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quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Levítico 19.18

Levítico 19.18 “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. ”


“Não te vingarás, ”Aqui somos instruídos a nos despir de toda a maldade e malícia, e a nos vestir de amor fraterno. Não devemos ter más intenções com ninguém. Se nosso irmão nos fez algum mal, não devemos devolver-lhe o mal, isto é vingança. A vingança é prerrogativa de Deus, que é o Juiz de toda a terra (Gênesis 18.25). Ele como justo Juiz (2 Timóteo 4.8), além de soberano sabe fazer justiça. “Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” (v.19) é uma citação de Deuteronômio 32.35. É difícil, mas é possível, com a ajuda do Espírito Santo. Deus nos recompensará. Não é pecado requerer seus direitos em juízo. O que não é cristão é um crente levar seu irmão a juízo por questões litigiosas, causando escândalos, quando deveria levar tais coisas ao pastor (1Coríntios 6.1-8).


“..., nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; “Está escrito em Tiago 1:20: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus ”. O homem em sua ira é incapaz de ser justo. A ira é um profundo sentimento de ódio e rancor contra a outra pessoa. Uma vez descontrolada, ela não produz a justiça de Deus, mas uma justiça segundo o critério da pessoa que sofreu o dano: a vingança. A Palavra de Deus não proíbe o crente de ficar indignado contra a injustiça (Isaías 58.1,7; Lucas 19.45). Contudo, ao mesmo tempo, a Bíblia estabelece limites para o nosso temperamento não se achar irrefletido, descontrolado, deixando-nos impulsivamente irados (Efésios 4.26; Provérbios 17.27). O cristão, templo do Espírito Santo, tem de levar a sua mente cativa a Cristo (2Coríntios 10.5) e manifestar o fruto do Santo Espírito: o domínio próprio (Gálatas 5.22 — ARA). Fuja da aparência do mal. Tenha autocontrole. É algo mal-intencionado, e é a destruição da amizade, guardar ressentimentos por ofensas, e deixar que este sentimento nos devore para sempre.


“...mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. ” O maior mandamento é: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22:37). O segundo maior mandamento é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Este mandamento se encontra em Mateus, Marcos e Lucas – mas foi dado pela primeira vez no Antigo Testamento, no Livro do Levítico. Em um livro sobre rituais de sacrifício, festas religiosas e pureza cerimonial, é surpreendente encontrar a sublime verdade de que os israelitas deveriam amar seus semelhantes como a si mesmos. No NT o apóstolo Paulo nos mostra como ele é o resumo de todas as leis da segunda tábua da lei, Romanos 13.9,10; Gálatas 5.14. Nós devemos amar nosso próximo tão verdadeiramente como amamos a nós mesmos, e sem dissimulação. Devemos evidenciar nosso amor pelo nosso próximo da mesma maneira que evidenciamos nosso amor por nós mesmos, evitando o seu mal e procurando o seu bem, o máximo que pudermos. Devemos fazer ao nosso próximo aquilo que desejamos queseja feito a nós mesmos (Mt 7.12), colocando nossa alma no lugar da sua alma, Jó 16.4,5. Na verdade, nós devemos, em muitos casos, renunciar a nós mesmos pelo bem do nosso próximo, como Paulo, 1 Coríntios 9.19ss. Com isto, o Evangelho vai além daquele excelente preceito da lei. Pois Cristo, ao dar a sua vida por nós, nos ensinou até mesmo a dar nossas vidas pelos irmãos, em alguns casos (1 Jo 3.16), e desta maneira, amar ao nosso próximo mais do que a nós mesmos.


“Eu sou o Senhor. ”Em relação à organização do capítulo 19, R. K. Harrison escreveu: “Embora esta seção trate de uma grande variedade de preceitos morais, legais, cerimoniais e espirituais de uma forma aparentemente desorganizada, de fato esses preceitos estão dispostos em dezesseis parágrafos distintos, cada um terminando com a frase: Eu sou o Senhor (o Deus).Estas passagens estão dispostas em três seções principais (2b–10; 11–18; 19–37) de quatro, quatro e oito unidades, respectivamente”. Este conjunto de leis termina sempre com uma declaração sucinta, enfatizando que cada mandamento dado neste capítulo (e em outros trechos) deveria ser obedecido. O próprio Deus disse que Israel deveria guardar todos os Seus estatutos e todos os Seus juízos. Dois fatores são enfatizados: todas as leis de Deus (e não apenas algumas delas) deveriam ser obedecidas (não apenas acreditadas). Se os israelitas se dedicassem a obedecer a todos os mandamentos de Deus, Ele Se agradaria. Só então escapariam do castigo. Essa conclusão foi garantida por um fato de suma importância: o Deus que prescrevera essas leis disse: “Eu sou o Senhor”! Sendo Ele o Senhor, seria insensato opor-se a Ele ou ignorá-lo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/05/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_01.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_02.pdf

Levítico 19.11

Levítico 19.11 “Não furtareis, nem mentireis, nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo. ” 


Em Levítico 19, o Senhor continuou a ensinar ao Seu povo o que deveriam fazer para “serem santos "como Ele (19:2), dizendo: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (19:18).Para agradar a Deus, e serem santos, os israelitas tinham de tratar bem seus semelhantes.

Quando um indivíduo ama a Deus e Lhe obedece, ele se torna uma pessoa melhor e um próximo melhor.

Aqui a atenção do Senhor volta-se para os Dez Mandamentos que Ele dera no Monte Sinai. Primeiro, Ele lembrou o povo que não deveriam furtar, depois, que não deveriam mentir ou usar de falsidade com o próximo. Essas são confirmações do oitavo e nono mandamentos: “Não furtarás” e “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo 20:15, 16).

Essas regras enfatizam as diretrizes negativas (“não”) para se amar o próximo. Se alguém ama o seu próximo, há algumas coisas que ele não fará:não roubará/furtará, nem mentirá àqueles a quem ele ama.


“Não furtareis, ” 

O oitavo mandamento protegia os bens pessoais. Ele afirmava o direito da propriedade. O mandamento ensinava que um indivíduo não deveria ser injustamente destituído de seus bens.

A propriedade pessoal era um presente de Deus, que é dono de todas as coisas. Furtar de outra pessoa era como roubar de Deus. Leis específicas elaboraram o que deveria ser considerado furto e qual deveria ser a pena por furtar.

Furto nunca foi considerado crime capital, nem houve autorização da Lei para desfiguramento físico por furto – como ocorreu em outros códigos religiosos. O antídoto para a prática do roubo era trabalhar arduamente – “antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom”(Efésios 4:28.

O trabalho foi designado a Adão antes da queda, quando ele foi colocado dentro do jardim do Éden, para “o cultivar e o guardar” (Gênesis 2:15). Após a queda, Adão teve que continuar a trabalhar, embora sua tarefa tenha se tornado mais difícil (Gênesis 3:17–19). O trabalho fazia parte dos dez mandamentos da Lei, pois Deus disse: “Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra” (Êxodo 20:9).

No Novo Testamento esta lei era reconhecida, e Jesus foi acusado de violar o sábado“trabalhando” no sétimo dia (veja Marcos 2:23–28; 3:1–6). Paulo sustentou a si mesmo muitas vezes trabalhando em seu ofício de fazedor de tendas (Atos 18:3). Além do próprio apóstolo trabalhar, ele recomendou o trabalho a outros, dizendo: “Se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Tessalonicenses 3:10b; veja 1 Coríntios 4:12; 1 Tessalonicenses 4:11, 12).

A motivação de Paulo para trabalhar era dupla. Primeiramente, o trabalho é benéfico. É bom o indivíduo fazer o que é construtivo, a fim de suprir suas próprias necessidades. O trabalho é valioso para a comunidade na proporção em que provê produtos e serviços. As pessoas são mais felizes quando estão ocupadas e produtivas. O trabalho também permite que as pessoas sejam respeitadas.

Em segundo lugar, o trabalho fornece os meios “com que acudir ao necessitado”. Esta era uma prática da igreja do primeiro século. Por exemplo, os membros da igreja de Jerusalém dividiram seus bens entre si para que não houvesse necessitado entre eles (Atos 2:45; 4:34). Quando surgiu uma grande fome na Judeia, as igrejas da Europa e Ásia Menor enviaram alívio material aos irmãos necessitados (Atos 11:29, 30; Romanos 15:26; 2 Coríntios 8 e 9). Paulo admoestou os romanos a contribuírem para “as necessidades dos santos” (Romanos 12:13).


