quarta-feira, 26 de junho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE JUNHO DE 2024 (Colossenses 1.20)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE JUNHO DE 2024
A RECONCILIAÇÃO DE TUDO QUE ESTÁ NA TERRA E NO CÉU

Colossenses 1.20 “E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.”

 

E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz,”

Jesus derramou o Seu sangue para perdoar pecados (Mateus 26:28), a fim de que os homens estejam em paz com Deus. O homem havia se tornado inimigo de Deus e não tinha como aproximar-se dEle. Pois, existia uma terrível inimizade, por causa do pecado, que separava a criatura do Criador (Isaías 59.2). O muro de pecado precisava ser retirado para que Deus e o homem façam as pazes. O homem que esta em paz com Deus tornar-se Seu amigo. Abraão é um exemplo de pessoa cuja fé e obras resultaram em ser ele chamado de amigo de Deus (Tiago 2:22, 23).

Quando Jesus nasceu, os anjos cantaram falando de paz: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem” (Lucas 2:14). Jesus prometeu dar paz aos Seus seguidores em meio à tribulação “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).

A paz com Deus sobrevém aos que são movidos por fé (Romanos 5:1; Hebreus 11:6) a fazer o bem: “Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem...” (Romanos 2:10). Pessoas espirituais encontram paz “mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Romanos 8:6. A paz mediante a reconciliação é revelada como boa notícia para os homens (Romanos 10:15; Efésios 2:17).

 

“... meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,”

A palavra grega para “reconciliação” é muito sugestiva. Significa mudar da inimizade para amizade. Implica a restituição de um estado do qual a pessoa se separou. O significado é efetuar uma completa revira volta. Werner de Boor diz que é “colocar algo de volta em sua devida ordem”.

Foi Deus, e não o homem, quem tomou a iniciativa da reconciliação. O Novo Testamento jamais fala de Deus reconciliado com os homens, mas dos homens reconciliados com Deus. A atitude de Deus para os homens foi sempre e incessantemente de amor. Deus tomou a iniciativa de nos reconciliar consigo mesmo. Não é o homem quem busca a Deus, é Deus quem busca o homem. Diz o apóstolo Paulo: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo...” (2 Coríntios 5.18).

Não foi o sacrifício de Cristo que mudou o coração de Deus. Antes, a cruz foi resultado do Seu amor. Na cruz de Cristo, Deus mostrou Seu repúdio ao pecado e Seu amor ao pecador. O amor de Deus é eterno, imutável, incondicional e sacrificial. Ele ama infinitamente os objetos da Sua própria ira. Sendo nós filhos da ira, Ele nos amou com amor eterno. Sendo nós pecadores rebeldes, nos deu Seu Filho.

“Todas as coisas” não inclui o universo físico, animais ou outras criaturas, pois eles nada fizeram para se separarem de Deus. Paulo devia ter em mente “todos” cujos pecados os separaram de Deus e, por isso, precisam reconciliar-se. Jesus não veio reconciliar os que já estão em paz com Deus (Mateus 9:13), mas veio “buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10). Dentro de todo o universo, os humanos são os únicos seres que precisam e podem ser reconciliados com Deus. “Todas” deve, portanto, significar que Jesus possibilitou a  reconciliação de todas as pessoas que já viveram sobre a terra.

Alguns tentam forçar aqui que “todas as coisas” aponta para uma salvação universal. O Universalismo prega que todos os seres serão salvos, inclusive os anjos caídos, e o próprio Diabo. Essa falsa doutrina começou a ser ensinada nos escritos antigos da Igreja.“Orígenes foi provavelmente o primeiro universalista cristão. Em sua obra juvenil De Principiis, ele sugeriu esta idéia de restauração universal e final para todos.”

 

“... tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.”

Paulo não escreveu que a morte de Jesus reconciliou coisas sobre a terra com coisas nos céus, como concluem alguns. A reconciliação é para o que está sobre a terra e nos céus, e não para a terra e os céus em si mesmos. A terra e os céus passarão (Mateus 24:35) e serão incendiados (2 Pedro 3:10–12).

A morte de Jesus proporcionou reconciliação a coisas sobre a terra e a coisas nos céus. O significado deve ser que Jesus proveu reconciliação para todos que necessitam de reconciliação. Visto que apenas quem ofendeu a Deus precisa ser reconciliado com Ele, coisas materiais, animais e outras criaturas viventes podem ser eliminados. A humanidade pecadora é o que resta entre os que necessitam de reconciliação.

