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sábado, 27 de janeiro de 2024

Atos 20.34

Atos 20.34  “Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram. “ 


Em sua segunda viagem missionária, quando saía da Galácia Paulo e seus companheiros planejaram ir para a Ásia, em especial a Éfeso, mas foram impedidos pelo Espírito Santo: “E, passando pela Frígia e pela província da Galácia, foram impedidos pelo Espírito Santo de anunciar a palavra na Ásia” (Atos 16:6). Com isso desceram a Trôade onde Paulo recebeu uma visão de noite que o convidava a passar a macedônia. Ele e seus companheiros seguiram essa direção evangelizaram cidades da Macedônia (Filipos, Tessalonica e Bereia) e da Acaia (Atenas e Corinto). Em Corinto Paulo conheceu Priscila e Aquila e como teve que se estender naquela cidade, trabalhou com eles: “E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas” (Atos 18:3). De Corinto foi a Éfeso finalmente, onde deixou Priscila e Áquila, mas não pode se estender muito, pois planejava estar em uma solenidade em Jerusalém.

 Sua missão em Éfeso ocorreu de verdade na terceira viagem missionária e quando lá chegou encontrou um grupo de irmãos já evangelizados por um judeu de Alexandria Chamado Apolo que havia os batizado através do batismo de João, Paulo então disse: “Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo. E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus” (Atos 19:4,5). Paulo ficou em Éfeso cerca de dois anos com seus companheiros: “de tal maneira que todos os que habitavam na Ásia ouviram a palavra do Senhor Jesus “ (Atos 19:10). Depois Paulo foi apara a Macedônia e Grécia novamente, sabendo que os judeus armavam ciladas contra eles, Paulo resolveu voltar pela Macedônia. E não quis se demorar em Efeso: “Porque já Paulo tinha determinado passar ao largo de Éfeso, para não gastar tempo na Ásia. Apressava-se, pois, para estar, se lhe fosse possível, em Jerusalém no dia de Pentecostes. E de Mileto mandou a Éfeso, a chamar os anciãos da igreja.” (Atos 20:16,17). Em sua despedia aos anciãos de Éfeso em Mileto Paulo Diz essas palavras:


 “Sim, vós mesmos sabeis que para o que me era necessário a mim, e aos que estão comigo, estas mãos me serviram.”

Lembrando eles que Paulo trabalhava com as próprias mãos para não lhe serem pesados: “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1 Tessalonicenses 2:9). Ele inclui seus companheiros nisso: “acompanhou-o, até à Ásia, Sópater, de Beréia, e, dos de Tessalônica, Aristarco, e Segundo, e Gaio de Derbe, e Timóteo, e, dos da Ásia, Tíquico e Trófimo” (Atos 20:4). Não porque era necessário, mas para que a palavra de deus não encontrasse mais impedimentos: “Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito que de vós recolhamos as carnais? Se outros participam deste poder sobre vós, por que não, e mais justamente, nós? Mas nós não usamos deste direito; antes suportamos tudo, para não pormos impedimento algum ao evangelho de Cristo” (1 Coríntios 9:11,12)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/11/2023

 

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

Atos 20.24

Atos 20.24 “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. “


No final de sua terceira viagem missionária. O apóstolo Paulo decide passar de largo de Eféso, para não gastar mais tempo na Ásia, pois queria estar em Jerusalém para a festa de pentecostes. Ele decide chamar os anciãos (Presbiteros) da igreja de Éfeso para se despedirem deles em Mileto.

Em Mileto Paulo prega um sermão de despedida a esses presbíteros. Por mais que a maioria dos cristãos não são presbíteros, esperamos que muitos homens aspirem ao episcopado: “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Timóteo 3:1).


“Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa,”

O apóstolo fala sobre desapego material na vida do obreiro. Paulo não sentia orgulho de nada que havia conquistado, somente de Cristo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8)

Paulo tinha o coração livre da avareza e da ganância. Muitos querem fazer do evangelho causa de ganho: “... homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas é grande ganho a piedade com contentamento” (1 Timóteo 6:5,6). Podemos nos perder ministerialmente por causa da avareza e da ganância. Na verdade, Paulo estava pronto a trabalhar com as próprias mãos para ser pastor. Estava pronto a sofrer toda sorte de perseguição e privação para pastorear. Estava disposto a ser preso, a sofrer ataques externos e temores internos para pastorear a igreja de Deus. Estava pronto a dar a própria vida para cumprir cabalmente seu ministério.

Sua vida mostra que o desprendimento das coisas materiais e plena dependência em Deus são características inegociáveis na vida do obreiro cristão.

 “... contanto que cumpra com alegria a minha carreira,”

Paulo disse que a única questão que o preocupava era cumprir a comissão que Deus lhe dera — e ser fiel até o fim! Quando Paulo está passando o bastão a seu filho Timóteo, antes de enfrentar o martírio, relembra-o de como havia sido sua vida: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”. A vida para Paulo não foi uma feira de vaidades nem um parque de diversões, mas um combate renhido. O apóstolo pode morrer tranquilo porque havia concluído sua carreira, e isso era tudo o que lhe importava.

Deus não livrou Paulo da morte, mas na morte: “E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém” (2 Timóteo 4:18). Paulo não foi poupado da morte, mas libertado através da morte. A morte para ele não foi castigo, perda ou derrota, mas vitória. O aguilhão da morte foi tirado. Morrer é lucro, é precioso, é bem-aventurança, é ir para a Casa do Pai, é entrar no céu e estar com Cristo.


“... e o ministério que recebi do Senhor Jesus,”

Paulo diz que recebeu seu ministério do Senhor Jesus, Quando caiu na estrada de Damasco o senhor lhe disse: “Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer” (Atos 9:6). Quando Ananias tentou esquivar-se de curá-lo, o Senhor lhe disse: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (Atos 9:15)

Paulo não se lançou no ministério por conta própria. Ele foi chamado, vocacionado e separado para esse trabalho. Paulo não se tornou um pastor porque buscava vantagens pessoais. Não entrou para as lides ministeriais buscando segurança, emprego ou lucro financeiro. Não entrou no ministério com motivações erradas.

Paulo não tinha apenas convicção de sua vocação, mas também consciência das implicações desse chamado: “ E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:16)


“... para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.”

Finalmente, Paulo diz que no seu coração ardia uma grande paixão. A grande paixão de Paulo era testemunhar o evangelho da graça de Deus. Ele caracteriza seu ministério como testificar “do evangelho da graça de Deus”, o que significa que a salvação é o dom gratuito de Deus. Na sua conversão, Cristo lhe tinha dado a tarefa de declarar a graça de Deus (Atos  9.10-16). Agora o que importa é cumprir fielmente sua parte da missão de evangelizar o mundo.

A pregação enchia o peito do velho apóstolo de entusiasmo. Ele sabia que a justiça de Deus se revela no evangelho. Sabia que a mensagem do evangelho de Cristo é a única porta aberta por Deus para a salvação do pecador.

