Apocalipse 20.12 “E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”
“E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus,”
Depois do Milênio (v.2-6) vem a ressurreição dos injustos e o juízo final (Trono Branco). No juízo do grande trono branco comparecerão diante todos que não tiveram parte na primeira ressurreição: ”Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram” (v.5). Diante do trono, acham-se todos os mortos; os perdidos de todas as épocas da história. Presentes ainda, os que morreram durante o Milênio.
Os mortos são compostos de grandes e pequenos sem quaisquer distinções. Pequenos e grandes aí, tem a ver com importância, posição, prestígio, e não com tamanho ou idade, à luz do original.
Os servos de Deus do Antigo Testamento, a Igreja, bem como os mártires da Grande Tribulação, não se encontram aqui incluídos, pois estão ao lado de Cristo. Eles estarão vivos para sempre, com corpos novos e imortais (1 Coríntios 15.52-54).
Esses ímpios starão ali ressuscitados, com o mesmo corpo que tinham quando morreram. Isto é mais uma prova de que a morte não é o fim de tudo. É apenas o fim da vida do corpo aqui na terra, mas a vida continua no Hades, onde estavam estes mortos.
Os ímpios também receberão algum tipo de corpo na segunda ressurreição para o julgamento, vergonha e desprezo eterno: “E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação” (João 5.29).
“... e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida.”
Aqui se mencionam dois tipos de livros. Primeiro vem o livro que contém as ações dos homens. Esta é uma ideia que aparece várias vezes nas Escrituras (Daniel 7:10; Esdras 6:20).
A concepção é bem simples. Há no céu um livro onde se registram todas as ações dos homens. Deus é aquele que se ocupa de levar esse livro. O simbolismo significa que no curso de nossa vida estamos escrevendo a história de nosso triunfo ou fracasso aos olhos de Deus, a história de nosso destino, uma espécie de prontuário e inquérito que nos provocará honra ou vergonha o dia do Juízo. Não é tanto Deus quem nos julga e sim nós mesmos, pela maneira em que tenhamos escolhido viver nossas vidas.
O segundo livro é o Livro da Vida. O Livro da Vida também aparece nas Escrituras. Nele estão escritos os nomes dos justos. Veja-se Êxodo 32:32; Salmo 69:28; Isaías 4:3; Filipenses 4:3 e em Apocalipse 3:5 e 13:8. Todo governante, na antiguidade, tinha um livro onde escrevia os nomes de todos os cidadãos fiéis de seu reino. O nome era apagado, é obvio, quando a pessoa morria. Os que têm seus nomes escritos no Livro da Vida são os cidadãos ativos e fiéis do Reino de Deus.
O livro da vida é aberto como testemunho contra eles, pois nenhuns dos nomes ali serão encontrados. Os que não têm o nome escrito no Livro da Vida são lançados dentro do lago do fogo, a segunda morte.
“E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.”
Os livros serão abertos e todos serão julgados segundo o que está escrito nos livros. Todos serão julgados individualmente pelas suas obras de acordo com o princípio do Evangelho: “No dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho” (Romanos 2.16), e levando-se em consideração os seus motivos: “A obra de cada um se manifestará; na verdade o dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um” (1 Coríntios 31.3).
O juízo final será diferente dos tribunais da terra: Lá terá um juiz, mas não jurados; acusação, mas não defesa; sentença, mas não apelo. Haverá diferença na sentença e na punição, mas não na duração da pena (Lucas 12.47,48). O fogo que arderá no lago de fogo é por natureza inextinguível.
DEIVY
FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/8/2024
FONTES:
QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HORTON, Stanley M. Apocalipse as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.
GILBERTO, Antonio. Daniel e Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 1984.
Lopes, Hernandes dias. Apocalipse - futuro chegou, as coisas que em breve devem acontecer. São Paulo, SP: Hagnos 2005.
BARCLAY, John William. The Revelation of John. Traduzido por Carlos Biagini [O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay]. Trinity College: Glasgow, Escócia, 1958.
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