“...nem mentireis,nem usareis de falsidade cada um com o seu próximo; ” 

O contexto para o nono mandamento era o tribunal da lei. A intenção do mandamento era proteger as pessoas de falsas acusações em juízo: “Não admitirás falso boato, e não porás a tua mão com o ímpio, para seres testemunha falsa. Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda falarás, tomando parte com a maioria para torcer o direito. Nem ao pobre favorecerás na sua demanda” (Êxodo 23:1-3).

O mandamento lida principalmente“com a testemunha mentirosa que prejudica o bem-estar de outrem”. Nos dias antes das impressões digitais e amostras de DNA, as maiores evidências de um crime tinham que ser fornecidas por testemunhas. Deveria haver pelo menos duas ou três; não era possível condenar uma pessoa com base em apenas um testemunho: “Uma só testemunha contra alguém não se levantará por qualquer iniqüidade, ou por qualquer pecado, seja qual for o pecado que cometeu; pela boca de duas testemunhas, ou pela boca de três testemunhas, se estabelecerá o fato” (Deuteronômio 19:15).

Se as testemunhas não dissessem a verdade, seria produzida uma injustiça.O falso testemunho poderia resultar em uma pessoa perdendo a reputação, seus bens e até sua vida: “Então vieram dois homens, filhos de Belial, e puseram-se defronte dele; e os homens, filhos de Belial, testemunharam contra ele, contra Nabote, perante o povo, dizendo: Nabote blasfemou contra Deus e contra o rei. E o levaram para fora da cidade, e o apedrejaram, e morreu” (1 Reis 21:13); “Ora, os príncipes dos sacerdotes, e os anciãos, e todo o conselho, buscavam falso testemunho contra Jesus, para poderem dar-lhe a morte; (Mateus 26:59).

O castigo por dizer falso testemunho era o mesmo que era planejado para o próximo da pessoa:  “Far-lhe-eis como cuidou fazer a seu irmão; e assim tirarás o mal do meio de ti” (Deuteronômio 19:19). Este mandamento foi criado para assegurar a integridade do processo judicial, protegendo o réu contra falsos testemunhos. Toda mentira contradiz a natureza de Deus, que é a própria fonte de toda a verdadee não pode mentir (João 17:17; Hebreus 6:18).

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
30/5/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_01.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201609_01.pdf

Levítico 18.6

Levítico 18.6 “Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne para descobrir a sua nudez. Eu sou o Senhor. “ 


Quando Deus criou o homem e mulherosdotou com a capacidade procriativa. A ordem divina era para que fossem fecundos e se multiplicassem sobre a terra: “ E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra “ (Gênesis 1:27,28).

Naturalmente de início, a multiplicação da espécie ocorreria com a união entre irmãos e irmãs, e outros parentes próximos: “E saiu Caim de diante da face do Senhor, e habitou na terra de Node, do lado oriental do Éden. E conheceu Caim a sua mulher, e ela concebeu, e deu à luz a Enoque “ (Gênesis 4:16,17); “E, na verdade, é ela também minha irmã, filha de meu pai, mas não filha da minha mãe; e veio a ser minha mulher; “(Gênesis 20:12) Não se constituía um pecado essa prática inicial entre as famílias, porque havia a permissão de Deus naquele tempo para união conjugal entre parentes.

Porém, com a multiplicação da espécie humana, e instituição da Lei. Deus proibiu com veemência a prática de casamento entre parentes próximos.


“Nenhum homem se chegará a qualquer parenta da sua carne... “ 

Esta proibição se destina ao bem-estar da vida humana, e à propagação decente e honrosa da raça, assim como convinha à dignidade da natureza humana, acima da dos animais. Estas proibições, além de serem postas em vigor por uma autoridade incontestável, são, em si mesmas, altamente razoáveis e justas.

O termo “incesto” denota relações sexuais entre parentes de sangue próximos aos quais o casamento é proibido por lei ou costume. O próprio texto se refere a esse pecado como ter relações sexuais com um “parente da sua carne”. A maioria das sociedades em todas as épocas e regiões do mundo considera o incesto errado, embora muitas vezes definam esses pecados de maneiras diferentes. É certo que isto sempre foi considerado, pelos mais sóbrios pagãos, como uma coisa tremendamente infame e abominável. E até mesmo aqueles que não tinham esta lei do Senhor, tinham uma lei para si mesmos: “Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem possua a mulher de seu pai”. (1 Coríntios 5:1)

Os versículos que se seguem não visam declarar que o incesto é errado, mas especificar quais relações devem ser consideradas erradas.

Todo homem foi proibido de fazer sexo com uma das seguintes pessoas: sua mãe (18:7); a mulher de seu pai (sua madrasta) (18:8); sua irmã ou meia-irmã (18:9); sua neta (18:10); sua meia-irmã (18:11); sua tia (18:12–14); sua nora (18:15); sua cunhada (18:16); uma mulher e sua filha ou neta (18:17); uma mulher e sua irmã (enquanto a mulher vivesse) (18:18).

Motivos:

Pelo casamento, duas pessoas se tornam uma única carne, e por isto aqueles que anteriormente fossem, de certa forma, uma carne pela natureza, não poderiam se unir, sem que isto fosse um grande absurdo, tornar-se uma carne por instituição. Pois a instituição se destinava a unir aqueles que não estavam unidos anteriormente. Se cada homem se casasse com a sua própria irmã (como eles seriam capazes de fazer, de geração em geração, se isto fosse lícito), cada família seria um mundo só seu, e esqueceríamos o fato de que somos membros uns dos outros.

O casamento confere um equilíbrio ao homem e à mulher. Tornando as pessoas iguais “uma só carne”. A desigualdade de autoridade entre pais e filhos, tios e sobrinhas, tias e sobrinhos pelo sangue é evidente e está baseada na natureza, e, portanto, é perpétua, e não pode, sem confusão, ser eliminada pela igualdade do casamento.

A procriação consanguínea é, no fim de contas, prejudicial para qualquer espécie, pois a união sexual de animais ou seres humanos parentes provoca a predominância de genes recessivos, com efeitos negativos sobre a prole resultante da união. Nos seres humanos, por exemplo, os filhos gerados de relações incestuosas correm o dobro de risco de mortalidade precoce e são dez vezes mais propensos a sofrer retardo mental grave ou uma variedade de deformidades físicas.


“...para descobrir a sua nudez”

Descobrir sua nudez é um eufemismo para ter relações sexuais (veja Ezequiel 16:36; 23:18). Porem, envolve todas as formas de atividade sexual impura e profana, incluindo atos que não chegam a ser constituir uma relação sexual”. A impureza, cometida com qualquer destes parentes, fora do casamento, é, da mesma maneira, sem dúvida, proibida aqui, e não menos deliberadamente. Como também está proibido todo comportamento lascivo, namoricos devassos, e tudo o que tiver a aparência deste mal.


“ Eu sou o Senhor. “ 

Essa declaração ocorre vez após vez no texto legal que se segue (quatro vezes em 18:1–6 e mais duas vezes em 18:21 e 18:30). Ela proclama o fato de que a fonte dessas leis é Deus, a autoridade suprema do universo e reflete Sua personalidade sublime. Aquele que desobedece às leis do Senhor tanto despreza Sua autoridade divina como desrespeita Seu caráter santo. Ela também lembrou seus primeiros ouvintes de que todas as leis em Levítico foram baseadas na santidade de Deus e foram elaboradas para tornar Israel uma nação santa. Afinal, disse Deus: “Eu sou o SENHOR, vosso Deus... sereis santos, porque Eu sou santo... Eu sou o SENHOR, que vos faço subir da terra do Egito, para que Eu seja vosso Deus; portanto, vós sereis santos, porque Eu sou santo” (11:44, 45). Obedecer a essas leis contribuiria para tornar Israel um povo santo. 

