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sábado, 19 de outubro de 2024

Romanos 14.17

  

Romanos 14.17 “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

 

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, ”

Paulo agora nos ensina que nossa abstinência não nos leva a nenhuma perda de nossa liberdade, uma vez que o reino de Deus não consiste dessas coisas.

O judaísmo consistia muito em comidas e bebidas (Hebreus 9.10), abstendo-se religiosamente de alguns tipos de comida (Levítico 11.2), comendo outros religiosamente, como em vários sacrifícios, parte dos quais devia ser comida diante do Senhor. Mas todas essas prescrições para Paulo estão agora abolidas não sendo mais necessárias (Colossenses 2.21,22). A questão está resolvida.

Paulo considerava todas as espécies de comida como kosher ("certas", "lícitas") “Toda criatura de Deus é boa” (1 Timóteo 4.4), mas se o seu exemplo, ao comer certas espécies de comida, ia prejudicar alguém, ele as evitaria. Os homens devem lembrar que a liberdade cristã e a caridade cristã devem ir de mãos dadas.

Se por causa do amor podemos abster-nos do uso de alimentos sem trazer qualquer desonra ao nome de Deus, sem prejudicar o reino de Cristo, ou sem escandalizar a consciência dos piedosos, não podemos tolerar os que trazem conturbação à Igreja por causa de comida.

Ele usa argumentos similares em sua Primeira Epístola aos Coríntios: “Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos se não comermos, e nada ganharemos se comermos” [1 Coríntios 8.8]. Ele desejava mostrar-nos com isso que a comida e a bebida são de mui pouco valor para serem causa de empecilho no avanço do evangelho.

Não é de comida e bebida que o reino de Deus se ocupa, mas de justiça, paz e alegria no Espírito. A ênfase do cristianismo não deve ser colocada sobre essas coisas, nem elas são essenciais para a fé cristã.

 

“..., mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. ”

O Reino dos céus, não consiste em comer ou beber. Consiste em três grandes coisas, todas as quais são essencialmente alheias ao egoísmo.

Primeiro: Justiça (Dikaiosune), e a justiça consiste em dar aos homens e a Deus o que lhes corresponde. Então, o primeiro que devemos oferecer a um semelhante na vida cristã é simpatia e consideração; no momento em que nos transformamos em cristãos, os sentimentos de outros se tornam mais importantes que os nossos próprios; o cristianismo significa colocar primeiro a outros e depois o eu. Não podemos dar a outro o que corresponde e, ao mesmo tempo, fazer o que queremos.

Logo vem a Paz (Eirene). No Novo Testamento, a paz não significa somente ausência de problemas; a paz não é algo negativo, é intensamente positiva; significa tudo aquilo que tende ao bem supremo do homem. Os próprios judeus frequentemente pensavam que a paz significava um estado de corretas relações entre homem e homem. Se insistirmos em que a liberdade cristã significa fazer tudo o que queiramos, isto é precisamente um estado de coisas que nunca poderemos alcançar. O cristianismo consiste inteiramente em relações pessoais com os homens e com Deus. A ilimitada liberdade cristã está condicionada pela obrigação cristã de viver em boas relações, em paz, com nossos semelhantes.

Por último a Alegria (Chara). No cristianismo, a alegria nunca pode ser egoísta. A alegria cristã não consiste em que sejamos felizes, consiste em fazer os outros felizes. Uma mau chamada felicidade que angústia e ofende a outros, não é uma felicidade cristã. Se em sua própria busca da felicidade alguém machuca o coração ou fere a consciência de outro, o fim último de sua busca não será alegria, mas tristeza. A alegria cristã não é individualista; é algo interdependente. A liberdade cristã não é liberdade para pisar os sentimentos de outros. O cristão se alegra só quando dá alegria a um semelhante, embora seja à custa de limitações pessoais para ele.

No Espírito Santo. Para o apóstolo, "o reino de Deus" é a futura herança do povo de Deus, mas "no Espírito Santo" as bênçãos da herança futura já podem ser desfrutadas: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22).

