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sexta-feira, 31 de maio de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 31 DE MAIO DE 2024 (Romanos 12.2)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
31 DE MAIO DE 2024
NÃO SE CONFORMANDO COM OS APELOS DO MUNDO

Romanos 12.2 “E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus “.


“E não vos conformeis com este mundo," 

A que mundo se refere? A palavra mundo, no grego significa: ordem de coisas; sistema. Existe também em 1 Coríntios 1.20; 2.6; 3.18; 2 Coríntios 4.4; Gálatas 1.4, a palavra século no grego significa “ o pensamento predominante da época”. Os dois termos “ mundo” e “ século” estão interligados nos significados.

Porém, o conselho de Paulo: E não vos conformar com este mundo” significa não entrar na forma do mundo, mas na forma de Deus. A forma do mundo é o sistema espiritual satânico que domina o “ mundo” das criaturas humanas: "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno (1 João 5:19) ”; “Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (2 Coríntios 4:4) “.


"... mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, "

Eles deviam se “transformar” Esse verbo grego significa transfigurar, moldar. É o mesmo verbo usado pelo apóstolo Pedro quando escreveu aos cristãos: “Como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância; ” (1 Pedro 1.14). Assim como o líquido assume a forma do recipiente que ocupa, da mesma forma o cristão, se Não se guiar pela Palavra de Deus, pode ser moldado de acordo com a cultura à sua volta. Essa transformação diz respeito ao interior e implica numa mudança radical em toda a maneira de ser da pessoa transformada. Não se conformar “ com o mundo” e, além de não entrar na forma do mundo, é ter uma transformação espiritual que modifique toda a nossa vida.

A renovação da mente significa a renovação dos seus motivos e fins. Paulo aconselha os cristãos de Filipos a exercitar sua mente enchendo-as de virtudes espirituais: “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai. (Filipenses 4:8) “.


“...para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus “.  Esses exercícios espirituais sugeridos para renovarmos a mente proporcionam conhecimento da Palavra de Deus e discernimento espiritual úteis para entendermos o que Deus quer que façamos em determinada situação. Uma vez que nos apresentamos a Deus em sacrifício vivo (v.1), e nossa mente é renovada pela Palavra de Deus, passaremos então a pensar corretamente e nas coisas certas: "Destruindo os conselhos, e toda a altivez que se levanta contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo o entendimento à obediência de Cristo" (2 Coríntios 10:5). O propósito da “ transformação moral e espiritual” é que o crente possa “ experimentar” a vontade gloriosa de Deus. Quando nos “ apresentamos”, automaticamente “ experimentamos a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Pergunta-se, então: - Qual é a vontade de Deus? - A vontade de Deus é a expressão do seu caráter na nossa vida diária.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
27/3/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

GONÇALVES, José. Maravilhosa Graça - O evangelho de Jesus Cristo revelado na Carta aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200904_03.pdf

quinta-feira, 30 de maio de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 30 DE MAIO DE 2024 (Efésios 6.11)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
30 DE MAIO DE 2024
VENCEMOS A TENTAÇÃO COM A PALAVRA DE DEUS

Efésios 6.11 “Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

 

Revesti-vos de toda a armadura de Deus,”

Pensando já na conclusão da sua carta. Paulo escreve no demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder” (v.10). Para isso ele aconselha a todos os cristãos a Revestir de toda a armadura de Deus. A força e a proteção de Deus são retratadas na figura da armadura que um soldado romano usava. Cada parte e princípio desta armadura será exposta nos versículos 13 até ao 17 (Cinto, couraça, sapato, escudo, Capacete e espada).

A Expressão “toda a armadura” é “o termo usado para referir-se ao equipamento completo, tanto de defesa como de ataque, do soldado de infantaria que trajava uma armadura pesada”.

A armadura do cristão é “de Deus”; Ele é a fonte de nosso implemento bélico. Paulo declarou em 2 Coríntios 10:4: “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus”.

 

 “... para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.

Os cristãos precisam ficar firmes no poder do Senhor porque estão numa batalha espiritual. A guerra já foi vencida, como evidenciaram os capítulos 1 a 3, mas as batalhas diárias precisam ser lutadas individualmente. É preciso que confiemos no poder de Deus, se quisermos ter êxito.

A idéia de ficar firme também aparece nos versículos 13 e 14 para indicar “manter a posição, resistir, não render-se à oposição, mas prevalecer contra ela”.

Contra quem devemos ficar firmes ou inabaláveis? Contra “o diabo”. No versículo 12 Paulo apresentou uma descrição deste adversário: “Porque a nossa luta não é  contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores  deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes”.

Nós enfrentamos toda a maldade do reino espiritual, que Satanás lidera contra a causa do evangelho de Cristo. Dada a natureza da batalha, precisamos ter a armadura de Deus, se quisermos prevalecer.

Satanás está armado com “ciladas”; ou seja, ele usa “artifícios” ou “estratagemas” para tirar o crente da firmeza de sua fé. A forma plural da palavra sugere que o diabo tem muitos meios de atacar as pessoas.

Paulo advertiu Timóteo a não cair no “laço do diabo” (1 Timóteo 3:7; 2 Timóteo 2:26). Como soldados cristãos, nossa tarefa é lutar pela vitória, permanecendo firmes contra um adversário derrotado, porém ainda poderoso.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/5/2024

FONTES:

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201308_12.pdf

quarta-feira, 29 de maio de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 29 DE MAIO DE 2024 (1 Coríntios 10.13)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
29 DE MAIO DE 2024
TODA TENTAÇÃO FAZ PARTE DA ESFERA HUMANA

1 Coríntios 10.13 “Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.”

 

“Não veio sobre vós tentação, senão humana;”

Moisés havia explicado claramente a Israel, depois de Deus testá-los no deserto: “E te lembrarás de todo o caminho, pelo qual o Senhor teu Deus te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, e te provar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos, ou não (Deuteronômio 8:2).

Nesse processo, alguns caíram, ao passo que outros se fortaleceram. Os coríntios precisavam da certeza de que a prova divina não iria além do que podiam suportar; poderiam sair daquela situação mais fortes na fé.

Paulo não apenas nos avisa, ele também nos encoraja com esse texto. Não estamos fadados a cair. Teremos tentações, testes e provas, Faz parte da condição humana desde que Adão e Eva caíram. Mas não precisamos cair.

 

“... mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis,”

Temos um Deus que é fiel. Ele não nos abandonará, nem nos deixará ser tentados além de nossa resistência, além do que podemos suportar.

A tentação pode ser severa, mas Deus tem poder para salvar o Seu povo; Ele é fiel. Deus amava o Seu povo em Corinto, e Ele garantiria que tivessem a capacidade de resistir às tentações que lhes sobreviessem; E também garante a todos que lhe são fiéis que não seremos derrotados.

Bem Sirácida, um sábio judeu que viveu cerca de duzentos anos antes do nascimento de Cristo, observou: “A quem teme ao Senhor não acontecerá mal algum, e nas provações será sempre libertado.”