Fora a humanidade quem pode ofender a Deus são espíritos, anjos bons e maus. Anjos bons não precisam de reconciliação. Afinal quem nos céus precisa de paz por meio de Jesus? Sendo que nada contaminado pode entrar no céu (Apocalipse 21:27).

Anjos maus e espíritos maus precisam de reconciliação, mas não a receberão. Ademais, a ideia de que a reconciliação viabilizada pelo ato redentor de Jesus se estende a seres angelicais que pecaram seria contraditória à afirmação de Pedro sobre os anjos que pecaram. Eles estão algemados nas trevas, reservados para o juízo (2 Pedro 2:4). Eles não estão no céu, pois foram “lançados no inferno. (Tartaro).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/6/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. Colossenses - A Perseverança da Igreja na Palavra Nestes Dias Difíceis e Trabalhosos. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.

 http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201310_01.pdf

Lopes, Hernandes Dias. Colossenses: suprema grandeza de Cristo, o cabeça da igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.

terça-feira, 25 de junho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 25 DE JUNHO DE 2024 (Apocalipse 3.12)

 

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
25 DE JUNHO DE 2024
A NOVA JERUSALÉM, A CIDADE QUE DESCERÁ DO CÉU


Apocalipse 3.12 “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.”

 

“A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá;”

Jesus conclui a carta a igreja de Filadélfia com uma palavra de esperança e conforto. Promete bênçãos ao que vencer em Cristo Jesus. O vencedor é o que permanece fiel à Palavra de Deus face à adversidade e à oposição.

Quem vencer será coluna no templo de Deus. A Igreja do Senhor, já na presente era é a “Coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3.15b), e o que ela representa na atualidade, será, sem dúvida alguma na eternidade.

As colunas são usadas como emblemas de força e durabilidade. “... Eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro...” (Jeremias 1.18). As duas colunas do Templo de Salomão postas no pórtico eram chamadas Jaquim, que significa “Ele estabelecerá”, e Boás, que significa “Nele há força”.

Claro está que “coluna no templo” é também uma figura de linguagem. Quando uma cidade sofre terremoto e cai, geralmente ficam em pé colunas de edifícios, porque a técnica de construção e os alicerces dessas colunas são reforçados. Filadélfia constatara isso várias vezes após terremotos sofridos. Daí a figura de expressão, aqui usada.

Por sermos Colunas no templo de Deus haveremos de estar sempre na presença de Deus, pois Deus mesmo é o Templo da Jerusalém Celeste: “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro ( Apocalipse 21.22).

 

“... e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus,”

Naqueles dias, escrever o nome de alguém sobre alguma coisa era sinônimo de posse. O senhor escrevia seu nome nos servos como se estivesse marcando animais. Era sinal de posse. Receber o nome de Deus equivale a pertencer-lhe. Tal relacionamento jamais será quebrado. Seu nome será permanentemente inscrito sobre seus servos. Somos dele para sempre!

Além disso, Jesus diz que escreverá sobre ele “o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu do meu Deus”. Os vencedores receberão plena cidadania na Nova Jerusalém. Destes, serão removidas toda a dor e tristeza. Eles terão acesso à água da vida, comerão da árvore da vida, servirão a Cristo, verão sua face, reinarão com Ele e jamais serão molestados pelo ímpios.

 

“... e também o meu novo nome.”

Melhor que ter o nome da Nova Jerusalém escrito em nós, é ter o de Cristo. Seu nome representa a completa revelação de sua pessoa. Hoje, ainda não podemos imaginar-lhe a magnitude da glória. Mas quando chegarmos no céu, o conheceremos tal como é: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 João 3.2).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
03/06/2024

FONTES:

HORTON, Stanley M. Apocalipse as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse: versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998

LAWSON, Steven J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004,

segunda-feira, 24 de junho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 24 DE JUNHO DE 2024 (Lucas 23.46)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
24 DE JUNHO DE 2024
O PARAÍSO COMO HABITAÇÃO DE DEUS, DOS ANJOS E DOS SALVOS

Lucas 23.46 “E, clamando Jesus com grande voz, disse: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito. E, havendo dito isto, expirou.”

 

E, clamando Jesus com grande voz, disse:”

A crucificação normalmente matava a pessoa por esgotamento; mas o grito final do Senhor é sinal de vitalidade abundante. Três dos evangelhos nos falam a respeito deste grande grito (comp. Mateus 27:50; Marcos 15:37).

