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sábado, 10 de agosto de 2024

Êxodo 23.7

 

Êxodo 23.7 “De palavras de falsidade te afastarás, e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio.”

 

“De palavras de falsidade te afastarás,”

A lei nesse versículo refere-se a um ambiente de tribunal e ela admite a possibilidade de que uma testemunha ou um juiz pudessem dar um testemunho falso ou, de outra forma, chegar a um veredicto injusto, o que violaria o nono mandamento: “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo(20:16).

O contexto para o nono mandamento era o tribunal da lei. A intenção do mandamento era proteger as pessoas de falsas acusações em juízo: “Não admitirás falso boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa. Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda” (Êxodo 23:1-3).

Deveria haver pelo menos duas ou três; não era possível condenar uma pessoa com base em apenas um testemunho: “Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Deuteronômio 19:15).

 

“... e não matarás o inocente e o justo; porque não justificarei o ímpio.”

Como havia pena de morte entre os israelitas, se as testemunhas não dissessem a verdade, seria produzida uma injustiça. O falso testemunho poderia resultar em uma pessoa perdendo a reputação, seus bens e até sua vida: “Então vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o apedrejaram, e morreu” (1 Reis 21:13).

O falso testemunho foi artifício na morte de Jesus: “Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte; (Mateus 26:59).

O contexto sugere que o ato específico proibido declarava injustamente um homem inocente ou justo como culpado e, como resultado, sua vida lhe era tirada; fazer isso seria o equivalente a matá-lo. Deus disse que Ele interviria em favor do inocente e não justificaria o ímpio que causou a morte do inocente.

O castigo por dizer falso testemunho era o mesmo que era planejado para o próximo da pessoa:  “Far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti” (Deuteronômio 19:19). Este mandamento foi criado para assegurar a integridade do processo judicial, protegendo o réu contra falsos testemunhos. Toda mentira contradiz a natureza de Deus, que é a própria fonte de toda a verdade e não pode mentir (João 17:17; Hebreus 6:18).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

COHEN, Armando Chaves. Comentário Bíblico: Êxodo. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1998.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/levitico-1911.html

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