 

“... antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” 

A cada tentação nosso Deus fiel providenciará um escape — um resultado coroado de bom êxito, de modo que a possamos suportar. Ou seja, pelo fato de estarmos certos de que o Senhor está conosco e nos ajudará a vencer podemos suportá-la em vez de nos entregarmos.

Deus sempre proverá livramento. Esse livramento pode denotar um um exército preso nas montanhas e que escapa de uma situação insustentável por meio de uma passagem. A segurança dada neste versículo é um permanente consolo e fonte de energia para os crentes. A nossa confiança está na fidelidade de Deus.

Temos a garantia adicional de que Jesus sabe como nos sentimos. No Getsêmani, o seu fardo era quase insuportável, mas Deus enviou um anjo que o confortou (Lucas 22.41-43).  Que encorajador este fato nos é quando nos confrontamos com as impossibilidades da vida. Com certeza podemos contar com Deus para enviar seus anjos ‘para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação’ (Hebreus 1.14).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/5/2024

FONTES:

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201703_04.pdf

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD.

terça-feira, 28 de maio de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE MAIO DE 2024 (Tiago 1.14)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
28 DE MAIO DE 2024
A TENTAÇÃO QUE SE ORIGINA DENTRO DO SER HUMANO

Tiago 1.14 “Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.”

 

Tiago é claro quanto à origem das tentações. Ele declara que elas não provêm de Deus: “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal, e a ninguém tenta (v. 13) e também não faz nenhuma referência a elas procederem diretamente do Diabo ou do mundo.

O irmão do Senhor assevera que a tentação tem a sua origem, na verdade, no próprio ser humano, em sua natureza pecaminosa (w. 14,15). Ou seja, o mundo e o Diabo são apenas agentes indutores externos da tentação.

Como afirma o teólogo Millard J. Erickson, a Bíblia enfatiza que o problema do pecado “está no fato de que os homens são pecadores por natureza. [...] Muitas vezes, a tentação envolve indução externa, [...], porém, o pecado é uma escolha da pessoa que o comete. O desejo de fazer o que se faz pode estar presente de forma natural e também pode haver indução externa, mas o indivíduo é basicamente responsável”.

Como o próprio Jesus afirmou, o pecado não vem de fora para dentro; ele está dentro de nós, é resultado de nossa natureza: “Nada há, fora do homem, que, entrando nele, o possa contaminar; mas o que sai dele isso é que contamina o homem” (Marcos 7.15). O que vem de fora são apenas estímulos para que o pecado se manifeste dentro de nós.

Entendido isso, percebemos que as tentações, na verdade, não exercem alguma força sobre a pessoa para fazê-la cair, mas apenas revelam a natureza interior da pessoa e a verdadeira qualidade de sua fé. Basta lembrar que se não houvesse natureza pecaminosa, nenhuma tentação seria de fato tentação. O que torna a tentação de fato uma tentação é porque temos uma natureza pecaminosa. Como bem explica Tiago, “cada um é tentado quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/5/2024

FONTES:

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

ERICKSON, Millard J., Introdução à Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 2008

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE MAIO DE 2024 (Tiago 1.15)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
28 DE MAIO DE 2024
A TENTAÇÃO QUE SE ORIGINA DENTRO DO SER HUMANO

Tiago 1.15 “Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte.”

 

Finalmente, é importante frisar ainda que ser tentado não é pecado; pecado é ceder à tentação. E, inclusive, ser provado é, como afirma Tiago, motivo de contentamento do cristão: “Meus irmãos, tende grande gozo quando cairdes em várias tentações; Sabendo que a prova da vossa fé opera a paciência” (Tiago 1.2-3).

Porque se ele não buscou aquela dificuldade, mas foi confrontado por ela, ele sabe que essa situação poderá se transformar em uma oportunidade para o seu crescimento; ele poderá suportar e vencer essa provação pela graça de Deus, fortalecendo-se no Senhor e na força do seu poder (Efésios 6.10), vencendo no dia mal (Efésios 6.13) e crescendo na fé: “Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na revelação de Jesus Cristo” (1 Pedro 1.6,7).

Uma coisa é ser tentado, outra coisa é ceder à tentação. Não é pecado ser tentado, mas sim ceder à tentação. Lutero costumava dizer: “Você não pode impedir que um pássaro voe sobre a sua cabeça, mas você pode impedir que ele faça ninho em sua cabeça”.

Quando o desejo do mal se levanta na mente, não pára aí. A cobiça dá à luz o pecado, e o pecado produz a morte. "A morte é assim o produto amadurecido ou terminado do pecado". A morte aqui é a morte espiritual em contraste com a vida que Deus dá àqueles que o amam: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam(Tiago 1:12).

A cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. Vemos aqui a genealogia do pecado. A cobiça é a mãe do pecado e a avó da morte. O salário do pecado é a morte: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor” (Romanos 6.23).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/5/2024

FONTES:

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras - Ensinos de Tiago para uma Vida Cristã Autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

Lopes, Hernandes Dias. Tiago: transformando provas em triunfo. São Paulo: Hagnos, 2006.

segunda-feira, 27 de maio de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 27 DE MAIO DE 2024 (Genesis 3.1)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
27 DE MAIO DE 2024
A TENTAÇÃO QUE SE ORIGINA DO DIABO E DE SEUS ARDIS

Genesis 3.1 “ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?”

 

“ORA, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o SENHOR Deus tinha feito.”

A serpente entrou no jardim em que Deus colocara Adão e Eva. Certamente o texto fala aqui de uma serpente real porque o autor a identificou como uma das criaturas que deus tinha feito.

Ele também usou o termo hebraico comum para “serpente”, que aparece no Antigo Testamento. Nachash é a palavra usada para o cajado de Moisés que se transformava em serpente quando lançado ao chão (Êxodo 4:3; 7:15) e descreve as “serpentes abrasadoras” que o Senhor mandou sobre os israelitas rebeldes no deserto.

Também é o termo que Deus usou quando mandou Moisés fazer uma serpente de bronze e colocá-la num poste; assim, os que haviam sido picados podiam olhar para ela e serem curados (Números 21:6, 7, 9).

Isto significa que a serpente não era um deus mitológico nem uma criatura semidivina, conforme descrevem algumas literaturas do Oriente Próximo antigo, como O Épico de Gilgamesh. Embora essa lenda seja às vezes considerada a fonte que deu origem à história bíblica, nada realmente indica que o autor de Gênesis tenha se valido dessa epopéia mesopotâmica.

Posteriormente, intérpretes judeus entenderam que a serpente de Gênesis foi um instrumento que o diabo usou para tentar o primeiro homem e a primeira mulher. Segundo escritores do Novo Testamento, Satanás falou por meio da serpente, enganando os pais da humanidade no jardim do Éden.

João registrou as seguintes palavras de Jesus: “Vós sois do diabo, que é vosso pai... Ele foi homicida desde o princípio... Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44). Preocupado com a possibilidade de os falsos mestres enganarem os cristãos de Corinto, Paulo escreveu estas palavras: “Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da simplicidade e pureza devidas a Cristo” (2 Coríntios 11:3).

