Páginas

sábado, 10 de agosto de 2024

1 Pedro 5.2

 

1 Pedro 5.2 “Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;”

 

“Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós,”

Em grego o verbo imperativo traduzido por pastorear vem de (poimai-no). O substantivo “pastor” que aparece em Efésios 4:11, é poimen. Agir como um pastor é ser um cuidador de ovelhas. O começo do versículo poderia ser traduzido simplesmente por “seja um pastor” para o rebanho.

Os homens a quem Pedro incentivava a trabalharem como um pastor eram os que ele chamara de presbíteros como ele. Além desta passagem, outras no Novo Testamento deixam claro que “presbíteros” equivale a “pastores”. A mesma correlação de palavras é vista em Atos 20. Paulo convocou os presbíteros da igreja de Éfeso em Mileto (Atos 20:17). Entre outras coisas, ele os admoestou a “pastorearem” a igreja de Deus (Atos 20:28). O mesmo verbo grego “pastorear” em 1 Pedro 5:2 é usado em Atos 20:28.

 

“tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente;”

Além de pastorear o rebanho de Deus era também responsabilidade dos presbíteros servir ao rebanho que Deus lhes havia confiado. Mas eles devem se submeter voluntariamente. Há casos em que um presbítero é mantido financeiramente pela igreja, porém geralmente não é assim. É um trabalho de amor. Eles assumem suas responsabilidades porque querem glorificar o Senhor e edificar o Seu povo. Querem ser parceiros do Senhor na tarefa de salvar as almas dos homens. Não é um trabalho que deve ser aceito por constrangimento.

Homens piedosos devem assumir o trabalho com zelo, entusiasmo, espontaneamente. O escritor de Hebreus disse: “Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo” (Hebreus 13:17). Quando homens bons não aceitam o ministério do presbitério, deixam a porta aberta para os que são menos qualificados. E os resultados nesses casos são desastrosos.

 

“nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;”

Embora nos tempos modernos até haja presbíteros que são mantidos financeiramente por igrejas, essa prática parecia ser mais comum no período neotestamentário. Paulo disse a Timóteo que o presbítero deve ser “não avarento” ou “não apegado a dinheiro” (NVI) (1 Timóteo 3:3). Os diáconos não devem ser “cobiçosos de sórdida ganância” (1 Timóteo 3:8), nem os presbíteros (Tito 1:7).

Embora estas palavras possam significar apenas que presbíteros e diáconos devam ser generosos, há razões para se pensar que Paulo as escreveu porque era comum presbíteros, e talvez diáconos, serem remunerados pelo seu trabalho.

Em 1 Timóteo. Paulo admoestou seu cooperador mais jovem a prestar honra dobrada ao presbítero que trabalhasse arduamente na pregação e no ensino. Ele usou o mesmo tipo de linguagem que usou em Coríntios. O apóstolo citou Deuteronômio 25:4: “Não amordaces o boi, quando pisa o trigo”, e acrescentou: “O obreiro é digno do seu salário” (1 Timóteo 5:18; 1 Coríntios 9:9, 14)

Assim como Paulo, Pedro parecia ter a expectativa de que presbíteros recebessem sustento financeiro pelo trabalho prestado ao Senhor. Isso explicaria por que ele disse que os  presbíteros não deveriam servir por sórdida ganância. Antes, deveriam servir de boa vontade.

No Evangelho de João, Jesus contou a história de um pastor que foi comparado a um mercenário (João 10:11–15). Não há espaço no reino de Deus para quem trabalha meramente por dinheiro, tanto Paulo como Pedro queriam assegurar a igreja seja servida por homens que trabalham por coisas mais substanciosas do que um contracheque no fim do mês.

Concluindo, os presbíteros tinham de evitar, a qualquer custo, o mero profissionalismo e as atitudes dos líderes de Israel, no Antigo Testamento, que a si mesmos se apascentavam em detrimento do rebanho de Deus (Isaias 56.11; Jeremias 50.6; Ezequiel 34.2-8; Zacarias 10.3; 11.4,5). O Salmo 23 é própria imagem de Jesus como o Bom Pastor. Que os pastores tenham sempre diante de si essa passagem do Livro Santo.