João, por outro lado, não menciona o grande clamor, mas diz que Jesus morreu dizendo: “Está consumado!” (João 19:30). Em grego e aramaico estas palavras são uma só. Portanto elas e o grande clamor são a mesma coisa. Jesus morreu com um grito de triunfo em seus lábios.

Cristo despediu-se de seu espírito por um ato direto da sua vontade: “Ninguém ma tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para a dar, e poder para tornar a tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai” (João 10.18).

 

“Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito.

As últimas palavras do Salvador foram uma oração. A oração é algo apropriado em todos os tempos e épocas, mais ainda no leito de morte.

A oração de Jesus foi uma citação das Escrituras (SaImo 31.5). Esse versículo era a primeira oração que toda mãe judia ensinava a seu filho para que fosse a última coisa que dissesse de noite. A mãe judia ensinava a seu filho a dizer, antes de que chegasse a escuridão ameaçadora: "Em tuas mãos encomendo o meu espírito." E Jesus a tornou ainda mais bela quando estava a morrer porque começou com a palavra Pai.

As Escrituras, que eram o alimento de Jesus durante a vida, foram também o seu consolo na morte. Jesus orou com respeito ao seu espírito. Muitas pessoas no leito de morte preocupam-se com o corpo - sua dor, o que dele será feito depois da morte. Não freqüentemente, ocupam a mente com negócios terrenos.

O exemplo de Jesus mostra que não é errado dar atenção a essas coisas na ocasião da morte, porque Ele mesmo disse: “Tenho sede”. Mas sua preocupação suprema era com o espírito - a parte mais nobre e sagrada do homem.

 

“E, havendo dito isto, expirou.”

Após concluir sua oração. Jesus sem medo, expirou. Jesus não desmaiou; Ele não ficou inconsciente para reviver mais tarde - Ele expirou. Jesus morreu como um ser humano - voluntariamente, sacrificialmente, no lugar dos pecadores. Jesus havia ensinado os seus discípulos a não temerem os que matam o corpo. No calvário, mostrou-se à altura de seus ensinamentos.

Na morte, Ele nos ensina que os crentes que partem nada tem a temer, pois ele estará conosco do outro lado (Filipenses 1.23; 2 Coríntios 5.6-8) e gozaremos de comunhão íntima com Ele. Cristo abre as portas do paraíso para todos os que confiam nEle e os envolve em seus braços de misericórdia.

Billy Graham (1918-2018) enquanto vivo, avisou: "Um dia vocês irão ouvir que Billy Graham morreu. Não creiam nisso nem por um instante. Naquele dia, eu vou estar mais vivo do que nunca! Vou ter apenas mudado de endereço."

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/6/2024

FONTES:

Pearlman, Myer. Lucas, o Evangelho do Homem Perfeito  l.ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995.

Comentário do Novo Testamento: Aplicação Pessoal. Tradução: Degmar Ribas. Rio de Janeiro: CPAD, 2009.

BARCLAY, William. The Gospel of Luke. Philadelphia: Westminster Press, 1976. (Tradução: Carlos Biagini)

https://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/serei-mais-vivo-do-que-nunca-diz-billy-graham-sobre-propria-morte.html

domingo, 23 de junho de 2024

Texto Áureo Lição 13 - A Cidade Celestial. Filipenses 3.20


TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. ” (Filipenses 3.20)

Acesse o texto e muito mais clicando no link abaixo:
 

Lição 13: A Cidade Celestial – 2 Trimestre de 2024.

TEXTO ÁUREO

“Mas a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. ” (Filipenses 3.20)

 

“Mas a nossa cidade está nos céus, “

Qualquer cidadão pertencente a um país para adquirir direito de cidadania em outro país passa por um processo legal de mudança de cidadania para conseguir esse direito. Paulo faz menção da cidadania celestial (v. 20) e declara que para obter esse direito a pessoa precisa corresponder à transformação de vida exigida. Os cidadãos de uma colônia romana deviam sujeição a Roma. A conduta deles era governada pelas leis romanas e a esperança deles se concentrava na glória de Roma. Esperava-se também que eles colonizassem—propagassem o pensamento e a cultura romana.

Somente pela obra de regeneração do Espírito Santo será possível ter direito e acesso à “cidade celestial” onde habita o Senhor. A palavra “cidade” é, também, traduzida por “pátria”. Quando Paulo escrevia essas palavras estava pensando no “status” cívico de Filipos, tão importante como colônia romana. A despeito das benesses materiais da cidade de Filipos e de tudo quanto se oferecia à sociedade, Paulo fala de uma cidade que está nos céus. Trata-se de algo superior e espiritual “de onde também esperamos o Salvador” (3.20).