Paulo se considerava um arauto, um embaixador, um evangelista, um pregador, um ministro da reconciliação. Sua mente estava totalmente voltada para a pregação. Seu tempo era todo dedicado à pregação. Mesmo quando estava preso, entendia que a Palavra não estava algemada.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

Lopes, Hernandes dias - Paulo, o maior líder do cristianismo / Hernandes Dias Lopes; São Paulo, SP: Hagnos, 2014

ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Swindoll, Charles R. Paulo: Um homem de coragem e graça / Charles R. Swindoll — tradução: Neyd Siqueira. — São Paulo: M undo Cristão, 2003.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200204_08.pdf

Atos 19.6

Comentário 1

Atos 19.6 “E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam. ”


“E impondo-lhes Paulo as mãos, ”

Paulo orou solenemente para que Deus desse do seu Espírito a esses doze discípulos de Éfeso, instruídos por Apolo no batismo de João somente.. Impor as mãos, era um gesto que os patriarcas usavam para abençoar e sobretudo para transmitir a grande custódia da promessa, como em Génesis 48.14. Sendo o Espírito a grande promessa do Novo Testamento, os apóstolos o transmitiam pela imposição de mãos: “O Senhor te abençoe com aquela bênção, a bênção das bênçãos” (Isaías 44.3). Paulo escreve à Timóteo fazendo referência ao “dom de Deus”, que nele existia, pela imposição de mãos do seu mentor espiritual “Por este motivo, te lembro que despertes o dom de Deus, que existe em ti pela imposição das minhas mãos” II Timóteo 1.6). Esse “dom ” era sem dúvida o “dom de línguas". A imposição de mãos sempre foi um ritual de grande valor, na vida ministerial da igreja cristã. Jesus usou as mãos para efetuar várias curas (Marcos 6.3; Lucas 4.40). Saulo foi curado pela imposição de mãos de Ananias (Atos 9.17). Jesus impôs as mãos e abençoou crianças (Marcos 10.16); o batismo com o Espírito Santo era ministrado com imposição de mãos (Atos 19.6), como um a das formas de seu recebimento. A consagração de obreiros era solenemente realizada com imposição de mãos do ministério ou do presbitério (I Timóteo 4.14; II Timóteo 1.6), prática que é seguida, hoje, em quase todas as igrejas evangélicas.


“...veio sobre eles o Espírito Santo; “

Os termos “veio”e “sobre” são paralelos à linguagem precisa de Atos 1.8: “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”. Essa linguagem conecta firmemente a experiência dos discípulos efésios com a promessa de Jesus. Este derramamento do Espírito mostra que o batismo com o Espírito é subsequente e distinto da conversão segundo a teologia de Lucas e Paulo. Paulo espera que os crentes sejam cheios com o Espírito. O derramamento do Espírito nos doze efésios deixa claro que o ensino e prática de Paulo são consistentes com a teologia carismática de Lucas.


“...e falavam línguas e profetizavam. ”

Aqui temos as consequências imediatas deste batismo com o Espírito, as manifestações carismáticas de línguas e profecia. A expressão “e profetizavam” não deve ser presumida a indicar um sinal adicional. É paralela à expressão “magnificara Deus” registrada em Atos 10.46. A atividade profética é realizada nos últimos dias (cf. os acontecimentos do Dia de Pentecostes que mostram estreita relação entre falar em línguas e profetizar). Semelhante aos discípulos no Dia de Pentecostes e em Cesaréia, estas pessoas em Éfeso falam em línguas e dão louvores inspirados a Deus depois de receberem o poder pentecostal do Espírito. Como os outros derramamentos do Espírito, a evidência inicial da experiência carismática dos crentes efésios é o falar em línguas (cf. Atos 2.4; 10.44-46). Paulo instrui, batiza e impõe as mãos sobre eles, mas pela ação soberana do Espírito profético eles são dotados com poder para o ministério. O Pentecostes efésio não marca uma experiência de conversão, mas uma dotação do poder do Espírito para divulgar o Evangelho.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
31/10/2021

Fontes:

CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

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Comentário 2

Atos 19.6 “E impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; e falavam línguas e profetizavam. ”


“E, impondo-lhes Paulo as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo; ”

Paulo disse: "A ninguém imponhas precipitadamente as mãos" (1 Timóteo 5:22). Isto deve incluir a referência à imposição de mãos para os dons do Espírito. Simão, o feiticeiro, queria poder de modo que "aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo" (Atos 8:19). A repreensão de Pedro resolveu a questão de uma vez por todas sobre colocar suas mãos sobre as pessoas impensadamente. Mesmo no quarto século depois de Cristo, Agostinho, o notável teólogo do Cristianismo, escreveu: “Ainda fazemos como fizeram os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por parte dos convertidos que falem em novas línguas. ” Ireneu (1 15-202 d.C.), notável líder da Igreja, era discípulo de Policarpo que por sua vez foi discípulo do apóstolo João. Ireneu escreveu: “Temos em nossas igrejas muitos irmãos que possuem dons espirituais e que por meio do Espírito, falam toda sorte de línguas”. Há mais referências bíblicas de imposição de mãos: a) Para curar: “E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo (Atos 9:17) “. b) Para Comissionar: “E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. (Atos 13:2,3) “. Para abençoar: “E, tomando-os nos seus braços, e impondo-lhes as mãos, os abençoou (Marcos 10:16) “. d) Para Separar: "Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério" (1 Timóteo 4:14). É verdade que os dons ministeriais são transmitidos através da imposição de mãos e isso perdura até os dias de hoje.


“...e falavam línguas, e profetizavam. “

Notemos alguns fatos importantes sobre o falar em línguas. O que produz esta manifestação? O impacto do Espírito de Deus sobre a alma humana. É tão direto e com tanto poder, que a pessoa fica extasiada, falando de modo sobrenatural. Isto pelo fato de a mente ficar totalmente controlada pelo Espírito. Para os discípulos, era evidência de estarem controlados pelo poder do Espírito prometido por Cristo. Quando a pessoa fala uma língua que nunca aprendeu, pode ter a certeza de que algum poder sobrenatural assumiu o controle sobre ela. Alguns argumentam que a manifestação do falar em línguas limitou-se à época dos apóstolos. Aconteceu para ajudá-los a estabelecer o Cristianismo, uma novidade naquela época. Não existe, no entanto, limites à continuidade dessa manifestação no Novo Testamento. Esse poder do Espírito sobre esses discípulos desceu sobremaneira que além das línguas eles também profetizaram assim como aconteceu com Saul: “E o Espírito do Senhor se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem (1 Samuel 10:6) ”; “E, chegando eles ao outeiro, eis que um grupo de profetas lhes saiu ao encontro; e o Espírito de Deus se apoderou dele, e profetizou no meio deles (1 Samuel 10:10). ” As línguas possuem um caráter profético quando há quem as interprete: “E eu quero que todos vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis; porque o que profetiza é maior do que o que fala em línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação (1 Coríntios 14:5). ”


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/2/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

LINDSAY, Gordon. Como receber o Batismo Com o Espírito Santo, Gordon Lindsay. Rio de Janeiro: Graça Editorial.