 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201411_02.pdf

1 Samuel 15.8

 

1 Samuel 15.8 “E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas; porém a todo o povo destruiu ao fio da espada. ”

 

“E tomou vivo a Agague, rei dos amalequitas;”

Apesar do mandamento de Deus através de Samuel ter sido claro: “Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos” ( Samuel 15.3).

Os amalequitas, que eram descendentes de Esaú (Genesis 36:12), foram inimigos constantes de Israel. Atacaram os israelitas em Refidim nas vizinhanças do Sinai. Em Redifim “disse o Senhor a Moisés: Escreve isto para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de Amaleque de debaixo dos céus” (Exodo 17.14).

O rei Saul poupou os animais, pois temia o povo. Após isso ele também decidiu ser diplomático para com o Rei dos amalequitas poupando-lhe a vida. Saul foi um escravo do povo. Suas decisões não eram pautadas com boa base de liderança. Observe que, ao ser repreendido, ele lança a culpa sobre o povo, assim como fez Adão, Eva, Arão (Genesis 3.12; Êxodo 32.22).

Isso muito enfureceu Samuel que após profetizar cumpriu a ordem o Senhor em relação a Agague: “Disse, porém, Samuel: Assim como a tua espada desfilhou as mulheres, assim ficará desfilhada a tua mãe entre as mulheres. Então Samuel despedaçou a Agague perante o Senhor em Gilgal” (1 Samuel 15.33).

Agague encontra-se também em Números 24:7. Pode ter sido um titulo hereditário como Faraó entre os egípcios e Abimeleque entre os filisteus.

 

 “...porém a todo o povo destruiu ao fio da espada. ”

O restante do povo amalequita não viu Saul problema em executar ao fio da espada. Todavia, a bíblia é o testemunho que o trabalho de Saul até nisso não foi cumprido. Pois, posteriormente a bíblia que Davi pelejou contra eles e diz ainda que quem levou a notícia da morte de Saul a Davi foi um amalequita: “E ele me disse: Quem és tu? E eu lhe disse: Sou amalequita(2 Samuel 1.8).

Um remanescente dele sobreviveu até o tempo de Ezequias: “E feriram o restante dos que escaparam dos amalequitas (1 Crônicas 4:43), quando foi destruído por um bando de simeonitas na região do Monte Seir.

Fora esses fatos temos ainda um personagem antagonista na história da rainha Ester que era conhecido como agagita, ou seja, descendente do rei Agague: “Depois destas coisas o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e pôs o seu assento acima de todos os príncipes que estavam com ele” (Ester 3.1).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

GOMES, Osiel. O governo divino em mãos humanas – Liderança do povo de Deus em 1º e 2º Samuel. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

Gênesis 34.25

 

Gênesis 34.25 “E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor, os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todos os homens.”

 

E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor,”

Após o heveuSiquém ter se deitado com Diná (v.2). Ele compareceu com seu pai Hamor perante Jacó para pedir a mão dela em casamento (v.6,8). Após uma recusa dos filhos de Jacó em relação a circuncisão (v.14,15), Hamor e seu filho concordaram em se marcar juntamente com todos os homens da sua cidade (v.18).Porém, dois dos filhos de Jacó esperaram até ao terceiro diaapós a circuncisão para surpreendê-los.

Como era de se esperar, nesseterceiro dia eles sentiam mais forte a dor. Certo targumjudaico bem antigo parafraseia o texto hebraicoafirmando: “Eram fortes as dores sobre eles”.Isso realmente acontecia na antiguidade, quando a falta de instrumentos estéreis e métodosrudes envolviam cirurgias desse tipo:Então Zípora tomou uma pedra aguda, e circuncidou o prepúcio de seu filho, e lançou-o a seus pés, e disse: Certamente me és um esposo sanguinário” (Êxodo 4.25).  É até possível que ficassem debilitados porfebre: “E aconteceu que, acabando de circuncidar a toda a nação, ficaram no seu lugar no arraial, até que sararam” (Josué5:8).

 

“... os dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada,”

Essesdois filhos de Jacó eram Simeão e Levi. Eles eram irmãos totalmente consangüíneos deDina, sendo os três filhos de Lia (Genesis 29:33-34; 30:21). Isso pode explicar parcialmente a reação vingativa dos doisao estupro de Diná. Pois, no terceiro dia após a circuncisão do povo da cidade os dois irmãostomaram cada um à sua espada para executar sua vingança.

