quinta-feira, 25 de março de 2021

Lição 13 – Voltados os olhos para a Bendita Esperança - 1 trimestre de 2021.


(Texto Áureo) “Aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.”  (Tito 2.13)

Esse texto claramente confirma a doutrina Pré-Tribulacionista que afirma que a segunda vinda do Senhor ocorrerá em duas fases. Uma primeira de maneira invisível e particular (I Tessalonicenses 4:16-17, I Coríntios 15:5-52) e outra de maneira visível e pública (Mateus 24:30, Apocalipse 1:7).

Nosso texto áureo faz referencia a dois eventos distintos: “a bem-aventurada esperança” e “o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo.”

O primeiro Evento: A Bem-aventurada esperança refere-se a promessa que Cristo fez de maneira particular aos seus discípulos no momento de sua ascenção através de dois anjos: “E, estando com os olhos fitos no céu, enquanto ele subia, eis que junto deles se puseram dois homens vestidos de branco. Os quais lhes disseram: Homens galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir “. (Atos 1:10,11) Ou seja, Cristo ascendeu ao céu diante dos seus discípulos e retornará para eles, para que onde Ele estiver, estejamos nós também. Afinal ele prometeu: “Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra.” (Apocalipse 3:10). A frase: A Bem-aventurada Esperança, refere-se à forma impar do acontecimento. Não é qualquer Felicidade cristã, é a principal Felicidade, não qualquer promessa, é a maior de todas elas. “Na esperança de que também a mesma criatura será libertada da servidão da corrupção, para a liberdade da glória dos filhos de Deus. Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora. E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo. Porque em esperança fomos salvos” (Romanos 8:21-24).

O segundo Evento: O aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo refere-se a sua manifestação visível e em Glória descrita em muitas passagens bíblicas e confundidas muitas vezes com o arrebatamento da igreja já descrito acima. Essa manifestação cumprirá cabalmente todas as profecias referidas a sua vinda que era entendida pelos judeus como um evento único, fato que os induz a descrer no messias que recebemos pela fé. Note na profecia de Isaías 61:1-2 “O espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os tristes;”. Agora acompanhe o texto lido por Cristo nos Evangelhos: O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os quebrantados de coração, A pregar liberdade aos cativos, E restauração da vista aos cegos, A pôr em liberdade os oprimidos, A anunciar o ano aceitável do Senhor. E, cerrando o livro, e tornando-o a dar ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele. Então começou a dizer-lhes: Hoje se cumpriu esta Escritura em vossos ouvidos. (Lucas 4:18-21). Note que Cristo não anuncia o cumprimento da segunda parte do segundo versículo de Isaías 61 “e o dia da vingança do nosso Deus”, apenas da primeira parte. Ou seja, o cumprimento será futuro e se cumprirá em sua segunda vinda em glória “O aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo”

Segundo o livro Manual de Escatologia de J.Dwight Pentecost: a profecia muito das vezes possui camadas, não sendo o seu cumprimento para o mesmo tempo como no caso das 70 semanas de Daniel que sabemos ainda restar uma semana de anos a se cumprir.  Cabe ainda ressaltar mais um esclarecimento por se tratar de uma tão controversa doutrina escatológica. Muitas doutrinas bíblicas são entendidas através da observação e comparação dos textos bíblicos. Exemplo: Observamos as três pessoas da Trindade de maneira distinta em um só tempo no Batismo de Jesus. Da mesma maneira somos capazes de observar a segunda vinda de Cristo em eventos distintos. Observe: No texto de Apocalipse 19 a palavra do Senhor nos revê-la que após acontecer as Bodas do Cordeiro, Cristo desce sobre com o Cavalo branco acompanhado dos exércitos dos céus “E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro.” (19:14). Referencia aos santos da Igreja que já terão sido glorificados e galardoados: “O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.” (3:5). Fato citado também por Judas: “E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos; Para fazer juízo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. (Judas 1:14,15). O senhor virá com seus santos para fazer juízo contra os ímpios. Ora, se Cristo virá com sua Igreja em Glória, é fato que a Igreja será tira do mundo antes. “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória”.(Colossenses 3:4)

Deivy Ferreira Paniago Junior
25/03/2021

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. São Paulo: Editora Vida.

