*BRINDE* CGADB
Psicologia Pastoral - Básico (30 horas)
- 219 Alunos matriculados
- 30 Horas de duração
- 47 Aulas
- 1 Módulo
- 1 Avaliação
- Certificado de conclusão
*BRINDE* CGADB
(Texto Áureo) “Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo […]. ” (Mateus 5.22).
“Eu, porém, vos digo...” Este versículo faz parte das “antíteses” de
Jesus, o número de antíteses no sermão do monte são seis (w. 22,28,32,34,39 e
44), constitui, juntamente com sua conclusão, “a ilustração direta do versículo
21: “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar
será réu de juízo “, isto é, a justiça do Reino. Não se trata simplesmente de
“máximas morais ou, em outros termos, de um ‘mandamento’ (5,18-19), mas é a
‘justiça superior’” contraposta à justiça dos fariseus, conforme o entendimento
de Joachim Jeremias. Para o mesmo autor, a “lógica que prevalece nessa passagem
é a do excesso” e, continua ele, “se se trata de excesso, do incalculável, o
outro não é simplesmente uma pessoa, objeto de um respeito quantificável em
vista de um mandamento, mas se torna ‘sujeito’ que encontramos como próximo
para além da regra”. Neste caso a utilização da hipérbole indica que [tal]
palavra [...] não visa à descrição precisa de uma prática, que arriscaria se
tornar razoável e a reduzir a ‘justiça superior’ da ordem do Reino de Deus à
letra do ‘mandamento’ da ordem deste mundo”. O que está sendo dito é que,
enquanto o mandamento, por mais objetivo que fosse, não conseguia contemplar as
múltiplas formas de o pecado se manifestar, a justiça superior não pode ser
convertida em regras, apesar de elas existirem, pois sua abrangência visa ao
estado de consciência e aos hábitos do coração. Ela não se contenta com a não
concretização do erro e da transgressão, quando qualquer um pode constatar o
que de fato ocorreu. Sua atuação baseia-se no amor ao próximo, da mesma forma
como Cristo ama a humanidade, um amor sem precedentes, posto que não exige
reciprocidade e existe muito antes de o próximo saber de nossa existência
objetiva.
“...qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão...” Aqui
Jesus iguala o homicídio àquela ira que não vai além do coração. Pode ser uma
ira que nem se manifesta em palavra extremada. Quem sente qualquer aspereza no coração
ou qualquer sentimento contrário ao amor está pecando no coração. Quem se ira
sem motivo, sem causa suficiente, ou fica mais irado do que a causa permite,
corre em risco de julgamento. Naquele momento, é ofensivo aos olhos de Deus. O
Senhor, que exigiu dos homens conformarem-se à sua santidade para serem aceitos
em sua presença, disse que o homem que se ira sem motivo está revelando
impiedade; portanto, ele se desclassifica para entrar na presença de Deus.
Talvez queime em nossa consciência que a ira injusta, aos olhos de Deus, é homicídio,
e nenhum homicida tem a vida eterna permanente em si. Essa ira é manifestação de
impiedade. A ira, o insulto e o xingamento são manifestações exteriores de uma
atitude interior do coração. Nosso Senhor ensinou especificamente que quando Deus
disse "Não matarás", não cuidava apenas do ato exterior, mas da atitude
que gera o ato. Deve ter sido embaraçante para aqueles que se consideravam justos
por nunca haverem tirado uma vida humana, ouvir o Senhor dizer-lhes que aos olhos
de Deus não há diferença alguma entre a ira e o homicídio.
“...será réu de juízo […]” Nosso Senhor disse que se alguém, sem motivo,
irar-se contra seu irmão, estará sujeito a julgamento. Isto contrariava o que
os fariseus diziam: "Quem matar estará sujeito a julgamento" (v. 21).
Queria dizer que qualquer que fosse sua atitude para com outrem, enquanto realmente
a pessoa não lhe tirasse a vida, não seria violadora da lei. Para os fariseus,
essa pessoa era justa. Nosso Senhor disse que aquele que se irar sem motivo,
estará sujeito a julgamento, muito embora nem toque no irmão. Paulo disse:
"Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira"
(Efésios 4:26). Os cristãos podem irar-se, sem, contudo, pecar. O apóstolo reconhecia
a existência da indignação justa, porque a ira pode ser a reação do amor
ofendido. Onde existe amor, deve existir a possibilidade de ira. Nosso Senhor
não condenou a indignação justa quando aquilo que é puro, justo e santo for desprezado
e maculado; ele disse que todo aquele que se ira contra seu irmão, sem motivo,
está sujeito a julgamento como se houvesse cometido homicídio.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/04/2022
Fontes:
GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do
sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.
CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte - A Justiça sob a
Ótica de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
PENTECOST, Dwight. O sermão da montanha. Trad. Luiz
Aparecido Caruso. São Paulo: Vida, 1984.
(Texto Áureo) “Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus. ” (Mateus 5.20)
“Porque vos digo que, “ No verso 19 Jesus faz menção implicitamente
aos escribas e fariseus na afirmação: “Qualquer, pois, que violar um destes
mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens”. Os escribas eram
os professores mais admirados da lei, e os fariseus os seus mestres mais
celebrados, e ambos se assentavam na cadeira de Moisés (Mateus 23.2). Quando Jesus
começa a esclarecer sobre a sua posição concernente a lei de Moisés está dando
uma resposta a eles que o consideravam um liberal, não conservador. Porém Jesus
afirma: “...em verdade vos digo que, até que o céu e a terra passem, nem um
jota ou um til jamais passará da lei, sem que tudo seja cumprido” (Mateus 5:18).
Logo, a Lei e os Profetas, longe de serem abolidos, têm sua continuidade
vigente levando em conta o cumprimento em Jesus. Os preceitos detalhados do
Antigo Testamento podem ser suplantados, porque tudo o que é profético tem de
ser, em algum sentido, provisório. Ao mesmo tempo, porém, tudo o que é
profético encontra sua continuidade legítima na feliz chegada do que foi profetizado.
Após a referência implícita aos fariseus ele se dirige diretamente fazendo uma
afirmação que iria choca-los.
“...se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, “. Esta
era um a estranha doutrina para aqueles que consideravam os escribas e fariseus
como tendo chegado à posição mais elevada na religião. Os escribas e os
fariseus tinham tal reputação entre o povo, que eram considerados como
completamente adaptáveis à lei e as pessoas não se consideravam obrigadas a ser
tão boas quanto eles eram. Portanto, foi uma grande surpresa para eles ouvir
que deviam ser melhores do que os fariseus e os escribas. A justiça dos
“escribas e fariseus” permitia que eles cultivassem sentimentos perversos
dentro de seus corações enquanto observavam as cerimônias e rituais religiosos
exteriores. Esta era uma corrupção absurda da lei de Deus. Os discípulos de
Jesus não tinham que concluir que, por causa dos muitos rituais exteriores que
realizavam, estavam livres de se preocupar com os pensamentos íntimos. Mais
tarde, Jesus diria aos escribas e fariseus que não adiantava nada limparem os
cálices ou os pratos por fora, se deixavam a imundície por dentro (Mateus 23:26).
Acima de tudo, que a sua justiça exceda a deles em pureza e espiritualidade.
Qual a mais estrita forma de religião? É a mais perfeita justiça exterior? Vá
mais alto e mais fundo que tudo isso. Que a sua religião seja a religião do
coração. Seja pobre em espírito. Seja pequeno, humilde e simples aos seus
próprios olhos. Fique maravilhado e humilhado porque o amor de Deus foi dado a
você em Cristo Jesus, seu Senhor. Seja sério. Que toda a sua corrente de
pensamentos, obras e palavras flua da mais profunda convicção de que você está
à beira de um grande abismo. Você e todas as outras pessoas estão prestes a
cair. Você cairá ou na glória eterna ou no fogo eterno. Seja humilde. Que a sua
alma seja repleta de humildade, bondade, paciência e longanimidade para com
todos. Ao mesmo tempo, que tudo o que está em você tenha sede de Deus. Anseie
pelo Deus vivo. Anseie por sua semelhança e deleite- -se nisso. Ame a Deus e a
toda a humanidade. Nesse espírito, faça e sofra todas as coisas. Assim você
excederá a justiça dos escribas e fariseus. E será então chamado grande no
Reino dos céus
“...de modo nenhum
entrareis no Reino dos céus. ” A posição dentro do reino depende da
obediência aos mandamentos de Jesus; mas isso não é de surpreender, quando
lembramos a tremenda ênfase que o Sermão do Monte dá à obediência a Jesus (Mateus
7.21-23) ou o refrão que Jesus repete: “Mas eu lhes digo...” (veja Mateus
5.20,22,26,28,32,34,39,44). O Antigo Testamento apontava para o Messias e o
reino que ele inauguraria. Jesus, afirmando cumprir essa previsão do Antigo
Testamento, apresenta o reino a seus seguidores. Ao fazer isso, ele ressalta a
obediência e a justiça excelente, sem as quais ninguém pode entrar no reino. É
importante notar que as palavras finais de Jesus no Evangelho de Mateus
enfatizam novamente a obediência: os crentes têm de fazer discípulos de todas
as nações, batizando-os e ensinando-os a obedecer a tudo o que Jesus ordenou
(28.18-20).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/04/2022
Fontes:
GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do
sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.
