terça-feira, 29 de junho de 2021

História da Assembleia de Deus Ministério Ipiranga (90 Anos)


 A CHAMA PENTECOSTAL ALCANÇA O ESTADO DE SÃO PAULO

Após a marcante fundação das Assembléias de Deus no Brasil (Ver História da Igreja - Assembléia de Deus), em Belém do Pará, no dia 18 de junho de 1911, seu avanço continua, por todo o Brasil. Durante a década seguinte, a Assembléia de Deus alcançaria o Estado do Amazonas, Rondônia, Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba entre outros.

Mas foi em 1924 que fogo pentecostal alcança o Estado de São Paulo, mais precisamente, em cinco de maio de 1924. Seus iniciadores não foram nem missionários nem pastores. Alguns crentes que tinham se transferido de Recife para Santos haviam trazido nos corações o testemunho vivo da Palavra de Deus. A primeira preocupação desses servos de Deus foi anunciar a mensagem do Evangelho. Entre os primeiros crentes que chegaram a Santos estavam Vicente Limeira, Hermínia Limeira, Francisco Corrêa e Otávio Corrêa.

O pequeno grupo de crentes não tinha pastor. Eles se reuniam, cantavam, oravam, testificavam e pediam ao Senhor que lhes enviasse um pastor. Deus ouviu suas orações. O missionário Daniel Berg, um dos fundadores da igreja, por orientação divina ingressou no Estado de São Paulo como todo vigor do Espírito Santo.

Podemos dizer que a cidade de Santos teve o privilégio de ser uma das primeiras do Estado de São Paulo a receber a mensagem pentecostal. Para sermos mais exatos, foi em Santos que se estabeleceu a primeira Assembléia de Deus no Estado de São Paulo.

Só depois de dezesseis longos anos em que a mensagem pentecostal havia chegado ao Brasil, e quatro que havia chegado a Santos, São Paulo foi alcançada pelas chamas que já se haviam alastrado inclusive pelos Estados do Sul. Em 15 de novembro de 1927 chegava à cidade de São Paulo o missionário Daniel Berg e esposa, com o objetivo de anunciar as Boas Novas na metrópole paulista, como já havia feito em outras cidades e Estados.


Ao chegar à grande cidade industrial, Daniel Berg não conhecia ninguém, nem trazia o endereço de qualquer pessoa. Estava tão somente escudado e confiante na direção divina. Os primeiros cultos realizados pelo casal de missionários foram assistidos somente por duas ou três pessoas. O pequeno grupo se reunia na pequena sala da sua vasa, na Vila Carrão, para cantar, tocar algum instrumento e orar.

O TRABALHO É INICIADO NO IPIRANGA 

Acompanhando o ritmo progressivo da cidade, a igreja florescia e multiplicava seus trabalhos. O avanço da Assembléia de Deus era constante, na direção de todos os bairros da cidade. Portas e mais portas se abriam para que se estabelecessem novos trabalhos.

No mês de outubro de 1930, o missionário Daniel Berg prosseguiu sua jornada para alcançar outros locais para Cristo, deixando em seu lugar o missionário Samuel Nyström. Este servo de Deus, dando seguimento à obra iniciada, percebeu a necessidade de um trabalho no bairro do Ipiranga. Enviou, então, o Evangelista Vitalino Piro para dirigir cultos nos jardins do atual Parque da Independência.


A partir do mês de abril de 1931 foram intensificados os trabalhos de evangelismo no parque, pois estava claro que o campo era promissor. Numa quinta-feira de junho de 1931, em mais um culto no Monumento do Ipiranga, converteu-se aos caminhos do Senhor uma senhora chamada Josefina, a qual gentilmente cedeu sua residência para a realização dos cultos, na Rua Arciprestes Ezequias, nº 7, Vila São José, já que até o momento os cultos eram realizados ao ar livre, em frente ao Museu do Ipiranga.

Para oficializar a fundação da futura progressista e grandiosa Assembléia de Deus no Ipiranga, Vitalino Piro marca um batismo nas águas, na tarde do dia 29 de junho de 1931, numa segunda-feira fria de feriado na cidade de São Paulo. O local do batismo foi o Riacho do Ipiranga, exatamente no ponto de cruzamento entre a Rua Dr. Mário Vicente e a Av. Ricardo Jafet.

O evento emocionou a todos os presentes, pois, na ocasião, a irmã Carmem Triston já contava com 70 anos de idade e sofria de bronquite asmática. Seu filho Francisco, preocupado, havia insistido para que a mãe não arriscasse a própria vida, entrando naquele riacho gelado. Porém, quando a irmã Carmen ressurgiu das águas, estava radicalmente curada, e pulando como uma criança, para o espanto de todos. Este foi o primeiro milagre constatado na Assembléia de Deus no Ipiranga.

A CHEGADA DO PASTOR PRESIDENTE


Após uma fase difícil concernente à administração, em 26 de julho de 1943, a igreja contou com a cooperação provisória e interina do pastor Bruno Skolimowski, sendo este membro da igreja no Belém. Sabiamente, o Pastor Bruno apresenta o Pastor Alfredo Reikdal para dirigir aquele trabalho, outorgando-lhe amplos poderes administrativos.

Devemos pausar agora a narrativa da história, para destacar o relacionamento do pastor Alfredo Reikdal com o pastor Bruno Skolimowski, já que este indicara aquele a um cargo deextrema importância que revolucionaria o Ministério no Ipiranga.

Chegando em Curitiba, PR, em 19 de outubro de 1928, o pastor Bruno Skolimowski e família foram morar no Campo da Galícia, próximo à igreja Ortodoxa Russa. Dirigindo cultos na casa de um lituano, no bairro Bigorrilho, onde se reuniam poloneses, russos, ucranianos e lituanos, o pastor Bruno fundou a Assembléia de Deus no Estado do Paraná, em outubro de 1929.