PEARLMAN, Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Atos 19:5

Atos 19:5 “E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus“.


“E os que ouviram foram batizados em nome do Senhor Jesus. “ 

O apóstolo chegava a Eféso pela segunda vez. Na primeira vez que passou estava voltando para sua igreja de origem. “Antes se despediu deles, dizendo: É-me de todo preciso celebrar a solenidade que vem em Jerusalém; mas querendo Deus, outra vez voltarei a vós. E partiu de Éfeso (Atos 18:21) “. Lá deixou estes dois obreiros cristãos Prisclia e Áquila (Atos 18.18). Paulo havia os conhecidos quando estava em Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles, E, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas (Atos 18:2,3) “. Esse casal abençoado conheceu em Corinto um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria que era instruído no caminho do Senhor, mas conhecia somente o batismo de João. Este Evangelho do arrependimento havia sido pregado por Apolo em Éfeso. “ Priscila e Aqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Deus. (Atos 18:26) “. 

Quando Paulo chega pela segundo vez acha ali alguns discípulos e pergunta: Recebestes vós já o Espírito Santo quando crestes? E eles disseram-lhe: Nós nem ainda ouvimos que haja Espírito Santo. Perguntou-lhes, então: Em que sois batizados então? E eles disseram: No batismo de João. (Atos 19:1-3). Após ouvir sobre o batismo que foram batizados Paulo diz: “Certamente João batizou com o batismo de arrependimento, dizendo ao povo que cresse no que após ele havia de vir, isto é, em Jesus Cristo (Atos 19:4) “. A partir daí ele instrui aqueles doze homens sobre aquele que João previu, “o que batiza com o Espírito Santo e com fogo.

Não há conflito com a fórmula trinitariana: “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”(Mateus 28.19). Não se declara aqui uma fórmula de batismo. É apenas uma declaração da fonte de autoridade para o batismo do crente. Quem é batizado em nome de Jesus segue sua liderança. Por seu intermédio passa da antiga para uma nova vida de retidão, em obediência ao mandamento do Pai e por meio do Espírito Santo.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/2/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

LINDSAY, Gordon. Como receber o Batismo Com o Espírito Santo, Gordon Lindsay. Rio de Janeiro: Graça Editorial.

PEARLMAN, Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Atos 17.24

Atos 17.24 “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; “


“O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, “

Observe que quando Paulo falou a pessoas que tinham um conceito errôneo de Deus, ele não começou falando de Jesus, mas de Deus. Todas as falsas religiões do mundo baseiam-se numa visão falsa de Deus. Lembre-se: você deve começar de onde as pessoas estão, não de onde gostaria que estivessem.

Paulo não começou com provas filosóficas da existência de Deus. A maioria das pessoas crê em algo chamado “deus”, como os atenienses criam. Pelo contrário, o sermão de Paulo começou onde o Antigo Testamento começa: “No princípio criou Deus o céu e a terra”(Gênesis 1:1), referindo-se ao Deus “que fez o mundo”. Paulo estava dizendo que eles não haviam feito Deus, mas que Deus os fizera; eles não tinham feito uma casa para Deus, mas Ele fizera uma casa para eles — a terra “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, do lado oriental; e pôs ali o homem que tinha formado” (Gênesis 2:8).

Suas palavras refutavam o conceito materialista dos epicureus de que este mundo veio a existir como resultado de uma colisão de átomos casual. "O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol” (Eclesiastes 1:9).

Qualquer compreensão correta do propósito da vida deve começar com uma compreensão e reconhecimento do Criador. Por isso Satanás continua a lançar um ataque intrépido contra o conceito de criação especial — e precisamos nos opor diligentemente à mentira do diabo de que viemos à existência por acaso!
 

“...sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; “

Paulo prosseguiu revelando o Deus que fez todas as coisas: sendo ele Senhor do céu e da terra, não habita em santuários feitos por mãos humanas e nem tampouco é servido por mãos humanas, como se de alguma coisa precisasse (25a).

A afirmação de que Deus não habita em templos humanos, se refere a sua imensidão, ele não pode ser contido em um lugar. Essa afirmação não é exclusiva do apóstolo Paulo, podemos observa-la na pregação de Estevão, “Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens...” (Atos 7:48), ambos fazem referência a profecia do profeta Isaías que diz: “Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? ” (Isaías 66:1) e antes disso as palavras do Rei Salomão em (I Reis 8:27) “Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado”. (1 Reis 8:27).

Paulo estava cercado pela maior hoste de templos pagãos do mundo. Distante dali estava o templo de Zeus, o maior já construído. Abaixo ficava a praça envolta com ídolos e templos e acima, ficava a Acrópole com mais quarenta templos, incluindo o incomparável Partenon. Deus, porém, não precisava de templos, por mais belos que fossem. Diferente dos ídolos daqueles templos, sem vida e inúteis, Deus não precisava que os atenienses O servissem; mas eles, sim, precisavam de Sua ajuda!



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PEARMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200203_05.pdf

Atos 15.41

Atos 15.41 “E passou pela Síria e Cilicia, confirmando as igrejas. ” 


“E passou pela Síria e Cilicia,” 

Parece que cada um dos missionários (Paulo e Barnabé) foi influenciado pelo sentimento de apego à sua terra nativa, Barnabé embarcou para Chipre com João Marcos, Paulo ao invés de navegar, decidiu ir com Silas por terra evangelizando o norte da Síria e chegando a Cílicia. A capital da Cílicia era Tarso de onde Paulo era natural e aonde Paulo foi encaminhado pelos apóstolos de Jerusalém após sua conversão, de onde também foi resgatado para integrar a igreja gentílica de Antioquia na Síria. Eles levam consigo a carta do Concilio de Jerusalém que tinha sido especificamente dirigida às igrejas na região (Atos 15.23). 


