1 João 4.15 “Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus. ”
“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, ”
O ancião na sua epístola invoca várias fórmulas correntes de confissão (1 João 1:9; 1 João 2:23, 1 João 4:2), elas devem ser compreendidas como típicas da igreja cristã desde o princípio, e envolvem discernimentos sem os quais seria impossível a comunhão com o Pai e de uns com os outros.
A confissão é mais do que falar com a boca ela origina-se no coração (alma). O apóstolo Paulo escreveu aos romanos: que diz? “Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação” (Romanos 10.9-10). Assim está alicerçada sobre a lealdade da alma a Cristo, pois deve haver a confissão da vida, rendição e obediência, e não meramente da palavra em apoio a um credo. Tal confissão dá apoio ao evangelho anunciado pelos apóstolos, combatendo as inovações dos hereges.
Jesus, o homem, é igualmente o divino Filho de Deus, o Cristo, o Verbo eterno, o Logos. Essa confissão da deidade de Jesus Cristo concorda com a doutrina dos apóstolos. Em Mateus 16:16, Pedro declara: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo", ao que Jesus responde: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque isto não te foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus" (Mateus 16:17, NVI). Aqui, Jesus destaca a revelação divina necessária para tal confissão. É um reconhecimento que vai além do raciocínio humano e está enraizado em uma compreensão espiritual concedida por Deus.
O mesmo João escreveu: “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” (João 20.31). Essa confissão é prova (quando genuína) de nossa comunhão com Deus (1 João 1:3).
Essa epístola foi escrita para abordar falsos ensinamentos e para tranquilizar os crentes sobre sua fé. Uma das principais heresias que confrontavam a igreja primitiva era o gnosticismo, que negava a verdadeira humanidade e divindade de Jesus. Ao enfatizar a importância de confessar Jesus como o Filho de Deus, João refuta esses falsos ensinamentos e reafirma os princípios fundamentais da doutrina cristã.
“Deus está nele, e ele em Deus. ”
Isso já fora dito no décimo terceiro versículo: “Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do seu Espírito”. O Espírito Santo, como o Espírito da verdade, capacita os crentes a entender e confessar Jesus como o Filho de Deus e os capacita a viver de acordo com a vontade de Deus e evidencia a habitação mútua.
Este conceito de habitação mútua é um tema recorrente nos escritos de João, particularmente no Evangelho de João e nas epístolas. Em João 15:4, Jesus diz: "Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês. Nenhum ramo pode dar fruto por si mesmo; deve permanecer na videira. Nem vocês podem dar fruto, a menos que permaneçam em mim" (NVI). Esta imagem da videira e dos ramos ilustra a união íntima e vital entre Cristo e Seus seguidores.
É impossível separar Deus de Jesus. Negar a Jesus é perder todo conhecimento de Deus, porque só Ele pode nos brindar esse conhecimento. Negar a Jesus é estar separados de Deus, porque nossa comunhão com Deus depende de nossa resposta a Jesus: “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus; mas aquele que me negar diante dos homens, também eu o negarei diante de meu Pai, que está nos céus” (Mateus 10:32-33).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/1/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
CHAMPLIN, Norman. O Novo Testamento Interpretado: Versículo Por Versículo, Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2001.
https://biblechat.ai/pt/arquivo-de-perguntas/novo-testamento/epistolas-gerais/o-que-1-joao-415-ensina-sobre-confessar-reconhecer-jesus/
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