Em um dos cultos, o pastor Alfredo, que na época estava com 13 anos de idade, se converteu ao Senhor, sendo que o pregador da noite era justamente o pastor Bruno de modo que este, posteriormente, realizou seu batismo.

Em setembro de 1939, apenas dez anos após sua conversão, o irmão Alfredo é consagrado e separado para o ministério, sob a imposição das mãos de Bruno Skolimowski e Carlos Mazza. Aliás, foi o primeiro pastor separado pela Assembléia de Deus do Estado do Paraná.

POSSE DEFINITIVA


Bruno Skolimowski havia então apresentado o jovem pastor para assumir, provisoriamente a igreja no Ipiranga até que fossem normalizada a situação adversa. Porém, as coisas tomaram outros rumos, pois no dia 31 de janeiro de 1944, sob a presidência de Carlos Leonardo Areno, a igreja se reuniu em Assembléia Geral Ordinária, e, por aclamação unânime, recebeu o pastor Alfredo Reikdal por presidente, definitivo, devido à EXCELÊNCIA de seu trabalho.

Assim, a Igreja Assembléia de Deus, Ministério no Ipiranga, sob sua nova presidência, a cada dia crescia rumo ao desenvolvimento permanente. Ao longo dos anos, novas congregações eram iniciadas, e o poder de Deus era visível em sua administração.

Natural de São José dos Pinhais (PR), Reikdal, já na adolescência, pregrava o evangelho nas ruas e praças de Curitiba, residências e penitenciária. Em 1941 veio para São Paulo e dois anos depois assumia a direção da igreja no Ipiranga, cuja sede provisória era um imóvel na rua Bento Vieira, 53. Na época a igreja já tinha três congregações (Jabaquara, Itatiba e Amador Bueno) e um total de 171 membros. Em razão das dificuldades financeiras, o pastor, que residia na Mooca, vinha a pé ao Ipiranga e Jabaquara, passando pela Vila Prudente.

As primeiras pessoas batizadas foram Josefina e Joaquim Fernandes e Carmem Luiz Ruiz Criston. A cerimônia seguiu um rito semelhante ao batismo de Jesus no rio Jordão, só que no caso de Joaquim e Carmem foram batizados nas águas límpidas e cristalinas do Riacho Ipiranga, na esquina com a rua Mário Vicente.

Em 20 de março de 1955, às 15h00, foi realizada a solenidade de lançamento da pedra fundamental do Templo Sede, com a participação de mais de duas mil pessoas, as quais desfilaram pelas ruas com bandas musicais e faixas. O pastor Alfredo se recorda que iniciou a obra com 50 cruzeiros. Um ano depois estava pronto um salão que serviu de local para os trabalhos religiosos. Naquele tempo surgiram problemas, inclusive com a prefeitura embargando a obra da igreja que hoje faz parte do patrimônio histórico de São Paulo é bastante freqüentada por estudantes de arquitetura e autoridades ligadas à cultura artística. Após longos e árduos anos de construção, a inauguração definitiva do templo se deu às 10:30h do dia 19 de dezembro de 1984, em cerimônia presidida pelo próprio pastor Alfredo, com a presença de autoridades civis, militares e religiosas, dentre os quais podemos destacar José Wellngton Bezerra da Costa, presidente da CGADB.

Após 67 anos pastoreando o rebanho do Senhor, parte para a glória em 23 de março de 2010 o Pastor Alfredo Reikdal que foi o presidente vitalício da Igreja Evangélica Assembléia de Deus - Ministério do Ipiranga, e presidente da COMOESPO -Convenção dos Ministros Ortodoxos das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo e Outros.

O Pastor Alfredo Reikdal também foi fundador e diretor em diversas gestões, e Presidente da COMADESPE - Convenção dos Ministros das Assembléias de Deus no Estado de São Paulo e outros, quando em 1996, solicitou desligamento da Fundação para COMOESPO - Convenção dos Ministros Ortodoxos do Estado de São Paulo e Outros, ligada ao seu próprio ministério. 

Foi realizada na sede do Ministério em 29/03/2010 uma Assembleia Geral extraordinária que tratou da vacância de Pastor Presidente na direção de nosso ministério, devido ao passamento para a eternidade do nosso querido Pastor Alfredo Reikdal. Foi indicado o Pastor Alcides Favaro que já exercia a função de Pastor Presidente em exercício, o que se viu foi uma unanimidade na indicação e confirmação, cumprindo-se a Palavra de Deus que diz que devemos ser todos de um mesmo parecer, pois o Pastor Alcides já vinha exercendo a função de Pastor Presidente em exercício por aproximadamente dez anos, e foi indicado a vice presidente pelo próprio Pastor Alfredo quando ainda gozava de boa saúde, e o que se viu foi uma confirmação da vontade de Deus, pois não houve nenhuma contrariedade entre os presentes na Assembleia, ao contrário houve uma grande manifestação da presença de Deus naquele lugar e muita alegria quando o Pastor Alcides ocupou a cadeira que estava vaga desde o adoecimento de nosso Pastor fundador que agora se encontra com o Senhor.

