ” As nações rebeladas são aqui identificadas como Gogue e Magogue. Tais nomes são emprestados a Ezequiel 38 e 39. Esta batalha, contudo, será bem diferente. É uma simples comparação para mostrar que os tais agem exatamente como os povos que seguiram a Gogue e Magogue. Esse nomes soam agourentos aos nossos ouvidos, mas eram familiares aos cristãos do primeiro século que os conheciam. Gogue e Magogue eram nomes “gravados… profundamente, senão misteriosamente, no pensamento judaico”. Magogue foi um dos filhos de Jafé (Gênesis 10:2; 1 Cronicas 1:5). Evidentemente, a descendência de Magogue tornou-se uma nação, e “Magogue” veio a ser o nome da terra deles (Ezequiel 38:2; 39:6). “Gogue” era o nome de um filho de Joel (1 Crônicas 5:4). Por razões não evidentes a nós, o profeta Ezequiel apropriou-se dos dois termos e usou Magogue como símbolo de tropas armadas contra Israel, denominando seu chefe por “Gogue” (Ezequiel 38:2). O fim do versículo 8 diz que “o número” das tropas reunidas por Satanás era “como a areia do mar” (v. 8d). À medida que a passagem caminha para um clímax, somos levados a imaginar o exército mais numeroso possível. Esse gigantesco exército “marchou, então, pela superfície da terra” (v. 9a).

Quando as tropas do diabo estavam posicionadas para desferir um golpe devastador, o que aconteceu? “Desceu, porém, fogo do céu e os consumiu” (v. 9c). Alguns manuscritos antigos contêm “fogo de Deus, do céu”. Embora esta não seja provavelmente a leitura original, ela expressa a idéia correta. Deus fez chover fogo sobre Sodoma e Gomorra (Gênesis 19:24), Ele usou fogo para castigar Nadabe e Abiú (Levítico 10:1, 2) e prometeu mandar fogo sobre o Magogue de Ezequiel (Ezequiel 39:6). Da mesma forma, um dia o Senhor virá “em chama de fogo, tomando vingança” (2 Tessalonicenses 1:7, 8).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/11/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, S. M. Apocalipse: As coisas que brevemente devem acontecer. 2.ed., Rio de JaneiroCPAD,. 2001

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200610_02.pdf

sábado, 19 de novembro de 2022

LIÇÃO 8 – O Bom Pastor e os pastores infiéis – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. ” (João 10.11)

As Escrituras revelam Deus como pastor do seu povo, mas isso se aplica também aos líderes, reis em Israel, como Moisés e Davi, e governantes na atualidade. Um bom rei era um bom pastor; um mau rei era um pastor ruim. O profeta Ezequiel compara os líderes e governantes de Israel a pastores. Depois de mostrar como os governantes tinham falhado em seu papel com a nação, o oráculo demonstra o cuidado de Deus com seu povo. Por meio de uma aliança de paz, Javé substituiria esses pastores por um novo príncipe, este já apontando para o Bom Pastor (João 10.11), Jesus.

“Eu sou o bom Pastor; “ O quadro caótico dos líderes da nação judaica não dizia respeito apenas à liderança espiritual de Israel daqueles dias, cujo comportamento hostil com o povo é bem retratado no Evangelho de João. Quando se refere a todos quantos vieram antes dEle (João 10.8), Jesus está denunciando os maus líderes de Israel de todos os tempos, especialmente do período da monarquia, quando a nação teve condutores insensatos e cruéis, incluindo reis, sacerdotes e profetas (Isaías 56.8-12; Ezequiel 22.24-30). Com o fracasso total dos líderes de Israel, o próprio Deus viria, pessoalmente, em busca de suas ovelhas, para reuni-las novamente em seu aprisco (Ezequiel 34.11-23). Jesus agora se apresenta como esse Pastor, o bom e eterno Pastor, que não apenas cuida das ovelhas, mas dá sua vida por elas (João 10.11). A vinda dele havia sido profetizada no Antigo Testamento. Ele seria um pastor, Isaías 40.11; Ezequiel 34.23; 37.24; Zacarias 1-3.7. No Novo Testamento, Ele é mencionado como o Grande Pastor (Hebreus 13.20), o Sumo Pastor (1 Pedro 5.4), o Pastor e Bispo das nossas almas (1 Pedro 2.25). A palavra pastor vem do latim, pastor, com o significado de “aquele que guarda as ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “… aquele que cuida de rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), é usado metaforicamente acerca dos ‘pastores’ cristãos (Efésios 4.11) ”. Deus, nosso grande dono, de cuja pastagem nós somos as ovelhas, desde a criação constituiu seu Filho Jesus para ser nosso Pastor, e Ele reconhece esta relação por repetidas vezes. Ele tem, pela sua igreja, e por todos os crentes, todo o cuidado que um bom pastor tem pelo seu rebanho. E Ele espera a presença e a obediência de toda a igreja, e de cada crente em particular, assim como ocorria com os pastores e seus rebanhos naquelas regiões.

“...o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. ” Embora Sua morte na cruz não fosse registrada nos próximos nove capítulos do livro, Jesus já estava contando aos discípulos o que a cruz significaria. Sendo o Bom Pastor, Ele estava disposto e pronto para dar a vida pelas ovelhas. Nesta breve seção, Ele enfatiza por cinco vezes que Sua morte não seria algo fora do Seu controle. Quando Ele morresse, seria porque Ele escolheu dar a Sua vida! 
…o bom pastor dá a vida pelas ovelhas (10:11).
…e dou a minha vida pelas ovelhas (10:15).
…eu dou a minha vida para a reassumir (10:17).
Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou (10:18a).
Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la (10:18b).

Dar a própria vida é o último e maior gesto do bom pastor. Trabalhar só por dinheiro não demonstra essa lealdade e sacrifício. Quando surgem as dificuldades, eles se escondem, se esquecem das ovelhas. Davi (que mais tarde tornou-se rei de Israel) foi pastor na juventude. Nessa ocupação ele aprendeu muito sobre vida, liderança e Deus. Em especial, aprendeu o que significava ser um bom pastor. Quando se ofereceu para lutar com o gigante filisteu, Golias, Davi disse a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei. O teu servo matou tanto o leão como o urso; este incircunciso filisteu será como um deles… (1 Samuel 17:34–36). O futuro rei de Israel havia provado para si mesmo que era um pastor fiel e bom para suas ovelhas; mais tarde ele demonstraria ser um pastor fiel liderando o povo de Deus. Jesus, frequentemente chamado “Filho de Davi” nos Evangelhos, era e é o Bom Pastor. Ele era tão comprometido com o zelo e bem-estar das ovelhas confiadas aos Seus cuidados (você e eu) que deu a Sua vida por nós, assim como Davi fez por seu rebanho. Falando como o Bom Pastor, Jesus deixou claro que Ele iria para a cruz “espontaneamente” (10:18). Judas, os principais sacerdotes, Pilatos e as multidões, todos contribuíram para a crucificação de Jesus, mas não sabiam que tal atrocidade só poderia acontecer porque Jesus estava disposto a dar a vida por Suas ovelhas. Ele é o Bom Pastor!