No grande dia, não será perguntado: “Quem comeu carne e quem comeu legumes? ” Ou “Quem guardou os dias santos e quem não guardou? ” Mas será indagado: “Quem temeu a Deus e praticou a justiça e quem não o fez? ”

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200905_05.pdf

BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

BRUCE, F, F. Romanos - Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2002.

CALVINO, João, (1509-1564). Romanos [tradução de Valter Graciano Martins]. São José dos Campos, SP: Fiel, 2014.

 

Romanos 5.1

  

Romanos 5.1 “Tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; ”

 

“Tendo sido, pois, justificados pela fé, ”

O que Paulo dirá nesse capítulo baseia-se na exposição anterior sobre a justificação. Um sistema de lei/obras produz frustração e dúvida porque não conseguimos observar a lei com perfeição. Em contraste com isto, o sistema de graça/fé resulta em paz.

Paulo já havia concluído essa questão: '‘Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da Lei” (Romanos 3.28). O versículo anterior a este (v.27) anula toda a jactância, isto é, toda a possibilidade de alguém querer basear a obra de justificação em méritos pessoais. Ele pergunta: “Onde está a jactância? ” Não há lugar para ela, visto que “ foi de todo excluída”. Se a salvação pudesse ser alcançada pelas obras da Lei ou por obras pessoais, os pecadores teriam do que se orgulhar.

Os judeus orgulhavam-se de seu zelo e tradição religiosa. O próprio Paulo excedia a muitos pelo ardor religioso e a preocupação no cumprimento da Lei (GáIatas 1.14; Filipenses 3,6). Mas a própria justiça dos judeus que era da Lei, não resolvia a questão dos seus pecados. Era necessário a justiça mediante a fé (Filipenses 3.9), e não a justiça das obras. As obras, mediante a fé são valorosas porque conduzem a Deus.

Fé significa aceitar com plena confiança o sacrifício justificador de Cristo. - Que significa ser justificado pela fé? Significa receber o reconhecimento divino por causa de Cristo. A palavra justificar no grego é: “ dikaioo” e quer dizer declarar justo. Como o pecador é declarado justo diante de Deus? - Visto que o pecador não tem condição nem méritos para ser justificado, então Cristo, “que não conheceu pecado”, tomou os pecados do pecador sobre si e os cravou na sua cruz, fazendo-se “pecador por nós”. Feito isto, Ele propiciou para nós a nossa justificação. Nossa justificação baseia-se na fé na obra que Cristo fez por nós (2 Coríntios 5.21; Tito 3.4,5).

 

“... temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo; ”

O efeito imediato da justificação é a paz com Deus. A paz com Deus é, portanto, uma realidade presente na vida do crente. Ela é a coroação ou resultado imediato da justificação. Não é algo que vamos ter somente no futuro, mas é algo que o crente já desfruta agora. Essa “ paz com Deus” significa estar de bem com Deus e viver um novo e maravilhoso relacionamento com Ele. Esse benefício só é possível mediante a fé no Filho de Deus, que, pela sua cruz, desfez as inimizades (Efésios 2.14-18).

Essa paz não depende de tudo estar bem no mundo; ela é mais do que uma satisfação emocional. A origem dessa paz é um relacionamento harmonioso com Deus, que produz uma sensação de contentamento, não importam quais sejam as circunstâncias externas (Romanos 5:3, 4).

Temos essa paz com Deus “por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (v. 1b). A paz com Deus só é possível porque Jesus morreu para nos reconciliar com o Seu Pai. Leia 5:1–11, observando quantas vezes Paulo disse que nossas bênçãos espirituais são “por meio de Cristo” (vv. 1, 2, 9–11).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200812_01.pdf

GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça. Rio de Janeiro: CPAD 2016.

1 Timóteo 2.5

  

1 Timóteo 2.5 “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem. ”

 

“Porque há um só Deus,”

Uma das razões de orarmos por todos os homens é que há um só Deus. Não vivemos num mundo como o produzido pelos gnósticos quando inventavam suas teorias a respeito dos dois deuses, hostis entre si. Não vivemos num mundo como aquele que produziam os pagãos quando inventavam uma horda de deuses, muitas vezes em competição e guerra entre si.