Fonte: Cohen, Eliézer (2006), E Deus Confirmou os Seus Passos. Biografia do pastor Alfredo Reikdal

PRESIDENTE ATUAL - PASTOR ALCÍDES FÁVARO


Favaro, Alcides – Pastor e Presidente do Ministério da Assembléia de Deus do Ipiranga e COMOESPO – desde 29 de março de 2010. Eleito por AGE como Presidente do Ministério e COMOESPO por unanimidade dos presentes, pois vinha exercendo as presidências em exercício desde o ano de 2001.Pr Alcídes Fávaro

Nascido em 12 de dezembro de 1938, em Guararapes, Estado de São Paulo, primogênito de seis irmãos. Seus pais João Fávaro (in memorian) e Adélia Franco Fávaro, atualmente com 90 anos de idade (ambos de origem italiana), lavradores até o ano de 1954 e depois mudaram-se para São Paulo – capital, onde com toda a família entregaram-se ao Senhor Jesus Cristo na Assembléia de Deus, Ministério do Ipiranga e também foram batizados com o Espírito Santo.

Alcides com 16 anos, converteu-se a Cristo, quando pela primeira vez lia a Bíblia Sagrada com seu pai em sua casa e em ato contínuo recebeu a gloriosa promessa do batismo com o Espírito Santo. Concluiu o curso primário, ginasial, colegial e superior em Teologia, Estudos Sociais, Ciências Sociais e Economia. Seu último emprego foi na General Motors do Brasil, onde veio a aposentar-se no ano de 1991, para dedicar-se integralmente na Obra de Deus.

Em 9 de abril de 1966, casou-se com Lívia de Campos Fávaro, filha do obreiro Sebastião Firmino de Campos, também do Ministério do Ipiranga. Desta união nasceram três filhos: Priscila, Evandro e Henrique.

Em 1960, reabriu a congregação de Vila Simões servindo ao Senhor como cooperador por 2 anos. Foi enviado para a congregação em Parque Bristol, onde atendeu por 3 anos. Em seguida, atendeu as congregações de Jabaquara, Santo Amaro, Curuça, Praça da Sé, e Vila Paulina. Voltou a dirigir pela 2ª vez as congregações de Jabaquara e Praça da Sé. Foi relator do Conselho Fiscal do Campo do Ipiranga por 23 anos. Também assumiu a Superintendência da Escola Dominical da Sede do Ministério por 1 ano. Em 1970, mês de outubro, foi consagrado ao santo ministério de pastor. Em 1991 foi enviado para dirigir o setor de Itatiba/SP, onde ficou por 6 anos. Em 2001 atendendo ao pedido do Pr. Alfredo Reikdal é eleito em AGO, como vice-presidente, preenchendo a vacância deixada pelo saudoso pastor Gumercindo Campos Leite e posteriormente como pastor presidente em exercício, em função das enfermidades do pastor Alfredo Reikdal que ficara impossibilitado para atender o campo do Ipiranga.

O Pastor Alcides Fávaro é conservador da sã doutrina e mantenedor dos bons usos e costumes, nunca aceitou inovações.

Em 2011 o campo Eclesiástico do Ipiranga conta com 55 setores, abrangendo os Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás, Tocantins e Paraná. Ultrapassamos o numero de 7.000 obreiros entre cooperadores, diáconos, presbíteros, evangelistas, pastores e missionários no Brasil e exterior. Estamos aproximando o numero de 190.000 membros e congregados. Construímos nesses 9 anos dezenas de novos templos com capacidade para acomodar de 500 a 3.000 membros, em atendimento ao crescimento da Obra de Deus. Mantemos os departamentos de Evangelização, Missões, Seminário Teológico, Assistência Social, Livraria dos Irmãos, Jurídico e Patrimônio. Também jubilamos obreiros por invalidez permanente ou por idade avançada. As viúvas de pastores também são atendidas na qualidade de pensionistas.

Fonte: Cohen, Eliézer (2006), E Deus Confirmou os Seus Passos. Biografia do pastor Alfredo Reikdal

https://adipirangaemitapevi.webnode.com/historico/

segunda-feira, 28 de junho de 2021

Lição 1 – A ascensão de Salomão e a construção do Templo - 3 Trimestre de 2021.


 (Texto Áureo) E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor. (1 Reis 8:11)

“E não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, ” Este, talvez, seja o texto mais citado pelos pregadores que ministram o “cair no Espírito”, os quais têm argumentado: “Ninguém suporta ficar de pé quando a unção do Espírito vem sobre nós”. Bem, vamos examinar com atenção o que aconteceu, começando com uma leitura atenta do contexto imediato: “E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a Casa do SENHOR. Como se percebe, essa passagem bíblica nada menciona a respeito do “cair no Espírito”. O que ela diz é que a nuvem da glória do SENHOR encheu a sua Casa e impediu os sacerdotes de ministrar. Quanto à frase “não podiam ter-se em pé”, a versão bíblica Almeida Revista e Atualizada (ARA) é ainda mais clara: “não puderam permanecer ali”, ou seja, não puderam ministrar.

“Por causa da nuvem, ” Na Bíblia, a nuvem de glória significa uma representação da presença imediata de Deus no meio do seu povo. A nuvem como um símbolo da presença de Deus é amplamente indicada nas Escrituras (cf. Êxodo 19:9; 33:9,10; Números 9:15-22; Salmos 99:7; 105:39). No tempo da peregrinação dos israelitas pelo deserto, a presença orientadora e protetora do Senhor se manifestava a eles através de uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite (Êxodo 13:21). Quando o Tabernáculo foi construído para ser o local oficial de comunhão entre Deus e os israelitas, a nuvem de glória finalmente cobriu o Santuário que ficava no meio do acampamento. A Bíblia diz que “a nuvem cobriu a tenda da congregação. Moisés não podia entrar na tenda da congregação; porque a nuvem permanecia sobre ela, e a glória do SENHOR enchia o Tabernáculo” (Êxodo 40:34). Aqui, como em inúmeras ocasiões distintas, o Senhor fez a sua presença real e conhecida em uma nuvem. Não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem. Os sacerdotes, confrontados com a esmagadora presença de Deus, interromperam o seu trabalho. E uma magnífica ocasião, um dia altamente sagrado, quando Deus assume o completo controle e, aqueles que normalmente seriam os condutores dos acontecimentos, passam a um segundo plano.