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
08/05/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201810_07.pdf

Êxodo 34.10a

Êxodo 34.10a “Então, disse: Eis que eu faço um concerto, farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem entre gente alguma. ” 


O capítulo 34 conclui o relato da restauração de Israel após sua apostasia. Deus chamou Moisés para subir ao monte, onde Ele escreveria novamente os dez mandamentos em duas tábuas de pedra (34:1–4). Deus manifestou-Se como um Deus benevolente que também pune os culpados (34:5–7). Moisés pediu a Deus que perdoasse o povo (34:8, 9), e Deus disse que Ele faria uma aliança com Israel e expulsaria as nações de Canaã de diante deles (34:10, 11). Eles não fizeram nenhuma aliança com as nações idólatras (34:12–17). Deus repetiu algumas das leis e estatutos que Ele já tinha dado a Moisés, enfatizando os regulamentos para a adoração (34:18–26). Moisés escreveu as palavras de Deus enquanto esteve no monte por quarenta dias e quarenta noites (34:27, 28). Quando desceu do monte, seu rosto brilhava por haver estado na presença de Deus (34:29, 30, 33–35). Então, ele repetiu as palavras da Lei para o povo (34:31, 32). Depois do pecado de Israel, era necessária uma aliança de reconciliação com Deus. O capítulo 34 descreve uma reconstituição virtual da cerimônia de ratificação da aliança registrada no capítulo 24. Ambas as cerimônias de ratificação da aliança foram precedidas por Moisés subindo ao monte e Deus aparecendo para ele ali. Nas duas ocasiões, Deus deu a Moisés diversas leis, que foram escritas e apresentadas ao povo. A principal diferença entre as cerimônias de ratificação das duas alianças é que esta última não teve nenhuma afirmação de que os israelitas se comprometeram em obedecer a Lei. Talvez a aceitação pública deles dos mandamentos em 34:32 deva ser compreendida. Estudiosos liberais comprometidos com a crença de que o Pentateuco provém de diferentes fontes acreditam que os capítulos 24 e 34 são dois relatos do mesmo evento. Todavia, o texto faz mais sentido se as semelhanças forem entendidas Como o resultado de uma reconstituição proposital e significativa do evento original. As semelhanças não deixam nenhuma dúvida de que, embora Israel tenha claramente violado


“Então, disse: Eis que eu faço um concerto, “ 

Deus concordou com o pedido de Moisés, dizendo que Ele faria uma aliança. A aliança afirmada aqui pode ser vista como uma elaboração sobre a aliança que Deus fizera com Israel anteriormente (19:5, 6; veja Deuteronômio 9; 10). R. Alan Cole observou: “Esse aspecto de ‘renovação’ pode representar muita repetição de pensamento ou mesmo de palavras (por exemplo, na revelação de Deus, nos versículos 5–7, e os termos da aliança, nos versículos 12–25) ”.


“...farei diante de todo o teu povo maravilhas que nunca foram feitas em toda a terra, nem entre gente alguma. ”

Deus explicou o que significa ser Seu povo especial: como os israelitas Lhe pertenciam, Ele faria para eles maravilhas que nunca se fizeram em toda a terra, nem entre nação alguma. O que Deus quis dizer, precisamente, quando Ele falou desses “milagres” ou “maravilhas” (NVI) não está claro. Israel já tinha testemunhado milagres no deserto, mas outros ainda aconteceriam. Talvez Deus estivesse prevendo os milagres relacionados com a conquista de Canaã. As nações nunca haviam testemunhado algo como Israel cruzar o rio Jordão por terra seca ou Deus derrubar as muralhas de Jericó (Josué 3; 6). Suas ações em nome de Israel seriam uma coisa terrível, ou seja, “uma coisa assombrosa” (NVI). As nações deveriam experimentar a destruição reservada por Deus – às vezes, por meios miraculosos

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
04/1/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

ANDRADE, Claudionor Corrêa de. Fundamentos Bíblicos de um Autêntico Avivamento. Rio de Janeiro: CPAD.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201611_02.pdf

Êxodo 33.11

Êxodo 33.11 “E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo; depois, tornava ao arraial; mas o moço Josué, filho de Num, seu servidor, nunca se apartava do meio da tenda. ” 


“E falava o Senhor a Moisés face a face, “ 

Essa descrição retrata a comunicação íntima que Moisés compartilhava com Deus, em contraste com o restante dos israelitas. O Senhor tinha falado “face a face” com os israelitas ao sopé do monte Sinai, mas, em vez disso, eles pediram a Moisés que Deus falasse por meio do próprio Moisés (Deuteronômio 5:4, 23–27).

A comunicação direta que Deus tinha com Moisés é contrastada com a revelação que Ele deu a outros profetas em sonhos e visões: “‘Não é assim com o meu servo Moisés, que é fiel em toda a minha casa. Boca a boca falo com ele, claramente e não por enigmas; pois ele vê a forma do SENHOR‘“ (Números 12:7, 8; veja Deuteronômio 34:10). Moisés tinha o dom de discernir claramente verdades espirituais: ele participava do próprio conselho de Deus.

“...como qualquer fala com o seu amigo; “ Retrata ainda mais o relacionamento muito próximo entre Deus e Moisés. Outros grandes homens de fé, como Enoque e Noé, são descritos como tendo “andado com Deus” (Gênesis 5:22, 24; 6:9). Além disso, Abraão foi três vezes chamado de “amigo de Deus” (Tiago 2:23; 2 Crônicas 20:7; Isaías 41:8).

Talvez Cristo estivesse se referindo a isso em (João 15.15) ” Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer“, quando ele afirmou que a marca do amigo (em oposição ao servo) é que este conhece o propósito e o significado das ordens que lhe são dadas.


“...depois, tornava ao arraial; “ 

Moisés receberia revelações de Deus na tenda da congregação, a qual ele montou fora do arraial – na verdade, bem longe do arraial. Aqueles que queriam conhecer a vontade de Deus iriam para fora do arraial e a buscariam nessa tenda.

“A tenda da congregação” neste contexto não deve ser confundida com o tabernáculo que foi construído mais tarde – embora o tabernáculo receba frequentemente essa designação em outras passagens (27:21; 40:2). Essa tenda era armada pelo próprio Moisés, mas o tabernáculo era uma tenda muito grande para ser transportada e montada por uma única pessoa. Essa tenda funcionava como um lugar de revelação, enquanto o tabernáculo servia principalmente como um lugar de sacrifício e adoração.

Essa tenda tenha sido criada “do lado de fora do arraial”, o tabernáculo foi criado no meio do arraial: “Os filhos de Israel armarão as suas tendas, cada um debaixo da sua bandeira, segundo as insígnias da casa de seus pais; ao redor, defronte da tenda da congregação, armarão as suas tendas“ (Números 2:2). Por isso o Servo Moisés fazia essa movimentação de entrar e sair da presença de Deus.


“...; mas o moço Josué, filho de Num, seu servidor, nunca se apartava do meio da tenda. ” 

O descrito servo de Moisés, antigamente chamado de Oséias: “Estes são os nomes dos homens que Moisés enviou a espiar aquela terra; e a Oséias, filho de Num, Moisés chamou Josué” (Números 13:16). Josué cuidava da tenda quando Moisés não estava lá, na ausência de Moisés, mas, de certo modo, sua função na Tenda era provavelmente a de um guarda.

Todavia, não podemos nos esquecer que essa era uma posição privilegiada: “Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios” (Salmos 84:10). Foi perseverando em servir Elias que já o havia despedido que Eliseu pode receber de Deus porção do brado do Espírito de Elias: “Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei” (2 Reis 2:2). Mais tarde Josué tornou-se o sucessor de Moisés: “E sucedeu depois da morte de Moisés, servo do SENHOR, que o SENHOR falou a Josué, filho de Num, servo de Moisés, dizendo: Moisés, meu servo, é morto; levanta-te, pois, agora, passa este Jordão...” (Josué 1:1,2)

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
13/06/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

COLE, Alan R. Êxodo - Introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1981

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201611_01.pdf 

Êxodo 20.3

Êxodo 20.3 “Não terás outros deuses diante de mim. “


Deus após ter tirado os hebreus do Egito“com mão forte, e com braço estendido, e com grande espanto, e com sinais, e com milagres   (Deuteronômio 26:8). Propôs a eles, através de Moisés uma Aliança. Se ouvirem sua voz e atentarem para os seus mandamentos seriam a propriedade peculiar de Deus entre todos os povos. Chamados para serem reino sacerdotal e povo santo.