Missionários relatam que um dos alívios maiores que o cristianismo brinda aos pagãos é a convicção de que há um só Deus. Quando descobrem que existe um só Deus cujo nome é Pai e cuja natureza é o amor, eles se sentem libertados e emancipados.

Há um só Deus e esse Deus tem uma boa vontade por toda a humanidade. Esse único Deus quer que todos os homens se salvem; Ele não deseja a morte e destruição de ninguém: “Vivo eu, diz o Senhor DEUS, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho (Ezequiel 33.11), mas o bem-estar e salvação de todos.

Ele quer que todos sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade, para serem salvos da forma como Ele estabeleceu, e não de outra forma. Cabe a nós obter o conhecimento da verdade, porque essa é a maneira de ser salvo: “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17.3).

A divindade de nosso “Deus único” tem de ser reconhecida para que haja unidade entre a humanidade. Jeová não é só o Deus dos judeus, é dos gentios também (Romanos 3.29-30).

 

“... e um só Mediador entre Deus e os homens,”

Um mediador é aquele que faz a mediação, ou seja, aquele que age como um intermediário para trabalhar com lados opostos a fim de trazer uma solução.

Deus tem uma disputa conosco por causa do pecado,pois o pecado é descrito como transgressão da lei de Deus (1 João 3: 4) e rebelião contra Deus (Deuteronômio 9:7; Josué 1:18). O pecado se interpõe entre nós e Ele. "Não há justo, nem um sequer" (Romanos 3:10). Todos os seres humanos são pecadores devido ao pecado que herdamos de Adão e devido ao pecado que cometemos em uma base diária. A penalidade justa por esse pecado é a morte (Romanos 6:23), não apenas morte física, mas a morte eterna (Apocalipse 20: 11-15).

Nada que pudéssemos fazer por nossa conta seria suficiente para mediar entre nós e Deus. Nenhuma quantidade de boas obras ou observância da lei nos torna justos o bastante para estarmos diante de um Deus santo (Isaías 64:6; Romanos 3:20; Gálatas 2:16). Sem um mediador, estamos destinados a passar a eternidade no inferno, pois por nós mesmos a salvação do nosso pecado é impossível. No entanto há um Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem.

 

“Jesus Cristo homem.”

A igreja de Roma mantém até hoje uma pluralidade de mediadores e até mesmo os judeus acreditam que há muitos mediadores entre Deus e os homens. Para judeus,  anjos são mediadores. O Testamento de Dan (6:2) diz: "Lembra-te a Deus, e ao anjo que intercede por ti, porque ele é o mediador entre Deus e o homem." Mas a Bíblia afirma que há apenas um mediador entre a humanidade e Deus, e esse é Jesus Cristo Homem.

Jesus, que é Deus e homem ao mesmo tempo representa todos aqueles que colocaram a sua confiança nEle diante do trono da graça de Deus. Ele é o único mediador porque se deu a si mesmo em preço de redenção e medeia por nós, tanto quanto um advogado de defesa medeia pelo seu cliente.

Vemos mais uma prova dessa verdade reconfortante em Hebreus 9:15: “Por isso mesmo, ele é o Mediador da nova aliança, a fim de que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia sob a primeira aliança, recebam a promessa da eterna herança aqueles que têm sido chamados."

É por causa do grande Mediador que somos capazes de estar diante de Deus vestidos com a justiça de Cristo. Na cruz, Jesus trocou o nosso pecado pela sua justiça (2 Coríntios 5:21). A sua mediação é o único meio de salvação.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200311_05.pdf

BARCLAY, William. The First Letter to Timothy - Tradução: Carlos Biagini O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

https://www.gotquestions.org/Portugues/Jesus-mediador.html

Números 21.9

 

Números 21.9 E “Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia. ”

 

“Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; ”

Deus enviou serpentes ardentes sobre o povo, pois este tinha pecado contra Ele: “Então o Senhor mandou entre o povo serpentes ardentes, que picaram o povo; e morreu muita gente em Israel” (v.6). A gravidade do flagelo e da extensão terrível da mortalidade fizeram o povo a reconhecer o pecado e somado as intercessões de Moisés, que implorou, Deus se compadeceu do povo.