Ralph Herring escreveu que “a igreja local devia ser como uma colônia do céu. Leis celestiais e modos celestiais deviam distinguir seus membros, diferenciando-os dos demais ao redor”. Nossa esperança aponta para a cidade que está nos céus. Em breve o Senhor Jesus virá sobre as nuvens do céu com poder e glória (Mateus 24.31; Atos 1.9-11; 1 Tessalonicenses 4.16; 2 Tessalonicenses 1.7).

Como cristãos, precisamos reconhecer que, no que tange a este mundo, somos “expatriados” (cidadãos de um país que residem em outro país), somos “estrangeiros e peregrinos sobre a terra” (Hebreus 11:13; veja 1 Pedro 2:11). Nossos nomes foram registrados como cidadãos “no livro da vida” nos céus (veja Filipenses 4:3; Hebreus 12:23). Este mundo é só um “endereço provisório” para nós; o céu é o nosso “endereço fixo”. Como os cidadãos das colônias romanas, temos certos privilégios, mas também temos responsabilidades equivalentes. Devemos sujeição ao nosso Pai celestial. Somos governados por Suas leis, e nossa esperança está centrada na Sua glória—Ele espera que propaguemos as verdades cristãs.

 

“... donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. ”

Paulo também queria que os filipenses se concentrassem numa Pessoa celestial: “...de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (3:20b). Paulo já havia indicado que ele aguardava o último Dia para finalmente conhecer Cristo plenamente (3:10, 11).

O ato de esperar traduz a esperança dos crentes. O cidadão romano honrava a César como o salvador geral do império, enquanto o cristão honra e serve ao Senhor Jesus Cristo, o Rei da pátria celestial. Se a cidadania romana representava vantagens materiais e sociais para os filipenses, muito mais os crentes em Cristo obtêm vantagens com a cidadania celestial.

Durante as últimas horas de Cristo com Seus discípulos, antes de Sua morte, Ele prometeu voltar (João 14:1–4). Quando Ele subiu ao céu, anjos disseram aos que observavam: “Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir” (Atos 1:11). Os primeiros cristãos viviam em estado de expectativa, cientes de que o Senhor poderia voltar a qualquer hora (veja 1 Tessalonicenses 4:13—5:2; Tito 2:13; Hebreus 9:28). A segunda vinda dava sentido às suas vidas. Confiar na volta de Cristo ajudou os cristãos a enfrentarem os problemas diários e sustentou-os durante a perseguição. 

A inclusão da palavra “Salvador” em Filipenses 3:20 é significativa. Paulo não usava esse termo com frequência, mas ele o usou aqui—provavelmente porque ele descrevia com maior precisão o papel do Senhor em relação ao Seu povo quando Ele voltasse. Para os ímpios, Ele apareceria somente como Juiz; mas, para os Seus, Ele viria como Salvador—para libertá-los deste mundo pecaminoso, para recompensá-los e levá-los para estar com Ele por toda a eternidade. 

Assim como os primeiros cristãos, nós precisamos focar nossos corações em Jesus e “esperar ansiosamente” a Sua vinda. Devemos, como eles, reconhecer que Jesus pode voltar a qualquer hora. Devemos, como eles, orar: “Amém. Vem, Senhor Jesus” (Apocalipse 22:20)!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/04/2024

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201101_06.pdf

CABRAL, Elienai. Filipenses - A humildade de Cristo como exemplo para a Igreja. Rio de Janeiro: CPAD, 2013.

Ester 2.7

 

Ester 2.7Este criara a Hadassa (que é Ester, filha de seu tio), porque não tinha pai nem mãe; e era jovem bela de presença e formosa; e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha.”

 

Este criara a Hadassa (que é Ester, filha de seu tio),”

Este que criara Hadassa é Mardoqueu ou Mordecai, da tribo de Benjamim. Ele era bisneto de um homem chamado Quis, que fora levado. para a Babilônia junto com o rei Jeconias (Jeoaquim) em 597 A.C.

O nome Hadassa vem de “hadas”, que quer dizer mirta ou murta. É interessante que ramos de murta são ainda carregados na procissão da Festa dos Tabernáculos, indicando paz e ações de graças.