A essa proposta o povo respondeu como uma só voz: ” Tudo o que o Senhor tem falado, faremos”. E relatou Moisés ao Senhor as palavras do povo” (Êxodo 19:8).

Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o Senhor teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êxodo 20:1,2). Deus havia libertado os israelitas da escravidão do Egito e por essa razão teria o direito ao senhorio sobre eles, da mesma maneira que Cristo nos redimiu e se tornou Senhor absoluto da nossa vida. Deus então ordena:


“Não terás outros deuses...”

Esse é o primeiro mandamento do decálogo (10 Mandamentos em pedra). O propósito deste mandamento é levar Israel a amar e a temer a Deus, e a adorar somente a Ele com sinceridade.

Este mandamento foi promulgado numa época que a idolatria norteava as nações e essa ordem era algo novo num código de leis. Trata-se do monoteísmo revelado que influenciou o mundo inteiro com a expansão do cristianismo.

O monoteísmo é a crença em um só Deus, como sugere a própria palavra: monos, "único", e theos, "Deus". A ênfase nesta unidade contrasta de maneira visível com o henoteísmo e a monolatria, além do politeísmo.

Não se conhecia a idolatria antes do dilúvio. O monoteísmo ara a crença experimentada pelos primeiros homens. A Bíblia afirma que todas essas formas falsas de adoração são uma degeneração do monoteísmo original: "Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.  Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém” (Romanos 1:21-25)

Os patriarcas do Gênesis, Abraão, Isaque e Jacó, eram monoteístas e instruíram seus descendentes nessa crença (Deuteronômio 13.6; 28.64; Jeremias 19.4). Todavia os fiéis haviam se tornado poucos. Tornou-se então monoteísmo nesta época uma inovação, visto que as nações da época eram politeístas.

  • A Mesopotâmia é o berço da civilização humana e o centro irradiador da idolatria. Abraão nasceu em Ur dos caldeus, cidade da Mesopotâmia (Genesis 11.27-31). Seus ancestrais serviam a outros deuses (Josué 24.2,15). Os babilônios/caldeus adoravam a diversos deuses: como Sin, o deus-sol de Ur e Harã; Istar, a deusa do amor e da guerra; e Enlil, deus do vento e da terra.Bel, que veio a ser identificado como Marduque ou Merodaque, o patrono da cidade de Babilônia.
  • ·       Os assírios adoravam: Adrameleque e a Nisroque.
  • A terra do Nilo foi grandemente afetada por essa idolatria. E Israel e seus ancestrais tiveram vínculos com as culturas mesopotâmica e egípcia.Os antigos egípcios empregavam o termo "terra dos deuses", para o seu país. Cada grande cidade contava com suas tríades de acordo com as dinastias: em Ábidos, Osíris, ísis e Hórus; em Mênfis, Ptah, Sekhmet e Nefertum, e, em Tebas, Amom, Mut e Khonsu.
  • Os cananeus adoravam a Baal (Jz 6.31). Astarote ou Astarte (Jz 10.6), identificada em nossas versões como "postes sagrados", deusa cananeia da fertilidade" era deusa nacional dos sidônios.
  • ·        Dagom e Baal-Zebube eram deuses dos filisteus (Jz 16.23-24; 2 Rs 1.2-3, 6,16).
  • ·       Camos era o deus nacional dos moabitas (Nm 21.29; Jz 11.24;).
  • ·     Malcam ou Milcom (1 Rs 11.33) era o deus nacional dos amonitas. Milcom, e Moloque. Parecem ser nomes alternativos.

As principais formas de adoração no paganismo do Antigo Oriente Médio eram três: politeísmo, henoteísmo e monolatria.

  • O politeísmo é a crença em muitos deusespoli, "muito", e theos, "Deus". Era a religião dos antigos mesopotâmios, egípcios, gregos, romanos e do atual hinduísmo.
  • O henoteísmo é uma forma primitiva de religião que admite a existência de muitos deuses; no entanto, apenas um deles tem a supremacia. A forma henoteísta deve ser definida como uma crença em um Deus, mas admitindo a existência de outros deuses.
  • A palavra monolatria vem de monos, "único", e latreia, "serviço sagrado, culto". Define-se como adoração ou culto "de uma deidade única para cada grupo étnico-político (clã, tribo, povo).

Os ídolos, de fato, não são deuses (Dt 32.21; Gl 4.8). Apenas são chamados assim por existirem na mente dos seus adoradores (1 Co 8.5), mas não reais de fato. O objeto de adoração dos gentios são representações demoníacas; os pagãos adoram os próprios demônios (Lv 17.7; Dt 32.17; 1 Co 10.20). Não existe Deus além de Javé (Is 44.6; 45.5, 6). Os cristãos devem manter distância dos ídolos (1 Co 10.14; 1 Jo 5.21).


“...diante de mim. ” 

Literalmente “ à minha face”. Esta frase vagamente incomum também parece ser usada em relação ao ato de tomar uma segunda esposa enquanto a primeira ainda estivesse viva. Tal uso, de uma quebra de um relacionamento pessoal exclusivo, ajuda a explicar o seu significado aqui.

Portanto, nenhum outro deus pode ser adorado simultaneamente com YHWH.Ele não dividirá seu louvor com quem quer que seja: Ele é único: “Eu sou o Senhor; este é o meu nome; a minha glória, pois, a outrem não darei, nem o meu louvor às imagens de escultura” (Isaías 42:8)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Esequias. Os dez mandamentos - Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

COLE, Alan R. Êxodo - Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1981.

Genesis 25.28

Genesis 25.28 “ E amava Isaque a Esaú, porque a caça era do seu gosto, mas Rebeca amava a Jacó. ”


Após relatar como ocorreu o casamento de Isaque com Rebeca (24:67; 25:20) o autor sagrado salta adiante para os fatos relativos ao nascimento de seus filhos. Assim como Sara, que fora incapaz de engravidar durante anos de sua vida, Rebeca foi estéril: “E Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca sua mulher concebeu (Gênesis 25:21) “.  Durante quase vinte anos de seu casamento (25:20, 26). Rebeca não incentivou Isaque a recorrer a uma concubina como fez Sara, persuadindo Abraão a ter um filho com sua serva. Em vez disso, Isaque orou ao SENHOR por sua mulher. A palavra hebraica usada aqui para a oração de Isaque é “uma das designações mais importantes para intercessão” no Antigo Testamento. Ela reflete a seriedade do rogo de Isaque para que Deus desse vida ao útero de Rebeca (veja Êxodo 8:8, 9, 28–30; 9:28; 10:17, 18; Juízes 13:8; 2 Samuel 24:25). Como resultado, o Senhor foi misericordioso. Ele respondeu a oração de Isaque e Rebeca, sua mulher, concebeu. A resposta à oração de Isaque foi uma gravidez dupla. Rebeca teve uma gestação muito turbulenta no seu ventre. Mas, enfim, deu à luz aos gêmeos: “E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pêlo; por isso chamaram o seu nome Esaú. E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esaú; por isso se chamou o seu nome Jacó (Gênesis 25:25,26) “.