Posteriormente, quando Jacó abençoava seus filhos se referiu a esse feito quando deles profetizou: “Simeão e Levi são irmãos; as suas espadas são instrumentos de violência.No seu secreto conselho não entre minha alma, com a sua congregação minha glória não se ajunte; porque no seu furor mataram homens, e na sua teima arrebataram bois.Maldito seja o seu furor, pois era forte, e a sua ira, pois era dura; eu os dividirei em Jacó, e os espalharei em Israel”(Genesis 49.5-7)

Essas duas tribos foram dispersas; mas enquanto Simeão se desintegrava, espalhado parte entre os de Judá (Josué 19:2-9; Neemias 11:25-28), parte entre as tribos do Norte (2 Crônicas 34:6), Levi foi premiado com uma honrosa dispersão como o elemento, sacerdotal de Israel (Êxodo 32:26,29; Números 18:20,23; 35:2-8), por causa do seu posicionamento durante o episódio da Estátua de ouro.

 

“... e entraram afoitamente na cidade, e mataram todos os homens.”

Eles entraram inesperadamente na cidade. Esse ato de vingança foi imperdoável; os filhos de Lia assassinaram todos os homens da cidade como castigo pelo crime de um só homem: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus” (Tiago 1.20).

Alguns comentaristas sugerem que é altamente improvável que Simeão e Levi, agindo sozinhos, conseguiriam matar todos os homens de Siquém. Ainda que tenham tido ajuda dos outros filhos de Jacó nesse massacre, o texto não indica isso. A responsabilidade por essas mortes é atribuída somente a Simeão e Levi (Genesis 34:30).

Em nenhum momento eles demonstraram remorso ou arrependimento. A única resposta de Simeão e Levi foi uma débil tentativa de justificar seus atos violentos com uma pergunta: Abusaria ele de nossa irmã, como se fosse prostituta? (Genesis 34.31).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201602_08.pdf

Kidner, Derek. Gênesis: introdução e comentário. Trad. Odayr Olivetti.São Paulo: Vida Nova, 2004.

1 Pedro 5.3

 

1 Pedro 5.3 “Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho.”

 

“Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus,”

Quando se deposita autoridade na mão de um indivíduo com cargo político, empresarial ou na igreja, existe potencial para ocorrer abusos. É impossível haver liderança sem a delegação de autoridade. A autoridade pode ser, e às vezes é, usada pelo indivíduo para servir a seus próprios propósitos. É por isso que a advertência de Pedro era necessária.

Os presbíteros não devem também usar de sua liderança para se assenhorearem da herança de Deus, ou seja: da porção que pertence realmente a Deus, mas que Cristo de boa mente lhes confiou.

O apóstolo João teve um problema com um obreiro que segundo ele procurava ter entre eles o primado: “Tenho escrito à igreja; mas Diótrefes, que procura ter entre eles o primado, não nos recebe. Por isso, se eu for, trarei à memória as obras que ele faz, proferindo contra nós palavras maliciosas; e, não contente com isto, não recebe os irmãos, e impede os que querem recebê-los, e os lança fora da igreja” (3 João 9-10).

Outro obreiro, porém na mesma carta recebeu louvor dele: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas, e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma. Porque muito me alegrei quando os irmãos vieram, e testificaram da tua verdade, como tu andas na verdade.  Não tenho maior gozo do que este, o de ouvir que os meus filhos andam na verdade” (3 João 2-4).

Em vez de procurar ter o primado com Diótrefes devem os Presbíteros serem exemplos para todo o rebanho como Gaio.

 

“... mas servindo de exemplo ao rebanho.”

O ensinamento de Pedro é semelhante ao de Jesus que, ao perceber que seus discípulos começavam a demonstrar ciúmes sobre quem deveria sentar-se à sua direita ou à sua esquerda no Reino, afirmou-lhes: “Bebereis o meu cálice; mas o assentar-se à minha direita ou à minha esquerda não me compete concedê-lo; é, porém para aqueles a quem está preparado por meu Pai. Ora, ouvindo isto os dez, indignaram-se contra os dois irmãos. Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: Bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os maiorais exercem autoridade sobre eles. Não é assim entre vós; pelo contrário, quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós, será vosso servo; tal como Filho do homem que não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate por muitos” (Mt 20.23-28). Para a liderança cristã, “autoridade” não é uma palavra prática; a palavra prática é “servir”.

