domingo, 2 de fevereiro de 2025

Lição 6: O Filho É igual com o Pai – 1 Trimestre de 2025.

TEXTO ÁUREO

"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino." (Hebreus 1.8)

 

"Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, “

Querendo demonstrar a superioridade do Filho de Deus em relação aos anjos. O Escritor aos hebreus cita nesse verso o Salmo 45.6: “O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade”.

O salmista desconhecido escreveu esse salmo para celebrar um casamento real, dirigindo-se ao noivo e depois à noiva. O rei (talvez um príncipe ou rei da linhagem davídica) foi tratado como o escolhido de Deus; mas a linguagem, em seu sentido idealizado, deve se referir ao Messias, o descendente do Rei Davi! Os cristãos do primeiro e segundo séculos já acreditavam que Jesus Cristo havia cumprido as palavras deste salmo com base no texto e na aplicação de Hebreus 1 e com base em escritores como Justino Mártir e Irineu, que citaram Salmos 45:6 e 7 inúmeras vezes”.

Este retrato da divindade de Jesus também é dado em Isaías 9:6, onde temos uma descrição do Filho que deveria ser chamado de “Deus Forte”.  Jeremias predisse que o “Renovo justo” deveria ser ressuscitado para Davi e reinar como rei, sendo chamado de “Senhor [Yahweh], justiça nossa”.

Primeira Coríntios 15:24 ensina que o reino messiânico terminará na última ressurreição. De fato, o reinado de Cristo como mediador terminará quando os salvos forem entregues ao Pai, porém  Ele continuará a reinar como soberano com Deus para sempre: "Ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim" (Lucas 1:33); 2 Pedro 1:11 e Daniel 7:14 também confirmam que o seu reino será eterno. Ele terá, então, o mesmo domínio que tinha com Deus antes de iniciar a obra de mediação, pois, o seu trono é eterno e perpétuo.

 

“... cetro de equidade é o cetro do teu reino."

A “vara” tem uma variedade de significados na Bíblia. Pode ser de diferentes materiais, conforme era empregada para diferentes propósitos. Em certo período antigo, uma vara de madeira era usada como uma das insígnias da realeza com o nome de cetro.

O cetro reto e ereto expressa a justiça, probidade, verdade e retidão que distinguirão o reinado do Messias quando o seu reino for estabelecido na terra. Apocalipse fala que aquele cujo nome se chama a Palavra de Deus ferirá “as nações” e “as regerá com vara de ferro”. Se a “vara” significa “cetro”, então o “ferro” do qual ela é feita tem de ter o propósito de expressar a severidade dos julgamentos que este onipotente “REI DOS REIS” infligirá em todos que resistem à sua autoridade (Apocalipse 19.13,15,16).

Ele é o monarca legítimo de todas as coisas que há. O seu reinado está fundado no que é direito, a sua Lei é certa, o seu resultado é certo. O nosso Rei não é usurpador e opressor. Até mesmo quando Ele despedaça os inimigos com vara de ferro, não comete injustiça, pois ele “ama a justiça e aborrece a iniquidade” (v.9).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/25

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201402_08.pdf

sábado, 1 de fevereiro de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 1 DE FEVEREIRO DE 2025 (1 João 5.20)

 
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
1 DE FEVEREIRO DE 2025
O SENHOR JESUS É O VERDADEIRO DEUS SEGUNDO O APÓSTOLO JOÃO

1 João 5.20 “E sabemos que já o Filho de Deus é vindo, e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.”

 

E sabemos que já o Filho de Deus é vindo,”

E sabemos“. O tom de confirmação e certeza do capítulo continua aqui. Neste ponto encontramos outra das sete instâncias dessa afirmativa, espalhadas nos versículos décimo terceiro a vigésimo primeiro.

o Filho de Deus é vindo”, isto é, está em foco a encarnação do Logos (o Cristo), apresentada como uma realidade. Em sua encarnação, pois, fundiram-se as naturezas divina e humana. A encarnação ocorreu na plenitude dos tempos para remissão a fim de recebermos a adoção de filhos (Gálatas 4.5).

João começa essa epistola testificando disso: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (Porque a vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai, e nos foi manifestada); O que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai, e com seu Filho Jesus Cristo” (1 João 1.1-3).