“ E amava Isaque a Esaú, porque a caça era do seu gosto, “ 

Cada progenitor “amava mais” um filho diferente; e mostravam preferência ou parcialidade por um em detrimento do outro. Jáco quando homem também amava de maneira diferente suas esposas irmãs: “E possuiu também a Raquel, e amou também a Raquel mais do que a Lia e serviu com ele ainda outros sete anos. Vendo, pois, o Senhor que Lia era desprezada, abriu a sua madre; porém Raquel era estéril (Gênesis 29:30,31) “. Essa parcialidade muitas das vezes não é admitida, mas visível pelos demais: “E Israel amava a José mais do que a todos os seus filhos, porque era filho da sua velhice; e fez-lhe uma túnica de várias cores. Vendo, pois, seus irmãos que seu pai o amava mais do que a todos eles, odiaram-no, e não podiam falar com ele pacificamente (Gênesis 37:3-4) “. Isaque amava mais a Esaú: Esaú, ao nascer, era bruto e cabeludo, como se já fosse um adulto, motivo pelo qual seu nome foi Esaú, feito, já criado. Isto indicava uma constituição muito forte, e dava motivos para suspeitar que ele seria um homem muito robusto, ousado e ativo. Esaú foi um homem adequado a este mundo. Ele era um homem interessado na sua diversão, pois era um caçador. E um homem que sabia como viver segundo a sua habilidade, pois era um caçador perito. A diversão era o seu interesse. Ele estudou a sua arte, e passava todo o seu tempo fazendo isto. Ele nunca gostou de um livro, nem se preocupou em ficar dentro de casa. Mas era um homem do campo, como Ninrode e Ismael. Todo o seu interesse estava voltado ao jogo, e somente estava bem quando estava buscando isto: em resumo, ele estava entoe um cavalheiro e um soldado. Esaú sabia como agradar a Isaque, e mostrava um grande respeito por ele, presenteando-o frequentemente com carne de caça, o que ganhava o afeto do bom velho, e o conquistava mais do que se podia imaginar.


“..., mas Rebeca amava a Jacó. ”

Jacó era um homem voltado às coisas do outro mundo. Ele não tinha talento para ser um estadista, nem pretendia parecer grandioso, mas era um varão simples, habitando em tendas, e um homem honesto que sempre queria o bem, e agia com justiça, que preferia as delícias da solidão e do isolamento a todo o falso prazer dos esportes ruidosos. Ele habitava em tendas: 1] Como um pastor. Ele se interessava por aquela atividade segura e silenciosa de guardar as ovelhas, para a qual ele também educou seus filhos, cap. 46.34. Ou: [2] Como um aluno. Ele frequentava as tendas de Melquisedeque, ou Éber, segundo a interpretação de alguns, para que o ensinassem as coisas divinas. Por essa disposição caseira era o filho que estava sempre próximo da mãe que jamais se esqueceu dos oráculos de Deus sobre ele:  “E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao Senhor. E o Senhor lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor (Gênesis 25:22,23) “.

Porém essa falta de sabedoria dos pais em preferir um ao outro plantou no coração dos filhos a semente maldita da inimizade, do ódio e da competição. Esse ódio trouxe profundas feridas na vida dos pais, separou os irmãos e atravessou as gerações, desembocando agora em uma atitude irracional de maldade dos edomitas, ao associar-se com os invasores que arrasaram os seus irmãos judaítas. Essa atitude perversa e cruel dos edomitas unindo-se aos caldeus para oprimir, escravizar e matar os judeus foi a gota que transbordou do cálice, trazendo o juízo peremptório de Deus aos edomitas: “Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre (Obadias 1:10) “.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
27/03/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

LOPES, Hernandes Dias. Obadias e Ageu: uma mensagem urgente de Deus à Igreja contemporânea. São Paulo: Hagnos, 2008.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201512_06.pdf

Genesis 17.19

Genesis 17.19 “E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele. ”


Quando tinha 86 anos Abrão teve um filho com a escrava egípcia de Sarai chamada Agar:  “Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz; toma, pois, a minha serva; porventura terei filhos dela. E ouviu Abrão a voz de Sarai (Gênesis 16:2). “ O nome deste filho era Ismael: “...Abrão chamou o nome do seu filho que Agar tivera, Ismael (Gênesis 16:15). “ Quando Ismael completou 13 anos o Deus Todo Poderoso apareceu novamente a Abrão e fez um pacto com ele. Nesse pacto Deus promete que multiplicaria grandemente sua semente e lhe daria a terra de Canaã, enquanto que a Abrão foi solicitado que andasse na presença do Senhor sendo perfeito e o pacto da circuncisão aa ele e seus descendentes. Deus muda o nome de Abrão para Abraão porque seria pai de muitas nações e para a surpresa de agora Abraão Deus muda o nome de Sarai para Sara e diz: “Porque eu a hei de abençoar, e te darei dela um filho; e a abençoarei, e será mãe das nações; reis de povos sairão dela (Gênesis 17:16) “. Assim que ouviu essas palavras, se prostrou Abraão, rosto em terra, perante o Senhor e se riu de descrença porque essa promessa parecia impossível. Ele sabia que ele e Sara tinham passado da idade natural de ter filhos. Sendo assim, ele questionou a Deus sobre como um homem de cem anos poderia ser pai de um filho ou uma mulher de noventa anos dar à luz um filho. O pedido de Abraão a Deus foi: Tomara que viva Ismael diante de ti. Ele estava, com efeito, pedindo: “Por favor, Senhor, depois de todos estes anos de espera, o Senhor não vai aceitar a solução razoável para este problema e permitir que meu filho Ismael sirva no lugar do descendente escolhido através do qual o Senhor cumprirá a Sua promessa? ”


“E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque, “

A resposta de Deus ao rogo de Abraão foi uma repreensão firme e enfática: De fato, que quer dizer “não, mas”. Deus rejeitou o pedido de que Ismael cumprisse o papel do filho designado da promessa e reiterou o que já tinha dito que Sara lhe daria o filho. Para reforçar esta afirmação, Deus disse para Abraão dar ao menino o nome de Isaque, que é um jogo de palavras com “e se riu” em 17:17, fato que Sara repetiria em 18.12. O filho prometido teria um nome para celebrar o riso de descrença do pai diante da promessa do Senhor.


“...e com ele estabelecerei a minha aliança, por aliança perpétua para a sua descendência depois dele. ”

Anteriormente, a promessa da aliança perpétua fora para Abraão e sua descendência (17.7); agora Deus a estava estendendo a Isaque e sua descendência. Quando Isaque assumiu o papel de patriarca, seguindo os passos do pai, Deus confirmou Suas promessas: “ E apareceu-lhe o Senhor, e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser; Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão teu pai; E multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra (Gênesis 26:2-4). “ Depois de Isaque ir para Berseba, o Senhor apareceu a ele mais uma vez, dizendo: “E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo. Então edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço (Gênesis 26:24,25) “. Abraão partilhou sua fé com seus filhos e ensinou-os sobre a vontade de Deus para suas vidas. Certa passagem menciona a confiança do Senhor no patriarca com as seguintes palavras: “Porque eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, a fim de que guardem o caminho do SENHOR e pratiquem a justiça e o juízo; para que o SENHOR faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito” (18:19). Apesar de termos poucas informações sobre a instrução de Abraão aos seus filhos, a história do sacrifício de Isaque implica que o patriarca partilhava o conhecimento de Deus com o filho. Além disso, ela indica que Isaque desenvolvera uma fé forte em Iavé, a qual o capacitou – provavelmente na adolescência – a sujeitar-se a ser amarrado pelo pai e colocado sobre o altar sem resistir (22:1–19). Considerando que Abrãao amava todos os seus filhos e deu-lhes presentes, parece evidente que ele também lhes deu o maior de todos os presentes: instrução no “caminho do Senhor” – assim como Deus o orientou em 18:19.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
23/3/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201512_08.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_07.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201512_07.pdf

Genesis 17.4

Genesis 17.4 “Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é, e serás o pai de uma multidão de nações. ”


 “Quanto a mim, eis o meu concerto contigo é,

Deus já havia feito uma aliança dom Abrão, todavia essa aliança inicial era unilateral, obrigando somente Deus a cumprir a Sua parte. Ela não continua nenhuma estipulação que exigisse a obediência de Abraão. Todavia, neste contexto, Deus identificou três divisões da aliança, em que cada parte envolvida tinha obrigações a cumprir. Ele iniciou as seções com as expressões “Quanto a Mim...” (Gênesis 17:4–8), “Quanto a ti [Abraão]...” (17:9–14) e “quanto a Sarai...” Nesse caso, Deus estava renovando a aliança e fazendo acréscimos ao acordo original feito com Abraão.


 “... e serás o pai de uma multidão de nações. ”

Diferentemente das Suas promessas anteriores, Javé não só garantiu a Abraão que ele seria o progenitor de “uma grande nação” (12:2) com muitos descendentes (15:5), mas também garantiu que Ele faria dele pai de numerosas nações.