CARSON, D. A. O Sermão do Monte: Exposição de Mateus 5—7. São
Paulo: Vida Nova, 2018.
WESLEY, John. O Sermão do Monte. São Paulo: Vida, 2012.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201204_07.pdf
(Texto Áureo) “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; “ (Mateus 5:13,14)
“Vós sois o sal da terra; “ O sal é ingrediente necessário em
nossos alimentos, e nossa saúde depende de um consumo adequado de sal.
Adicionamos este elemento à alimentação não só para tomá-la mais saborosa, mas
também para manter o correto equilíbrio do organismo, tão necessário à saúde. A
dosagem excessiva ou deficiente de sal pode causar distúrbios indesejáveis ao nosso
bem-estar físico. O valor do sal tem sido estimado desde tempos imemoriais. Os
soldados romanos eram pagos com sal e, se algum deles era desleixado no
cumprimento dos deveres, dizia-se que "não valia o seu sal". Antes
dos tempos de os tabeliães poderem autenticar a legalidade de um documento,
quando duas partes chegavam a um acordo. Juntos comiam sal ou porções de alimento:
o ato de comer o sal sujeitava-os àquilo que chamavam pacto de sal. Este pacto
ou aliança estabelecia um contrato inviolável (Números 18.19),). Deus
prescreveu o sal como parte necessária dos sacrifícios. (Levítico 2:13). Deus
disse que se não adicionassem sal à oferta, ela seria inaceitável. Quando o
Senhor disse aos discípulos "Vós sois o sal da terra" não estava
pregando um novo pensamento aos judeus, para eles os profetas, que tinham vindo
antes deles, eram o sal da terra de Israel. Em nossa sociedade, empregamos o sal
para dar sabor e também como conservante. Antes de haver refrigeração, preservava-se
a carne imergindo-a em salmoura ou esfregando-a com sal, e então levando-a ao sol
para secar. Nossos antepassados, viajando através dos prados, dependiam de
carne salgada para seu sustento. Devido a este conceito comum, consideramos esta
passagem como ensino do Senhor de que os crentes são conservadores.
“...e se o sal for insípido, com que se há de salgar? A palavra “insípido” significa destituído
de qualquer sabor. Por isso Jó formula a pergunta: " Ou comer-se-á sem sal
o que é insípido? Ou haverá gosto na clara do ovo?"(Jó 6:6). Se não formos como devemos ser, seremos como o
sal que perdeu o seu sabor. Se nós, que devem temperar os outros, não temos
sabor, somos vazios de vida espiritual, de tempero e de vigor. Se um cristão é
assim, especialmente se um ministro é assim, a sua condição é muito triste,
pois: (1) Ele é irrecuperável: de que maneira ele poderá ser temperado? O sal é
um remédio para a comida sem sabor, mas não existe remédio para o sal insípido.
O cristianismo dá um gosto especial ao homem. Mas se o homem o absorver e
continuar a professá-lo, e ainda assim permanecer vivendo do mesmo modo como um
tolo, sem graça e insípido, nenhuma outra doutrina, nenhum outro meio poderá
ser aplicado para dar-lhe sabor. Se o cristianismo não puder fazê-lo, nada o
fará.
“Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos
homens. “ Se formos infrutíferos: consequentemente, não serviremos para
mais nada. Para que poderemos ser usados, em que não cause mais mal que bem? Assim
como um homem sem razão, é um cristão sem a graça. Um homem mau é a pior das
criaturas, um cristão mau é o pior dos homens; e um ministro mau é o pior dos
cristãos. Estaremos condenados à ruína e à rejeição. Seremos hora ou outra
expulsos da igreja e da comunhão de fé, para as quais estaremos representando
um peso e uma mancha; sendo assim, pisados pelos pés dos homens. Que Deus seja
glorificado através da vergonha e da rejeição daqueles por quem Ele foi
rejeitado, e que não se fizeram adequados para nada, exceto para serem pisados.
“Vós sois a luz do mundo; “Todos os cristãos são luz no Senhor (Efésios
5.8), e devem resplandecer como astros (Filipenses 2.15), mas ministram de uma
maneira especial. Cristo chama a si mesmo de Luz do mundo (João 8.12), e eles
são trabalhadores, juntam ente com Ele, e têm uma parte da sua honra depositada
sobre si mesmos. É verdade que a luz é doce, ela é bem-vinda; a luz do primeiro
dia do mundo o foi, quando resplandeceu nas trevas; assim é a luz da manhã de cada
dia; assim é o Evangelho, e aqueles que o transmitem, para todas as pessoas
sensatas. O mundo estava em trevas, mas Cristo chamou os seus discípulos justamente
para brilharem neste mundo; e, para que eles possam fazer isto, é dele que eles
obtêm a luz. A nossa luz deve brilhar, realizando coisas boas que os homens
possam ver e aprovar, obras que tenham boa reputação entre aqueles que não as
têm, e que, portanto, lhes darão motivo para pensarem bem do cristianismo. Nós
devemos realizar boas obras que possam ser vistas para a edificação de outros,
mas não que possam ser vistas para a nossa própria ostentação; nós devemos orar
em segredo, e o que estiver entre Deus e as nossas almas deve ser conservado
conosco; mas aquilo que é aberto e óbvio à vista dos homens deve ser feito de
modo coerente com a nossa profissão de fé, e de um modo que glorifique a Deus
(Filipenses 4.8). Aqueles que estão à nossa volta não devem apenas ouvir falar
das nossas boas obras, mas devem ver as nossas boas obras: Assim resplandeça a
vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a
vosso Pai, que está nos céus (Mateus 5:16).
“...não se pode esconder uma
cidade edificada sobre um monte; “ Sendo a luz do mundo, eles são
reconhecidos e visíveis, e têm muitos olhos sobre si. Quem viaja pela Terra
Santa fica impressionado como número de aldeias edificadas sobre os topos das colinas,
onde podem ser refrescadas pelas brisas. Ali também podem defender-se melhor
dos invasores. Em vindo a noite, a luz das casas nas colinas não pode
ocultar-se. De longe sabe-se a localização da aldeia próxima por causada luz que
vem do topo da colina. Os discípulos de Cristo, particularmente aqueles que são
ativos e zelosos no seu ministério, se tornam notáveis e são observados como
faróis de orientação. Eles trarão sinais (Isaías 7.18), serão homens
portentosos (Zacarias 3.8); todos os seus vizinhos os estarão observando. Alguns
os admiram, os elogiam, se alegram por eles e estudam para imitá-los; outros os
invejam, odeiam, censuram e estudam para destruí-los. Desta forma, eles devem
se preocupar em agir com cuidado, por causa dos que os observam; eles são
espetáculos para o mundo, e devem tomar cuidado com tudo o que pareça mau,
porque são muito observados. Os discípulos de Cristo eram homens desconhecidos
antes que Ele os chamasse, mas o caráter que Ele lhes atribuiu lhes dignificou.
E, como pregadores do Evangelho, eles criaram um padrão; e embora alguns os
tenham condenado por isto, eram respeitados por outros, e se assentarão sobre
tronos e julgarão (Lucas 22.30). Pois Cristo irá honrar aqueles que o honram.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/03/2022
Fontes:
GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do
sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.
ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico
Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
PENTECOST, Dwight. O sermão da montanha. Trad. Luiz
Aparecido Caruso. São Paulo: Vida, 1984.
CARVALHO, César Moisés. O Sermão do Monte - A Justiça sob a
Ótica de Jesus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.