Oséias 1.1 “Palavra do SENHOR, que foi dirigida a Oséias, filho de
Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de
Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel. “
O livro de Oséias é o primeiro
dos livros proféticos menores. Estes livros são chamados “menores”, não com
relação à sua importância, mas em relação ao seu tamanho, e a esse respeito
estão em contraste com os escritos dos Profetas Maiores.
“Palavra do SENHOR, que foi dirigida a Oséias, filho de Beeri, “
O nome Oseias era muito comum em Israel. Assim foi chamado o último rei do Reino do Norte. O significado do nome é: Deus salva, ou salvação, e é equivalente a Josué e Jesus. O nome do profeta já trazia em si um chamado ao arrependimento e uma semente de esperança.
A Bíblia registra que ele se casou e que teve três filhos. Pelo que apresenta a Bíblia, sua mulher, Gomer, foi uma prostituta. Ela deu a Oseias três filhos: Jezreel (Deus espalhou), Lo-Ruama, uma menina (desprezada) e Lo־Ami, outro filho (Não é meu povo). Há quem creia que desses três filhos apenas o mais velho era de Oseias, e os dois outros seriam fruto das traições de Gomer. A família de Oseias, como se percebe, não era das mais dignas de serem seguidas.
Oseias já foi chamado de “o profeta do amor”, porque seu livro manifesta um profundo amor da parte de Deus por Israel, um amor não correspondido. Deus é mostrado como um marido traído que procura reatar o casamento com a esposa, que se tornou prostituta.
Oseias não se constituiu profeta nem foi apontado por homem algum. Ele é profeta de Deus. Ele não criou a mensagem; a mensagem lhe foi dada. Ele não era a fonte da mensagem, apenas o seu instrumento. Sua autoridade procedia de Deus. Sua mensagem emanava do próprio Deus. Quando Oseias falava, era o próprio Deus falando ao povo.
Nada sabemos acerca do pai de Oseias, exceto o seu nome, cujo significado é “minha fonte ou meu poço”. A simples citação do nome do pai de Oseias demonstra que se tratava de alguém conhecido e destacado na sociedade.
David Hubbard, porém, pensa diferente. Para ele, a menção do nome do pai de Oseias não desempenha outro papel no texto, senão o de distinguir nosso Oseias de outros de nome idêntico ou semelhante.
“... nos dias de Uzias, Jotão,
Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de
Israel. “
O ministério de Oseias deu-se no período da supremacia política e militar da Assíria. Ele profetizou em Samaria, capital do Reino do Norte, durante os “dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel” (1.1).
A soma desses anos deve ser reduzida significativamente porque Jotão foi corregente com seu pai, Uzias, e da mesma forma Ezequias reinou com Acabe, seu pai (2 Reis 15.5; 18.1,2,9,10,13).
Esses dados fornecidos pelo profeta nos permitem datar o seu ministério entre 793-753 a.C. Jeroboão II, reinou 41 anos num período de prosperidade econômica, mas também de apostasia generalizada (2 Reis 14.23-29).
DEIVY FERREIRA
PANIAGO JUNIOR
14/02/2024
FONTES:
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores.
Rio de Janeiro: CPAD, 2012.
LOPES, Hernandes Dias. Oseias: O amor de Deus em ação. São
Paulo, SP: Hagnos 2010.
PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia — livro por livro. 5. ed.
São Paulo: Editora Vida, 1978.
COELHO FILHO, Isaltino Gomes. Os profetas menores. Rio de Janeiro: JUERP, 2002.
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