Para demonstrar o compromisso de Deus com a aliança, o autor de Gênesis traçou este tema através de vários ramos da genealogia de Abraão. “Nações” se formariam a partir dos descendentes de sua esposa Quetura (25:1–4), seu filho Ismael (25:12–18) e seu neto Esaú (36:1–43).


Filhos de Quetura - “E Abraão tomou outra mulher; e o seu nome era Quetura; E deu-lhe à luz Zinrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jisbaque e Suá” (Gênesis 25:1,2). Os filhos de Quetura com Abraão se tornaram os antepassados de muitos povos árabes que povoaram o território ao oriente de Israel. Dentre todos esses povos, na narrativa bíblica do Antigo Testamento o povo midianita é o que aparece com mais destaque. Zípora, a esposa de Moisés, por exemplo, era uma midianita.


Ismael - E quanto a Ismael, também te tenho ouvido; eis aqui o tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar grandissimamente; doze príncipes gerará, e dele farei uma grande nação” (Gênesis 17:20). Ismael se tornou um grande caçador. Ele era muito habilidoso com arco e flecha. Agar buscou uma esposa egípcia para Ismael, e com ela ele teve doze filhos e uma filha. Mais tarde a filha de Ismael acabou se casando Esaú, filho de Isaque (Gênesis 28:9; 36:3). Os nomes dos filhos de Ismael são: Nabaiote, Quedar, Abdeel, Mibsão, Misma, Dumá, Massá, Hadade, Tema, Jetur, Nafis e Quedemá. A maioria desses nomes é mencionada em outras passagens bíblicas como famílias tribais de certa influência na época. Os descendentes de Ismael geralmente são identificados como “ismaelitas” na Bíblia. Eles se organizavam em doze tribos que viviam em acampamentos móveis no deserto do sul (Gênesis 25:16-18).


Esaú -Portanto Esaú habitou na montanha de Seir; Esaú é Edom. Estas, pois, são as gerações de Esaú, pai dos edomeus, na montanha de Seir. “ (Gênesis 36:8,9). Os descendentes de Esaú foram chamadosedomitas ou idumeus. Após o retorno de Jacó a Canaã Esau mudou-se para outra terra porque a terra das suas peregrinações não era suficiente para sustentar o gado de ambos. A nação de Edom ocupou e habitou na montanha de Seir.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
1/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_07.pdf

https://estiloadoracao.com/quem-foi-ismael/

https://estiloadoracao.com/quem-foi-quetura-na-biblia/

Gênesis 14.20b

Gênesis 14.20b “...e [Abrão] deu-lhe o dízimo de tudo. ”         

 

“...e [Abrão] deu-lhe o dízimo de tudo.

O texto não revela como Melquisedeque ficou sabendo de Abraão, o estrangeiro rico cujo pequeno exército conquistara uma vitória extraordinária sobre os reis do Leste. A notícia provavelmente se espalhou com rapidez, especialmente após o caos que os invasores infligiram nas cidades periféricas de Canaã. Abraão não só derrotou os exércitos do Leste, como também resgatou o povo de Sodoma e seus bens. Melquisedeque quis se encontrar com aquele homem e honrá-lo oferecendo pão e vinho; e também quis abençoá-lo no nome do Deus Altíssimo, cujo nome pessoal é “Iavé”. Quando o patriarca deu a Melquisedeque o dízimo de todos os espólios, o sacerdote sem dúvida foi abençoado por saber que aquele estrangeiro estava sendo sincero com respeito ao seu compromisso com o Deus verdadeiro e desejoso de demonstrar isso sendo generoso para com o representante do Senhor na terra de Canaã. No ato de apresentar essa generosa doação a Melquisedeque, Abraão experimentou a verdade que Jesus mais tarde anunciou: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:35).Ao fazer isto, ele deu um exemplo para seus descendentes – Jacó (28:22) e os israelitas – seguirem: o exemplo de serem uma bênção para os que servem a Deus (Levítico 27:30–33; Números 18:21–32).

Gênesis 14:20 é a primeira referência a dízimo na Bíblia, mas o dízimo é uma prática muito antiga. O povo doava para o sustento dos sacerdotes em seus templos e também para os reis em seus palácios. O povo de Deus deu dízimo de seus bens ao Senhor como expressão de gratidão e reconhecimento de que Deus é o Criador e dono de tudo. Tudo que temos é uma dádiva das mãos de Deus às nossas mãos. Quando Davi deu liberalmente ao Senhor depois de testemunhar a prontidão e generosidade do povo ao ofertar para a construção do templo, ele orou: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos” (1 Crônicas 29:14). Paulo usou uma terminologia que ecoa a de Davi quando incentivou os irmãos de Corinto a contribuírem de boa vontade e com generosidade para a grande coleta que ele está juntando das igrejas gentílicas da Europa e Ásia Menor para os santos pobres de Jerusalém (1 Coríntios 16:1–4). O apóstolo enfatizou que a base para a contribuição financeira cristã deve ser a mesma dos dias de Davi: os generosos e graciosos dons de Deus ao Seu povo. Paulo lembrou a igreja que ele não estava mandando que contribuíssem, mas estava oferecendo uma oportunidade para provarem a sinceridade de seu amor. Disse ele: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Coríntios 8:9; veja 9:7–15).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_01.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_02.pdf

 

Gênesis 12.4

Gênesis 12.4 “Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã “


“Assim, partiu Abrão, como o Senhor lhe tinha dito, e foi Ló com ele; ” 

Sobre o chamado de Abraão: O autor de Gênesis partiu do princípio de que Deus já tinha feito um chamado anterior a Abraão antes de Harã (veja 11:31): Deus o havia chamado para sair de Ur, sul da Mesopotâmia. Isto é declarado em Gênesis 15:7, e em Neemias 9:7 e em Atos 7:2–4: “...O Deus da glória apareceu a nosso pai Abraão, estando na mesopotâmia, antes de habitar em Harã, E disse-lhe: Sai da tua terra e dentre a tua parentela, e dirige-te à terra que eu te mostrar. Então saiu da terra dos caldeus, e habitou em Harã. E dali, depois que seu pai faleceu, Deus o trouxe para esta terra em que habitais agora “.  No momento em que o Senhor chamou Abraão para sair de Harã, o patriarca já tinha vivido tantos anos ali que considerava aquele lugar a sua pátria. Por isso, o imperativo divino foi para Abrão sair da sua terra, da sua parentela, e da casa de seu pai e ir para a terra que o Senhor lhe mostraria. Sobre as restrições do chamado: Primeiramente, sua “terra” incluía toda a região adjacente a Harã. Em segundo lugar, “parentela” representava o grupo étnico mais amplo ao qual ele pertencia. Por fim, “casa do teu pai” indicava a família extensiva de Tera: “E estas são as gerações de Terá: Terá gerou a Abrão, a Naor, e a Harã; e Harã gerou a Ló(Gênesis 11:27) ”. Deixar a terra, a parentela e a casa de seu pai significava que Abraão renunciaria seus direitos de herança, os quais certamente incluíam as propriedades da família.A ordem poderia ser traduzida com maior precisão ainda desta forma: “Vá sozinho”. Este detalhe deve ter preparado o patriarca para o anúncio de que seu destino era a terra que Deus estava reservando para a “grande nação” que dele descenderia (12:2, 7).