“Porque a glória do Senhor enchera a Casa do Senhor. “ A presença da glória do Senhor no Templo é importante porque ela representa a própria presença dEle no local. Assim como a sua presença esteve no Tabernáculo no deserto (Êxodo 33.9; 40.34,35; Numeros 12.4-10), agora também estava presente no Templo; trata-se do símbolo de que Deus tomou posse da sua casa e que agora ela é sua. Foi por isso que Ezequias, ao receber as cartas ameaçadoras de Senaqueribe, apresentou-as diante de Deus no Templo, e são vários os Salmos que celebram a presença de Deus no Templo (Salmo 27.4; 42.5; 76.3; 84; 122.1-4; 132.13,14; 134). Embora Deus não habite em templos feitos por mãos de homens (Isaias 66.1; Atos 17.24), a representatividade da sua presença manifestou-se no Templo. O próprio Salomão, na sua oração de consagração do Templo, reconheceu a transcendência de Deus para além do Templo: “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus e até o céu dos céus te não poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tendo edificado” (1 Reis 8.27). A presença de Deus no Templo é uma teofania do Antigo Testamento, necessária à revelação progressiva de Deus na história do seu povo. Já no Novo Testamento, a ênfase demasiada sobre o local de culto e a sua valorização excessiva como local da presença de Deus ofusca o verdadeiro local dessa presença, que é dentro de cada crente que se torna morada do Espírito Santo. Jesus disse: “Eu derribarei este templo, construído por mãos de homens, e em três dias edificarei outro, não feito por mãos de homens” (Marcos 14.58). Portanto, no Novo Testamento, o Templo não é um lugar fixo geográfico, mas é ambulante, porque o seu povo movimenta-se no mundo como sinal do Reino de Deus. Todavia, é evidente também que, quando vários desses templos individuais do Espírito Santo, ou seja, as pessoas, ajuntam-se no templo/igreja, cria-se uma grande assembleia onde Deus, em Cristo, manifesta a sua presença não por causa do templo físico em si, mas por causa de os filhos de Deus em Cristo, em quem Ele habita, estarem juntos. Foi por isso que Jesus tirou a ênfase no Templo quando disse: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles” (Mateus 18.20).

APÊNDICE

Reconheço que alguém, em um culto pentecostal, possa até sentir a glória de Deus de modo tão intenso, a ponto de não suportar ficar de pé. Isso já aconteceu com pessoas piedosas e tementes a Deus. João, o apóstolo, em Apocalipse 1.17, afirmou, referindo-se ao Senhor Jesus: "E, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último". Porém, da experiência vivida por João (Apocalipse 1) extraímos verdades importantes:

1) Ele não perdeu, em momento algum, a consciência. Haja vista ouvir claramente a mensagem de Jesus. Não foi um transe ou algo parecido.

2) Ele também não caiu ao chão estrebuchando-se ou debatendo-se.

3) Ele caiu diante da presença real de Jesus Cristo glorificado. Quem poderia, diante de tamanha glória, permanecer sobre seus pés?

4) João caiu aos pés de Cristo. Muitos não caem de joelhos, mas são derrubados, caindo para trás, de costas. Permaneçamos, pois, em pé diante do Senhor e valorizemos a genuína manifestação do Espírito Santo, baseada inteiramente na Palavra de Deus. Lembremo-nos de que nós temos a unção do Santo e sabemos tudo (1 João 2.20).

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/06/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

COX, Leo G. Comentário Bíblico Beacon – Josué a Ester. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

ZIBORDI, Ciro, Sanches. Mais erros que os pregadores devem evitar. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

CONGENERO, Daniel. O Que é a Nuvem de Glória na Bíblia?. Estilo Adoração. Disponível em: https://estiloadoracao.com/nuvem-de-gloria/. Acesso em: 23/06/2021.

domingo, 27 de junho de 2021

Conferência Acadêmica FAECAD - 110 Anos das Assembleias de Deus no Brasil

Desenvolvimento da Teologia nas Assembleias de Deus
24/06 às 19h
Pr. Douglas Baptista - Palestra  
História Documental das Assembleias de Deus
25/06 às 19h
Pr. Isael Araujo - Palestra  

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Lição 13: A multiforme Sabedoria de Deus - 2 Trimestre de 2021.


(Texto áureo) “Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nos céus” (Efésios 3.10).

“Para que, agora, pela igreja” Assim como todas as coisas foram criadas por Deus, Ele tem o direito de manter em segredo o que lhe convém, e só revelar quando satisfizer seus propósitos. O mistério da salvação foi oculto dos homens por várias dispensações (tempos) e somente revelado no Novo Testamento. Esse mistério foi guardado por Deus para o tempo que Ele designou na sua presciência, e só revelado agora, na presente dispensação. Paulo recebera a tarefa de proclamar o propósito de Deus aos gentios. Todavia, nesta passagem Paulo anunciou que a missão da igreja como um todo é tornar conhecido o propósito. O objetivo de Paulo era “pregar aos gentios” (v. 8) e “manifestar” o mistério de Deus (v. 9). “Agora”, no tempo presente (a dispensação cristã), a igreja deve tornar conhecido o plano de Deus. Este é apenas o segundo uso da palavra “igreja” (ekklesia) nesta carta, ainda que a carta inteira seja sobre a igreja (veja 1:22, 23). A igreja deve tornar conhecida a sabedoria de Deus.