Ele mesmo proporcionou a salvação após o arrependimento do povo: Vinde, e tornemos para o SENHOR, porque ele nos despedaçou e nos sarará; fez a ferida e a ligará” (Oseias 6:1) ARA. Deus falou com seu Servo Moisés que ele deveria construir uma serpente de bronze e pendura-la sobre uma haste: “Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela” (v.8).

 

“... e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia. ”

A ordem do Senhor foi obedecida, e o efeito prometido também teve cumprimento, pelo que este versículo reitera a informação dada no versículo anterior, levando-nos a entender que, “um a vez cumprida a ordem divina, os efeitos desejados foram obtidos".

A figura da serpente em bronze foi elevada sobre um poste ou pendão, para que pudesse ser vista nas extremidades do acampamento hebreus. Todos que haviam sido mordidos e que olhavam para ela eram curados.

Este método peculiar de cura foi projetado, em primeira instância, para mostrar que era a eficácia do poder de Deus e da graça não, o efeito da natureza ou da arte. Essa serpente de metal foi preservada pelos filhos de Israel e levada à terra de Canaã, até que finalmente foi destruída pelo rei Ezequias, depois de ter sido transformada em um objeto de adoração idólatra: “Ele tirou os altos, quebrou as estátuas, deitou abaixo os bosques, e fez em pedaços a serpente de metal que Moisés fizera; porquanto até àquele dia os filhos de Israel lhe queimavam incenso, e lhe chamaram Neustã” (2 Reis 18.4).

A antiga serpente (Satanás) era a causa da morte, temporal e espiritual. Cristo Jesus, ‘em semelhança de carne pecaminosa’ (Romanos 8.3), foi feito pecado por nós (2 Coríntios 5.21), e assim cumpriu, conforme Ele mesmo disse a Nicodemos, o tipo da serpente de bronze (João 3.14,15). Cristo tem poder para salvar todos os que olham para ele por causa de seus pecados: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; Para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:14-15).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

FAUSSET, A. R.; BROWN, David; JAMIESON , R. Jamieson, Fausset and Brown’s commentary on the whole Bible. Grand Rapids: Zondervan Classic Reference Series, 1999.Crossway Books, 1999.

CHAMPLIN, Norman.O Novo Testamento Interpretado: Versículo Por Versículo, Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2001.

Jeremias 31.33

  

Jeremias 31.33 “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo.”

 

“Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles dias,”

O conceito de uma nova aliança é a mais importante contribuição de Jeremias ao pensamento bíblico. O V. T, menciona com freqüência a aliança que Deus estabeleceu com Israel (Êxodo 19:3-8; 24:3-8; Deuteronômio 29:1-29), aliança essa que foi o fundamento da vida nacional e religiosa dos israelitas.

Deus torna claro, através de Jeremias, que Israel fracassou no cumprimento dessa aliança: “Dai ouvidos à minha voz, e eu serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo; e andai em todo o caminho que eu vos mandar, para que vos vá bem. Mas não ouviram, nem inclinaram os seus ouvidos, mas andaram nos seus próprios conselhos, no propósito do seu coração malvado; e andaram para trás, e não para diante. ” (Jeremias 7:23-24) e prediz que Ele fará uma nova aliança com o Seu povo no futuro: “Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei uma aliança nova com a casa de Israel e com a casa de Judá” (v.31).

 

“... diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu coração; ”

A nova aliança não será uma nova lei (a velha lei continuava boa), mas produzirá um novo "coração" – isto é, dará uma nova motivação na obediência à lei de Deus. A velha aliança foi escrita em pedras (Êxodo 31:18).

James Smith disse: Aqui está uma nova dimensão espiritual. Até aqui as leis de Deus haviam sido escritas em tábuas de pedra; agora seriam escritas no coração. Debaixo da nova aliança os homens responderiam à vontade divina por motivação interna e não por compulsão externa.

Essa doutrina, conforme aparece no livro de Jeremias, aproxima-se da regeneração ensinada no Novo Testamento. Jesus, quando instituía a Ceia do Senhor, declarou: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue" (I Coríntios 11:25; Lucas 22:20). A epístola aos hebreus ensina que Cristo estabeleceu a nova aliança através do Seu sacrifício perfeito e final pelo pecado (Hebreus 7:22; 8:7-13; 10:15-22; cons. 2 Coríntios 3:5-14).