“...e era Abrão da idade de setenta e cinco anos, quando saiu de Harã “

Na hora deste chamado para ir para a terra de Canaã, ele tinha setenta e cinco anos; porém ainda não tinha filhos porque Sara era estéril. Mais uma vez, Abraão foi desafiado a ter fé. Não desejando deixar toda a sua família, levou consigo Ló, filho de seu irmão, possivelmente planejando adotá-lo como herdeiro, se Sara continuasse estéril. O escritor não revelou a intenção ou motivo de Abraão. Depois, quando houve a separação de Abraão e Ló, ele já tinha escolhido um servo como herdeiro: “Senhor Deus, que me haverás de dar, se continuo sem filhos e o herdeiro da minha casa é o damasceno Eliézer? (Gênesis 15:2) “. Veja como isso era importante para o patriarca: primeiro Ló, depois Eliezer e depois Ismael, filho da escrava. O plano divino para a vida de Abraão só poderia se cumprir desde que ele andasse pela fé obediente – confiando no Senhor, seu único mapa rodoviário, e seguindo-O até a terra da promessa. O escritor de Hebreus observou: “Pela fé... partiu sem saber aonde ia” (Hebreus 11:8)

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
23/3/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201509_05.pdf

Gênesis 12.3

Gênesis 12.3 “E abençoarei os que te abençoarem, e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e em ti serão benditas todas as famílias da terra. “


“E abençoarei os que te abençoarem, “

As palavras de Deus enfatizam a proximidade do relacionamento entre Ele e o patriarca Abrão, bem como Sua preocupação com ele. Todo indivíduo que se relacionasse corretamente com Abrão, Deus abençoaria. Palavras semelhantes foram mais tarde usadas por Isaque, que sem saber abençoou Jacó pensando ser Esaú: “Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem” (Gênesis 27:29). Elas também foram ditas pelo profeta Balaão, que recebeu permissão do Senhor para pronunciar somente bênçãos sobre a nação de Israel “Encurvou-se, deitou-se como leão, e como leoa; quem o despertará? Benditos os que te abençoarem, e malditos os que te amaldiçoarem” (Números 24:9).

Deus promete ser um amigo dos seus amigos, a considerar as gentilezas feitas a Abrão como feitas a Ele mesmo, e a recompensá-las adequadamente. Deus irá cuidar para que ninguém saia perdedor, no longo caminho, por nenhum serviço feito pelo seu povo. Até mesmo um copo de água fria será recompensado: “Porquanto, qualquer que vos der a beber um copo de água em meu nome, porque sois discípulos de Cristo, em verdade vos digo que não perderá o seu galardão” (Marcos 9:41).


“... e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; “

Ao inverso da promessa anterior, quem amaldiçoasse Abraão seria amaldiçoado por Deus, uma vez que tal pessoa não estava se relacionando corretamente com o instrumento escolhido por Deus para trazer bênçãos ao mundo inteiro. Inimigos poderiam amaldiçoar Abraão de várias maneiras: falando mal dele e denegrindo sua reputação, impedindo-o, infligindo danos a ele ou tomando algo (ou alguém) que pertencesse a ele.

Por exemplo, Faraó não se relacionou corretamente com o patriarca porque lhe tomou a esposa para o seu harém (Genesis 12:10–17). Embora tivesse feito isso na ignorância, sem saber que ela era casada, Faraó provocou maldições de Deus (doenças e “pragas”) sobre toda a sua casa com esta ofensa contra Abraão.

“... e em ti serão benditas todas as famílias da terra. “

Esta foi a promessa que coroou todas as demais. Pois ela aponta para o Messias, em quem todas as promessas são cumpridas. Este é o ponto alto e o objetivo final do chamado de Abraão: Em ti serão benditas todas as famílias da terra. No versículo 2, Deus havia exortado o patriarca a “ser uma bênção” e agora Ele estendia essa incumbência: Abraão deveria ser um canal de bênçãos a alcançar além das pessoas do seu círculo imediato de parentes, amigos e conhecidos.

De fato, a promessa final era impressionante, pois continha uma bênção que deveria beneficiar todas as famílias e povos da terra – até nações estrangeiras, como as mencionadas nos capítulos 4 a 11, além de todos que surgiriam futuramente. Abraão deveria ser o progenitor de um povo através do qual bênçãos divinas fluiriam, culminando na vinda de Jesus Cristo como seu “descendente” (semente) prometido e “o Salvador do mundo” (João 4:42; Atos 3:25; Gálatas 3:8; 1 Timóteo 2:3–6). A promessa não era só de uma terra, mas também do Descendente Prometido, Jesus Cristo, e todas as bênçãos que Ele transmitiria a nós: “Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo” (Gálatas 3:16)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/9/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201509_05.pdf

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Genesis a Deuteronômio. Rio de Janeiro CPAD.

Gênesis 2.22

Gênesis 2.22 “E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão”.


A narrativa da criação da mulher continua, explica-se como a costela que... tomou ao homem, [Deus] transformou-a numa mulher. O vocábulo hebraico “transformou” (banah) significa literalmente “construiu” e toma Deus como seu sujeito, visto que Ele é o mestre artesão que criou a mulher.

Em outros trechos, diz-se que Deus construiu uma série de coisas, como o “tabernáculo caído de Davi” (Amós 9:11), a casa (família e filhos) (Salmos 127:1, 3–5) e “Seu santuário” (Salmos 78:69). Quando o escritor descreveu a criação dos seres humanos (macho e fêmea) em 1:26, 27, ele usou os verbos (bara’, “criar”) e (‘asah, “fazer”).

Aqui, referindo somente a mulher, ele escolheu uma palavra que retrata Deus como um “construtor” habilidoso. O verbo banah, por sua própria definição, implica que o produto da atividade divina – mulher – era uma criatura de “beleza, estabilidade e durabilidade”.

Deus transformou a costela que tirou do homem em uma mulher. A mão que moldou o barro para fazer o corpo do homem, pegou uma parte do corpo vivo do homem e transformou-o em uma mulher. Alguém já disse que "a mulher foi tirada não da cabeça do homem para governar sobre ele, não dos seus pés para ser pisada por ele, mas do seu lado, de sob o seu braço, para ser protegida, e de perto do seu coração, para ser amada".

Na história da criação ela também está representada dependendo inteiramente de seu marido e incompleta sem ele. Do mesmo modo, o homem jamais é inteiramente completo sem a mulher. Essa é a vontade de Deus. Uma vez que a mulher foi formada do lado do homem, ela tem a obrigação de permanecer ao seu lado e de ajudá-lo.

Quando Deus trouxe [a mulher] para o homem, Ele agiu como o “cupido” ou como o pai da noiva que conduz a mulher até o futuro marido. Isto se encaixa naturalmente na sociedade patriarcal antiga, em que a maioria dos casamentos eram arranjados. Tendo Deus criado tanto o homem como a mulher, Ele sabia exatamente o tipo de companheira de que o homem precisava; mas quando Deus levou a mulher até o homem, Ele permitiu que o homem descobrisse por si mesmo como aquele presente divino era maravilhoso.

Deus estabeleceu assim a significativa instituição do casamento. Uma vez que o Criador instituiu o casamento, este constitui um relacionamento sagrado do homem com a mulher, envolvendo profundo mistério e proclamando sua origem divina. O amoroso coração de Deus sem dúvida se regozijou com a instituição de um relacionamento que devia ser sublime, puro, santo e agradável para a humanidade.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

MOODY.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_04.pdf

Gênesis 2.21

Gênesis 2.21  “Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar.”

 

“Então, o Senhor Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; “

Em 1:27, diz-se que Deus criou macho e fêmea que teriam a Sua imagem, mas agora o texto nos informa a ordem dos fatos e os processos que Deus usou. O autor afirmou que Deus formou o homem primeiro do pó da terra e depois fez cair pesado sono sobre o homem.

Algumas vezes, esse tipo de sono foi induzido por Deus (1 Samuel 26:12; Isaías 29:10); de vez em quando ele tinha o propósito de uma revelação divina (Gênesis 15:12) ou de uma visão da noite (Jó 4:13; 33:15). Aqui, obviamente, o sono profundo visava a uma operação no corpo do homem enquanto ele adormecia.

Hoje em dia os médicos usam diversos anestésicos para produzirem sono profundo. Não sabemos que meios ou métodos o Criador usou para induzir Adão nesse pesado sono que o deixou inconsciente dos acontecimentos. Isto permanece um mistério. Certamente a misericórdia divina foi exibida neste milagre.

 

“...e tomou uma das suas costelas e cerrou a carne em seu lugar. ”

O termo traduzido por “costelas” em hebraico deriva de (tsela’), que na verdade significa “lado”. Aqui é único lugar do Antigo Testamento em que esta palavra é vertida para “costela”. Esta tradução, que se harmoniza com o contexto, é seguida pela maioria das versões portuguesas. Em vez de “tomou uma das suas costelas”, uma nota de rodapé na NVI fornece uma leitura alternativa para tsela’: “[Deus] tomou parte do lado do homem”.