Ester vem de “stam”, palavra persa para estrela, provêm da mesma raiz que o nome babilônio Ishtar, da deusa que corresponde a Vênus na adoração romana. Temos aqui um exemplo precoce da prática judia de usar dois nomes – um hebraico e outro gentio, tais como João Marcos, José Justo, etc".

 

“... porque não tinha pai nem mãe;”

Ester era filha de um homem chamado Abiail (Ester 2:15). Este era tio de Mardoqueu. Após a morte de Abiail, Mardoqueu levou a órfã para sua casa e a criou como sua filha.

Deus expressa grande preocupação por aqueles que estão destituídos de seus familiares imediatos, como os órfãos e as viúvas. O cuidado para com aqueles que não têm os pais é particularmente imposto, primeiramente, na promulgação da lei mosaica, no código da aliança: “A nenhuma viúva nem órfão afligireis (Êxodo 22.22) e, em segundo lugar, no código que está registrado no livro de Deuteronômio “Não perverterás o direito do estrangeiro e do órfão; nem tomarás em penhor a roupa da viúva (Deuteronômio 24.17).

Uma parte do dízimo deveria ser dedicada ao sustento das pessoas que estivessem nesta situação: “Quando acabares de separar todos os dízimos da tua colheita no ano terceiro, que é o ano dos dízimos, então os darás ao levita, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva, para que comam dentro das tuas portas, e se fartem (Deuteronômio 26.12), e seus direitos de herança deveriam ser protegidos.

Deus preocupa-se com os órfãos e com as viúvas (Salmos 10.14,18; João 14.18), promete sua ajuda a eles (Êxodo 22.23; Deuteronômio 10.18) e condena aqueles que os oprimem (Deuteronômio 27.19; Malaquias 3.5).

 

“... e era jovem bela de presença e formosa;”

O hebraico para bela é mais específico: “bela de forma e linda de se ver”. A beleza de Ester foi o motivo de ter sido contada entre as virgens trazidas a Assuero para a seleção de uma rainha para reinar no lugar de Vasti.

Apesar de possuir beleza natural. Ester se submeteu a um tratamento de beleza na casa das mulheres  que durou doze meses, antes de se apresentar ao Rei: “E, chegando a vez de cada moça, para vir ao rei Assuero, depois que fora feito a ela segundo a lei das mulheres, por doze meses (porque assim se cumpriam os dias das suas purificações, seis meses com óleo de mirra, e seis meses com especiarias, e com as coisas para a purificação das mulheres)” (Ester 2.12).

Por causa de sua formosura escolhida e tornou-se rainha, e viveu no palácio em Susã.

 

“... e, morrendo seu pai e sua mãe, Mardoqueu a tomara por sua filha.”

Mardoqueu havia adotado a sua prima órfã, e a educara. O costume de adoção era suficientemente conhecido em Israel para propiciar um modelo do relacionamento entre o Senhor e o Seu povo (Exôdo 4:22; 2 Samuel 7:14), mas não há leis no Pentateuco que governem a adoção, e há relativamente poucos exemplos da sua prática.

Este exemplo em Ester sugere que a adoção no contexto da família era preferida, e isto está em consonância com o costume do Oriente Próximo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/6/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

SWINDOLL, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem - tradução de Neyd Siqueira. - São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

Lucas 3.32

 

Lucas 3.32  E Davi de Jessé, e Jessé de Obede, e Obede de Boaz, e Boaz de Salá, e Salá de Naassom,”

 

“...E Davi de Jessé,”

Davi é o filho mais novo de Jessé foi escolhido por Deus e ungido pelo profeta Samuel para ser rei de Israel (1 Samuel 16:11–13). Davi era um filho da velhice de Jessé (1 Sm 17.12). Foi o segundo rei de Israel, fundador da monarquia unida (1000-962 a.C.). O nome Davi pode significar “amado”.

Davi como seu pai Jessé nasceu em Belém de Judá, uma cidade a cerca de 10 quilômetros ao sul de Jerusalém. Era a cidade de Boaz e Rute, e tornou-se mais conhecida como cidade natal de um filho de Davi, o Messias de Israel.

O próprio Messias viria ao mundo mil anos depois do grande monarca, sendo chamado de Filho de Davi. O nome de Davi trazia consigo a esperança do Messias em um novo tempo de paz, justiça e liberdade, em que o pecado e a morte seriam vencidos.

 

“... e Jessé de Obede,”

Não conhecemos a esposa de Obede, apenas sabemos que “Obede gerou a Jessé” (Mateus 1.5).