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/11/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

VINE, W. E.; UNGLER, M. F.; WHITE, W. Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200407_06.pdf

quarta-feira, 9 de novembro de 2022

LIÇÃO 7 - A Responsabilidade É Individual – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. ” (Ezequiel 18.20)

Ezequiel 18:2,3 Que pensais, vós, os que usais esta parábola sobre a terra de Israel, dizendo: Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotaram? Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que nunca mais direis esta parábola em Israel. Esse oráculo é uma resposta a uma máxima popular equivocada proveniente de Jerusalém, mas que dominava o pensamento dos exilados em Babilônia. Eles diziam que estavam sendo punidos por causa dos pecados de seus antepassados. Era um questionamento sobre a justiça de Deus e por isso eles não acreditavam nas profecias de Jeremias e Ezequiel sobre a destruição da cidade e do templo, visto ser Javé um Deus justo. O discurso do Profeta refuta esse ditado e reafirma um princípio que vem desde Moisés, de que a responsabilidade é individual: “Os pais não serão mortos por causa dos filhos, nem os filhos serão mortos por causa dos pais; cada um será morto pelo seu próprio pecado” (Dt 24.16). Esse provérbio era, na verdade, uma desculpa do povo para alegar injustiça divina pelo castigo de Israel. Essa antítese contraria a realidade, pois Deus retribui e pune os culpados.

“A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; “ O destinatário original dessa mensagem é o povo de Israel. O profeta Ezequiel fecha com isso a porta fatalista do imaginário popular de Judá e dos exilados de Babilônia. Ele torna claro o pensamento bíblico da responsabilidade individual de maneira textual e direta: “A pessoa que pecar, essa morrerá”. É o princípio moral da lei da semeadura (Oséias 8.7; Gálatas 6.7) Essa ideia está muito clara no capítulo inteiro, e, para não deixar dúvidas, Ezequiel a afirma de maneira direta e a explica com exemplos:

• O pai justo viverá por causa de sua justiça (vv. 5–9).
• O filho injusto morrerá por causa de sua injustiça (vv. 10–13).
• O neto justo viverá por causa de sua justiça (vv. 14–20).
• O homem injusto que decide buscar justiça viverá por causa de sua justiça (vv. 21–23).
• O homem justo que decide buscar a iniquidade morrerá por causa de sua injustiça (vv. 24–29).

Se somente a pessoa que pecar morrerá não há necessidade, nem ensinamento bíblico, de que bebês ou crianças precisam ser batizados para o perdão de pecados. Uma criança não tem pecado e, portanto, não tem necessidade do perdão que o batismo provê (Atos 2:38; 22:16; 1 Pedro 3:21; Marcos 16:15, 16; Mateus 28:18–20). É por isso que todos os exemplos bíblicos de conversão envolvem adultos que eram capazes de crer, se arrepender e fazer a escolha consciente de ser batizado. A criança, que não tem pecado, é incapaz de crer ou se arrepender. Bebês não podem fazer a escolha mental de declarar Jesus como Senhor e serem imersos nas águas do batismo

“...a justiça do justo ficará sobre ele, e a impiedade do ímpio cairá sobre ele. ” As reiteradas explicações e exemplos esclarecem a contento que a lei da responsabilidade individual é justa e está de acordo com os atributos divinos. Javé é justo (Deuteronômio 32.4; Isaias 45.21). Esse atributo é manifesto no castigo do pecador e na premiação do justo: ele “retribuirá a cada um segundo as suas obras” (Romanos 2.6). Esse atributo se harmoniza com a santidade de Deus. A Bíblia declara, com todas as letras, que somente Deus é justo, considerando justiça como atributo, no sentido absoluto de perfeição: “Deus é justo juiz” (Salmo 7.11). Observe-se que a justiça de um fica sobre ele, e a perversidade do outro fica sobre este. Essa fraseologia significa que um indivíduo traz juízo sobre si mesmo pelas escolhas que faz na vida. Deus deseja que todos sejam salvos (18:23, 32). Se Ele deseja a salvação para todos, então, de acordo com a lógica [denominada na Teologia de] calvinista, todos devem ser salvos. Contudo, Deus criou os seres humanos como agentes morais livres. Cada pessoa, no Dia do Juízo, será julgada unicamente pelas escolhas que fez na vida (Eclesiastes 12:13, 14; Romanos 2:6; 2 Coríntios 5:10; Apocalipse 20:11–15).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
09/11/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201908_04.pdf

quinta-feira, 3 de novembro de 2022

LIÇÃO 6 – A Justiça de Deus – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “Com o puro te mostrarás puro; e com o perverso te mostrarás indomável. ” (Salmo 18.26)

“Com o puro te mostrarás puro; “ No versículo 24 Davi Diz: “Daí retribuir-me o Senhor, segundo a minha justiça, conforme a pureza das minhas mãos, na sua presença” (grifo meu). Davi não estava só dizendo que espiritualmente ele era puro, mas também que, aos olhos de Deus, ele era puro e que Deus o considerava puro. Ele não estava se vangloriando de sua perfeição, mas, sim, da graça de Deus. Depois que Deus o perdoou pelo pecado cometido com Bate-Seba e pelos pecados consecutivos, ele escreveu: “Bem-aventurado aquele cuja iniquidade é perdoada, cujo pecado é coberto. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniquidade e em cujo espírito não há dolo” (Salmos 32:1, 2). É maravilhoso descobrir que quando nos arrependemos dos nossos pecados e nos voltamos para Deus, Ele nos perdoa, e nos trata como se tais pecados nunca tivessem acontecido! Paulo disse que ele se esforçou para apresentar “todo homem [i.e., cristão] perfeito em Cristo” (Colossenses 1:28). Aos olhos de Deus, podemos estar limpos, perfeitos, irrepreensíveis! Davi concluiu seus pensamentos sobre o perdão com as seguintes palavras: Porque tu salvas o povo humilde, mas os olhos altivos, tu os abates. Porque fazes resplandecer a minha lâmpada; o Senhor, meu Deus, derrama luz nas minhas trevas (vv. 27, 28). Antes de Davi ser perdoado, ele estava na escuridão do desespero e da culpa, mas o Senhor o perdoou e reacendeu a lâmpada de alegria e esperança. O Senhor fará o mesmo por nós desde que tenhamos consciências ternas e um desejo de agradá-lO. Esta é a verdadeira vitória sobre o pecado!