O apóstolo afirmou que “Satanás se transforma em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus próprios ministros se transformem em ministros de justiça” (2 Coríntios 11:14, 15). Paulo acreditava que Satanás poderia disfarçar-se com o intuito de enganar pessoas. Foi evidentemente isso que ele fez no princípio, usando a serpente como seu instrumento para tentar o primeiro casal no paraíso terreno (Apocalipse 12:9, 15; 20:2).

O súbito aparecimento da serpente na narrativa bíblica poderia surpreender o leitor, se ele já não conhecesse a história. Todavia, o susto não seria tão grande quanto foi para a mulher que de nada suspeitava. De repente, ela se viu numa conversa com uma serpente que era mais sagaz que todos os animais selváticos criados por Deus.

Pode-se entender o termo hebraico aqui empregado como uma virtude positiva quando traduzido por “prudente” ou “sensato” (Provérbios 12:16, 23; 13:16; 14:8, 15, 18; 22:3; 27:12). Todavia, há uma conotação negativa quando o termo é vertido para “sagaz” ou “malicioso” (Jó 5:12; 15:5; veja Êxodo 21:14; Josué 9:4; Salmos 83:3). Seu uso mais significativo, evidentemente, é a referência à serpente em Gênesis 3:1. Em 3:1–5, vemos um contraste entre a percepção maliciosa da serpente e a inocência quase pueril de Adão e Eva em 2:25. .

 

“E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?”

Por que a serpente falou com a mulher, e não com o homem, é obscuro no relato. Alguns já disseram que as mulheres são naturalmente mais vulneráveis que os homens. Paulo explicou que “Adão não foi iludido, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão” (1 Timóteo 2:14). Por outro lado, Paulo nada disse sobre a natureza de Eva, como se ela fosse mais ingênua que Adão. Ele simplesmente afirmou que, ao contrário de Adão, que pecou com os olhos bem abertos, ela foi enganada. Ela ainda não havia sido criada quando Deus disse a Adão que ele morreria se comesse da “árvore do conhecimento do bem e do mal” (2:17). Isto pode significar que o único conhecimento que Eva tinha sobre a árvore proibida era o que ela recebera em segunda mão de Adão. Talvez a serpente soubesse disso, pois ela formulou sua pergunta insinuando haver um mal-entendido sobre a proibição e o caráter de Deus.

O tentador começa com sugestão, antes que com argumento. O tom de incredulidade — “É assim que Deus disse...?” — é ao mesmo tempo perturbador e lisonjeiro; procura impingir a falsa idéia de que a Palavra de Deus está sujeita ao nosso julgamento. O exagero: “Não comereis de toda árvore do jardim” (RV, RSV corretamente dizem: ...de qualquer árvore), é mais um dos estratagemas favoritos do tentador; agitando-o diante de Eva, fê-la entrar na discussão nos termos do seu antagonista.Ao formular a pergunta dessa maneira, a tática da serpente foi lançar dúvida na mente de Eva quanto ao caráter de Deus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/5/2024

FONTES:

Kidner, Derek. Gênesis: introdução e comentário. Trad. Odayr Olivetti.São Paulo: Vida Nova, 2004.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201507_02.pdf

Lição 9: Resistindo à Tentação no Caminho – 2 Trimestre de 2024.

TEXTO ÁUREO:

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. ” (Mateus 26.41)

 

Após a última ceia Jesus foi com seus discípulos a um jardim chamado Getsêmani. Ali ele disse a maioria dos seus discípulos para se assentarem e orarem. Tomou dentre eles Pedro, Tiago e João e lhes confidenciou: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo"  (Mateus 26.38). Após isso, se afastou um pouco mais para orar em particular, quando retornou os achou dormindo. Então disse:

 

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;”

“Vigiai”. Mais uma vez, Jesus instou esses apóstolos a vigiar. A palavra grega para “vigiar”, significa: “ficar acordado, alerta, dar total atenção, para evitar que por negligência ou indolência algumas calamidades destrutivas atinjam a vida de alguém (Mateus 24.42; 25.13; Apocalipse 16.15), ou ainda para evitar que alguém negue ou abandone a Cristo ou caia em pecado (1 Tessalonicenses  5.6; 1 Coríntios 16.13; 1 Pedro 5.8).

“Orai”. Oração é o oxigênio da alma que mantém o vigor da vida espiritual. Jesus nos deu exemplo, quando orou por Si mesmo (João 17.1-2); pelos Seus discípulos (João 17.15-19); e pelos pecadores (João 17.20). Oração não tem lugar previamente definido, mas a Bíblia nos relata que Jesus e os discípulos oravam no templo (Atos 3.1). A oração não tem hora marcada para acontecer, não tem tempo determinado. A Palavra de Deus diz: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17). A oração deve ser contínua, perseverante e com paciência (Lucas 18.1; Romanos 12.12; Salmos 40.1).

A vigilância vê a tentação chegar; a oração dá força para resistir a ela. Vigilância é saber que um simples vacilo pode ser fatal. Não adianta ser PHD, ter doutorado, se não vigiar. Não adianta ser excelente executor, se não vigiar, não adianta ser exímio conhecedor bíblico, se não vigiar, não adianta ter fé que transporta montes, se não vigiar, não adianta ser de oração, se não vigiar. Não adianta orar vinte e quatro horas por dia, se, quando se levanta da oração, não vigia, murmura, fala mal de alguém, xinga, mente e outras coisas mais que entristecem o Espírito Santo de Deus. Você está jogando fora toda a oração.

Havia uma hora de tentação se aproximando, e estava muito perto; as dificuldades de Cristo poderiam levar os seus seguidores a não crerem nele e a não confiarem nele, a negá-lo e desertá-lo, e a renunciarem a todo o relacionamento com Ele. Após a prisão de Jesus os discípulos de fato o abandonaram e fugiram (Marcos 14:50).

 

“... na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. ”

Jesus admitiu que o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. O “espírito” aqui se refere ao ser vivente dentro de nós, a alma que nos torna seres animados e nos vivifica. Ela é a fonte da nossa percepção, vontade e emoção. Se fosse só pelo espírito, ele resistiria, mas quando entra a carne há um enfraquecimento natural peculiar ao ser humano. Temos então aqui o contraste entre o espírito e a carne, muito comum no Novo Testamento (Romanos 8.5-9; Gálatas 5.17).

A “carne” é um termo frequentemente usado nas Escrituras, com variação semântica muito ampla. Aqui essa palavra pode indicar a fragilidade da nossa natureza física: Ele, porém, que é misericordioso, perdoou a sua iniquidade; e não os destruiu, antes muitas vezes desviou deles o seu furor, e não despertou toda a sua ira. Porque se lembrou de que eram de carne, vento que passa e não volta” (Salmos 78.38-29), visto que os discípulos estavam cansados, exaustos e entristecidos.

Mas também pode ser uma referência à fraqueza da natureza humana decaída “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamento” (Efésios 2.3). Algumas versões traduzem a palavra “carne” por “natureza humana” (NTJ).