“Multiforme sabedoria de Deus seja conhecida” “Multiforme” é uma tradução do adjetivo grego (poupoikilos), que ocorre somente neste versículo no Novo Testamento e geralmente sugere uma rica variedade de cores em tecidos, flores ou pinturas. A “sabedoria de Deus” – o plano de Deus que Paulo estava expondo – fora apresentada numa ampla variedade à medida que Deus gradualmente desvendou Seu mistério, até ele se tornar plenamente revelado. Os profetas do Antigo Testamento fizeram alusão a essas questões ao falarem do futuro e os anjos anelaram perscrutá-las; mas nenhum homem nenhum anjo entenderam o plano de Deus até que Ele o revelou plenamente (1 Pedro 1:10–12). Paulo enfatizou que a sabedoria de Deus, agora revelada, é rica em diversidade e gloriosa em desígnio.

“Dos principados e potestades nos céus”. Paulo não forneceu detalhes sobre quem eram esses “principados e potestades” ou como a igreja deveria tornar conhecida a sabedoria de Deus a eles. Como Paulo usou “principados” (arche) e “potestades” (exousia) em seus escritos? Em Efésios ele disse que Cristo foi exaltado à direita de Deus, “acima de todo principado [archas], e potestade [exousias]” (1:21), e que a luta do cristão é “contra os principados [archas]” e “potesdades [exousias]” (6:12). Em Colossenses Paulo afirmou que Cristo criou todas as coisas, incluindo todo “principado [archais]” e “potestade [exousiai]” (1:16); que Cristo é o cabeça sobre todo “principado [arches] e potestade [exousias]” (2:10) e que Cristo despojou “os principados [archas] e as potestades [exousias]” (2:15). Em Tito 3:1 Paulo orientou Tito a fazer os fiéis se lembrarem de “se sujeitarem aos que governam [archias], às autoridades [exousiais]”. Visto que as passagens em Efésios usam “nas regiões celestiais” em conjunção com “principados” e “potestades” (veja 1:3), estes termos se referem ao reino espiritual. Todavia, a passagem de Tito omite “nas regiões celestiais”. Quais conclusões podem ser tiradas? É óbvio que Tito 3:1 refere-se aos governantes das nações, e os cristãos devem se sujeitar às autoridades que governam. Colossenses 1:16 afirma que Cristo criou os principados e potestades. Visto que Deus afirmou que tudo o que foi criado era “muito bom” (Gênesis 1:31), o que foi criado era bom, e não mau.

A origem do mal é mais bem explicada como um bem que se transformou em mal. Nosso bom Deus não criou Satanás como ele é agora nem a maldade no mundo. Mesmo sem um exame profundo da natureza do mal, podemos reconhecer que os governantes criados por Cristo não são maus em si mesmos, mas bons. Em Colossenses 2:15 Paulo disse que Cristo despojou os principados e potestades de seus poderes, e triunfou sobre eles na cruz. Nesse contexto, esses poderes só podiam ser maus. Paulo diz que Cristo está “acima de todo principado, e potestade”, sem qualquer indicação de que essas autoridades sejam boas ou más (1:21). Os cristãos lutam contra os principados e potestades e as forças espirituais do mal (6:12). O que Paulo ensinou em 3:10 é que a igreja deve tornar conhecido a todos os governantes e a todas as autoridades – sejam eles os governos das nações, as forças do mal, ou os anjos do céu – o plano e propósito de Deus neste mundo. Como a igreja faz isto? Quando o evangelho é pregado, o céu e a terra, o mal e o bem, o mundo natural e o mundo espiritual e até Satanás e seus anjos veem a sabedoria de Deus em ação. A obra e a sabedoria de Deus ficam evidentes neste mundo pecaminoso quando os perdidos são achados e os pecadores são salvos.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
09/06/2021

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios. 3ª Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1999

S. D. F. SALMOND. “The Epistle to the Ephesians” em The Expositor’s Greek Testament, vol. 3, ed. W. Robertson Nicoll. Grand Rapids, Mich.: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1967, p. 309.

The Glorious Church, a Study of Ephesians by Wilbur Fields -- College Press

110 anos da Igreja Assembléia de Deus


Em 2021 a Igreja Assembleia de Deus completa 110 anos, um marco não apenas para os assembleianos, mas para toda a história do país. Para se ter uma ideia da importância dessa denominação, saiba que a igreja possui 22,5 milhões de membros em todo o país. São homens e mulheres de todos os estados que frequentam as mais de 389 mil igrejas da Assembleia que estão espalhadas de Norte a Sul do Brasil.

Comemorar os 110 anos da igreja é hoje não apenas uma questão religiosa, mas também política e social dada a importância que a denominação passou a ter na sociedade brasileira. É por isso que as festividades pelo aniversário da igreja não são feitas apenas dentro dos templos, mas também em ambientes políticos como Câmaras Municipais, Assembleias Legislativas e até mesmo no Congresso Nacional.

Igreja Assembleia de Deus e a cidade de Belém

Por ter sido fundada em Belém (PA), a Igreja Assembleia de Deus contribuiu muito para o desenvolvimento da própria cidade. É lá que encontramos o Museu Nacional da Assembleia de Deus que tem um acervo muito interessante sobre os primórdios da denominação. O Museu da Assembleia de Deus foi inaugurado em 1994 e teve como idealizadora Ester Gouveia, esposa do pastor Firmino Gouveia, um dos pioneiros da Igreja em Belém. Para quem não sabe, todas as peças e documentos que estão expostos no Museu foram cedidos pelas famílias dos primeiros pastores e pela própria comunidade assembleiana.Entre os itens que você encontrará no Museu podemos citar  a primeira edição da partitura da Harpa Cristã, um material muito interessante para quem é da área de música.

