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sábado, 27 de janeiro de 2024

Atos 20.24

Atos 20.24 “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. “


No final de sua terceira viagem missionária. O apóstolo Paulo decide passar de largo de Eféso, para não gastar mais tempo na Ásia, pois queria estar em Jerusalém para a festa de pentecostes. Ele decide chamar os anciãos (Presbiteros) da igreja de Éfeso para se despedirem deles em Mileto.

Em Mileto Paulo prega um sermão de despedida a esses presbíteros. Por mais que a maioria dos cristãos não são presbíteros, esperamos que muitos homens aspirem ao episcopado: “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Timóteo 3:1).


“Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa,”

O apóstolo fala sobre desapego material na vida do obreiro. Paulo não sentia orgulho de nada que havia conquistado, somente de Cristo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8)

Paulo tinha o coração livre da avareza e da ganância. Muitos querem fazer do evangelho causa de ganho: “... homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas é grande ganho a piedade com contentamento” (1 Timóteo 6:5,6). Podemos nos perder ministerialmente por causa da avareza e da ganância. Na verdade, Paulo estava pronto a trabalhar com as próprias mãos para ser pastor. Estava pronto a sofrer toda sorte de perseguição e privação para pastorear. Estava disposto a ser preso, a sofrer ataques externos e temores internos para pastorear a igreja de Deus. Estava pronto a dar a própria vida para cumprir cabalmente seu ministério.

Sua vida mostra que o desprendimento das coisas materiais e plena dependência em Deus são características inegociáveis na vida do obreiro cristão.

 “... contanto que cumpra com alegria a minha carreira,”

Paulo disse que a única questão que o preocupava era cumprir a comissão que Deus lhe dera — e ser fiel até o fim! Quando Paulo está passando o bastão a seu filho Timóteo, antes de enfrentar o martírio, relembra-o de como havia sido sua vida: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”. A vida para Paulo não foi uma feira de vaidades nem um parque de diversões, mas um combate renhido. O apóstolo pode morrer tranquilo porque havia concluído sua carreira, e isso era tudo o que lhe importava.

Deus não livrou Paulo da morte, mas na morte: “E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém” (2 Timóteo 4:18). Paulo não foi poupado da morte, mas libertado através da morte. A morte para ele não foi castigo, perda ou derrota, mas vitória. O aguilhão da morte foi tirado. Morrer é lucro, é precioso, é bem-aventurança, é ir para a Casa do Pai, é entrar no céu e estar com Cristo.


“... e o ministério que recebi do Senhor Jesus,”

Paulo diz que recebeu seu ministério do Senhor Jesus, Quando caiu na estrada de Damasco o senhor lhe disse: “Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer” (Atos 9:6). Quando Ananias tentou esquivar-se de curá-lo, o Senhor lhe disse: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (Atos 9:15)

Paulo não se lançou no ministério por conta própria. Ele foi chamado, vocacionado e separado para esse trabalho. Paulo não se tornou um pastor porque buscava vantagens pessoais. Não entrou para as lides ministeriais buscando segurança, emprego ou lucro financeiro. Não entrou no ministério com motivações erradas.

Paulo não tinha apenas convicção de sua vocação, mas também consciência das implicações desse chamado: “ E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:16)


“... para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.”

Finalmente, Paulo diz que no seu coração ardia uma grande paixão. A grande paixão de Paulo era testemunhar o evangelho da graça de Deus. Ele caracteriza seu ministério como testificar “do evangelho da graça de Deus”, o que significa que a salvação é o dom gratuito de Deus. Na sua conversão, Cristo lhe tinha dado a tarefa de declarar a graça de Deus (Atos  9.10-16). Agora o que importa é cumprir fielmente sua parte da missão de evangelizar o mundo.

A pregação enchia o peito do velho apóstolo de entusiasmo. Ele sabia que a justiça de Deus se revela no evangelho. Sabia que a mensagem do evangelho de Cristo é a única porta aberta por Deus para a salvação do pecador.

Paulo se considerava um arauto, um embaixador, um evangelista, um pregador, um ministro da reconciliação. Sua mente estava totalmente voltada para a pregação. Seu tempo era todo dedicado à pregação. Mesmo quando estava preso, entendia que a Palavra não estava algemada.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

Lopes, Hernandes dias - Paulo, o maior líder do cristianismo / Hernandes Dias Lopes; São Paulo, SP: Hagnos, 2014

ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Swindoll, Charles R. Paulo: Um homem de coragem e graça / Charles R. Swindoll — tradução: Neyd Siqueira. — São Paulo: M undo Cristão, 2003.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200204_08.pdf

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