“...e com o perverso te mostrarás indomável. ” O “perverso” ou “os que são maus” refere-se àqueles que se “apartaram perversamente” de Deus. Davi estava dizendo que, espiritualmente falando, no final cada um terá o que lhe é devido. Precisamos tomar cuidado para não nos separarmos de Deus deliberadamente. Deus não nos abandonará, a menos que nós O abandonemos. Pecar “perversamente” refere-se ao “pecado deliberado”. A seriedade do pecado deliberado é destacada em Hebreus 10:26 e 27: “Porque, se vivermos deliberadamente em pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta sacrifício pelos pecados; pelo contrário, certa expectação horrível de juízo e fogo vingador prestes a consumir os adversários”. Pecar deliberada ou perversamente é pecar persistentemente, alienando-se de Deus e endurecendo o coração. Ocasionalmente, Davi sucumbiu à tentação, como acontece com todos nós, mas ele nunca virou as costas para Deus. A lição para nós consiste em continuarmos tentando. Mesmo quando somos fracos e trôpegos, ainda há esperança, desde que não desistamos. Há uma oração em Levítico 26.21-24, onde Deus diz: “E, se andardes contrariamente [ou perversamente] para comigo [...] eu também convosco andarei contrariamente [ou perversamente, ou rudemente, ou impetuosamente]”. Como se Deus tivesse dito que, da sua parte, a obstinação e teimosia o fariam esquecer-se da habitual paciência e bondade, e o deixaria indiferente ou impetuoso contra os homens. Vemos então o que os teimosos por fim ganham por serem teimosos, ou seja, que Deus se endurece ainda mais para quebrá-los em pedaços. Se forem de pedra, Deus faz com que sintam que Ele tem a dureza do ferro. A tradição judaica dizia que o maná tinha o gosto de acordo com a boca de cada um. Certamente, Deus se mostra individualmente de acordo com o caráter de cada um.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
03/11/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

Os Tesouros de Davi - Volume 1

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200405_01.pdf

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

LIÇÃO 5 – Contra os Falsos Profetas – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição. ” (2 Pedro 2.1)

“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, “ Os profetas são a voz de Deus na terra. É fato que onde há verdadeiro há também falso, por isso Moisés advertiu o povo sobre o surgimento de falsos profetas mesmo entre os profetas legítimos (Deuteronômio 18.18-22). Profetizar falsamente era crime em Israel sob pena de morte conforme a lei de Moisés (Dt 13.1-5; 18.20-22). Curiosamente os mesmos termos hebraicos nāvî’, “profeta”, rō’eh, e ḥōzeh, “vidente”; usados para os profetas do Deus vivo, ou videntes como Samuel, Natã e Gade (1 Crônicas 29.29), são também aplicados aos falsos profetas. É o contexto que vai diferenciar o verdadeiro e o falso. Jeremias e Ezequiel em particular enfrentaram “falsos profetas”. Jeremias advertiu: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam e vos enchem de vãs esperanças; falam as visões do seu coração, não o que vem da boca do Senhor” (Jeremias 23:16). Uma vez que houve “falsos profetas no meio do povo” de Israel, não deveria nos surpreender que houvesse também... falsos mestres entre os primeiros leitores de Pedro.

“...que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, ” Uma heresia é um ensino falso que causa divisão e corrói a fé cristã. Num sentido, “heresias de perdição” é uma redundância. Uma heresia por natureza é destrutiva. Ela é destrutiva tanto para a igreja como para o mundo que a igreja quer alcançar com a mensagem de Cristo. As doutrinas destrutivas dos “falsos mestres” combatidas por Pedro eram particularmente terríveis. Elas chegavam ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou. Em que sentido elas negavam o Senhor? No capítulo anterior, o apóstolo afirmou que os fatos ocorridos na transfiguração culminaram com uma voz da parte de Deus que disse: “Este é o Meu Filho Amado”. A filiação de Jesus e, consequentemente, Sua divindade, parece ser a questão. Para Pedro, a divindade de Cristo estava fora de discussão. É plausível concluir que os “falsos mestres” negavam a plena divindade, ou talvez a total humanidade, do Senhor; mas não podemos afirmar nada além disso. Resgatar ou redimir são ideias intimamente relacionadas. Foi na pessoa do Filho amado de Deus que Jesus pôde redimir as pessoas do pecado. Ao negar a divindade de Cristo, os “falsos mestres” negavam o Seu poder de resgatá-los ou comprá-los

“...trazendo sobre si mesmos repentina perdição. ” Uma vez que negam a confissão que repousa no âmago da doutrina cristã, esses “falsos mestres” estão trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Pedro já qualificara os ensinos deles de “destruidores”. Tais ensinos destroem outros e trazem destruição aos que os defendem. Se os leitores de Pedro seguissem os “falsos mestres”, a implicação é que trariam a mesma “repentina destruição” sobre si mesmos. Pois, ao negarem-no, trazem sobre si mesmos súbita destruição - a perdição eterna no lago de fogo. Embora julguem-se a salvo, não hão de escapar no dia do Juízo Final. As falsos profetas a sentença de Deus pelo profeta Ezequiel foi: “Minha mão será contra os profetas que têm visões falsas e que adivinham mentiras. Não estarão no conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel. E vocês saberão que eu sou o Senhor Deus” (Ezequiel 13:9). O emprego antropomórfico da “mão de Javé” para o julgamento é frequente em Ezequiel (6.14; 14.9, 13; 16.27; 25.7, 13, 16; 35.3). Essa expressão aparece também em Isaías (Isaías 5.25; 10.4). Usando tal expressão, Deus anuncia três tipos de punição: Não estarão no conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD 2012.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201412_04.pdf

quinta-feira, 20 de outubro de 2022

LIÇÃO 4 – Quando se vai à Glória de Deus – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade. ” (Ezequiel 11.23)

A glória de Deus baixou do céu à terra primeiramente no tabernáculo, no dia de sua dedicação. Depois disso, essa cena se repetiu por ocasião da inauguração do templo de Jerusalém pelo rei Salomão. Ela representava a presença de Javé no templo. Quando Deus mandou Moisés construir o tabernáculo, explicou a razão dessa ordem: “E me farão um santuário, e habitarei no meio deles” (Êxodo 25.8). Essa presença não era incondicional, o povo tinha compromissos, a aliança feita no Sinai, mas esse pacto havia sido violado. Os capítulos 8 a 11 descrevem a segunda visão de Ezequiel. No capítulo 8, o foco foi a denúncia das abominações que estavam ocorrendo no templo, violando, assim, a santidade de Deus. O capítulo 9 mostra o julgamento divino como resposta a essas abominações, e o 10 evidencia como a glória de Deus aos poucos começar a se deslocar, até que, finalmente, no capítulo 11, ela se retira por completo de Jerusalém.