O exemplo de Cristo é a chave para o preenchimento de tais requisitos. Os pastores que agirem como o Senhor Jesus agiu podem não receber uma coroa na terra, mas quando Jesus, nosso Sumo Pastor, vier, dar-lhes-á a recompensa - uma coroa de glória que, ao contrário das grinaldas postas sobre as cabeças dos atletas, há de durar eternamente. A glória que Ele conferirá com o seu “missão cumprida!” será uma coroa que nem o tempo, nem a eternidade ofuscará (1 Pedro 5.4).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201411_02.pdf

Apocalipse 20.12

  

Apocalipse 20.12 “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”

 

“E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus,”

Depois do Milênio (v.2-6) vem a ressurreição dos injustos e o juízo final (Trono Branco). No juízo do grande trono branco comparecerão diante todos que não tiveram parte na primeira ressurreição: ”Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (v.5). Diante do trono, acham-se todos os mortos; os perdidos de todas as épocas da história. Presentes ainda, os que morreram durante o Milênio.

Os mortos são compostos de grandes e pequenos sem quaisquer distinções. Pequenos e grandes aí, tem a ver com importância, posição, prestígio, e não com tamanho ou idade, à luz do original.

Os servos de Deus do Antigo Testamento, a Igreja, bem como os mártires da Grande Tribulação, não se encontram aqui incluídos, pois estão ao lado de Cristo. Eles estarão vivos para sempre, com corpos novos e imortais (1 Coríntios 15.52-54).

Esses ímpios starão ali ressuscitados, com o mesmo corpo que tinham quando morreram. Isto é mais uma prova de que a morte não é o fim de tudo. É apenas o fim da vida do corpo aqui na terra, mas a vida continua no Hades, onde estavam estes mortos.

Os ímpios também receberão algum tipo de corpo na segunda ressurreição para o julgamento, vergonha e desprezo eterno: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (João 5.29).

 

“... e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida.”

Aqui se mencionam dois tipos de livros. Primeiro vem o livro que contém as ações dos homens. Esta é uma ideia que aparece várias vezes nas Escrituras (Daniel 7:10;  Esdras 6:20).

A concepção é bem simples. Há no céu um livro onde se registram todas as ações dos homens. Deus é aquele que se ocupa de levar esse livro. O simbolismo significa que no curso de nossa vida estamos escrevendo a história de nosso triunfo ou fracasso aos olhos de Deus, a história de nosso destino, uma espécie de prontuário e inquérito que nos provocará honra ou vergonha o dia do Juízo. Não é tanto Deus quem nos julga e sim nós mesmos, pela maneira em que tenhamos escolhido viver nossas vidas.

O segundo livro é o Livro da Vida. O Livro da Vida também aparece nas Escrituras. Nele estão escritos os nomes dos justos. Veja-se Êxodo 32:32; Salmo 69:28; Isaías 4:3; Filipenses 4:3 e em Apocalipse 3:5 e 13:8. Todo governante, na antiguidade, tinha um livro onde escrevia os nomes de todos os cidadãos fiéis de seu reino. O nome era apagado, é obvio, quando a pessoa morria. Os que têm seus nomes escritos no Livro da Vida são os cidadãos ativos e fiéis do Reino de Deus.

O livro da vida é aberto como testemunho contra eles, pois nenhuns dos nomes ali serão encontrados. Os que não têm o nome escrito no Livro da Vida são lançados dentro do lago do fogo, a segunda morte.

 

“E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”

Os livros serão abertos e todos serão julgados segundo o que está escrito nos livros. Todos serão julgados individualmente pelas suas obras de acordo com o princípio do Evangelho: “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Romanos 2.16), e levando-se em consideração os seus motivos: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (1 Coríntios 31.3).

O juízo final será diferente dos tribunais da terra: Lá terá um juiz, mas não jurados; acusação, mas não defesa; sentença, mas não apelo. Haverá diferença na sentença e na punição, mas não na duração da pena (Lucas 12.47,48). O fogo que arderá no lago de fogo é por natureza inextinguível.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley M. Apocalipse as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1984.