Por causa da associação com a palavra “tentação”. A expressão pode indicar as coisas simultâneas ou qualquer uma dessas interpretações.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201211_05.pdf

https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2019/2019-01-12.htm

https://escolabiblicadominical.org/licao-05-ordenanca-para-uma-vida-de-vigilancia-e-oracao/

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

1 João 3.2

 

1 João 3.2 “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos.”


“Amados, agora somos filhos de Deus,”

João faz questão de lembrar-nos do nosso privilégio. O privilégio de ser chamados filhos de Deus: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome” (João 1.12). Mas, como atualiza João nesse verso, não somos agora meramente chamados filhos de Deus; somos filhos de Deus. Não só temos o nome, mas também a realidade.

O chegar a ser filhos de Deus é um dom de Deus. Por sua natureza, o homem é criatura de Deus, porque Deus é seu criador, mas pela graça o homem chega a ser filho de Deus.


“... e ainda não é manifestado o que havemos de ser.”

Não nos foram reveladas a maneira exata como seremos transformados nos filhos espirituais de Deus na ressurreição nem a natureza exata de nossa futura existência.

Ou seja, ainda mantemos um corpo mortal e corruptível. Paulo escreve aos coríntios: “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13.12).

Até o momento enfrentamos as fraquezas dos nossos corpos abatidos. Porém, temo essa expectativa e devemos aguardar a redenção do nosso corpo: E não só ela, mas nós mesmos, que temos as primícias do Espírito, também gememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo” (Romanos 8.23).

 

“Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele;”

O motivo desta mudança é que o veremos no arrebatamento da igreja que acontecerá simultaneamente com a chamada primeira ressurreição: “Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados;  Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Coríntios 15.51-52).  E encontraremos com o Senhor nos ares e assim estaremos pra sempre com o Senhor.

 

Não pode ser na manifestação em glória, pois, Paulo escrevendo aos colossenses disse: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória” (Colossenses 3.4). Na vinda em glória a igreja se manifestará com Cristo já glorificada:  E seguiam-no os exércitos no céu em cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro” (Apocalipse 19.14). Perceba as vestes brancas á promessa aos que vencerem e cavalos brancos igualmente representa vitória.

 

“... porque assim como é o veremos.”

Quando Cristo se manifestar, poderemos vê-lo como Ele é, e não como era. Os apóstolos o virão quando se manifestou como homem: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida” (1 João 1.1). O mesmo apóstolo João quando exilado em Patmos o viu como Ele é, revestido de Glória, e não suportou: “E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último” (Apocalipse 1.17).

A grande meta de todas as grandes almas foi à visão de Deus. O fim de toda devoção é ver a Deus. Moisés ansiou por vê-lo e pediu que lhe mostra-se sua glória e Deus respondeu: “Não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Êxodo 33.20), “me verás pelas costas; mas a minha face não se verá” (Êxodo 33.20). Mas nós quando recebermos nosso corpo glorioso o veremos como Ele é.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024

FONTES:

BARCLAY, William. The FirstLetterof John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.

1 Coríntios 6.11

1 Coríntios 6.11 “E é o que alguns têm sido; mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.”

 

“E é o que alguns têm sido;”

O que os Coríntios tinham sido? A resposta se encontra nos versículos anteriores e principalmente no verso 10. Eles foram Injustos, errados, devassos, idólatras, adúlteros, efeminados, sodomitas, ladrões, avarentos, bêbados e maldizentes.

Todavia, não eram mais porque foram resgatados por Cristo: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” (2 Coríntios 5.17)

 

“... mas haveis sido lavados,”

Cerca ocasião Jesus deitou água numa bacia e começou a lavar os pés dos seus discípulos. Pedro após recusar ser lavado foi admoestado por Jesus em não ter parte com Ele. Então: “Disse-lhe Simão Pedro: Senhor, não só os meus pés, mas também as mãos e a cabeça. Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo” (João 13.9-10). Jesus afirma que os discípulos estavam limpos (não todos) e estavam limpos pelas suas palavras: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado” (João 15.3).

E essa é a mesma condição de todo aquele que nele crê e tem os seus mandamentos e os guardam, pois todos nós somos limpos pela sua palavra.

Muitos comentadores vêem aqui também uma referência ao batismo e a pia de bronze. Talvez seja assim, embora não haja nada no contexto que o indique. A palavra pode significar a espécie de lavagem que vemos em Apocalipse 1.5, “Àquele que nos amou, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados”.

 

“... mas haveis sido santificados,”

Santificar significa “consagrar”, “separar” ou “reservar algo para propósitos sagrados”. Esse verbo é “constantemente usado na Septuaginta para expressar a dedicação e consagração de pessoas e coisas a Deus”. O mesmo termo foi usado para Jeremias com respeito ao trabalho que Deus lhe conferiu como profeta (Jeremias 1:5) e também a Arão e seus filhos com respeito ao trabalho deles como sacerdotes (Êxodo 29:1).

Em João 10:36, Jesus é aquele a quem o Pai “santificou e enviou ao mundo” – ou seja, Jesus foi separado pelo Pai para cumprir sua missão no mundo. Os discípulos de Jesus são separados do mundo por Deus para servir a ele, desde que creiam e vivam em harmonia com a verdade, que é a palavra de Deus. Pois, apenas quem aceita a verdade e vive em conformidade com a verdade pode ser santificado.

 

“... mas haveis sido justificados...”

O verbo “justificar”, “quer dizer declarar justo” . É um termo judicial, empregado com relação aos absolvidos. Paulo o utiliza com referência ao ato de Deus pelo qual, com base na morte expiatória de Cristo, Ele declara justos os crentes e os aceita como Seus.

É curioso que esta referência se segue à referência à santificação. Pode ser que Paulo sentisse que a santificação exigia ênfase especial. Calvino sustentava que todos os três termos se referem à mesma coisa, embora em diferentes perspectivas.

 

“... em nome do Senhor Jesus, e pelo Espírito do nosso Deus.”

O nome traz perante nós tudo o que está implícito no caráter do Senhor, enquanto que o título por extenso, o Senhor Jesus Cristo apresenta a dignidade daquele a quem servimos. Ao invocar o nome do Salvador, Paulo afirmou que Jesus é o agente da lavagem, santificação e justificação.

A obra mediadora do Espírito forja os laços entre Deus e o Seu povo. Há um poder manifesto na vida cristã, e esse poder não é humano. É poder divino, dado pelo próprio Espírito de Deus.

O que aqueles indivíduos eram agora em Cristo era totalmente diferente do que haviam sido quando filhos deste mundo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024

FONTES:

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201702_03.pdf

Mateus 25.46

 

Mateus 25.46E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna.”

 

E irão estes para o tormento eterno,”

Quem são estes? Esses serão as nações apartadas a esquerda daquele que se assentará no trono da sua glória (Mateus 25.31): “E porá as ovelhas à sua direita, mas os bodes à esquerda” (Mateus 25.33). Essas nações bodes diz o Pastor Antonio Gilberto: deverão ser povos sanguinários, beliscosos e perseguidores de Israel que seguiram o Anticristo.”