 

quarta-feira, 17 de março de 2021

Lição 12: A urgência do discipulado - 1 trimestre de 2021.


Texto Áureo: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mateus 28.19).

Esse versículo nos orienta de maneira cronológica a maneira que deve ser anunciada a Grande Comissão. Em primeiro lugar deve-se ir onde estão as pessoas sendo longe ou perto. Nosso Senhor fez o mesmo quando desceu do céu (saiu da zona de conforto), não tendo aspiração de ser semelhante a Deus (ignorou seu título, sua glória) e assumiu a forma de servo (fez-se semelhante a nós). E uma vez na nossa forma foi não somente as ovelhas perdidas da Casa de seu Pai: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. ” (Atos 10:38). Cristo foi o enviado do Pai agora nós que somos conhecidos pelo seu nome somos os enviados dEle: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. “ (João 20:21). Ou seja, devemos nos despojar de todo o nosso orgulho e conquistas, deixar a zona de conforto e nos misturarmos com aqueles que estão nas trevas a fim de os resgatar para a nossa maravilhosa luz. ” E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, “ (Filipenses 3:8).

Em segundo lugar deve-se ensinar todas as nações, afinal o nosso alvo é toda a criatura independente de cultura, passado, idade ou aparência. Era previsto na palavra que o messias seria mestre nessa disciplina: “Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores. ” (Salmos 25:8) e de fato o foi, ora de causar espanto: ”porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas. (Mateus 7:29). Nós igreja do Senhor, somos chamados a realizar as mesmas obras que ele realizou, sobre esse importante ministério o apostolo Paulo nos exorta: ...” se é ensinar, haja dedicação ao ensino; (Romanos 12:7). Ensinar para tornar nosso ouvinte um novo discípulo de Cristo. Discípulo é aquele que aprende de um mestre. O termo se aplica com frequência nos evangelhos aos seguidores de Jesus (Mateus 5.1; João 2.12). Disso segue o discipulado, ensino para ser seguidor de Cristo, ou seja, é o ensino bíblico básico para o novo convertido desenvolver-se espiritualmente. Trata-se de instruções que abrangem vários aspectos da vida, na área espiritual, emocional e social. O discipulado não é opção, é mandamento divino para a edificação e crescimento espiritual de cada cristão. Além do discipulado, Ele também ordenou que esses novos discípulos guardem o que aprenderam: “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28.20). Ou seja, as doutrinas e os pontos doutrinários que Jesus ensinou. O livro de Atos mostra os apóstolos no cumprimento dessa palavra (Atos 2.42; 4.1,2; 5.21,28).

Em terceiro lugar “batizando-as”. O batismo é uma ordenança de Cristo. Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizō) significa “imergir”, “mergulhar”. Todos os que creem devem ser batizados, porém para isso é necessário ser discípulo e não apenas ouvinte. Muitos usam o texto do Eunuco etíope para justificar que para se batizar basta somente crer. Analise o texto: “ E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. ” (Atos 8:36,37). Veja porem que o texto possui contexto e nos diz nele que esse eunuco “tinha ido a Jerusalém para adoração” o que quer dizer que era prosélito (Gentio convertido ao judaísmo) e “assentado no seu carro, lia o profeta Isaías” era conhecedor e estudante das doutrinas do judaísmo, ele possuía um rolo do profeta Isaias e estudava durante a viagem. Felipe na oportunidade lhe indicou Cristo e lhe esclareceu que a profecia que o eunuco lia se referia ao seu recente advento. E acontecendo assim, ele pediu para ser batizado. Ora, o eunuco não era um leigo das escrituras como a maioria dos judeus também não eram. Porém nós gentios nos é esclarecido “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. ” (Efésios 2:12). O que quero dizer é que na maioria das vezes muitos de nós somos leigos acerca das coisas de Deus. Por isso é sim necessário o discipulado básico ao menos.