Lopes, Hernandes dias. Apocalipse - futuro chegou, as coisas que em breve devem acontecer. São Paulo, SP: Hagnos 2005.

BARCLAY, John William. The Revelation of John. Traduzido por Carlos Biagini [O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay]. Trinity College: Glasgow, Escócia, 1958.

Êxodo 23.7

 

Êxodo 23.7 “De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio.”

 

“De palavras de falsidade te afastarás,”

A lei nesse versículo refere-se a um ambiente de tribunal e ela admite a possibilidade de que uma testemunha ou um juiz pudessem dar um testemunho falso ou, de outra forma, chegar a um veredicto injusto, o que violaria o nono mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo(20:16).

O contexto para o nono mandamento era o tribunal da lei. A intenção do mandamento era proteger as pessoas de falsas acusações em juízo: “Não admitirás falso boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa. Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda” (Êxodo 23:1-3).

Deveria haver pelo menos duas ou três; não era possível condenar uma pessoa com base em apenas um testemunho: “Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Deuteronômio 19:15).

 

“... e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio.”

Como havia pena de morte entre os israelitas, se as testemunhas não dissessem a verdade, seria produzida uma injustiça. O falso testemunho poderia resultar em uma pessoa perdendo a reputação, seus bens e até sua vida: “Então vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o apedrejaram, e morreu” (1 Reis 21:13).

O falso testemunho foi artifício na morte de Jesus: “Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte; (Mateus 26:59).

O contexto sugere que o ato específico proibido declarava injustamente um homem inocente ou justo como culpado e, como resultado, sua vida lhe era tirada; fazer isso seria o equivalente a matá-lo. Deus disse que Ele interviria em favor do inocente e não justificaria o ímpio que causou a morte do inocente.

O castigo por dizer falso testemunho era o mesmo que era planejado para o próximo da pessoa:  “Far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti” (Deuteronômio 19:19). Este mandamento foi criado para assegurar a integridade do processo judicial, protegendo o réu contra falsos testemunhos. Toda mentira contradiz a natureza de Deus, que é a própria fonte de toda a verdade e não pode mentir (João 17:17; Hebreus 6:18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

COHEN, Armando Chaves. Comentário Bíblico: Êxodo. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1998.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/levitico-1911.html

Êxodo 17.8

 

Êxodo 17.8 “Então veio Amaleque, e pelejou contra Israel em Refidim.”

 

“Então veio Amaleque,”

Em meio a sua peregrinação no deserto. Os hebreus foram surpreendidos por um ataque de Amaleque. Os amalequitas, eram descendentes de Esaú (Genesis 36.12) e foram inimigos constantes de Israel.

Os hebreus não portavam armas, somente ferramentas, eles não eram um exército, mas um aglomerado de famílias com mulheres e crianças. Tendo conhecimento disso resolveram os Amalequitas atacar os Hebreus acreditando que seriam alvos fácies e espólios garantidos.

Talvez eles considerassem Israel uma ameaça a seu território e seu sustento, assim como os edomitas viriam a fazer, mais tarde (Números 20:14–21). Porém, o ataque de Amaleque não é descrito como uma tentativa de defesa de seu território, mas uma tentativa de saquear Israel. Portanto, Deus declarou que Israel “riscaria... a memória de Amaleque”.

Deuteronômio 25.17–19 afirma: “Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saías do Egito; como te veio ao encontro no caminho e te atacou na retaguarda todos os desfalecidos que iam após ti, quando estavas abatido e afadigado; e não temeu a Deus. Quando, pois, o SENHOR, teu Deus, te houver dado sossego de todos os teus inimigos em redor, na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança, para a possuíres, apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças.”

Posteriormente, Deus através de Samuel ordenou a Saul: “Vai, pois, agora e fere a Amaleque; e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos jumentos” ( Samuel 15.3).

Saul, todavia não cumpriu cabalmente a ordem de Deus. Pois, um remanescente deles sobreviveram até o tempo de Ezequias: “E feriram o restante dos que escaparam dos amalequitas” (1 Crônicas 4:43), quando foi destruído por um bando de simeonitas na região do Monte Seir.