Os pecadores serão conduzidos à punição eterna. A sentença será, então, executada rapidamente, e não existe adiamento, não há tempo para se solicitar uma revisão da sentença. A execução dos pecadores é mencionada primeira; pois primeiro é juntado e queimado o joio.

Eles irão para o tormento eterno. “Eterno” significa “sem fim, que nunca cessa, que dura para sempre”. A declaração de Jesus não nos permite limitar a duração do inferno e dizer que os perdidos serão aniquilados ou consumidos. “Aionios” é usado para descrever a duração tanto do inferno como do céu: Se limitarmos a duração do inferno, então teremos também que limitar a duração do céu.

Este lugar foi preparado para o diabo e seus anjos (Mateus 25.41). Por causa do Seu grande amor, Deus fez tudo o que era necessário para evitar que a humanidade fosse para esse lugar terrível de tormento (João 3:16, 17, 36). Os homens não herdam o fogo eterno (contraste com os justos, v. 34), mas vão para lá recusando a graça de Deus.

 

“... mas os justos para a vida eterna.”

Deus separará os seus verdadeiros seguidores dos fingidos e dos infiéis, e os seus destinos serão completamente diferentes:Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá” (Salmos 1.6). Não há meio-termo nem uma terceira opção (como o suposto purgatório).

A vida eterna é retratada como uma recompensa para os justos (as ovelhas) que serviram obedientemente o Rei. Eles são verdadeiramente “abençoados” pelo Pai. Como herdeiros, “herdam” o reino celestial que foi preparado para eles desde o começo dos tempos. Também gozam de uma perfeita comunhão com Cristo e com Deus.

Champlin diz que vida eterna é mais do que uma vida que não tem fim, diz respeito a uma espécie de vida. Deus é eterno, ou seja, possui uma forma extremamente elevada de existência. E nós à proporção em que vamos sendo transformados a imagem de Cristo compartilharemos dessa forma de vida, em Cristo. Pois a vida eterna consiste da participação na vida de Deus: “Pelas quais ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis participantes da natureza divina... (2 Pedro 1:4).

É lamentável que a igreja tenha reduzido essa vida a uma mera existência interminável. O que se destaca não é tanto a duração interminável, e, sim, a qualidade dessa vida.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/5/2024

FONTES:

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Mateus a João. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

CHAMPLIN, Norman.O Novo Testamento Interpretado: Versículo Por Versículo, Volume 1. São Paulo: Hagnos, 2001.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201211_02.pdf

SILVA, Antônio Gilberto. O Calendário da Profecia. Rio de Janeiro. Casa. Publicadora das Assembléias de Deus, 1985.

Romanos 8.18

 

Romanos 8.18 “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

 

“Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente”

A vida cristã é o enfrentamento de muitas pressões: do diabo, do mundo, de nossas fraquezas na carne. Jesus deixou claro que no mundo teremos aflições, mas que devíamos ter bom animo, afinal, ele venceu o mundo (João 16.33). Paulo corrobora a afirmação de Jesus, dizendo que triunfaríamos sobre elas: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (v.37).

Paulo chegou a dizer que não deveríamos temer as aflições e tribulações, pois elas não seriam capazes de nos separar do amor de Cristo (v.35). Pois também através delas entrarmos no reino de Deus: “[...] através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (Atos 14.22).

Aos seus companheiros cristãos de Corinto disse: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós eterno peso de glória mui excelente” (2 Coríntios 4:17). Segundo o apóstolo, todo o seu sofrimento não passava de “momentânea tribulação” comparado ao “eterno peso de glória” que o esperava. E isso ele afirma com a “expressão “tenho por certo” que indica convicção, certeza e nenhuma dúvida”.

 

“... não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”.

Então, Paulo faz dos nossos sofrimentos atuais uma questão de aritmética simples. Ele somou todos e viu qual era o total. Antes mesmo de calcular qual seria a soma da glória, ele desistiu e disse apenas: “Nosso sofrimento atual não é nada comparado à glória que será revelada em nós”. Pois a glória vindoura sobrepuja em muito a aflição do presente.

O que é a glória a ser revelada a nós e em nós? O texto fala da “glória dos filhos de Deus” (v. 21) e faz referência específica à “redenção do nosso corpo” (v. 23). Quando o Senhor voltar, receberemos corpos glorificados: “Assim também a ressurreição dentre os mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em ignomínia, ressuscitará em glória” (1 Coríntios 15:42-43). E nos será permitido desfrutar da Sua glória: “E a cidade não necessita de sol nem de lua, para que nela resplandeçam, porque a glória de Deus a tem iluminado, e o Cordeiro é a sua lâmpada” (Apocalipse 21:23).

Além disso, não podemos especular daquilo que não está revelado. A palavra “revelada”. No grego e significa “desvendado, descoberto”. A nossa glória atualmente está “velada, encoberta”: “Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido” (1 Coríntios 13.12).

Mas podemos ter certeza de uma coisa: o que quer que esteja incluso na palavra “glória”, Deus já o preparou para os Seus filhos.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
5/6/2024

FONTES:

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da justiça de Deus. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus. 1986.

LOPES, Hernandes dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos 2010.

BRUCE, F, F. Romanos - Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2002.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200902_03.pdf

2 Timóteo 3.8

 

2 Timóteo 3.8 E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade, sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

 

E, como Janes e Jambres resistiram a Moisés, assim também estes resistem à verdade,”

Após discriminar as péssimas qualidades de falsos mestres, no seio da igreja cristã, Paulo alerta a Timóteo que tais homens têm “aparência de piedade”, mas negam “a eficácia dela” e ordena que o discípulo se afaste deles (2 Timóteo 3.5).

E compara tais homens aos magos de Faraó, “Janes e Jambres”, que fizeram suas feitiçarias ou mágicas, resistindo a Moisés: E Faraó também chamou os sábios e encantadores; e os magos do Egito fizeram também o mesmo com os seus encantamentos” (Êxodo 7.11).

Seus nomes não ocorrem no A.T., nem são mencionados por Filo ou Josefo, mas há referências a eles nos documentos de Qumrã bem como na literatura judaica e pagã posteriores, e na literatura cristã primitiva.

Esses personagens procuravam demonstrar que eram tão eficazes como Moisés quanto à operação de milagres. Havia provavelmente mais, e a menção destes é simplesmente uma maneira de designar os mágicos do Egito.

Eles intentavam fazer os mesmos milagres operados por Deus por intermédio de Moisés, mas seu poder se revelou limitado: “Então disseram os magos a Faraó: Isto é o dedo de Deus (Exôdo 8.19), e eles foram atingidos pelos juízos de Deus da mesma forma que o restante do povo do Egito: “De maneira que os magos não podiam parar diante de Moisés, por causa da sarna; porque havia sarna nos magos, e em todos os egípcios” (Exôdo 9.11). Esses dois magos egípcios acabaram se tornando emblemáticos e simbolizando todos aqueles que tentam frustrar os propósitos de Deus e resistir à sua Palavra.