"... confirmando as igrejas. ” 

Enquanto viajam, fortalecem os crentes na fé mediante instrução e exortação. Este período de ajudar as pessoas a serem fortes na fé começa o período mais frutífero no ministério de Paulo e é um ponto decisivo na história da Igreja, pois contribui para alicerçar aqueles novos convertidos na fé cristã. Paulo não inventou nenhum outro método. Ele faz exatamente o que Jesus deixou para os seus discípulos, como vemos em Mateus 28.19,20: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado [...]”. A igreja primitiva através dos demais apóstolos evangelizava e discipulava os novos convertidos, visto que evangelização e discipulado são inseparáveis. À medida que a igreja crescia (Atos 2.41,42), os líderes da igreja iam confirmando a fé dos que criam.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/11/2021

Fontes:

CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2006.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

 

Atos 15.40

Atos 15.40 “E, Paulo tendo escolhido a Silas, partiu, encomendado pelos irmãos à graça de Deus. ” 


“E, Paulo tendo escolhido a Silas, “ 

Após a decisão do concílio de Jerusalém: “ Na verdade pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação, das quais coisas bem fazeis se vos guardardes. Bem vos vá “ (Atos 15:28,29). O apóstolo dos gentios mal podia esperar para confirmar as igrejas recém fundadas na sua primeira viagem missionária, por isso, disse a seu companheiro de viagem: “Tornemos a visitar nossos irmãos por todas as cidades em que já anunciamos a palavra do Senhor, para ver como estão “ (Atos 15:36). Porém, Paulo e Barnabé contenderam sobre João Marcos, primo de Barnabé, que os havia deixado na primeira viagem missionária quando chegaram a Panfília. Para Paulo não parecia razoável que o tomassem consigo nessa nova viagem, mas para Barnabé, mais tolerante na ocasião, queria dar uma nova chance a seu parente. Apesar de forte discordância e separação, Paulo e Barnabé não permitem que a causa do evangelho sofra, pois, Barnabé acompanhado por seu primo Marcos partiu para a ilha de Chipre, terra natal de Barnabé. Paulo então escolheu a Silas para ser seu novo companheiro de viagem. Silas aparece pela primeira vez em (Atos 15.22) na narrativa do Novo Testamento como um dos homens escolhidos para levar o decreto do Concílio de Jerusalém para os fiéis gentios. Foi provavelmente um judeu helenista. Era um profeta cristão, capaz de exortar e fortalecer através de sua pregação. Como Paulo, ele tinha cidadania romana (Atos 16.37,38). Silas aparece como Silvano (a forma latina do seu nome) em II Coríntios 1.19; 1 Tessalonicenses 1.1; 2 Tessalonicenses 1.1 e I Pedro 5.12.


“... partiu encomendado pelos irmãos à graça de Deus”. 

O sistema de apoio missionário é uma responsabilidade básica e contínua das igrejas em todo lugar. Nesse sentido, certos princípios devem permanecer claros a respeito do sistema de apoio aos missionários: a) a igreja deve se conscientizar biblicamente de que o missionário é um obreiro formado pela igreja local e, por isso, está inteiramente sob a sua responsabilidade (Atos 11.19-26; At 13.1-5; 14.25-28; 16.1-8); b) ele é um obreiro orientado pelo pastor da igreja e enviado para fazer a obra missionária conforme a visão que o Espírito Santo concede à igreja (Atos 6.6; 1.24); c) em contrapartida, é dever do missionário prestar relatórios periódicos sobre o desenvolvimento da obra no campo (Atos 15.4,12; 21.19); d) todo o sistema de apoio missionário deve permitir que os missionários usem o máximo de seu tempo e energia no trabalho de missões.

Antes de Paulo e Silas partirem, a comunidade cristã orou publicamente por Paulo e seu sucesso ministerial provavelmente com imposição de mãos (Atos 13.3), disseram-lhe palavras de ânimo para que prosseguisse na obra e transferiram o assunto à graça de Deus, deixando que a graça trabalhasse nele e com ele.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/11/2021

Fontes:

CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio deJaneiro: CPAD, 2006.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Atos 14.27

Atos 14.27 “E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé.”


“E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé.”


A igreja de Antioquia foi reunida para que os missionários relatassem sobre as igrejas que fundaram, os sinais que os seguiam, e sobre a grande quantidade de gentios que agora criam no evangelho. Aqui, aprendemos algumas lições preciosas. Primeira, a ideia “missionários independentes”, que respondem “somente ao Senhor” não é bíblica; o apóstolo Paulo não deixava de relatar a atividade missionária à sua igreja de origem (14.27-28). Segunda, teremos oposição e obstáculos na obra missionária, mas também teremos resultados que glorificarão o Senhor que nos chamou. E finalmente, não esqueça de que, na obra missionária, quem “leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos” (Salmo 126.6).

É bíblico apresentar relatórios de uma missão numa reunião de cristãos; é imperativo que a glória seja dada a Deus. Quando os hebreus chegaram a Cades no deserto de Parã o Senhor disse a Moises que comissionasse homens entre as tribos de Israel para espiar a Terra de Canaã. A missão deles era: "vede que terra é, e o povo que nela habita; se é forte ou fraco; se pouco ou muito. E como é a terra em que habita, se boa ou má; e quais são as cidades em que eles habitam; se em arraiais, ou em fortalezas. Também como é a terra, se fértil ou estéril; se nela há árvores, ou não; e esforçai-vos, e tomai do fruto da terra" (Números 13:18-20). Ao fim de quarenta dias eles retornaram a Cades "e deram-lhes notícias, a eles, e a toda a congregação" (Números 13:26).

McGarvey disse: “Quem volta de um campo difícil de semear carregando boas notícias, fica com o coração palpitando enquanto sua história não é contada”. Sei como é verdadeira essa afirmação — e como me sinto grato às congregações que me deram oportunidade de contar minha história, congregações que confirmaram sua confiança no trabalho que eu estava realizando. A congregação que ignora os relatórios missionários não compreende sua missão.

Quando a primeira viagem missionária de Paulo foi concluída, ele e Barnabé haviam percorrido aproximadamente dois mil quilômetros de algumas das regiões mais perigosas e acidentadas da terra. Aquela fora uma viagem histórica. Agora era hora de recarregar suas baterias espirituais. A história acaba assim: “E permaneceram não pouco tempo com os discípulos” (v. 28). Essas palavras implicam que Paulo e Barnabé não ficaram lá permanentemente e que viria o tempo em que novamente fariam as malas, partindo para lugares distantes.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200202_02.pdf

Atos 14:26

Atos 14:26 “E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido. ”


O contexto do versículo em destaque é a primeira viagem missionária de Saulo e Barnabé. O capítulo 14 narra a trajetória dos missionários desde Icônio, onde houve um motim de judeus contra eles e descreve os eventos que ocorreram nas cidade de Listra e Derbe. 

Em Listra após curarem um homem coxo, desde o ventre da sua mãe. Paulo e Barnabé foram aclamados por toda a cidade, pois acreditavam que eles eram deuses e o chamavam “Jupiter e Mercurio”. Após não aceitarem receber sacrifícios disseram: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós” (Atos 14:15) e impediram que a multidão lhes sacrificassem. No entanto, após esse evento “sobrevieram ali uns judeus de Antioquia (Psídia) e de Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto” (Atos 14:19). Todavia, os missionários sobreviveram e prosseguiram a missão até a cidade de Derbe (v.20).