Por último em Mateus 28.19, encontramos a fórmula do batismo na expressão: “do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, pois a salvação procede do Pai que a planejou; do Filho, que a consumou; e do Espírito Santo que tanto efetuou a encarnação do Filho, como também aplica a salvação ao homem. A fórmula tríplice do batismo é uma maneira de ressaltar a Santíssima Trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. No entanto, os unitaristas deturpam e negam a doutrina da Trindade de Deus. As Escrituras, porém, ensinam que Deus é uno e ao mesmo tempo triúno, isto é, Deus o Pai, Deus o Filho, e Deus o Espírito Santo.

Deivy Ferreira Paniago Junior
17/03/2021

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.

sexta-feira, 12 de março de 2021

Lição 11: Compromissados com a evangelização - 1 trimestre de 2021.


 (Texto áureo) “Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego.” (Romanos 1:16)

Paulo em sua minuciosa apresentação a Igreja de Roma começa afirmando que não se envergonha de pregar o Evangelho de Cristo. As dificuldades financeiras ou a falta de recursos necessários, não o envergonhavam de pregar o Evangelho. Para o apóstolo das gentes, o Evangelho tem um sentido vivo: não é opaco como certas filosofias religiosas da época.

O termo “evangelho”, oriundo do vocábulo grego , significa literalmente “boa-nova”. A palavra é formada por dois vocábulos gregos: , bom, e , anúncio. Trata-se de uma expressão antiquíssima da língua grega. A palavra, contudo, só viria adquirir a conotação com que, hoje, a conhecemos a partir do advento de Cristo. Após o seu batismo, o Senhor apresentou-se a Israel com o evangelho do Reino. Ao descrever a ação evangelizadora de Jesus, ressalta-lhe Mateus não somente as palavras, mas notadamente os atos: “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo” (Mateus 9.35).

“O Evangelho é poder de Deus”.  No grego, a palavra poder é “dunamis” cujo sentido é dinamite. O Evangelho é dinâmico, não apenas atraente como uma idéia ou alguma filosofia. A palavra poder, em relação ao Evangelho, significa a intervenção imediata e instantânea de Deus na vida do pecador. O Evangelho tem um poder miraculoso que pode transformar o mais vil pecador numa nova criatura.

“Para a Salvação”. A palavra salvação neste texto tem um sentido individual e também universal, pois é para todo aquele que crer. Seu alcance tem uma dimensão real, pois não se trata de um poder abstrato ou inconcebível. E um poder divino que pode ser experimentado e sentido. A palavra crer, no grego é “pisteuo”, que também significa fé, como um ato de confiar em alguém. Em relação ao Evangelho, crer significa confiança ou a entrega pessoal de modo pleno a ponto de colocar-se o que crê, completamente à disposição de outra pessoa. Crer no Evangelho não implica num mero assentimento intelectual a uma verdade apresentada, mas requer uma entrega voluntária e sem reservas à verdade recebida. Crer em Cristo é entregar-se a Ele sem reservas.

“Primeiro do judeu” (1.16) não quer dizer que é necessário tornar-se judeu para conhecer os benefícios do poder do Evangelho. Basta crer no Evangelho. Essa afirmação deve ser entendida cronologicamente. Jesus afirmou a mulher samaritana: Vós adorais o que não sabeis; nós adoramos o que sabemos por que a salvação vem dos judeus. (João 4:22)

Nós, igreja do Senhor Jesus, comissionados para pregar o Evangelho a toda à criatura. Não podemos nos envergonhar dele, afinal o Evangelho é o poder de Deus para a Salvação, ou seja, todos que chagaram a Cristo foi por intermédio do Evangelho. Se você não se envergonha do Evangelho. Pregue o Evangelho! “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1 Coríntios 9:16)

Deivy Ferreira Paniago Júnior
12/3/3021

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

ANDRADE, Claudionor. O desafio da Evangelização. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

CABRAL, Elienai. Romanos: O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1986.

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