Warren Wiersbe tem razão em dizer que Satanás é imitador e falsifica o que Deus faz. Os líderes religiosos dos últimos dias têm uma fé falsa, e seu objetivo é promover mentiras e resistir à verdade da Palavra de Deus. Eles negam a autoridade das Escrituras e colocam a sabedoria humana em seu lugar.

 

 “... sendo homens corruptos de entendimento e réprobos quanto à fé.

Os falsos mestres têm não apenas uma teologia errada, mas também uma vida errada. Aquilo em que eles creem determina o que eles fazem. Eles eram culpados de um duplo afastamento. Em primeiro lugar, eram “de todo corrompidos na mente”. Uma mente desperdiçada é um grande desperdício! Em segundo lugar, eles eram “réprobos quanto à fé” (“reprovados na fé”, NVI].

Qualquer um que se juntasse a essas pessoas para ser edificado na fé descobriria que desperdiçou tempo e esforço! As pessoas que se comportam dessa maneira geralmente são desprezadas, pois “a sua insensatez será a todos evidente”: “Os pecados de alguns homens são manifestos, precedendo o juízo; e em alguns manifestam-se depois (1 Timóteo 5:24).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/5/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.

Lopes, Hernandes Dias. 2 Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200401_01.pdf

João 17.17

João 17.17 ”Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”

 

”Santifica-os na tua verdade;”

Em sua oração sacerdotal Jesus ora ao pai intercedendo por seus discípulos que em breve não teriam mais a sua presença em carne. O primeiro pedido que Jesus fez por seus discípulos foi para que eles fossem guardados ou protegidos (17:11b–16). O segundo pedido é esse, para que fossem santificados (17:17–19).

Santificar significa “consagrar”, “separar” ou “reservar algo para propósitos sagrados”. Esse verbo é “constantemente usado na Septuaginta para expressar a dedicação e consagração de pessoas e coisas a Deus”. O mesmo termo foi usado para Jeremias com respeito ao trabalho que Deus lhe conferiu como profeta (Jeremias 1:5) e também a Arão e seus filhos com respeito ao trabalho deles como sacerdotes (Êxodo 29:1).

Em João 10:36, Jesus é aquele a quem o Pai “santificou e enviou ao mundo” – ou seja, Jesus foi separado pelo Pai para cumprir sua missão no mundo. Agora ele ora para que o Pai também “santificasse” seus discípulos.

No Antigo Testamento, a consagração era feita através da observância de rituais e cerimônias. Aqui Jesus deixou claro que o instrumento da consagração dos discípulos era “a verdade”.

 

“... a tua palavra é a verdade.”

Jesus explicou o significado de “verdade” na próxima frase: a tua palavra é a verdade. A verdade é a totalidade da revelação de Deus de si mesmo, personificada em Jesus e por ele comunicada: “Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste (João 17:8 e 14).

Os discípulos foram purificados (limpos) por meio da palavra que Jesus lhes anunciou (15:3). E eles seriam santificados pelo mesmo meio. Mais tarde, o Espírito Santo forneceria aos apóstolos o dom do Espírito para cumprirem sua missão; todavia, Jesus afirmou que o instrumento da obra que eles realizariam era a verdade, a palavra que proclamariam em seu nome.

Os discípulos de Jesus seriam separados do mundo por Deus para servir a ele, desde que cressem e vivessem em harmonia com a verdade, a “palavra” do Pai. Só quem aceita a verdade e vive em conformidade com a verdade pode ser consagrado ou dedicado ao serviço de Deus.

Assim como Jesus fora enviado ao mundo pelo Pai para cumprir sua missão, ele enviaria [seus discípulos] ao mundo para dar continuidade ao seu trabalho.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024

FONTES:

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_04.pdf

Romanos 6.22

 

Romanos 6.22 “Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”

 

“Mas agora, libertados do pecado, e feitos servos de Deus,”

Aqui Paulo efetivamente, pregou uma faixa em nossas vidas com esse aviso: “Sob nova direção!” No passado, nossas vidas eram “dirigidas” pelo pecado e por Satanás, mas fomos “comprados por preço” (1 Coríntios 6:20); estamos agora “sob a direção divina”. Esse fato deve impactar nossas vidas.

Jesus disse que quem pratica pecado é servo do pecado (João 8.34), mas se o Filho nos libertar verdadeiramente seríamos livres (João 8.36). Paulo afirma que pela obra de Cristo morremos para o pecado e aquele que está morto está justificado do pecado (Romanos 6.7). Sendo assim, não pode o pecado mais exercer domínio sobre nós.  E uma vez libertados do pecado, fomos feitos servos da justiça (Romanos 6.18).

O nosso senhorio mudou. Estamos sim sob nova direção, então agora vivemos para Deus.

 

“... tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.”

Quando vivíamos no pecado, nossos frutos eram as obras da carne, mas libertos do seu poder e domínio, tendo uma nova natureza implantada em nosso ser, nos tornamos novas criaturas.

Além das obras da carne outros “frutos” do pecado são: consciência culpada, não ser o que Deus idealizou que sejamos, inimizade de quem amamos e incapacidade de desfrutar das bênçãos que Deus quer que tenhamos. O resultado mais terrível, obviamente, é a morte espiritual. Paulo disse: “... porque o fim delas é morte” (Romanos 6:21b).

Mas agora, tudo mudou, e até os frutos. João Batista falou a respeito da importância de produzirmos frutos dignos de arrependimento (Mateus 3.8). João estava dizendo que o arrependimento genuíno será acompanhado pelo fruto da justiça.

A medida que o cristão trilha a estrada da justiça, ele vive a vida santificada (separada). Se um homem não está sendo santificado, não há razão para se pensar que tenha sido justificado. O termo grego para santificação é hagiasmos. Substantivos gregos que terminam em asmos descrevem não um estado acabado, mas um processo. A santificação não é um estado acabado; é o caminho à santidade. Nesse caminho o fruto do Espírito precisa ser desenvolvido à medida que nos aproximamos de Deus. Trilhar por essa estrada conduzirá por fim a vida eterna.

Na servidão ao pecado, o fruto é para a condenação e a morte. Na obediência à justiça, o fruto é para a santificação e o seu fim é a vida eterna.

 


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024

FONTES:

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da Justiça de Deus. Rio de Janeiro: CPAD 2005.

BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200901_01.pdf

2 Pedro 2.4

 

2 Pedro 2.4 “Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o juízo;”

 

“Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram,”

O apóstolo Pedro está argumentando que o mesmo Deus que executou o julgamento no passado era plenamente capaz de fazê-lo novamente. “Ele não vai poupar os falsos mestres. Eles também serão julgados”. Pedro não disse isso, mas está suficientemente implícito.

Quando esses anjos pecaram? Por não ter contexto imediato essa passagem possui mais de uma explicação.