Outro item interessante é a linha do tempo que retrata a história da Assembleia de Deus, desde a chegada dos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren até os dias atuais. O imóvel onde o Museu foi construído é uma réplica da casa da irmã Celina Albuquerque, a primeira pessoa batizada com o Espírito Santo no Brasil. O Museu da Igreja Assembleia de Deus está localizado na Rua João Diogo, 221, em Belém do Pará. Outro ponto turístico que todo assembleiano deve conhecer pelo menos uma vez na vida é o Centro de Convenções Centenário das Assembleias de Deus, um espaço para eventos com capacidade para receber 20 mil pessoas. O Centro de Convenções está localizado na Avenida Augusto Montenegro, 12.613

Comemorações pelos 110 anos das Assembleias de Deus

Em épocas de pandemia, ficam interrompidas algumas comemorações de aniversário da igreja. Tanto os ministérios do Belém, quanto o de Madureira realizam festividades anualmente para celebrar a fundação da Igreja-Mãe. A Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB) realizará este ano vários cultos de ação de graça para celebrar os 110 anos. As reuniões presenciais serão limitadas em razão dos decretos de isolamento social em virtude da pandemia. Mas todos os cultos serão transmitidos pelas redes sociais da CGADB. As comemorações deste ano acontecerão nas cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR), Cuiabá (MT), Natal (RN) e Belém (PA).

Resumo da história da Igreja Assembleia de Deus no Brasil

Em 18 de junho de 1911 foi fundada a Igreja Assembleia de Deus, um ministério pequeno que estava sendo plantado e regado com muito cuidado pelos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg. A dupla chegou à capital do estado do Pará, Belém, em 19 de novembro de 1910 trazendo consigo um chamado para impactar o Brasil com a doutrina do Espírito Santo. Vindos dos Estados Unidos, os missionários já estavam envolvidos com as manifestações do Espírito Santo, uma doutrina que não era bem aceita na denominação que eles frequentavam, no caso, a Igreja Batista norte-americana. Por aqui essa questão também trouxe divisão e, em um primeiro momento, o grupo se desligou da Igreja Batista e adotaram o nome de Missão de Fé Apostólica. Só em 1918 é que o nome Assembleia de Deus foi oficializado por sugestão do missionário Gunnar Vingren.

Assim, aquele ministério que se iniciou com dois missionários cheios do poder de Deus se transformou hoje na maior denominação evangélica do Brasil.

Livros que falam mais sobre as Assembleias de Deus no Brasil

Se você é assembleiano ou apenas tem interesse em saber mais sobre a história da Igreja Assembleia de Deus, há alguns livros interessantes que poderão te oferecer informações relevantes sobre a denominação. Separamos algumas publicações que te farão entender melhor sobre a história e a visão teológica da igreja. Com certeza você aumentará os seus conhecimentos sobre a denominação que é tão importante para os cristãos brasileiros. Você também vai encontrar obras que irão te ajudar a entender a teologia seguida pelas Assembleias, no caso, o arminianismo. Também indicamos uma obra que fala sobre a missão pentecostal. Sem uma visão missionária, a igreja não teria alcançado tantos brasileiros, não é mesmo?

Confira:

Declaração de Fé das Assembleias de Deus

Que tal aprender todas as crenças e práticas das Assembleias de Deus no Brasil?

No livro “Declaração de Fé das Assembleias de Deus”, lançado pela CPAD, você consegue entender todos os pontos principais sobre a denominação.

Bíblia Assembleia de Deus

Outro livro muito interessante para ter em casa é a “Bíblia Assembleia de Deus”, que traz um apanhado geral sobre a denominação. Além dos livros da Bíblia, você encontra a área “Quem Somos”, com informações sobre a denominação centenária.

O leitor também encontrará o resumo da Declaração de Fé das Assembleias de Deus para entender os principais pontos e crenças da igreja.

Arminianismo Puro e Simples

Em “Arminianismo Puro e Simples”, de Jamierson Oliveira, você entenderá porque todo assembleiano é um arminiano, conhecendo a fundo o que isso quer dizer. O livro expõe de forma coerente todo o posicionamento arminiano, contribuindo assim para o conhecimento verdadeiro sobre o que é e no que se baseia esse conceito de fé.

A Força Pentecostal em Missões

Com certeza a Assembleia de Deus não teria chegado tão longe se não tivesse as missões como base do ministério. É essa base que você aprenderá no livro “A Força Pentecostal em Missões”, de Paul A. Pomerville,  analisa desde suas origens históricas até o fenômeno mundial que é o pentecostalismo. 

https://www.gospelgoods.com.br/blog/110-anos-da-igreja-assembleia-de-deus/

sexta-feira, 18 de junho de 2021

Celebração dos 110 anos da Assembleia de Deus no Brasil

As matérias da seção Atividade Parlamentar são de inteira responsabilidade dos parlamentares e de suas assessorias de imprensa.
São devidamente assinadas e não refletem, necessariamente, a opinião institucional da Assembleia Legislativa de São Paulo.


18/06/2021 13:33 | Atividade Parlamentar | Da assessoria do deputado Tenente Nascimento

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Tenente Nascimento com o Pr. Alcides Fávaro, presidente da AD Ipiranga.Clique para baixar a imagem

O deputado Tenente Nascimento (PSL) participou, na segunda-feira (14/6), do culto que homenageou os 110 anos da Assembleia de Deus no Brasil. O evento ocorreu no templo sede da Assembleia de Deus Ministério do Belém, presidida pelo pastor José Wellington Bezerra da Costa.