 “E a glória do SENHOR se alçou desde o meio da cidade “ A palavra “glória” traduz o termo kavod, do hebraico. Conforme o léxico de Baumgartner, seu sentido não teológico pode ser “peso, riqueza, glória, honra”. No seu uso teológico, pode significar “a glória dada a Javé, a glória de Javé ou a manifestação de Javé”. Nas visões de Ezequiel, “glória” indica o resplendor pela presença do Senhor (Ezequiel 1.28; 3.12, 23; 8.4; 9.3; 10.4, 18-19; 11.22-23; 39.21; 43.2, 4-5; 44.4). Essa é a descrição feita pelo próprio profeta (1.26-28; 8.2). O vocábulo hebraico shekhinah, embora usado com frequência entre os crentes como “glória”, não aparece na Bíblia. A palavra pertence ao chamado hebraico talmúdico e significa “morada em”, comumente usada entre os judeus para “presença de Deus”, e, às vezes, para se referir ao próprio Deus. O Talmude é uma antiga literatura religiosa dos judeus identificada nos evangelhos como “tradição dos anciãos” porque, naqueles dias, esses preceitos eram orais e só foram codificados a partir do século 5 d.C. Os rabinos a associam ao Espírito de Deus, porque o Talmude diz: “A Shekhinah do Senhor nunca se afastará desse lugar” (uma referência ao Muro das Lamentações). Essa retirada da Glória do Senhor aconteceu em alguns estágios: 1) a glória se levanta do querubim sobre a arca da aliança (9.3); 2) passa para a entrada do templo (10.4); 3) paira sobre os querubins e, aos poucos, afasta-se completamente do templo (10.18) e 4) por fim, a glória de Deus se põe sobre o monte das Oliveiras (11.23).

 “...e se pôs sobre o monte que está ao oriente da cidade. ” A glória saiu do meio de Jerusalém e seguiu ao monte que está a leste da cidade, o monte das Oliveiras, onde está o principal portão que dá acesso ao templo e aponta na direção da Babilônia. Após a retirada da glória do SENHOR, não poderiam esperar que coisas boas acontecessem naquele lugar. Como mencionou Paulo em 2 Tessalonicenses 1:7–9, quando se está longe da “presença do Senhor”, o resultado não é nada bom. Deus havia deixado o lugar santo por causa dos pecados da nação e das abominações do templo de Jerusalém. Mas mesmo assim, Ele tinha uma mensagem de esperança e reconciliação. Todavia, não haveria reconciliação até que Ele voltasse. A descrição do retorno da glória (43:1–4) faz paralelo com as passagens de Êxodo 40.34, na situação da tenda no deserto, e de 1 Reis 8.11, na edificação do templo de Salomão. Ezequiel 39.21 registra que essa glória será manifestada entre as nações, e essas saberão do exílio, da infidelidade da Casa de Israel, e o nome santo de Javé será revelado. Nessa nova realidade, a glória de Deus extrapola o templo e resplandece em toda a terra (v. 2). O profeta Isaías descreve a adoração dos serafins: “Santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos;/toda a terra está cheia da sua glória” (Isaías 6.6). Deus revela ao profeta o retorno da sua glória pelo mesmo caminho por onde antes saiu (10.19; 11.23).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201907_05.pdf 

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

LIÇÃO 3 – As Abominações do Templo – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário? Mas verás ainda maiores abominações. ” (Ezequiel 8.6)

“E disse-me: Filho do homem, vês tu o que eles estão fazendo? “ No verso 5 Deus disse a Ezequiel: “Filho do homem, olhe para o norte. Olhei para lá, e eis que do lado norte, junto ao portão do altar, na entrada, estava essa imagem dos ciúmes. O portão do altar ficava do lado oposto do altar do sacrifício”. Essa imagem de ciúmes é um ressentimento em ver o que é seu sendo dado a outro e evidencia a ira de Javé pela ofensa que a presença do ídolo de uma divindade pagã (Deuteronômio 4.16-18), provavelmente Aserá, representava nos recintos do templo (5.13; 16.38, 42; 36.6; 38.19). A orientação divina ao profeta é observar o mau comportamento da casa de Israel para servir como testemunha. (8.17) “Você está vendo, filho do homem? Será que é pouca coisa para a casa de Judá o fato de fazerem as abominações que fazem aqui, para que ainda encham de violência a terra e tornem a irritar-me?...”

“As grandes abominações que a casa de Israel faz aqui, para que me afaste do meu santuário? “ A palavra hebraica traduzida por “abominação” é toʿevah, usada sobretudo no contexto das práticas repugnantes dos cananeus ou algo que ferisse a pureza de Javé (Levítico 18.30; Deuteronômio 7.26;). A idolatria com as abominações subsequentes é um atentado contra a santidade de Deus e não pode ficar impune. É importante entender que Deus é soberano e tem o direito de aplicar o juízo da maneira que quiser, mas o castigo divino é proporcional à gravidade do pecado e não faz nada que contrarie a sua natureza. A expressão “casa de Israel” é usada em Ezequiel para designar os judeus que estavam em Jerusalém (4.3), para os judeus do exílio (4.13) e para os sobreviventes da destruição de cidade (5.4). O nome Israel aparece 180 vezes no livro de Ezequiel, e Judá aparece 15 vezes; “ancião de Judá” e “anciãos de Israel” aparecem como termos alternativos (8.1; 14.1; 20.1), e “casa de Israel” (em 8.6, 10- 12) é substituída por “casa de Judá” (8.17). Por causa das grandes abominações, Deus anuncia que se afastará do templo, e consequentemente, de Jerusalém. (8.18) “…ainda que gritem aos meus ouvidos em alta voz, nem assim os ouvirei. ”

“ Mas verás ainda maiores abominações. ” Deus alerta o Profeta de que ele verá transgressões piores pela frente. A estrutura de frases de como Deus se dirige ao Profeta se repete, com algumas variações, para mostrar as abominações (vv. 6, 12-13, 15, 17), revelando práticas cada vez mais ofensivas. As abominações do templo eram ofensivas demais; assim, diante dessa situação, só resta o juízo divino. Todo esse ritual às falsas divindades revela a apostasia generalizada. Todo o sistema estava corrompido, não havia outro remédio a não ser a destruição do templo e da cidade (2 Crônicas 36.16). O Deus “compassivo e misericordioso, grande em misericórdia e fidelidade” (Êxodo 34.6) não seria mais tardio em irar-se, Ele não mais teria piedade nem pouparia as pessoas que estavam cometendo terríveis ofensas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022. 