Alguns citam que pecaram no incidente bíblico de Gênesis 6:2 “vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres”. Nessa interpretação os filhos de Deus são anjos: “E em certo dia, os filhos de Deus vieram para se apresentarem diante do SENHOR, e Satanás também veio entre eles” (Jó 1.6). Os anjos haveriam se relacionados com mulheres e gerados os gigantes da terra. Posteriormente viria seu castigo.

Quem acredita nisso tem sua fonte no não canônico de Livro de Enoque. Todavia, nem a ortodoxia nem Flavio Josefo concordam que os Filhos de Deus esses são anjos. Agostinho afirmou que ninguém pode tomar este relato literalmente e ninguém pode falar a respeito dos anjos dessa maneira. Jesus afirmou que anjos não se casam, e que um dia seremos como eles: ” Porque na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no céu” (Mateus 22.30).

A outra explicação é baseada na rebelião ocorrida no céu e a queda no mundo angelical (Isaías 14.12-15; Ezequiel 28.11-19). O anjo de luz transformou-se em Satanás, que arrastou consigo um terço dos anjos (Apocalipse 12.4). Destes alguns se tornaram demônios e servem seu novo comando, outros, mais ferozes, foram precipitados no inferno (Tártaro), um lugar de trevas, onde aguardam o juízo de Deus.

Judas também fez alusão ao julgamento que sobreveio a certos anjos, mas ele acrescentou que eles caíram porque não estavam satisfeitos com o lugar que Deus lhes conferiu: "E aos anjos que não guardaram o seu principado, mas deixaram a sua própria habitação, reservou na escuridão, e em prisões eternas até o juízo daquele dia" (Judas v.6).

Judas e outras fontes paralelas, dizem que algumas ordens angelicais caíram. Eles abandonaram o seu estado original. O lugar de honra, de bem-estar e do domínio que eles possuíam nos lugares celestiais, nas esferas espirituais da existência. Antes, tais anjos contavam com o favor divino, pois eram espiritualmente puros e tinham um poder inconcebível. Mas caíram.

Isso sucedeu propositadamente. Fizeram uma louca escolha e má decisão. A sua má escolha pode-se ver em inferência nas palavras de Elifaz, o Tamanita, o amigo de Jó,"...e nos seus anjos encontra loucura" (Jó 4.18b).

 

“... mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão,”

Esses não estão presentemente a serviço de Satanás, e sim, aprisionados por expressa ordem de Deus, em cadeias eternas, na escuridão exterior.

A palavra traduzida por inferno é “Tártaro” e é mencionada apenas uma vez na Bíblia. O Tártaro não é de modo nenhum um conceito judeu, mas sim grego. Na mitologia grega o Tártaro é o inferno mais baixo; está tão abaixo em relação ao Hades como o está a Terra em relação ao Céu.

Ele é classificado por alguns eruditos como sendo um lugar separado do Hades, ou, como é mais provável, o próprio Abismo. Pois, alguns manuscritos dizem que esses anjos foram presos “com correntes de trevas”, e outros “em abismos de trevas”. ARA segue a segunda opção: os entregou a abismos de trevas. Havia um abismo intransponível entre as duas partes do Hades, de forma que Lázaro não podia ir para o outro lado onde estava Deus. Lucas 16.26-31.

No milênio Satanás será amarrado e lançado no abismo: “E vi descer do céu um anjo, que tinha a chave do abismo, e uma grande cadeia na sua mão. Ele prendeu o dragão, a antiga serpente, que é o Diabo e Satanás, e amarrou-o por mil anos. E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que não mais engane as nações, até que os mil anos se acabem” (Apocalipse 20.1-3). Os demônios temem o Abismo, pois eles rogaram a Jesus que não os lançasse ali: “E rogavam-lhe que os não mandasse para o abismo” (Lucas 8.31).

 

“... ficando reservados para o juízo;”

Esses anjos não ficarão no Tártaro para sempre. Eles estão esperando pelo julgamento do grande dia. ”... reservou na escuridão, e em prisões eternas até o juízo daquele dia" (Judas v.6). Eles estão reservados. Durante a Grande Tribulação, durante o toque da quinta trombeta, eles ficarão por cinco meses sob o domínio total de Satanás, depois, certamente, voltarão a ser aprisionados e evidentemente comparecerão a Juízo Apocalipse 9.1-3.

Isso não significa que serão libertados no dia do julgamento. Certamente não serão! As evidências estão sendo coletadas, de modo que Deus possa proferir o veredito naquele dia temível. Serão julgados certamente na ocasião do Grande Trono Branco. Os crentes ajudarão a julgar os anjos. “Não sabeis vós que havemos de julgar os anjos?” (1 Coríntios 6.3). Após eles serão atormentados de dia e de noite pelos séculos dos séculos (Apocalipse 20.10).

Apesar desta passagem ser difícil, o seu significado é claro. Até os próprios anjos foram castigados quando pecaram por sua concupiscência. Quanto mais serão castigados os homens? Os anjos não puderam rebelar-se contra Deus e escapar às conseqüências dessa rebelião. Como poderão escapar os homens? Os seres humanos não precisam culpar a outros, nem mesmo aos anjos; nada nem ninguém, exceto sua rebelde concupiscência, é responsável pelo pecado que eles cometem.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/5/2024

FONTES:

Lopes, Hernandes Dias. 2 Pedro e Judas : quando os falsos profetas atacam a Igreja. — São Paulo: Hagnos, 2013.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201412_04.pdf

SILVA, Severino Pedro. A doutrina bíblica dos anjos- Estudo sobre a natureza e ofício dos seres celestiais. Rio de Janeiro:  CPAD, 1987.

Livro de Enoque, o etíope. São Paulo: Fonte Editorial, 2019.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse Versículo por Versículo. Rio de Janeiro:  CPAD, 1985.

Kistemaker, Simon J.  Epístolas de Pedro e Judas, trans. Susana Klassen, 1a edição., Comentário do Novo Testamento. São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 2006.

Barclay, William. The Letters of James and Peter (Título Original em Inglês). Tradução: Carlos Biagini.

1 Tessalonicenses 4.18

1 Tessalonicenses 4.18 "Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras."


Após concluir sua exposição sobre a primeira ressurreição e arrebatamento o apóstolo Paulo conclui: consolai-vos uns aos outros com estas palavras". A intenção do apóstolo era instruir a igreja de Tessalônica para não ser ignorante acerca dos que "dormem" (v.13), ou seja, dos que morreram em Cristo. Pois, havia cerca preocupação nesta igreja pois alguns que aguardavam a vinda do Senhor nos ares haviam morrido. E possivelmente especulava-se alguma frustação acerca da condição destes quanto a vinda do Senhor.