Em Derbe eles fizeram muitos discípulos e retornaram a todos as cidades que já haviam visitado naquelas cercanias: “...voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé” (Atos 14:21,22). E também elegeram anciões para administrarem cada igreja.

“E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido.”

Após as missões na região que também chamamos de Galácia desceram a Panfilia passando por Perge e Atalia e enfim embarcaram de volta a Síria. Os missionários descerem no porto de Seleucia e chegaram de volta a Antioquia de onde haviam sido encomendados: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. ” (Atos  13.2).

Paulo e Barnabé não haviam saído a missão por vontade própria, mas porque Deus os havia separados a esta obra. Eles pertenciam a uma igreja e eram dentro das possibilidades amparados por ela: “E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo” (Atos 13:1)

Por terem sido encomendados por esta igreja, ali retornaram para prestar conta e testemunhar da graça de Deus que os acompanhou e retornou com eles.

Eles estiveram fora por mais de um ano, possivelmente por vários ano , e a igreja de Antioquia talvez não tivesse recebido nenhuma notícia deles durante todo esse tempo . Imagine a agitação quando as notícias correram pela comunidade cristã: “Barnabé e Paulo voltaram!” Os missionários estavam ansiosos por relatar tudo; e os discípulos, por ouvir.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200202_02.pdf

Atos 13.3

Atos 13.3 "Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. ”


“Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, "

Para obedecer à ordem do Espírito Santo, a igreja de Antioquia fez um culto especial. Realizaram tal culto, “jejuando e orando, e impondo sobre eles as mãos”. Esta é a primeira vez que o jejum (abstinência deliberada de alimento por um período) é mencionado em Atos. No Antigo Testamento, o jejum expressava primeiramente arrependimento; no Novo Testamento, indica prioridades. O alimento não era tudo o que importava para os primeiros cristãos. Às vezes, para cumprir os propósitos de Deus, eles ignoravam a hora das refeições. Quando você está envolvido na obra missionária, você faz parte de uma comunhão que tem suas prioridades definidas, e se relaciona com pessoas dedicadas a servir a Deus e aos homens. Não há comunhão de melhor qualidade! Além de jejuar eles oravam em gratidão pelo que Deus realizara entre os gentios daquela cidade (Antioquia). E também, em favor das multidões não evangelizadas da Ásia Menor e Europa. Aqui é descrito o culto de consagração. A igreja solene e oficialmente reconheceu a vocação missionária dos irmãos. A ordenação de Barnabé e Saulo é correspondente às ordens que o Espirito Santo deu para separá-los: Não foi para o ministério em geral (há muito que Barnabé e Saulo já eram ministros), mas para um serviço em particular no ministério. Era algo peculiar e que exigia novo comissionamento. Deus considerou que o momento era oportuno para transmitir essa ordem por meio das mãos desses profetas e doutores a fim de que a igreja recebesse estas orientações: os doutores devem ordenar doutores (quanto a profetas já não devemos mais esperar que haja), e aqueles a quem foram confiadas as palavras de Cristo devem, para o benefício da posteridade, confiá-las a homens fiéis, que sejam idóneos para também ensinarem os outros (2 Timóteo 2.2).

"... os despediram” 

Terminado o culto, os irmãos de Antioquia “o despediram”. Imagine, por um instante, que você é Barnabé ou Saulo a caminho da saída da cidade, as orações e os votos de sucesso dos irmãos ressoam nos seus ouvidos. Sem dúvida, os dois homens tinham um misto de sentimentos; ambos estavam cientes da emoção e da dificuldade de enfrentar o desconhecido. Porém, sabiam que estavam exatamente no lugar em que Deus queria que estivessem fazendo o que Deus queria que fizessem. Os missionários podem ter a grandiosa sensação de que estão cumprindo o plano de Deus para suas vidas.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/05/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200201_05.pdf

 

Atos 13.2

Atos  13.2 “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. ” 


“E, servindo eles ao Senhor e jejuando,”

Um grupo de mestres de profetas (que exerciam o dom de falar sob inspiração) dedicavam-se a um período especial de oração e jejum. É provável que o restante da igreja estivesse orando também. Os acontecimentos subsequentes indicam a busca de luz sobre o programa missionário da igreja. Oravam em gratidão pelo que Deus realizara entre os gentios daquela cidade (Antioquia). E também, em favor das multidões não evangelizadas da Ásia Menor e Europa.

O Espírito Santo não procurou os missionários entre os que “esperavam algo para fazer”; Ele fez sua seleção a partir dos que estavam ativos no serviço do Senhor! Se você ainda não encontrou seu lugar adequado na igreja, talvez seja porque não está envolvido em fazer aquilo que pode. “Deus chama pessoas ocupadas.”

Esta é a primeira vez que o jejum (abstinência deliberada de alimento por um período) é mencionado em Atos. No Antigo Testamento, o jejum era uma prática relacionada a um momento de humilhação diante de Deus, seja para receber de Deus o perdão, expressava arrependimento: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto”(Joel 2:12), no Novo Testamento, indica prioridades: “E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia” (Lucas 2:37). Jesus jejuou no deserto, antes de ser tentado. Ensinou aos seus discípulos que há espíritos malignos que só seriam expulsos após um período de jejum e oração (Marcos 9.29). Em Atos 10, o centurião Cornélio jejuou por quatro dias e recebeu uma orientação divina para chamar Pedro para falar em sua casa.

O alimento não era tudo o que importava para os primeiros cristãos. Às vezes, para cumprir os propósitos de Deus, eles ignoravam à hora das refeições.


 “[…] Disse o Espírito Santo:”

A pessoa do Espírito Santo fala e direciona os líderes da igreja como Cristo havia prometido aos seus discípulos: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar “(João 16: 13,14). Esse mesmo Espírito está disponível hoje a toda a igreja, pois habita dentro dela: “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 14:17); “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus “ (1 Coríntios 2:12). Quando o ouvimos devemos atentar ao seu mandar e orientação, pois Ele fala com autoridade divina: “Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. ” (Hebreus 4:7); “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:29).

“Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.”

A pessoa do Espírito Santo convoca para a obra missionária dois entre os seus líderes: “Barnabé e Saulo”.  