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

LIÇÃO 2 - Vem O Fim – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO ‘E tu, ó filho do homem, assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra. ” (Ezequiel 7.2)

‘E tu, ó filho do homem, “ Na primeira vez em que Deus se dirige ao profeta Ezequiel, não o chama pelo nome, mas usa a expressão em hebraico ben ʾadam, literalmente, “filho do ser humano” (2.1), para identificá-lo como homem entre os seres celestiais. A partir desse versículo, o título reaparece mais 92 vezes ao longo do livro, seis vezes só no capítulo 3 (vv. 1, 3, 4, 10, 17, 25). Nenhum outro profeta é chamado assim. Essa expressão reaparece em Daniel, mas não é usada para se referir a algum profeta (Daniel 8.17). Isso faz lembrar a identidade humana fragilizada e pecadora, ao passo que Deus é o Senhor da glória. “Filho do homem” é um título messiânico e, quando usado para designar Jesus, deixa clara a sua humanidade. Esse título em Jesus vem acompanhado de artigo, pois Jesus é o Filho de Deus e, ao mesmo tempo, o Filho do homem, e revela ser ele um ser humano terreno quanto um ser divino (Romanos 1.1-4; 9.4, 5). Adão é o cabeça da humanidade pecadora, e Jesus é o cabeça da humanidade redimida; todos os que creem em Jesus Cristo recebem vida eterna (Romanos 5.12-21). Jesus usou frequentemente esse título com respeito a si mesmo durante o seu ministério terreno, às vezes para apontar o seu vínculo com o mundo perdido: “Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19.10); em outras ocasiões, para apontar a sua condição celestial: “Ora, ninguém subiu ao céu, a não ser aquele que de lá desceu, o Filho do Homem” (João 3.13); “Que acontecerá, então, se virem o Filho do Homem subir para o lugar onde primeiro estava? ” (João 6.62).

“...assim diz o Senhor JEOVÁ acerca da terra de Israel: ” Essa fórmula é a chancela de autoridade espiritual muito comum nos profetas de Israel: “assim diz Senhor”, como também “veio a palavra do Senhor a (...)”, ou “veio a mim a palavra do Senhor”. Essas expressões aparecem muitas centenas de vezes no Antigo Testamento. Não se trata, pois, de ideias humanas nem de um pensamento de um profeta, mas, sim, como porta-vozes de Deus, recebem dele os oráculos e os transmitem ao povo como lhes foram confiados. A autoridade deles não está restrita apenas aos seus escritos que hoje compõem as Escrituras Sagradas, mas se estende à pessoa, pois, em vida, eram homens cheios do poder do Espírito Santo. O discurso tem endereço certo é a respeito da terra de Israel.

“Vem o fim, o fim vem sobre os quatro cantos da terra. ” A palavra Fim no hebraico trata-se de um substantivo usado em contexto de julgamento (Genesis 6.13; Amós 5.1820; 8.2). Ele aparece cinco vezes nos versículos 2, 3 e 6 e isso evidencia a intensidade do julgamento. Cerca de cento e cinquenta anos antes, o profeta Amós usou a mesma construção hebraica ba‘ haqēts, “vem o fim”, ao anunciar o fim do Reino do Norte: “Chegou o fim sobre o meu povo Israel” (Amós 8.2). Essa mensagem de Amós se cumpriu na queda de Samaria em 722 a.C. (2 Reis 17.23), o que leva os expositores do Antigo Testamento a interpretarem um paralelo com a palavra profética anunciada por Ezequiel sobre a queda de Jerusalém ocorrida em 587/586 a.C. Ezequiel mostra que Jerusalém está no mesmo caminho. Em outras palavras, o discurso do Profeta aponta que a destruição é um fato; ela é real e está próxima. A profecia deixa claro que o juízo não é apenas para Israel nem somente para uma única época, mas tem alcance universal: sobre os quatro cantos da terra. Essa expressão aparece na Bíblia para se referir a toda a terra (Isaías 11.12; Apocalipse 7.1). O discurso profético foi escrito em forma poética, e isso serve para chamar a atenção de todo aquele que lê essa Palavra.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/10/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

sexta-feira, 30 de setembro de 2022

LIÇAO 1 - Ezequiel, O Atalaia De Deus – 4 Trimestre de 2022.


TEXTO ÁUREO “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ” (1 Coríntios 9.16)

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, Paulo sente uma compulsão interior que sem dúvida vinha da comissão que Jesus lhe dera na estrada de Damasco, uma comissão confirmada por Ananias como também pelo Espírito Santo; Atos 9-6,15,16). Ele deve ter se sentido como Amós, quando disse: “Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará? ” (Amós 3-8. Paulo não pretendia pregar o Evangelho quando partiu tomando a estrada de Damasco. Se de boa vontade tivesse decidido por si mesmo pregar o Evangelho, ele teria tido recompensa. Mas ele não o fazia por vontade própria. Estava apenas satisfazendo um encargo que Jesus lhe tinha entregue (quando Ele o chamou para ser apóstolo aos gentios).

“...pois me é imposta essa obrigação; ” A pregação não é motivo de jactância porque para ele não é uma questão de escolha. Ele foi “com­pelido” literalmente, “me é imposta essa obrigação”. Não escolheu pregar o evangelho, mas deve fazê-lo conforme o chamado divino. Suas palavras relembram as de Jeremias: “Então, disse eu. Não me lembrarei dele [do Senhor] e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso” (Jeremias 20.9).

“...e ai de mim se não anunciar o evangelho! ” Aqueles que são separados para o ofício do ministério têm o encargo de pregar o evangelho. Ai deles se não o fizerem.  No livro de Ezequiel está escrito: A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lhe anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão. (Ezequiel 33:7,8). Observe que a vontade de Deus é a salvação do pecador, por isso o objetivo da mensagem é que o ímpio tenha consciência do perigo em que se encontra, e que se desperte para buscar a Deus e seja salvo (Isaías 55.6, 7). Essa parte do discurso revela a responsabilidade do Profeta em se tratando do destinatário original dessa mensagem e a nossa responsabilidade como cristãos que recebemos do Senhor Jesus a incumbência de anunciar o evangelho ao pecador (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-20; Lucas 24.46-49). Essa exortação não tem prazo de validade; ela é para os nossos dias, está afinada com o pensamento do Novo Testamento.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/09/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – Os problemas da Igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: Cpad, 2003.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

segunda-feira, 19 de setembro de 2022

LIÇÃO 13 - Resistindo às sutilezas de Satanás - 3 Trimestre de 2022


(Texto Áureo) “Sujeitai-vos, pois, a Deus; resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ” (Tiago 4:7)