 

“... e pelejou contra Israel em Refidim.”

Os Amalequitas pelejaram contra Hebreus em Refidim. Refidim ficava nas vizinhanças do Sinai: “Depois toda a congregação dos filhos de Israel partiu do deserto de Sim pelas suas jornadas, segundo o mandamento do Senhor, e acampou em Refidim; não havia ali água para o povo beber(Êxodo 17:1–3).

Em Refidim os hebreus não encontram água. Tal como antes, eles reclamam, acusando Moisés de levá-los ao deserto para matá-los de sede. Moisés seguiu as ordens de Deus, e fluiu água de dentro da rocha. Moisés mudou o nome do lugar para Massá e Meribá para refletir a atitude conflituosa do povo (Êxodo 17:7).

Moisés encarrega Josué das forças israelitas. Aí, acompanhado de Arão e Hur, Moisés subiu ao topo de um monte em frente ao campo de batalha (17:9, 10). Quando ele mantinha as mãos para o alto, a batalha favorecia Israel; quando ele se cansava e abaixava os braços, Amaleque prevalecia (Êxodo 17:11, 12a). Então Arão e Hur deram a ele uma pedra para se sentar e sustentaram-lhe os braços (17:12b). Israel venceu a batalha (Êxodo 17:13).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201608_05.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 10 DE AGOSTO DE 2024 (Ester 9.28)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
10 DE AGOSTO DE 2024
A INSTITUIÇÃO DA FESTA DE PURIM, O LIVRAMENTO DOS JUDEUS

Ester 9.28 “E que estes dias seriam lembrados e guardados em cada geração, família, província e cidade, e que esses dias de Purim não fossem revogados entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua descendência.”

 

“E que estes dias seriam lembrados e guardados em cada geração, família, província e cidade,”

Mardoqueu para comemorar a preservação dos judeus da Pérsia da destruição que lhes sobreviria por intermédio da conspiração de Hamã, enviou cartas a todos os judeus que se achavam nas províncias do rei Assuero para que guardassem esses dias. Eles deveriam ainda dar banquetes de alegria, presentes uns aos outros e dádivas aos pobres (v.22).

Esses dias se refém aos dias catorze e quinze do mês de Adar (v.21). Dias estes que os judeus tiveram livramento dos seus inimigos. Pois, nesses dias Deus havia transformado tristeza em alegria (v.22). Esses dois dias deveriam ser lembrados e comemorados em cada geração independente do lugar em que os judeus habitassem.

 

“... e que esses dias de Purim não fossem revogados entre os judeus, e que a memória deles nunca teria fim entre os de sua descendência.”

Esses dias ficaram conhecidos como Purim pelo fato de Hamã ter lançado “Pur”, ou seja, sortes para determinar o dia do extermínio dos judeus. O livro de Ester que se encontra entre os livros chamados “Megilloth” (Cinco rolos) na Bíblia hebraica é lido todos os anos por ocasião dessa festa.

Mardoqueu escreveu ainda para que esses dias não fossem revogados ou esquecidos entre os judeus para que jamais fossem esquecidos. Habacuque orou a Deus para que as próximas gerações não esquecessem da sua obra: “Ouvi, Senhor, a tua palavra, e temi; aviva, ó Senhor, a tua obra no meio dos anos, no meio dos anos faze-a conhecida” (Habacuque 3.2).

Era necessário o aviso, pois acontecia das gerações desprezarem as obras passadas: “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel” (Juízes 2.10).

O verso 27 acrescenta que naqueles dias a ordem de Mardoqueu foi cumprida cabalmente: “Confirmaram os judeus, e tomaram sobre si, e sobre a sua descendência, e sobre todos os que se achegassem a eles, que não se deixaria de guardar estes dois dias conforme ao que se escrevera deles, e segundo o seu tempo determinado, todos os anos”.

A festa sempre foi popular entre os judeus, como Flavio Josefo atesta, e a sua celebração continua até o presente. Gerações posteriores começaram a observar apenas um dia (14). O dia anterior (13) é conhecido como o Jejum de Ester em comemoração ao jejum de Ester antes de comparecer à audiência com o rei em favor dos judeus (Ester 4,15,16).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

JOSEFO, F. História dos hebreus. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.