Barnabé era um levita de Chipre. Seu nome era José; o nome Barnabé lhe foi dado pelos apóstolos para indicar o seu caráter (Filho da Consolação, Atos 4.36). Foi o primeiro homem mencionado por sua generosidade, que vendeu uma propriedade e trouxe o dinheiro da venda aos apóstolos para que as necessidades dos membros mais pobres da igreja fossem supridas (Atos 4.36). Ele aparece novamente em Atos 9.27 prestando os seus bons serviços a Saulo de Tarso, quando Saulo retornou a Jerusalém no terceiro ano após a sua conversão, recomendando-o aos apóstolos, afirmando que Saulo era um crente genuíno. Isto sugere que ele já conhecia Saulo. Quando, alguns anos mais tarde, chegou a Jerusalém a notícia de que uma evangelização em larga escala havia ocorrido em Antioquia da Síria, por cristãos helenistas refugiados da perseguição que teve início na Judéia após a morte de Estêvão, Barnabé foi enviado até lá para investigar a situação e agir da forma que julgasse ser mais apropriada. Não podiam ter enviado um homem mais adequado. Longe de sentir-se chocado pelas inovações que ali encontrou, Barnabé sentiu prazer por ver a graça de Deus em ação na conversão dos pagãos em Antioquia, e assim encorajou tanto os evangelistas quanto os novos convertidos com todas as suas forças. Barnabé fortaleceu grandemente os laços de amizade entre a congregação de Antioquia e a igreja-mãe em Jerusalém (At 11.22-30).

Saulo, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, que falava a língua aramaica em sua casa, herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador das exigências da Torá, e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos era o primeiro e o mais proeminente entre os judeus (Filipenses 3.5,6; Gálatas 1.14). Era um judeu da Dispersão, nascido em Tarso da Cilicia, um lugar que não era insignificante (At 21.39), apesar de ser natural de Tarso estudou desde cedo em Jerusalém como ele mesmo diz aos pés de Gamaliel: “...e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois”(Atos 22:3). Após sua célebre conversão no caminho de Damasco procurou conhecer os demais apóstolos em Jerusalém por intermédio de Barnabé, depois de algum tempo em Jerusalém foi enviado para sua terra natal, pois em Jerusalém procuravam matá-lo: “Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesaréia, e o enviaram a Tarso” (Atos 9:30). Após algum tempo em Tarso, foi convidado por Barnabé para ajudá-lo na supervisão daquela da igreja de Antioquia: “E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia” (Atos 11:25).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
14/11/2023 

FONTES: 

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022. 

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

Atos 11.20

Atos 11.20 “ E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.”


 “E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses," 

Os judeus dispersos (v.19) não eram apenas anti-helenistas, mas judeus gregos que se converteram a partir da descido do Espírito Santo no pentecoste: “E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” (Atos 2:5). Os versos 9 a 11 de Atos 2 descrevem algumas origens: “Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia, E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus” (Atos 2:9-11). Aqui são citados judeus chiprios e cirenenses. 

Chipre é uma grande, bela e fértil ilha do mar Mediterrâneo Era a terra natal de Barnabé (Atos 4.36), por causa disso recebeu cedo recebeu o Evangelho na primeira viagem missionária. Hoje pertence a Turquia.

Cirene era uma cidade que ficava localizada no norte da África. Ela estava situada na metade do caminho entre Alexandria e Cartago, numa planície a cerca de dezesseis quilômetros do mar Mediterrâneo. Atualmente essa região fica na Líbia, a oeste do Egito. Seu personagem mais famoso da bíblia é Simão Cireneu que foi constrangido a carregar a cruz de Jesus (Mateus 27.32).


"os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. ”

Como os bereanos foram mais prudentes que os de tessalônica quanto ao estudo, esses judeus foram mais prudentes que os demais quanto a evangelização. Pois, como Pedro e João, não conseguiram deixar de anunciar “o que viram e ouviram” (Atos 4:20). A cidade de Antioquia, evangelizada por estes judeus, veio a ser um grande centro missionário, ela foi o ponto de partida para Paulo. Ele, ainda como assistente de Barnabé, iniciou suas viagens missionárias. Estas resultaram na implantação de igrejas na Ásia Menor, Macedônia e Grécia. Como os chiprios e cirenenses não podemos deixar de anunciar o evangelho a toda a criatura, pois somos testemunhas das grandezas de Deus: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Filipenses 4:9)


 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

GONZALEZ, Justo L.; A Era dos Mártires, 3ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 1986

JOSEFO, F. História dos hebreus. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

Atos 11:19

Atos 11:19 “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. ”


“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia," 

Em Jerusalém estava a maior parte dos cristãos, dirigida pelos apóstolos. Nessa cidade haviam vários judeus que tinham influências helenistas e falavam o grego, sendo distinguidos dos outros judeus anti-helenistas. Na Igreja haviam conversos de ambas as posições. Então houve a necessidade de se nomear os diáconos (de origem helênica), entre esses Estevão, que trabalhavam junto com os apóstolos na área social e administrativa, representando os judeus gregos na direção da igreja.

O Versículo 19 nos situa dentro da história da expansão da igreja primitiva. E nos torna ao martírio de Estevão e a consequência que isso gerou sobre os judeus que creram no evangelho. Em Atos 8:1 está escrito: “E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos”. 

Como narra Atos dos Apóstolos, a igreja crescia na comunhão, mas crescia também a perseguição contra ela e os cristãos se dispersavam, mas isso fez que expandisse a fé: “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra”(Atos 8:40).

Os dispersos caminharam até Fenícia, Chipre e Antioquia:

Fenícia, região da famosa rainha Jezabel, é o atual Líbano. Os fenícios se dedicaram e obtiveram muito sucesso no comércio marítimo. As cidades fenícias mais citadas na bíblia foram Tiro e Sidon.

Chipre é uma grande, bela e fértil ilha do mar Mediterrâneo Era a terra natal de Barnabé (Atos 4.36), por causa disso recebeu cedo recebeu o Evangelho na primeira viagem missionária. Hoje pertence a Turquia.

Antioquia - Foi fundada por Seleuco I Nicátor, que a tornou a capital do seu império. Flávio Josefo descreveu Antioquia como tendo sido a terceira maior cidade do Império Romano e também do mundo, depois de Roma e Alexandria. Cresceu a ponto de se tornar o principal centro comercial e industrial da província romana da Síria. Nesse Lugar foram os discípulos chamados cristãos pela primeira vez.


"... não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. “

Os cristãos judaicos pregavam apenas por onde passavam aos judeus, ainda não entendendo que a dispersão indicava o tempo dos gentios. Cristo quando entre ales dizia: “Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:6). O apóstolo Pedro quando pregou na Casa de Cornélio se justificou por causa desse pensamento em comum com esses judeus dispersos: “Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo” (Atos 10:28)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

GONZALEZ, Justo L.; A Era dos Mártires, 3ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 1986

JOSEFO, F. História dos hebreus. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

Atos 9:31

Atos 9:31 “Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo. ”


“Assim, pois, as igrejas em toda a Judéia, e Galileia e Samaria tinham paz, e eram edificadas; e se multiplicavam, ”