“Sujeitai-vos, pois, a Deus; “ Tiago exorta seus leitores a fugirem das paixões pecaminosas se submetendo a Deus. Ele começa nos lembrando que o Espírito de Deus, que em nós habita e tem zelo santo por nós, nos admoesta para que obtenhamos “maior graça” (v.6). Para isso, basta que, seguindo sua admoestação, sujeitemo-nos a Deus, isto é, à sua vontade, que é “boa, agradável e perfeita” (Romanos 12.2). Sujeitar é um termo militar que significa fique no seu próprio posto, ponha-se no seu lugar. Quando um soldado quer se colocar no lugar do general ele tem grandes problemas. Renda-se incondicionalmente. Ponha todas as áreas da sua vida sob a autoridade de Deus. Por isso um crente rebelde não pode viver consigo nem com os outros. Davi pecou contra Deus, adulterando, mentindo, matando Urias e escondendo o seu pecado. Mas quando ele se humilhou, se submeteu e confessou, encontrou paz novamente com Deus.

 “...resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. ” Embora Tiago tenha anteriormente enfatizado a tendência maligna da própria pessoa como responsável pelo pecado (1.14), aqui ele admite a atuação de um ser maligno sobre-humano. A palavra diabolos é usada na Septuaginta como tradução da palavra hebraica de onde vem o título “Satanás”. Assim, os dois títulos têm significados idênticos (cf. Apocalipse 20.2), e sugerem que um dos propósitos básicos do diabo é “separar Deus e homem”. A esta separação o cristão precisa “resistir”. Qualquer que seja o poder que Satanás possa ter, o cristão pode estar absolutamente certo de que recebeu a capacidade para vencer tal poder. Em vez de sucumbirmos ao desejo que Satanás tem de nos separar de Deus, devemos nos achegar ao Senhor. Tiago promete que Deus responde, por sua vez, aproximando-se de nós. Naturalmente, deve estar óbvio aqui que Tiago não está falando de salvação, mas de arrependimento daqueles que já são cristãos. Os que se arrependem sinceramente e voltam para Deus irão encontrá-lo, como o pai do filho pródigo, ansioso por receber de volta seu filho errante.

Ou seja, a melhor forma de mantermos o Diabo afastado de nós é nos sujeitarmos à vontade de Deus. Ele mostra em que contenda devemos engajar-nos, a saber, como diz Paulo, que nossa peleja não seja com a carne e o sangue, porém nos estimula a uma luta espiritual. Então, depois de haver-nos ensinado a mansidão para com os homens, e a submissão para com Deus, ele põe diante de nós a Satanás como nosso inimigo, contra quem nos cabe lutar. Não obstante, a promessa que ele adiciona, relativa à fuga de Satanás, parece ser refutada pela experiência diária; pois é certo que, por mais que alguém energicamente o resiste, mais ferozmente ele investe. Pois Satanás, de certa maneira, age por diversão, quando ele não é energicamente repelido; mas, contra os que realmente o resistem, ele emprega toda a energia que possui. E, ademais, ele nunca se cansa em lutar; mas, quando é vencido em alguma batalha, imediatamente se engaja em outra. A isto respondo que fugirá deve ser tomado aqui por fazer fugir ou debandar. E, indubitavelmente, ainda que ele reitere seus ataques, continuamente, contudo sempre se afasta vencido.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/10/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

Lopes, Hernandes Dias. Tiago: transformando provas em triunfo. São Paulo: Hagnos, 2006.

CALVINO, João, 1509-1564. Epístolas gerais / João Calvino; [traduzido por Valter Graciano Martins]. São José dos Campos, SP: Fiel, 2015.

segunda-feira, 12 de setembro de 2022

LIÇÃO 12 - A Sutileza da Espiritualidade Holística - 3 Trimestre de 2022


(Texto Áureo) “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. ” (João 14.6)

A pergunta confusa de Tomé, como muitas outras perguntas no quarto evangelho, dá a Jesus a oportunidade de expandir e explicar o que disse. Jesus vai para junto do Pai, e os discípulos irão segui-lo; para eles, ele próprio é o caminho até o Pai.

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. ” Ao dizer “eu sou o caminho”, Jesus não apenas indica qual é o caminho para a casa do Pai, mas se revela explicitamente como sendo Ele próprio esse caminho. Essa expressão significa que Ele, Cristo, é o único Mediador entre Deus e o seu povo. Jesus é tanto o caminho do homem para Deus, como fica claro nesse próprio texto de João 14, como também é o caminho de Deus para o homem. Isso significa que as bênçãos que procedem do Pai alcançam os redimidos por meio do Filho (cf. Mateus 11:27,28). Jesus não é apenas o caminho, mas é também a verdade. Ele é a verdade em pessoa, no sentido de que Ele é o único que revela o Pai. Ele é a perfeita revelação da obra redentora de Deus para o homem caído em seus pecados (Mateus 11:27). Jesus é a verdade que liberta, santifica e conduz os santos a casa do Pai (João 8:32; 17:17). Ao dizer “eu sou a vida”, Jesus se coloca como sendo a fonte da vida que se opõe à morte. Ele tem a vida em si mesmo. Por isso, somente Ele pode ser o doador da vida para os que são seus (cf. João 3:16; 5:26; 6:33; 10:28; 11:25). Quando Jesus diz ser a vida, Ele indica que somente nele o homem, morto em delitos e pecados, poderá encontrar verdadeira vida. Nesse contexto, em quanto a morte significa a separação de Deus, a vida significa comunhão com Ele. Isso significa que somente em Jesus o homem pode ser reconciliado com Deus e desfrutar da bem-aventurança da vida eterna ao seu lado. Explicando o significado da frase “eu sou o caminho, a verdade, e a vida”, W. Hendriksen diz que o caminho leva a Deus; a verdade torna o homem livre; e a vida produz comunhão. Assim, quando Jesus revela a verdade redentora de Deus que liberta os homens da escravidão do pecado, e quando concede a vida que produz comunhão com o Pai, então, sendo o caminho, Ele próprio é quem leva os redimidos para junto do Pai. Tomás à Kempis escreveu: Sigam-me. Eu sou o caminho e a verdade e a vida. Não ê possível andar fora do caminho, não é possível conhecer fora da verdade, não é possível viver fora da vida. Eu sou o caminho pelo qual vocês devem andar; a verdade em que vocês devem crer; a vida na qual vocês devem pôr sua esperança. Eu sou o caminho inerrante, a verdade infalível, a vida infindável. Eu sou o caminho reto, a verdade absoluta, a vida verdadeira, bendita, não-criada. Se vocês permanecerem no meu caminho conhecerão a verdade, e a verdade os libertará, e tomarão posse da vida eterna.