Esta tradução corresponde mais plenamente à afirmação de que o homem despertou após o procedimento cirúrgico. Quando Deus lhe trouxe a mulher, ele imediatamente exclamou: “Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da minha carne” (2:23), implicando que tanto a carne como o osso haviam sido removidos de seu corpo e transformados na mulher.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/8/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

MOODY.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_04.pdf

Gênesis 2.18

Gênesis 2.18 “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” 


“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;” 

Eis aqui um exemplo do cuidado do Criador pelo homem, e a sua preocupação paternal pelo seu conforto. Embora Deus lhe tivesse dado a conhecer que ele era um súdito, dando-lhe um mandamento (w. 16,17), aqui o Senhor também o faz saber, para seu encorajamento na sua obediência, que ele era um amigo, um favorito, e alguém por cuja satisfação o Senhor sentia ternura. Embora houvesse um mundo superior de anjos, e um mundo inferior de animais, e o homem estivesse entre eles, ainda assim, não havendo ninguém da mesma natureza e nível de existência, ninguém com quem ele pudesse conviver familiarmente, ele podia ser verdadeiramente considerado só. Pois o homem é uma criatura sociável. É um prazer, para ele, trocar conhecimentos e afetos com aqueles semelhantes a ele, informar e ser informado, amar e ser amado. Aquilo que Deus diz aqui, sobre o primeiro homem, Salomão diz, sobre todos os homens (Eclesiastes 4.9): Melhor é serem dois do que um, mas ai do que estiver só.  Se houvesse somente um homem no mundo, que homem melancólico ele deveria ter sido! A solidão perfeita transforma um paraíso em um deserto, e um palácio em uma masmorra. Portanto, são tolos aqueles que são egoístas e desejariam estar sozinhos na terra. Mesmo na nossa melhor condição neste mundo, temos necessidade da ajuda uns dos outros. Pois somos membros uns dos outros, e assim o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti, I Coríntios 12.21. Nós devemos, portanto, ficar satisfeitos de receber ajuda de outros, e dar ajuda a outros, se houver oportunidade.  Somente Deus conhece perfeitamente as nossas necessidades, e é perfeitamente capaz de suprir todas elas, Filipenses 4.19. Somente nele está a nossa ajuda, e dele são todos aqueles que nos ajudam.


“... far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.”

Alguns entendem que a palavra “auxiliadora” é um termo degradante que retrata a mulher como sendo inferior ao homem. Para eles, a palavra soa como se ela pudesse ser comparada a uma serva que ajuda sua ama com várias tarefas domésticas.  O uso bíblico do termo “adjudora ou auxiliadora” é muito diferente dessas idéias. Basicamente, denota qualquer um que presta assistência a outra pessoa, grupo ou nação fazendo algo que este não poderia fazer sozinho. Carrega a ideia de “ação comum ou cooperação de [sujeito] e [objeto] quando a força de um é insuficiente”. Geralmente, o auxiliador é superior a quem está sendo auxiliado, como na ocasião em que uma nação fraca como Judá pediu ajuda ao Egito para lutar contra os babilônios (Isaías 31:1–3). A superioridade do auxiliador sobre quem é auxiliado é evidente em cerca de quarenta ocorrências no Antigo Testamento, em que Deus é retratado como o “auxiliador” de Seu povo (veja Êxodo 18:4; Deuteronômio 33:26). De modo algum Deus poderia ser considerado inferior ao homem porque Ele Se inclinou para ajudar, libertar e salvar os que confiam nEle e O invocam na hora da necessidade. A mulher, a auxiliadora do homem, nem é superior nem é inferior a ele; antes, ela deve ser sua companheira e compartilhar igualmente com ele de uma vida em comum. Um homem e uma mulher possuem temperamentos diferentes e trazem para o casamento dons e qualidades diferentes. Cada um tem um papel a desempenhar à medida que os dois edificam uma vida juntos; mas seus diferentes papéis se complementam (se preenchem e se completam), suprindo o que falta na outra pessoa e fortalecendo áreas que podem estar fracas. O resultado é que cada um se torna uma pessoa melhor ao ser suprido com atributos e habilidades trazidos pelo outro para o casamento. Evidentemente, o autor de Gênesis só estava descrevendo a criação da mulher, a qual deveria ser uma auxiliadora do homem, mas o princípio se aplica a todo relacionamento marido/mulher (Mateus 19:3–6; Efésios 5:25–33; 1 Pedro 3:1–7). Além de ser uma auxiliadora do homem, a posição da mulher é ainda mais definida por ser ela “idônea” para ele, ou literalmente “diante” ele. O termo carrega em si a conotação de “proeminência” ou “ser evidente”; mas em 2:18 e20, sugere que ela “corresponde a” o homem. O hebraico contém uma expressão composta preposicionada que significa literalmente que a mulher é “como o oposto dele”. Em outras palavras, ele não precisa de alguém exatamente como ele, mas como ele em alguns aspectos e diferente dele em outros aspectos. O homem precisa de mais do que apenas alguém que o auxilie em sua rotina diária de trabalho ou criação de filhos. Embora esses papeis possam estar incluídos, ele também precisa de apoio espiritual, psicológico e físico mútuos do sexo oposto que só o companheirismo íntimo com uma esposa proporciona. Não bastou ter Deus criado um ambiente perfeito em que o homem habitasse ou ter Deus criado o homem para ter comunhão com seu Criador; o Senhor também fez o homem como um ser social para ter relacionamentos com outros seres humanos, especialmente com uma esposa. Quando Deus observou que a solidão do homem não era boa, Ele estava dizendo essencialmente que o homem só pode ter realmente “vida quando amar, dar de si mesmo... a outro ser no seu mesmo nível”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_04.pdf

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

  

Gênesis 2.15

Gênesis 2.15 “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. ” 


“E tomou o Senhor Deus o homem, “ Depois de Deus ter criado o universo, foi observado que “não havia homem para lavrar a terra(Gênesis 2:8). Deus então criou um jardim: “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado” (Gênesis 2:8). Nesse tempo, a ecologia era perfeita. Deus plantou um jardim para colocar o homem nele. Isso só ocorreu depois que o ambiente natural já estava pronto para ser habitado: “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro” (Isaías 45.18). Muitas foram as árvores que brotaram, inclusive “a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Genesis 2.9). A natureza é um presente de Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Por meio dela, Deus nos garante o ar, a água, o sol, a chuva, a germinação das plantas, o fruto e os alimentos necessários à nossa subsistência. Sem a natureza, não haveria vida. Tudo isso são dádivas naturais, fruto da graça de Deus, conforme nos revela o Evangelho: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Após a disposição dos ecossistemas, o Criador entregou ao homem a sua primeira grande missão:


“...e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. ” 

É importante notar que este compromisso do homem com o trabalho assemelha-se a sua criação; e esta, por sua vez, está diretamente relacionada com a necessidade do trabalho. Não só o homem é necessário para completar a criação, mas o trabalho do homem também é necessário. Seu trabalho é tão reflexivo e derivado do trabalho de Deus quanto e seu ser e, por esta razão, é tão importante e digno. Visto que o trabalho é um elemento integral da constituição de Deus do homem como o administrador de sua criação, o trabalho é o resultado da criação e não do pecado. Desse modo, as duas primeiras atividades envolvendo o trabalho de Adão na terra foram “lavrar” e “guardar” o que Deus criara. O primeiro homem foi o primeiro lavrador e guardador que o mundo conheceu. Logo, na criação do homem, no 6º dia, Deus concluiu que não seria bom o homem viver só, então Jeová criou uma “adjutora” para estar ao seu lado, diante da missão a ele confiada. O livro de Gênesis apresenta uma verdade surpreendente – o trabalho fazia parte do paraíso. Um teólogo resumiu tal fato desta maneira: “É perfeitamente claro que o excelente plano de Deus compreendia os seres humanos sempre trabalhando, ou, mais especificamente, vivendo no constante ciclo de trabalho e descanso. O contraste com outras religiões e culturas não poderia ser mais nítido. O trabalho não apareceu após um período dourado de lazer. Ele fazia parte do design perfeito para a vida humana, pois fomos criados à imagem de Deus, e parte de sua glória e felicidade é que ele trabalha, assim como o Filho de Deus, que afirmou: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5.17).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVARO, Elinaldo. Tempo, Bens e Talentos: Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.