A solenidade fez homenagem aos pastores presidentes de convenções e igrejas. O pastor Alcides Fávaro, presidente da Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga, igreja à qual o deputado Tenente Nascimento é pastor adjunto, foi um dos homenageados da noite.

"Essa homenagem tem um significado de cinquenta anos de trabalho, portanto são cinquenta anos que Deus tem me abençoado e tem me ajudado até o presente momento. É por isso que estou glorificando o nome de Deus por essa ocasião de estar junto com os meus colegas recebendo essa homenagem", afirmou o pastor Alcides Favaro.

O deputado Tenente Nascimento serve a Deus há mais de 60 anos na Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga, e destacou a importância da homenagem feita ao pastor presidente de seu ministério. "Nossa gratidão pelo ministério AD Belém e ao pastor vice-presidente José Wellington Bezerra da Costa Júnior pelo reconhecimento e homenagem ao nosso pastor Alcides Fávaro", declarou o deputado Tenente Nascimento.

A igreja Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga é considerada o terceiro maior ministério evangélico no Brasil. Devido à importância de sua atuação junto à sociedade, foi instituído pela Lei 17.314/21, de autoria do deputado Tenente Nascimento, o Dia da Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga, comemorado em 29 de junho no calendário oficial do Estado de São Paulo.

quinta-feira, 17 de junho de 2021

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segunda-feira, 14 de junho de 2021

Lição 12: O Diaconato - 2 Trimestre 2021.


 Texto áureo) “Porque os que servirem bem como diáconos, adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” (I Timóteo 3.13).

O termo grego diaconia significa “ministério” ou “serviço”. A vida inteira de Jesus aqui na Terra demonstrou o verdadeiro sentido da diaconia em todos os seus aspectos. Na realidade, seu ministério terreno evidenciou o quanto Ele foi “apóstolo da nossa confissão” (Hebreus 3.1), profeta (Lucas 24.19), evangelista (Lucas 4.18,19), pastor (João 10.11), mas principalmente, diácono por excelência (Mateus 20.28). O apóstolo Paulo disse que Jesus, “sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens” (Filipenses 2.6-7). Outra palavra grega relacionada a “diácono” é doulos. Esta refere-se a “um servo” ou “um escravo” (Mateus 13.27,28; João 4.51). Portanto, a ideia preponderante que a função do diácono remonta é a do serviço voluntário prestado, pelo “ministro”, o “servo” ou o “assistente”, para alguém.

Após o revestimento de poder do alto no dia de Pentecostes, Deus acrescenta almas a igreja recém-inaugurada: “Louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (Atos 2:47). Essas almas que eram acrescentadas eram tantas de judeus residentes (hebreus) como de judeus da diáspora (gregos), esses grupos possuíam diversas diferenças, porém, Cristo derrubou a parede da inimizade que havia chamando-os para fora do mundo para que fossem um nEle: “Nisto não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho nem fêmea; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). Apesar dessas verdades, aparentemente ainda havia partidarismo por parte de alguns e uma acusação foi levantada pelos judeus gregos referente a assistência social “porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano” (Atos 6:1). Os apóstolos e profetas foram consultados e disseram: “Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às mesas” (Atos 6:2). Essa afirmativa não deve ser considerada depreciativa, pois os mesmos se referiram a causa como “importante negócio”. Foram então escolhidos dentro os judeus gregos sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria (Atos 6:3) exercerem esse ministério. Os diáconos não podiam permitir que houvesse injustiças de caráter social na igreja do primeiro século. A função do diaconato era fundamentalmente de caráter social. Atualmente, a função primordial do diácono é auxiliar a igreja local através das orientações do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados e os desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contribuições para a manutenção da igreja local (dízimos e ofertas) e auxiliar na ordem e na segurança da liturgia do culto.

“Porque os que servirem bem como diáconos” Além das qualidades exigidas em Atos 6.1-7, Paulo indica outros importantes requisitos para o diaconato. Após enumerar as qualificações para bispo ou presbítero, Paulo aproveita o ensino para discorrer sobre as qualificações dos diáconos ou ministros que serviam nas igrejas. E o faz de modo imediato, sem lacuna ou pausa em sua ministração, dizendo que os diáconos, “da mesma sorte” que os bispos ou presbíteros, deveriam ter as seguintes qualificações (1 Timóteo 3.8-10,11-13), que têm o mesmo sentido espiritual, moral e eclesiástico do que é exigido para os bispos, mas com alguns requisitos específicos: “Os diáconos sejam maridos de uma só mulher, e governem bem a seus filhos e suas próprias casas” (1 Timóteo 3:12).

“Adquirirão para si uma boa posição e muita confiança na fé que há em Cristo Jesus” Os diáconos foram separados em razão de um importante negócio, foram escolhidos pelo povo inicialmente e agora avaliados por Timóteo conforme as especificações paulinas. Por essa eleição sobre a igreja se sentiriam honrados afinal: “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Timóteo 3:1) e essa honra conquistada lhes proporcionariam confiança diante dos membros, pois, serviriam a igreja de Cristo Jesus. Essa visibilidade juntamente com o trabalho bem exercido poderia futuramente proporcionar duplicada honra, pois poderiam ser lembrados para um trabalho mais honroso: “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” (1 Timóteo 5:17). Observamos essa possível nova separação ministerial na vida de Filipe “o diácono”: “E este parecer contentou a toda a multidão, e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia; E os apresentaram ante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos” (Atos 6:5,6) que no mesmo livro de Atos é chamado posteriormente de “Evangelista”: E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele”(Atos 21:8). Vale lembrar que a separação ministerial visa amparar a igreja e não honrar o tempo de ministério.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
07/06/2021

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

segunda-feira, 7 de junho de 2021

Chegou o livro tema da revista Lições Bíblicas Adultos do 3º trimestre!

adultos-3tri

Descrição
Nesta obra, Claiton Ivan Pommerening apresenta uma introdução ao estudo dos livros de Reis. Nela, o autor alia o conteúdo bíblico devocional ao conteúdo acadêmico, criando um conteúdo leve e acessível que ajudará o leitor a extrair ensinamentos riquíssimos para a vida diária.