 “ Ninguém vem ao Pai senão por mim. ” Essa declaração é o resultado natural da frase anterior. Ela indica o quão os homens são absolutamente dependentes de Cristo com relação à comunhão com Deus. Em outras palavras, não existe nenhuma verdade redentora a parte de Cristo. Não há nenhuma esperança de vida eterna longe dele, e nenhum caminho capaz de levar o homem à casa do Pai. Não há outro Cordeiro de Deus que tira o pecado, não há outro sacrifício que apazígua a santa ira de Deus, e também não há outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Jesus é, absolutamente, o caminho, e a verdade, e a vida, e definitivamente ninguém chegará ao Pai senão através dele. Ele é realmente, o único caminho através do qual alguém pode chegar ao Pai; não existe outro. Se esta exclusividade é chocante, devemos ter em mente que quem afirma isto é o Verbo encarnado, o revelador do Pai. Se Deus não tem outro meio de comunicação com a raça humana exceto o seu Verbo (encarnado ou não), então a raça humana não tem outro meio de achegar-se a Deus exceto por este mesmo Verbo, que se tornou carne e habitou entre nós para abrir esta via de acesso.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/09/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

BRUCE, F.F. João – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

https://estiloadoracao.com/eu-sou-o-caminho-verdade-e-vida/

segunda-feira, 5 de setembro de 2022

LIÇAO 11 - A Sutileza das Mídias Sociais - 3 Trimestre de 2022


(Texto Áureo) “Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. ” (Romanos 12.1)

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, “ Em vez de ditar uma ordem, Paulo “rogou”, solicitou, suplicou, implorou a seus leitores. Talvez ele tenha feito isso porque Deus não quer uma doação forçada, e sim um sacrifício de boa vontade, espontâneo. Paulo prosseguiu sua abordagem calorosa e pessoal usando o termo “irmãos” (v. 1b). Daqui até o fim da carta, ele se dirigiu a todos os irmãos espirituais residentes em Roma, judeus e gentios. Paulo rogou aos irmãos “pela compaixão de Deus” (v. 1c). Ou “As misericórdias de Deus” são as muitas expressões de misericórdia expostas nos capítulos anteriores: a misericórdia de Deus em nos salvar, em nos ajudar a viver a vida cristã e assim por diante. Diante de Suas misericórdias, devemos estar dispostos a fazer qualquer coisa que Ele nos pedir. Quando pensamos no que Ele fez por nós, nada que Ele nos peça é demais.

“...que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, “ Essas palavras faziam mais sentido para os leitores do primeiro século do que para muitos de nós. Durante séculos, os judeus ofereceram sacrifícios de animais no templo. A adoração pagã também girava em torno de sacrifícios. O desafio de Paulo aos cristãos incluía uma comparação e ao mesmo tempo um contraste com os sacrifícios de animais — especialmente os da religião judaica. Analisemos com cuidado esse maravilhoso desafio:

• “Apresenteis” — “apresentar” significa basicamente “colocar ao lado, “colocar”, e para, “ao lado de”). Era usado para o ato de se colocar uma oferta perante o Senhor. Era “o termo técnico para se apresentar animais e ofertas aos levitas”.

• “O vosso corpo” — vocês devem se apresentar. Nenhum animal jamais entrou trotando no templo e dizendo: “Aqui estou eu! Sacrifiquem a mim! ” Todavia, é isso o que um cristão, praticamente, faz. Neste sentido, o cristão é o sacerdote e, ao mesmo tempo, o sacrifício. Em vez de oferecer animais mortos, os cristãos devem oferecer seus corpos, suas vidas, a Deus.  Muitos comentaristas e tradutores interpretam a palavra “corpo” em 12:1 como “todo o nosso ser”. Devemos oferecer tudo o que somos e tudo o que temos a Deus, mas Paulo certamente tinha um motivo para usar a palavra “corpo”. Em toda a carta, ele enfatizou o corpo físico como uma grande fonte de preocupação espiritual. Por causa da fraqueza da carne o corpo pode e de fato irá nos subjugar (7:5, 18, 23, 24). Entretanto, no capítulo 8 Paulo declarou que, por meio do Espírito Santo, podemos mortificar “os feitos do corpo” (8:13). O cristianismo é reconhecido como uma das religiões que dá ao corpo a sua devida honra e dignidade11. “Para os gregos... o corpo era apenas uma prisão, algo a ser menosprezado e até motivo de vergonha”12. Em oposição a isso, o cristão entende que seu corpo é “templo do Espírito Santo” (1 Coríntios 6:19). Ele pode glorificar a Deus e exaltar a Cristo em seu corpo (1 Coríntios 6:20; Filipenses 1:20).

• “Em sacrifício” — “os sacrifícios de animais, oferecidos numa época anterior, tornaram-se obsoletos graças à oferta que Cristo fez de Si mesmo. Mas sempre há lugar para o serviço divino prestado por corações obedientes”. Pedro escreveu aos cristãos: “vós... como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (1 Pedro 2:5). Hebreus lançou este desafio a todo seguidor de Jesus: “Por meio de Jesus... ofereçamos a Deus, sempre, sacrifício de louvor, que é o fruto de lábios que confessam o seu nome. Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz” (Hebreus 13:15, 16).

• “Vivo” — em vez de oferecer animais mortos, os cristãos oferecem um sacrifício vivo.

• “Santo” — os sacrifícios oferecidos ao Senhor deveriam ser santos (separados para Ele) e sem mácula (veja Levítico 1:3; 1 Pedro 1:19; Malaquias 1:8). Os cristãos sempre devem oferecer o melhor para Deus.

• “E agradável a Deus” — a palavra traduzida por “agradável” significa literalmente “que agrada bem”. Na época do Antigo Testamento, quando sacrifícios de animais eram feitos conforme as instruções divinas, a fumaça subia como “aroma agradável ao Senhor” (Números 15:3). Da mesma forma, o tipo de sacrifício espiritual do qual estamos falando agrada a Deus e é aceito por Ele.

“...que é o vosso culto racional. ” De que maneira ou maneiras podemos oferecer nosso corpo num sacrifício a Deus considerado “racional”? 1) Este é um pedido razoável considerando tudo o que Deus fez por nós. 2) Respondemos ao amor de Deus como seres racionais, que raciocinam. 3) Quando oferecemos esse sacrifício, o fazemos de uma forma consciente e cuidadosa, pois qualquer coisa que fizermos para o Senhor deve incluir o raciocínio. Jamais devemos servi-lo de maneira ritualista ou automática. Se já é perigoso um motorista dirigir entorpecido pelo sono — assustando-se quando, ao acordar, percebe que já chegou a determinado ponto do trajeto — muito mais perigoso é servir a Deus sem plena consciência do que se faz. Quando prestamos culto a Deus, nossas mentes precisam estar concentradas nEle e no que estamos fazendo. O mesmo se aplica a todo serviço que prestamos ao Senhor.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

MERRILL F. Unger e William White Jr., Dicionário Vine. Trad. Luis Aron de Macedo. Rio de Janeiro: CPAD.