Isso aponta ainda para o derramamento do Espírito sobre a casa de Israel que terá cumprimento no Armagedon: “E porei em vós o meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e sabereis que eu, o SENHOR, disse isto, e o fiz, diz o SENHOR” (Exequiel 37.14).

 

“... e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo. ”

Esse relacionamento será o âmago mesmo do novo pacto: “Eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jeremias 24:7; 30:22; 32:38). Só a nova aliança, escrita sobre o coração, podia realizar isso:  E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.  E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis. E habitareis na terra que eu dei a vossos pais e vós sereis o meu povo, e eu serei o vosso Deus” (Ezequiel 36:25-27).

Esta repetida expressão identifica duas verdades: Deus quer que seja assim, e nós precisamos dEle porque não podemos dirigir nossos próprios passos (Jeremias 10:23; Provérbios 14:12).  Pois, sem Ele, nada podemos fazer (João 5:19, 30; 9:33; 15:5; Isaías 40:17).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201110_08.pdf

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 19 DE OUTUBRO DE 2024 (Colossenses 1.24)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
19 DE OUTUBRO DE 2024
A IGREJA É O CORPO DE CRISTO

Colossenses 1.24 “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;”

 

“Regozijo-me agora no que padeço por vós,”

Paulo escreveu: Agora, me regozijo nos meus sofrimentos por vós. Jesus já havia mostrado a Paulo que ele sofreria como Sua testemunha: “E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:16). O sofrimento é no geral desagradável. Todavia há dores que trazem alegria. Por exemplo a dor de uma mãe é intensa durante o parto, mas ela tem alegria ao saber que seu bebê está vindo ao mundo (João 16:21). Paulo não gostava de sofrer, mas ele tinha alegria nos benefícios que o sofrimento podia levar aos colossenses. E o apóstolo expressou um pensamento semelhante em Filipenses, dizendo que se ele tivesse que ser sacrificado por eles, isto seria motivo de alegria para ele (Filipenses 2:17).

Alegrar-se diante do sofrimento é o que Jesus esperava de Seus seguidores (Mateus 5:10–12; Atos 5:41; 16:25; Tiago 1:2). Esta foi a atitude de Jesus para com a Sua morte na cruz (Hebreus 12:2).

 

“... e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;”

A palavra traduzida por “preencho”; “cumpro” aparece somente aqui no Novo Testamento. Ao escrever preencho o que resta, Paulo não estava insinuando que ele sozinho estava concluindo o trabalho de Jesus de espalhar o evangelho por todo o mundo. Apenas queria dizer que ele estava fazendo a sua parte neste esforço.

Quando falou das “aflições” (plural) de Cristo, Paulo se referia a algo mais do que o sofrimento na cruz. Mas a preocupação de um progenitor que quer bem que ele gerou: “Porventura pode uma mulher esquecer-se tanto de seu filho que cria, que não se compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas ainda que esta se esquecesse dele, contudo eu não me esquecerei de ti” (Isaías 49.15). Jesus chorou por Jerusalém e disse: “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha os seus pintos debaixo das asas, e não quiseste?” (Lucas 13.34).

Paulo entendia que devia padecer pelo rebanho de Deus: “Eu de muito boa vontade gastarei, e me deixarei gastar pelas vossas almas, ainda que, amando-vos cada vez mais, seja menos amado” (2 Coríntios 12.15).

Essas tribulações e oposições podem ser esperadas por quem milita o evangelho. Por causa do serviço que prestava a Jesus, Paulo escreveu que “os sofrimentos de Cristo se manifestam em grande medida a nosso favor” (2 Coríntios 1:5). Ele disse que ele levava “no corpo o morrer de Jesus” (2 Coríntios 4:10) e “as marcas de Jesus” (Gálatas 6:17). Seu objetivo era experimentar “a comunhão dos Seus sofrimentos” (Filipenses 3:10).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

RENOVATO, Elinaldo. Colossenses - A Perseverança da Igreja na Palavra Nestes Dias Difíceis e Trabalhosos. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201310_03.pdf