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quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Lição 02: Saulo de Tarso, o Perseguidor – 4 Trimestre de 2021.


 (Texto Áureo) “ E Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote. ” (Atos 9.1)

“E Saulo” O primeiro esboço da vida de Paulo (a quem conhecemos, a princípio, como Saulo de Tarso) é tanto brutal como sangrento. Se um artista fosse pintá-lo com pincel e tinta a óleo, nenhum de nós iria querer pendurá-lo em nossa sala. O homem parece mais um terrorista do que um seguidor dedicado do judaísmo. Para nosso horror, o  sangue do primeiro mártir espirrou sobre as roupas de Saulo, enquanto ele ficou ali, concordando com aquilo tudo, cúmplice de umcrime medonho. Quem era esse mártir? Estêvão. Um jovem cristão que morava em Jerusalém, descritoem Atos 6 como “cheio de graça e poder” (v. 8), que falava com sabedoria por unção do Espírito (v. 10), cujo semblante era “como se fosse rosto de anjo” (v. 15). Mesmo assim o apedrejaram. Foi assassinado a sangue frio. Os membros do Sinédrio (chamado de Conselho, no Livro de Atos, em algumas versões da Bíblia), desprezaram Estêvão por causa da sua firme defesa de Cristo. Eles se recusaram a continuar ouvindo seu discurso veemente e, furiosos, o levaram para a rua, pela porta norte, até a periferia da cidade. Ali o apedrejaram, com pedras grandes e agudas, até que caiu e morreu. Saulo, observando todo o episódio, ficou em meio à multidão que gritava, tomando conta dos mantos dos assassinos de Estêvão. Ele, sem dúvida, deve ter rido com prazer sádico.

“...respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, ” A expressão “respirando ameaças e morte” (At 9.1) descrevia, figurativamente, a Saulo como uma fera selvagem que ameaça sua presa. No texto de Atos 9.21, Saulo era visto como um exterminador, porque tinha prazer em conduzir os cristãos às prisões, além de permitir que fossem açoitados. Ele não poupava ninguém que fosse seguidor da doutrina de Cristo. Os motivos que levaram a Saulo tornar-se um perseguidor inclemente contra os seguidores de Cristo era o zelo destrutivo que ele tinha pela Torá. Ele considerava um escândalo o anúncio dos cristãos de que um crucificado pudesse ser o Messias prometido pelos profetas do Antigo Testamento. A ideia era de que alguém que fosse suspenso no madeiro (numa cruz) estaria sob a maldição de Deus (Deuteronômio 21.23), e, por isso, para Saulo, Jesus foi um blasfemo e não podia ser o Messias, pondo em dúvida tudo o que ele cria. Na realidade, Saulo era “um touro bravo” que ninguém conseguia deter. Ele negava aos discípulos de Jesus o direito de existência dentro da comunidade judaica. Saulo rejeitava a ideia de que Jesus fosse o Messias prometido. Rejeitava a ideia de um Cristo que foi humilhado, rejeitado e crucificado, pois, na sua mente, o Messias não podia ser vencido pelos homens (Isaias 53.1-5). Posteriormente, ele tem um encontro poderoso com o Senhor Jesus e ficou completamente cego pela luz radiante. Então, ele converte-se e descobre que Cristo assumiu a maldição da Lei, da Torá, e, por isso, Cristo resgatou-nos da maldição da Lei (Gálatas 3.13).

“...dirigiu-se ao sumo sacerdote. ” No Império Romano, os grupos étnicos eram considerados como governados pelas leis de suas próprias nações, mesmo quando eles se mudavam para terras estrangeiras. Assim, os quase seis milhões de judeus espalhados pelo Império Romano ainda estavam sujeitos às leis do Sinédrio em Jerusalém. As cartas do sumo sacerdote a Paulo seriam consideradas, pelas autoridades de Damasco e pela comunidade judaica, como uma autorização adequada para aprisionar qualquer judeu cristão e levá-lo de volta a Jerusalém para julgamento.

Fontes:

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2021

Fontes:

CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

LOPES, Hernandes dias. Paulo, o maior líder do cristianismo. São Paulo: Hagnos, 2014.

SWINDOLL, Charles R. Paulo: Um homem de coragem e graça. São Paulo: Mundo Cristão, 2003.

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