A conseqüência que se segue e' que os tessalonicenses realmente não têm motivo para se entristecerem por causa daqueles que já morreram. Pelo contrário, podem Consolar-se, uns aos outros com estas palavras. A palavra Consolar (traduzida como “exortar” em 4.1), tem aqui o sentido de consolo e de encorajamento. O consolo dado por Paulo através da palavra (aqui palavras) do Senhor deve ser passado adiante pelos tessalonicenses, uns aos outros. Podem basear-se na firme certeza oferecida por um apelo à autoridade do próprio Senhor. Eles deviam se consolar:

Pois, eles podiam ter esperança de revê-los na vinda do Senhor (v.13). Sendo assim, não deveriam sofrer a separação como os que não possuem essa esperança: "Porém, agora que está morta, por que jejuaria eu? Poderei eu fazê-la voltar? Eu irei a ela, porém ela não voltará para mim" (2 Samuel 12.19)

Eles criam na Ressurreição de Cristo. E Cristo se tornou a "primícia dos que dormem". E se ele ressuscitou é fato que os que "dormem" serão ressuscitados com Ele: "Mas de fato Cristo ressuscitou dentre os mortos, e foi feito as primícias dos que dormem. Porque assim como a morte veio por um homem, também a ressurreição dos mortos veio por um homem. Porque, assim como todos morrem em Adão, assim também todos serão vivificados em Cristo. Mas cada um por sua ordem: Cristo as primícias, depois os que são de Cristo, na sua vinda" (1 Coríntios 15.20-23)

Os que serão arrebatados não precederam os que dormem por que a ressurreição destes acontecerá primeiro: "Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os seguem" (Apocalipse 14.13)

Após a ressurreição destes, nos encontraremos com eles novamente nas nuvens após sermos transformados: "Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos" (Apocalipse 20.6)

E finalmente estaremos reunidos para sempre com o Senhor! "E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também" (João 14.3)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2024

FONTES:

MARSHALL, Howard. I e II Tessalonicenses - Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1984.

Apocalipse 3.12

 

Apocalipse 3.12 “A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome.”

 

“A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá;”

Jesus conclui a carta a igreja de Filadélfia com uma palavra de esperança e conforto. Promete bênçãos ao que vencer em Cristo Jesus. O vencedor é o que permanece fiel à Palavra de Deus face à adversidade e à oposição.

Quem vencer será coluna no templo de Deus. A Igreja do Senhor, já na presente era é a “Coluna e firmeza da verdade” (1 Timóteo 3.15b), e o que ela representa na atualidade, será, sem dúvida alguma na eternidade.

As colunas são usadas como emblemas de força e durabilidade. “... Eis que te ponho hoje por cidade forte, e por coluna de ferro...” (Jeremias 1.18). As duas colunas do Templo de Salomão postas no pórtico eram chamadas Jaquim, que significa “Ele estabelecerá”, e Boás, que significa “Nele há força”.

Claro está que “coluna no templo” é também uma figura de linguagem. Quando uma cidade sofre terremoto e cai, geralmente ficam em pé colunas de edifícios, porque a técnica de construção e os alicerces dessas colunas são reforçados. Filadélfia constatara isso várias vezes após terremotos sofridos. Daí a figura de expressão, aqui usada.

Por sermos Colunas no templo de Deus haveremos de estar sempre na presença de Deus, pois Deus mesmo é o Templo da Jerusalém Celeste: “E nela não vi templo, porque o seu templo é o Senhor Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro ( Apocalipse 21.22).

 

“... e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus,”

Naqueles dias, escrever o nome de alguém sobre alguma coisa era sinônimo de posse. O senhor escrevia seu nome nos servos como se estivesse marcando animais. Era sinal de posse. Receber o nome de Deus equivale a pertencer-lhe. Tal relacionamento jamais será quebrado. Seu nome será permanentemente inscrito sobre seus servos. Somos dele para sempre!

Além disso, Jesus diz que escreverá sobre ele “o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu do meu Deus”. Os vencedores receberão plena cidadania na Nova Jerusalém. Destes, serão removidas toda a dor e tristeza. Eles terão acesso à água da vida, comerão da árvore da vida, servirão a Cristo, verão sua face, reinarão com Ele e jamais serão molestados pelo ímpios.

 

“... e também o meu novo nome.”

Melhor que ter o nome da Nova Jerusalém escrito em nós, é ter o de Cristo. Seu nome representa a completa revelação de sua pessoa. Hoje, ainda não podemos imaginar-lhe a magnitude da glória. Mas quando chegarmos no céu, o conheceremos tal como é: “Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifestado o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos” (1 João 3.2).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
03/06/2024

FONTES:

HORTON, Stanley M. Apocalipse as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

SILVA, Severino Pedro. Apocalipse: versículo por versículo. Rio de Janeiro: CPAD, 1998

LAWSON, Steven J. As Setes Igrejas do Apocalipse: O Alerta Final para o seu povo. 5.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004,

sábado, 25 de maio de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 25 DE MAIO DE 2024 (2 Coríntios 5.18)


LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
25 DE MAIO DE 2024

2 Coríntios 5.18 “E tudo isto provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação;”

 

“E tudo isto provém de Deus,”

Paulo sublinha o fato de que tudo provém de Deus. O grande plano da salvação mediante o qual toda a criação deve redimir-se pertence a Deus, sendo ele quem, mediante Cristo, nos reconciliou consigo mesmo. É o próprio Deus quem toma a iniciativa e executa a reconciliação, mediante Jesus Cristo.

No Antigo Testamento era o pecador que levava um Cordeiro em sacrifício para a remissão dos pecados. No Novo Testamento João, o batista, quando vê a Cristo testemunha: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1.29). Deus nos envia o Cordeiro para nos reconciliar consigo mesmo.



“... que nos reconciliou consigo mesmo por Jesus Cristo,

Os seres humanos estavam perdidos no pecado e éramos classificados como inimigos de Deus. Desde o início, construíram barreiras entre eles e o Eterno. Deus tomou a iniciativa de remover essas barreiras e efetuar a reconciliação: “Porque se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, tendo sido já reconciliados, seremos salvos pela sua vida” (Romanos 5:10).

O significado de “reconciliação”, num sentido amplo, é: acordo entre duas ou mais partes, após um desentendimento ou estranhamento. A palavra implica diferenças esquecidas de boa fé e erros perdoados. Sugere arrependimento onde é necessário e perdão oferecido por quem foi injustiçado.

O meio pelo qual Deus efetuou a reconciliação com a raça humana foi Cristo, que morreu em favor de todos: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou” (2 Coríntios 5.14-15). Childs colocou isto desta forma: …na morte e ressurreição de Cristo, no derradeiro evento do Deus-conosco, Cristo fez a ponte entre o divino e o humano, entre o Ser Único e os muitos seres criados, para nos tornar uma nova criação.

 

“... e nos deu o ministério da reconciliação;”

Em se tratando de Cristo, a reconciliação se aplica primeiramente à paz entre Deus e o homem. Isto aconteceu quando “aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós” (2 Coríntios 5:21a), mas a mensagem do evangelho traz reconciliação para outras áreas da vida. Quem atende ao chamado de Cristo se reconcilia também com seu semelhante.

Jesus expôs o conceito de reconciliação uma só vez. Ele usou uma palavra quase sinônima à que Paulo escolheu para falar de reconciliação entre as pessoas. Disse Jesus aos Seus seguidores: “Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta” (Mateus 5:23-24).



DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
18/5/2024

FONTES:

KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_03.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_00.pdf