Sobre o Autor
Claiton Ivan Pommerening - Doutor e Mestre em Teologia pela Faculdade EST. Possui graduação em Teologia pela Faculdade Evangélica de Teologia de Belo Horizonte - FATEBH, graduação em Ciências Contábeis pela Fundação Universidade Regional de Blumenau e especialização em Teologia e Bíblia pela Faculdade Luterana de Teologia. Membro do RELEP – Rede Latino-americana de Estudos Pentecostais e do NEPP – Nucleo de Estudos e Pesquisa do Protestantismo. Presidente do CEEDUC – Associação Centro Evangélico de Educação Cultura e Assistência Social em Joinville (SC); diretor da Faculdade Refidim; editor da Azusa Revista de Estudos Pentecostais. É pastor auxiliar na Assembleia de Deus em Joinville (SC)..

Conferência Acadêmica FAECAD - 110 Anos das Assembleias de Deus no Brasil

Conferência Acadêmica FAECAD - 110 Anos das Assembleias de Deus no Brasil: História e Teologia

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Lição 11: O Presbítero, Bispo ou Ancião - 2 Trimestre de 2021.


 (Texto áureo) “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros [...]” (Tito 1.5).

“Tito” Cooperador e amigo extremamente querido de Paulo, e provavelmente um de seus convertidos (Tito 1.4). Embora tenha sido muito ativo na obra de Cristo, ele não é mencionado em Atos, mas está presente em II Coríntios, Gálatas, 2 Timóteo e Tito. Ele acompanhou Paulo e Barnabé em sua visita a Jerusalém para discutir com os apóstolos e os anciãos as obrigações do cristão em relação à lei mosaica (Atos 15; Gálatas 2.1-4). Paulo resistiu energicamente aos adeptos do judaísmo cuja pretensão era que os gentios convertidos fossem circuncidados e observassem outros ritos judaicos. O caso de Tito (um gentio) era um verdadeiro teste e Paulo conquistou uma completa vitória no Concílio. A Igreja não deveria sujeitar-se a regulamentos judaicos, e o evangelho deveria ser livremente pregado tanto a judeus como a gentios (Atos 15.13-19). Tito havia realizado um importante trabalho em Corinto. Ele é mencionado 8 vezes em II Coríntios, e o apóstolo refere-se a ele como “meu companheiro e cooperador” (II Coríntios 8.23). A situação em Corinto não era satisfatória, pois havia não só uma certa discórdia, como também uma grosseira imoralidade. Enviado a esse centro como portador de uma carta de Paulo, Tito conquistou um magnífico sucesso. Ele e os coríntios tomaram-se muito unidos, e as boas notícias que enviou trouxeram grande conforto a Paulo, que estava preocupado e ansioso. Parece que Tito esteve três vezes em Corinto, tendo supervisionado em duas delas a coleta para os irmãos pobres de Jerusalém (II Coríntios 8.6,10,11, 22-24). Juntamente com outro irmão cristão, ele foi o portador da segunda Epístola aos Coríntios (II Coríntios 8.18). Tito desaparece do cenário até a elaboração da epístola que traz seu nome.

“Por esta causa te deixei em Creta” Depois de sua primeira prisão, Paulo visita a ilha de Creta e, quando partir dessa ilha, deixa Tito para trás a fim de completar sua obra, organizar a igreja, e designar presbíteros em cada cidade. Sua posição eclesiástica em Creta era muito semelhante à de Timóteo em Éfeso. O firme e decidido Tito era a pessoa certa para trabalhar entre os cretenses pagãos. Paulo pediu que fosse encontrá-lo em Nicópolis e, provavelmente, foi a partir dali que ele viajou para a vizinha Dalmácia (II Timóteo 4,10).

“Para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam...” Quando penso na construção do tabernáculo do deserto fico impressionado em observar em como Deus é ordeiro, Deus dá detalhes a Moisés de cada peça a ser construída, cada coluna, cada tecido, cada cor e capacita Bezalel e Aoliabe para esta obra perfeita e bela em sua arquitetura. A igreja do Senhor é também uma construção edificada sobre o fundamento de Cristo: “Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Coríntios 3:10,11). Como o trabalho de Paulo era missionário ele com o intuito de discipular a igreja as visitava sempre que podia, porém, com o crescimento da aceitação do Evangelho e suas prisões Paulo começa a repartir essas responsabilidades com seus companheiros de viagem. Visando a organização da liturgia e principalmente das doutrinas centrais da fé Tito é comissionado a esta importante obra.

“...de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros” Apesar de Tito ser enviado a Creta não seria sua única missão, ele ali permaneceria o tempo necessário para estabelecer presbíteros que liderassem as igrejas em cada cidade da ilha. Os presbíteros (bispos ou anciãos) seriam os supervisores de confiança do apóstolo a quem ele escreveria suas epistolas, e esses deveriam transmitir a igreja. Ficariam também com a responsabilidade de ser exemplo para os demais e trabalhar na palavra e na Doutrina (I Timóteo 5:17). Deveriam possuir essas qualificações: Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. (Tito 1:7-9)

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/05/2021

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

ALMEIDA, Abraão de. O tabernáculo e a igreja – Entrando com ousadia no santuário de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.