F. F. BRUCE, Romanos — Introdução e Comentário. Trad. Odayr Olivetti. Série Cultura Bíblica. São Paulo: Ed. Vida Nova e Ed. Mundo Cristão, 3a. ed., 1983,

http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200904_03.pdf

quarta-feira, 31 de agosto de 2022

MORDOMIA CRISTÃ - ELINALDO RENOVATO

 I. CONCEITOS DE MORDOMIA 

1. Mordomo. A palavra vem do latim, major domu, e significa “o criado maior da casa”, “administrador dos bens de uma casa”, “ecônomo” (Dicionário Aurélio).

Na Bíblia, a função aparece diversas vezes como “encarregado administrativo dos bens de um grande proprietário de terras”. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento essa função corresponde à de um administrador. Portanto, nós somos mordomos de Deus e, à luz do Novo Testamento, os líderes espirituais têm maior responsabilidade perante o Senhor da Igreja (Lc 12.48).

2. Mordomia. A palavra significa “cargo ou ofício do mordomo; mordomado”. Sua origem está no termo grego oikonomia e, por isso, a encontramos em alguns textos do Novo Testamento, como na “Parábola do mordomo infiel” (Lc 16.2-4). Na Bíblia, mordomia diz respeito a todo serviço que o crente realiza para Deus e o seu comportamento diante do Pai e dos homens. É a administração dos bens espirituais e materiais, tanto no aspecto individual quanto no coletivo do ser humano. Assim, nossas faculdades espirituais, emocionais e físicas são o objeto da Mordomia Cristã. Por isso, esta mordomia está ligada ao ensino da Palavra de Deus.


II. A MORDOMIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO 

1. A mordomia do amor cristão. A mordomia cristã deve dar grande valor à prática do amor. Certa vez, um fariseu resolveu testar Jesus quanto à sua visão sobre os mandamentos da Lei de Moisés. Ele conhecia bem os dez mandamentos. Abordando Jesus, indagou-lhe: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” (Mt 22.36). E Jesus respondeu-lhe de maneira sábia, serena e consistente:

1.1. “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração” (22.37). Nosso Senhor não aceita dominar apenas uma parte do nosso coração; Ele o requer por completo. Quanto a isso, Ele nunca fez concessões: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12.30). O mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).

1.2. “De toda a tua alma e de todo o teu pensamento” (v.37). Aqui, o Senhor Jesus enfatizou que, além de todo o coração, o primeiro mandamento exige toda a alma e todo o pensamento de uma pessoa. Essa é a base bíblico-doutrinária para dizer que a Mordomia Cristã valoriza a interioridade do crente. Logo, absolutamente tudo no interior do cristão — coração, alma e pensamento — deve estar voltado para Deus, que é o centro de todas as coisas.

1.3. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (22.58). O segundo mandamento enfatiza que, na medida em que amamos a Deus de todo coração, alma e pensamento, devemos amar o próximo como a nós mesmos. Tal mandamento é relevante para a nossa mordomia, pois no mundo atual, sem qualquer ranço pessimista, pode-se ver que o desamor é a tônica entre pessoas, famílias, países e, até mesmo, entre alguns que se dizem cristãos.

1.4. Quem é o próximo? Esta foi a grande pergunta feita por Jesus após contar a parábola do Bom Samaritano ao doutor da lei (Lc 10.30-37). O nosso próximo é um familiar: esposo, esposa, pai e filho, irmão, primo, sobrinho, etc. É o nosso irmão em Cristo, o nosso vizinho, o professor, o colega de trabalho, o carente ou o socialmente excluído. Assim, o mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).

2. A mordomia da fé cristã. A palavra fé (gr. pistis ; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos em todas providências de Deus. Mas a melhor definição de fé foi enunciada pelo autor da Epístola aos Hebreus, ao descrevê-la com profunda inspiração divina: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Aqui, há três características essenciais à fé:

(1) Ela é o fundamento ou base para a confiança em Deus;

(2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de Deus;

(3) Ela é “a prova das coisas que não se veem”, mas são esperadas por uma convicção antecipada.

3. A fé como patrimônio espiritual. A fé cristã é o depósito espiritual acumulado durante toda vida do crente. É o nosso patrimônio espiritual, de valor e virtudes inestimáveis. Essa fé que o crente foi estimulado a guardar para não perder a “coroa” (Ap 3.11). Ao escrever ao jovem discípulo, Timóteo, e já próximo da morte, o apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm 4.7,8). Querido irmão, prezada irmã, guarde sua fé!


III. A MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS 

1. O cristão e as finanças. Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira. Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforços, com “o suor” de seu rosto (Gn 3.19), para obter os bens de que necessita. Isso é feito de maneira constante (1Ts 4.11). Nesse aspecto, a preguiça é um pecado intolerável diante de Deus. Assim, Ele exorta ao preguiçoso que aprenda com as formigas, pois estas trabalham no verão para garantir o mantimento no inverno (Pv 6.6,9; 10.26).

2. O cristão e as riquezas. Deus não demoniza a riqueza nem diviniza a pobreza. Mas o cristão não deve recorrer aos meios ou práticas ilícitas de ganhar dinheiro, como o bingo, a rifa, as loterias e outras formas “fáceis“ de buscar riquezas (Pv 28.20).

A Bíblia mostra que a avareza é a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma compulsão para enriquecer a qualquer custo. É uma escravidão ao vil metal. Sobre isso as Escrituras também asseveram: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.10).

E Jesus ensinou: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15). E também ratificou: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mt 6.20).

3. O cristão e a contribuição para a igreja. Na igreja local há várias maneiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir para a expansão e manutenção da Obra do Senhor. Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas voluntárias (cf. Ml 3.8-12). Jesus reiterou a necessidade da contribuição com os dízimos, repreendendo a hipocrisia dos fariseus (Mt 23.23), pois há inúmeras necessidades da igreja que requerem as contribuições dos fiéis.


CONCLUSÃO 

Somos mordomos dos bens espirituais e materiais concedidos por Deus à sua Igreja. Se realizarmos nossa mordomia para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Usemos os recursos que Deus nos concedeu como verdadeiros mordomos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo o que temos vem do Senhor!


Fonte:
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 3º Trimestre de 2019
Título: Tempo, Bens e Talentos — Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

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