Jessé teve oito filhos e duas filhas (1 Samuel 17.12). As filhas eram de uma outra esposa, e não da mãe de Davi. Jessé viveu em Belém, e obtinha seu sustento do pastoreio de ovelhas e da criação de cabras. Buscou refúgio em Moabe durante o período em que Davi foi obrigado a fugir de Saul (1 Samuel 22.3,4).

A posição humilde de sua família é aludida pelo epíteto injurioso “filho de Jessé” dado a Davi por aqueles que não gostavam dele (1 Samuel 20.27,30; 22.7; 25.10; 2 Samuel 20.1). As expressões “brotará um rebento do tronco de Jessé” e “raiz de Jessé” em Isaías 11.1,10, que indicam o passado insignificante e humilde da linhagem real de Davi, tomaram-se símbolos de messianismo.

 

“... e Obede de Boaz,”

Do casamento de Boaz e Rute nasceu Obede:E lhe chamaram Obede. Este é o pai de Jessé, pai de Davi” (Rute 4.17).

Obede significa "adorador", "servo" ou "escravo". Costumava ser combinado com os nomes do Deus de Israel ou com os nomes dos deuses pagãos, como em Obadias, Obede-Edom, Abednego e Abdula. 

 

“... e Boaz de Salá,”

Salá e Raabe tiveram um filho e colocaram seu nome de Boaz. Boaz quando adulto tornou-se um cidadão proeminente de Belém, compadeceu-se de uma parente viúva e pobre chamada Rute. Boaz era parente de Noemi, sogra de Rute, e um homem rico.

Ele era um homem íntegro, influente e grande fazendeiro. Seu nome significa “nele há força”. Ele podia cumprir os requisitos legais de casar-se com Rute, no regime do levirato, e suscitar descendência à (Malom) família de Elimeleque.

 

“... e Salá de Naassom,”

Naassom foi líder da tribo de Judá no tempo do êxodo do Egito: “Os filhos de Israel armarão as suas tendas, cada um debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, defronte da tenda da congregação, armarão as suas tendas. Os que armarem as suas tendas do lado do oriente, para o nascente, serão os da bandeira do exército de Judá, segundo os seus esquadrões, e Naassom, filho de Aminadabe, será príncipe dos filhos de Judá (Números 2:3, 4).

Ele participou do primeiro recenseamento: “Tomai a soma de toda a congregação dos filhos de Israel, segundo as suas famílias, segundo a casa de seus pais, conforme o número dos nomes de todo o homem, cabeça por cabeça”; “Estará convosco, de cada tribo, um homem que seja cabeça da casa de seus pais”; “De Judá, Naasson, filho de Aminadabe(Números 1:2,4,7),

Ele levou sacrifícios ao tabernáculo recém-construído: E disse o Senhor a Moisés: Cada príncipe oferecerá a sua oferta, cada qual no seu dia, para a consagração do altar. O que, pois, no primeiro dia apresentou a sua oferta foi Naassom, filho de Aminadabe, pela tribo de Judá(Números 7:11-12) e guiou sua tribo quando partiram para um novo lugar durante a peregrinação no deserto: “Porque primeiramente partiu a bandeira do arraial dos filhos de Judá segundo os seus exércitos; e sobre o seu exército estava Naassom, filho de Aminadabe (Números 10:14).

Ele teve um Filho chamado Salá ou Salmom (Mateus 1.5). Não temos muitas informações desse personagem. Possivelmente ele lutou sob a liderança de Josué na conquista de Canaã, pois, sabemos que posteriormente ele casou-se com Raabe (Mateus 1.5). Talvez ele seja um dos dois espias enviados de Sitim a espiar a terra de Jericó (Josué 2.1).

Na época da conquista, Raabe, uma prostituta de Jericó, escondeu os espias israelitas quando eles certamente seriam pegos e executados: “E Josué, filho de Num, enviou secretamente, de Sitim, dois homens a espiar, dizendo: Ide reconhecer a terra e a Jericó. Foram, pois, e entraram na casa de uma mulher prostituta, cujo nome era Raabe, e dormiram ali (Josué 2:1).

Ela arriscou a própria vida para salvá-los. Quando Jericó foi capturada por Israel, Raabe e sua família foram poupados por causa da fé dela em Deus: “Pela fé Raabe, a meretriz, não pereceu com os incrédulos, acolhendo em paz os espias (Hebreus 11:31).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/6/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201203_03.pdf

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

ATKINSON, David. A Mensagem de RUTE. Abu, 1991.

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