Como um vento que não se sabe de onde vem para onde vai (João 3:8) assim a igreja era edificada. Na Judéia e Galileia sempre houve o empenho dos discípulos e seus seguidores, pois a prima igreja estava estabelecida em Jerusalém sobre a supervisão de Tiago, irmão do Senhor. Nas demais regiões, principalmente Samaria Deus usou a perseguição instaurada após a execução de Estevão para que seu evangelho fosse pregado: “E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos (Atos 8:1). ” Foi assim que o Evangelho chegou em Samaria através do diácono Filipe: Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra. E, descendo Filipe à cidade de Samaria lhes pregava a Cristo (Atos 8:4,5). “ Após o próspero ministério de Filipe a igreja de Jerusalém enviou para a Samaria Pedro e João: “Os apóstolos, pois, que estavam em Jerusalém, ouvindo que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram para lá Pedro e João (Atos 8:14) “ para que os novos convertidos recebessem o Batismo no Espírito Santo. As igrejas estabelecidas tinham paz, eram edificadas, e se multiplicavam. Tinham paz apesar das grandes perseguições afinal Cristo deixou sua paz sem medida: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize (João 14:27). “ Apesar das tribulações a igreja se multiplicava, como disse Tertuliano: "O sangue dos mártires é a semente da igreja." Quanto mais se perseguia a igreja mais ela crescia, vemos isso no contexto sobre Paulo que uma vez perseguidor se dirigiu a Damasco na Síria para perseguir cristãos que ali se estabeleceram. Após sua conversão se ajuntou com os discípulos de Damasco, porém, depois foi-lhe armado ciladas. De Damasco foi para Jerusalém na qual após alguma dificuldade para ser creditado pelos apóstolos também lá intentaram contra sua vida: “E falava ousadamente no nome do Senhor Jesus. Falava e disputava também contra os gregos, mas eles procuravam matá-lo (Atos 9:29). “ Isso o levou a Cesaréia e enfim a Tarso. E o evangelho era pregado em cada aldeia e cidade contribuindo para a multiplicação das igrejas que recebiam o Evangelho da paz de Cristo.


“...andando no temor do Senhor e consolação do Espírito Santo”.

As igrejas andavam no temor do Senhor: “E em toda a alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos (Atos 2:43) “. Elas próprias modelavam uma relação divina e santa. Era como viviam, de forma que todos que tinham alguma relação com os membros dessas igrejas diziam: Certamente o temor o Senhor Reina nesse povo.As igrejas andavam na consolação do Espírito Santo (v. 31). Elas eram fiéis e alegres na religião. Seus membros se mantinham firmes nos caminhos do Senhor e cantavam nesses caminhos. A consolação do Espírito Santo era a consolação das igrejas, e lhes era a principal fonte de alegria. Elas recorriam à consolação do Espírito Santo e viriam com isso, não só em dias de dificuldade e aflição, mas também em dias de paz e prosperidade. As consolações terrenas, mesmo em seus momentos de satisfação mais generosa e plena, não as contentavam sem a consolação do Espírito Santo. Note a conexão destes dois: quando as igrejas andavam no temor do Senhor, então elas andavam na consolação do Espírito Santo. Quem anda com prudência anda com mais alegria.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/1/2023

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro. CPAD, 2020.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Atos 9.15

Comentário 1 

Atos 9.15 “Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. “


Após se revelar a Saulo, o Senhor apareceu a um discípulo chamado Ananias que habitava em Damasco. Por intermédio dele, Cristo completaria a obra de instruir a Saulo. Mesmo havendo a possibilidade de instruí-lo, Cristo lança mão de instrumentos humanos para tal serviço. Um anjo do Senhor instruiu Cornélio a buscar Pedro em Jope (Atos 10.3-6). Ananias recebeu a ordem de ir a certo endereço procurar Saulo e ministrar Saulo. O discípulo ficou assustado ao receber tal ordem (vv. 13,14). Levando em conta o sofrimento terrível que Saulo causou nos cristãos, a reação inicial de Ananias é completamente natural. Mas a essa reação o Senhor apresenta uma declaração adicional a respeito da chamada de Saulo.


“Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, “

Deus não faz distinção para salvação“ Pois a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos os homens” (Tito 2:11). Ou seja, Deus não faz acepção de pessoas inerente a salvação. Pedro confirmou isso quando os que ouviram sua pregação na casa de Cornélio foram batizados no espirito santo e falaram outras línguas: “E, abrindo Pedro a boca, disse: Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas” (Atos 10:34)

Todavia ele escolhe para usar e quando ele faz isso não comete injustiça: “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? “ (Romanos 9:21). Esta ilustração do oleiro foi usada com muita eficácia por Jeremias séculos antes (Jeremias 18:4-6). Paulo destaca o completo controle do oleiro sobre o barro em termos da utilidade do vaso. Um vaso é honrado ou desonrado dependendo do seu uso. Um vaso pode servir para se carregar água e outro para carregar detritos. O mesmo material foi usado para ambos. Mas foram feitos para diferentes, funções, e por isso o oleiro lhes dá a forma de acordo com a pretendida função.

Nesse sentido Paulo era um vaso escolhido. Jesus escolheu Saulo como apóstolo muito antes de Saulo escolher Jesus. “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros” (João 15:16). Saulo futuramente compreendeu isso: “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça, “ (Gálatas 1:15)


”... para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. “

Saulo foi escolhido por Deus como Seu instrumento para a tarefa de levar o Seu nome perante os gentios e reis, e perante o povo de Israel. O pensamento da escolha divina corresponde aqui àquele que se expressa em (Atos 22:14,15) “ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo e ouças a voz da sua boca. Porque hás de ser sua testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido “,

Levar o meu nome é uma expressão que significa dar testemunho de Jesus (Atos 9:27). Os gentios, os reis e o povo de Israel representam os três grupos principais diante dos quais Paulo, na realidade, dará testemunho mais tarde na história. O livro de Atos nos dá testemunho de Paulo pregando a estes três grupos:

Reis – Paulo deu testemunho perante o sumo sacerdote Ananias em Jerusalém; Aos procuradores Felix e Festo em Cesaréia; ao rei Herodes Agripa II “Crês tu nos profetas, ó rei Agripa? Bem sei que crês. “ (Atos 26:27) e provavelmente a Nero em Roma, pois apelou para ser julgado por César.

Judeus – Paulo utilizava-se das sinagogas que haviam em todas as províncias romanas para difundir o Evangelho. Essas sinagogas eram concentrações de Judeus que se reuniam para adorar a Deus. Paulo iniciava seu testemunho por eles, afinal ele próprio era judeu: “Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação” (Romanos 10:1)

Gentios   Apesar da boa vontade do apóstolo de pregar aos gentios, a constante obstinação deles em rejeitar a Cristo fazia com que Paulo se dirigisse aos gentios. Em Antioquia da Psídia ele disse aos judeus: “Era mister que a vós se vos pregasse primeiro a palavra de Deus; mas, visto que a rejeitais, e não vos julgais dignos da vida eterna, eis que nos voltamos para os gentios;  Porque o Senhor assim no-lo mandou: eu te pus para luz dos gentios, a fim de que sejas para salvação até os confins da terra” (Atos 13:46,47)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/9/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

MULHOLLAND, Dewey M. Marcos introdução e comentário. Série cultura Bíblica. São Paulo: Vida. Nova, 2005.

PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. Batista Regular, 2017.

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Comentário 2

Atos 9.15 “Mas disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. ” 


“Mas disse-lhe, porém, o Senhor: Vai...” 

Essas palavras foram proferidas em visão ao discípulo chamado Ananias de Damasco. A ordem foi: “Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando; (Atos 9:11) ” após ouvir o mandato de Deus, Ananias temeu muito, pois, bem conhecia quem era Saulo e sua autoridade: “Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome (Atos 9:13,14) ”. Apesar de todos os medos e preocupações de Ananias o Senhor disse-lhe: “Vai”. Moises quando a frente do mar Vermelho clamou ao Senhor, como que dizendo “e agora? ”, a resposta de Deus foi: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êxodo 14:15). Não podemos jamais esquecer que Deus é o nosso auxilio e socorro bem presente, quando Ele nos envia a locais que possuem perigos ele garante: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti (Isaías 43:2). ”. Saulo, o homem que Ananias temia tinha sido cercado de um resplendor de luz do céu e ouvido a voz do Senhor que ele perseguia durante sua viagem: “E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões (Atos 9:5). ”. Ananias não sabia disso, porém Saulo que estava cego por conta do resplendor que o confrontou já o esperava, pois, em Damasco na casa de Judas ele teve uma visão: “E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver. (Atos 9:12) ”. Ananias temeu encontrar com Saulo que perseguia os cristãos, porém esse Saulo não existia mais, portanto não havia mais necessidade de teme-lo.


“...porque este é para mim um vaso escolhido...” 

Ele era um vaso no qual o tesouro-evangelho deveria se instalar para servir de veículo para muitos. Era um vaso de barro (2 Coríntios 4.7), mas um vaso escolhido. O vaso que Deus usa, Ele mesmo escolhe. E justo que Ele mesmo escolha os instrumentos que Ele usa: Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós (João 15.16). Ele é um vaso de honra, e não deve ser negligenciado em atual penúria, nem jogado fora como um vaso quebrado e imprestável ou um vaso no qual não há prazer


“...para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. ” 

Os apóstolos que estiveram com Jesus demoraram a entender que a mensagem do evangelho não se restringia numa visão limitada inicialmente e apenas ao povo judeu (At 11.19). Naturalmente, não levou muito tempo para que aqueles discípulos que estiveram com Jesus entendessem que o evangelho deveria romper culturas e alcançar outros povos. Não foi por acaso, nem tampouco um erro de cálculo do Senhor quando convocou a Paulo e chamou-o porque ele tinha as caraterísticas de quem seria capaz de romper fronteiras sociais, culturais e geográficas para dimensionar o evangelho. A cultura romana e grega que Paulo havia adquirido davam-lhe condições de perpetrar o mundo gentílico. Ele formou comunidades cristãs na Galácia, Acaia e Ásia Menor. Ele não se importava com status social, porque tinha bagagem cultural para entrar nos palácios, nos sinédrios judeus, nas praças e até no famoso Areópago em Atenas. A cultura geral que Paulo havia adquirido ao logo da sua vida tornou-o capaz de enfrentar os oponentes do evangelho com ousadia e ciência. Diante de reis, governadores, tribunos e autoridades religiosas (Agripa, Felix, Festo, Nero, Sumo Sacerdote), Paulo era excelente orador e arguto no conhecimento de várias ciências. Paulo tinha uma personalidade forte e dinâmica, orientada por convicções fundamentais.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2021

Fontes:

CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Atos 9.4

Atos 9.4 "E, caindo em terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? ” 


”E, caindo em terra, "

Ele caiu em terra (v. 4). Certos estudiosos defendem que ele estava a pé e que essa luz, talvez acompanhada de trovão, causou-lhe tanto medo que ele não conseguiu se manter em pé e caiu rosto em terra, a postura de adoração, nesse trecho, todavia, de surpresa. E provável que ele estivesse a cavalo, como Balaão que montava uma jumenta quando foi amaldiçoar Israel, e talvez cavalgasse melhor que ele, pois Saulo estava em função oficial, tinha pressa e a viagem era longa, de forma que não é provável que ele estivesse viajando a pé. A luz súbita amedrontaria o cavalo no qual ele montava e o derrubaria. Foi a boa providência de Deus que o corpo de Saulo não se machucasse com a queda. Essa voz era nítida somente para ele, pois os demais ouviam apenas um som (v. 7), não distinguindo as palavras (cap. 22.9). Saulo viu uma luz do céu e ouviu uma voz do céu (v. 4). Sempre que a glória de Deus foi vista, a palavra de Deus foi ouvida (Êxodo 20.18) por Moisés (Números 7.89) e pelos profetas. As manifestações de Deus nunca foram exibições mudas, porque Ele engrandece sua palavra acima de todo o seu nome. O que foi visto sempre teve o propósito de abrir caminho ao que foi dito. Saulo 


"ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? ” 

Veja que a fé vem pelo ouvir. Por conseguinte, o Espírito é recebido pelo ouvir da fé (Romanos 10.17; G13.2). A voz que ele ouviu era a voz de Jesus. Quando ele viu aquele Justo, ouviu a voz da sua boca (cap. 22.14). Veja que a palavra que ouvimos tem maior probabilidade de nos beneficiar quando a ouvimos como a voz de Jesus (1 Tessalonicenses 2.13). Chamar duplamente: Saulo, Saulo, indica, em primeiro lugar, o sono profundo em que Saulo se encontrava. Ele precisava ser chamado muitas vezes, como ocorre em Jeremias 22.29: Ó terra, terra, terra! Em segundo lugar, a preocupação amorosa que o santo Jesus tinha por Saulo e por sua recuperação. Ele fala como alguém que é sincero. E como Marta, Marta (Lucas 10.41), ou Simão, Simão (Lucas 22.31), ou Jerusalém, Jerusalém (Mateus 23.37). Ele fala com ele como com alguém que está em perigo iminente, a beirada cova, prestes a cair: “Saulo, Saulo, tu não sabes para onde estas indo. Ou: O que tu estas fazendo? Você está perseguindo a Cristo! ”Afinal perseguir a igreja é perseguir Cristo. Perseguir os membros do Corpo é perseguir a Cabeça do Corpo. Perseguir a noiva é perseguir o Noivo. Paulo não estava apenas se levantando contra homens, mas contra o próprio Deus. Aqueles que ferem os santos de Deus tocam na menina dos olhos de Deus, por isso ele ouve posteriormente: “ Dura cousa é recalcitrares contra os aguilhões”.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/10/2021

Fontes:

CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

LOPES, Hernandes dias. Paulo, o maior líder do cristianismo. São Paulo: Hagnos, 2014.

SWINDOLL, Charles R. Paulo: Um homem de coragem e graça. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.