O Filho de Deus veio ao nosso mundo, e nós o vimos e o conhecemos por todas as evidências que já foram asseveradas. Ele nos revelou o Deus verdadeiro.

 

“... e nos deu entendimento para que conheçamos ao Verdadeiro;”

Sem a sua vinda não conheceríamos “toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9). Estas coisas são-nos possíveis hoje, somente porque o Filho de Deus é vindo, e, tendo vindo, nos tem dado entendimento. A vinda de Jesus permitiu que conhecêssemos a Deus.

Além da sua encarnação ele nos deu o seu Espírito: “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 14.17). O Espírito de Deus nos habilita a conhecer as coisas espirituais. Sem Ele, não poderíamos nem conhecer a Deus nem vencer o pecado.

Jesus nos deu entendimento para reconhecermos o verdadeiro e estarmos no verdadeiro. O benefício da Sua vinda permanece. Sua dádiva Ele não retomará: “Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento (Romanos 11:29).

Ele é a verdade (João 14.6). Ele é a verdadeira luz (1.5), o verdadeiro pão (João 6.32), a verdadeira videira (João 15.1). Ele é a verdadeira vida eterna (5.20). O mundo vive de aparências; não conhece a realidade. Nós temos a realidade. Nós temos Jesus. Sem ele não poderíamos conhecer a Deus nem vencer o Maligno.

 

“... e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna. ”

Não há dúvidas razoáveis que essas palavras afirmam a divindade de Cristo: Ele é o verdadeiro Deus. Em redor dessa afirmativa bíblica, naturalmente, tem rugido imensa controvérsia teológica, provocada principalmente por aqueles que não vêem em parte alguma a divindade de Cristo, devido a seus sistemas doutrinários preconcebidos. Para Stott este versículo mina toda a estrutura da teologia dos hereges. Para ele esse versículo é a mais inequívoca afirmação da divindade de Jesus Cristo no Novo Testamento.

Contudo, embora alguns aceitem a divindade de Cristo, pensam que aqui há alusão a Deus Pai e não a Cristo. Argumentam os tais que isso seria mais natural, já que Deus é a fonte originária de toda a vida, que o Filho é apenas o agente da mesma, e que o Pai está presente no contexto, antes e depois deste versículo.

Todavia Stott escreveu que gramaticalmente falando o “Verdadeiro Deus” se refere ao sujeito anterior, neste caso particular, seu Filho Jesus Cristo. Se for assim, esta seria a mais inequívoca afirmação da divindade de Jesus Cristo no Novo Testamento, que os campeões da ortodoxia se apressaram a explorar contra a heresia de Ário. Lutero e Calvino adotaram essa opinião. Henry escreveu que uma construção mais natural do versículo seria: “Este mesmo Filho de Deus é também o verdadeiro Deus e a vida eterna

Seja como for, o fato é que o ensino da divindade de Cristo é perfeitamente comum nas páginas do N.T. O ensinamento acerca da divindade de Cristo não depende deste único versículo como texto de prova.

João também equiparou Jesus com “a vida eterna”. Ele proclamou que “Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho” (1 João 5:11).  João também afirmou em seu evangelho: “Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo(João 5:26). Cristo é o doador da vida eterna.

Esse trecho do versículo é uma forte reminiscência de João 17:3: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste, pois lá como cá a vida eterna é definida em termos de conhecer a Deus, tanto ao Pai como ao Filho. O pai é a fonte da vida eterna, e Jesus Cristo transmite essa vida (João 1.4 - 14.6). Lemos no contexto do capítulo: “Estas coisas vos escrevi a vós, os que credes no nome do Filho de Deus, para que saibais que tendes a vida eterna” (1 João 5:13)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
25/1/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

STOTT, John. I, II, III João: Introdução e comentário. São Paulo: Edições Vida Nova, 1982.

LOPES, Hernandes Dias. João: como ter garantia da salvação; - São Paulo: Hagnos 2010. (Comentários expositivos Hagnos)

KISTEMAKER, Simon. Tiago e epístolas de João. Cultura Cristã, 2005.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Jó a Cantares. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.