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sábado, 26 de outubro de 2024

Isaías 53.4

  

Isaías 53.4 “Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. ”

 

“Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si;

“Verdadeiramente” enfatiza vigorosamente um contraste. Independentemente das “enfermidades” e “dores” que o povo pensava ver em Jesus, a realidade era totalmente diferente. Isaías não estava falando das enfermidades e dores de Jesus, mas das nossas enfermidades e dores que Ele carregou na cruz. Não foi por qualquer pecado próprio que Ele sofreu. Ele corajosa e voluntariamente escolheu tomar e levar sobre si o fardo pesado de “nossas enfermidades” (“nossas doenças”) e “nossas dores”.

Estas “enfermidades” e “dores” incluem doenças reais e defeitos físicos, pois a cura delas fariam parte do ministério do messias: “E, chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoniados, e ele com a sua palavra expulsou deles os espíritos, e curou todos os que estavam enfermos; para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e levou as nossas doenças” (Mateus 8.16-17). Mas não são restritas a elas; esta categoria (como o indica especialmente a palavra “dores”) abrangem toda sorte de sofrimento humano.

Jesus “tomou” e “levou sobre si” este sofrimento; consequentemente, carregou-o vicariamente como alguém que tomou um fardo pesado do ombro de outrem e o carregou para aquela pessoa. O próximo versículo completa isso “Ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades” (Isaías 53.5).

 

 “... e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. ”

A palavra “reputávamos” [“consideramos”; NVI] é um termo contábil para revelar o valor de um objeto ou pessoa. E se refere ao sofrimento físico que Cristo suportou na cruz. Todavia a nação judaica, que considerava sofrimento como castigo pelo pecado, interpretou “ferido de Deus”, como objeto do juízo justo de Deus. Os sofrimentos do Messias deviam-se de fato ao pecado, mas não a Seu próprio pecado. Nesses sofrimentos havia retribuição, administrada pela mão divina, mas contra os nossos pecados. Os judeus não perceberam que a morte vergonhosa de Jesus era na verdade pelos pecados deles e da nossa geração também.

O apóstolo Pedro entendeu bem isso e escreveu sobre a condição de Cristo: “O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados” (1 Pedro 2.22-24)

A frase “ferido de Deus” deve ser entendida no sentido especial de Deus ter feito sobrevir-Lhe este sofrimento como castigo por este pecado. O contraste não consiste naquele fato, de não ter vindo de Deus, mas no fato de não ter fluído da ira de Deus contra o Seu pecado, e, portanto, que não veio como castigo de que Ele não pudesse escapar, mas foi suportado por Ele voluntariamente.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201010_06.pdf

Ridderbos, J. Isaías: introdução e comentário - 2. Edição. São Paulo: Vida Nova, 1995.

HORTON, Stanley. Isaías o Profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD 2003.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo - Vol.5. São Paulo: Hagnos, 2001.

João 16.8

  

João 16.8 “E, quando ele vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. ”

 

“E, quando ele vier, ”

Os discípulos estavam afligidos e angustiados pela dor. A única coisa que sabiam era que perderiam a Jesus. Entretanto, Jesus lhes disse que isso era o melhor que lhes podia suceder porque quando Ele fosse embora viria o Espírito Santo, o Consolador (v.7).

Enquanto Ele tivesse corpo não podiam levá-lo a todas partes, sempre deveriam despedir-se; enquanto tivesse corpo não podia chegar à mente, ao coração, convencer os homens do mundo inteiro, estava confinado pelas limitações humanas do espaço e do tempo. Pelo contrário, no Espírito não existiam as limitações. Em qualquer lugar que vá o homem, o Espírito o acompanha; o Espírito chama os homens em toda parte do mundo. A vinda do Espírito seria o cumprimento da promessa: “Eis que eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo” (Mateus 28:20).

O Espírito seria uma companhia ininterrupta aos homens, e o seria para sempre. Daria ao pregador cristão poder e efetividade em qualquer lugar que falasse.

A razão por que o Espírito tinha de ser enviado após a partida de Jesus não é explicada. A resposta não é que fosse metafisicamente impossível Jesus e o Espírito Santo ministrarem aos discípulos ao mesmo tempo. Mas, João explicou em 7:39 que “o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado”.

 

“... convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. ”

A tarefa do Consolador será “convencer” ou expor essa verdade a respeito do mundo, é difícil condensar o significado total de (paraklētos) em uma única palavra, pois esse termo tem uma variedade de usos. Embora o Espírito Santo devesse ser um Consolador para os apóstolos, sua função mais evidente é descrita aqui: a de um advogado de acusação que convenceria o mundo.

O ministério do Espírito como um advogado de acusação é expresso na palavra grega (elenchō) traduzida por “convencer”. O verbo tem a ver com mostrar ao indivíduo seu próprio pecado, geralmente como um chamado ao arrependimento. O Espírito iria “convencer o mundo”, isto é, expor a real situação do mundo claramente (demonstrando que o mundo é culpa do – independentemente de o indivíduo admitir a sua culpa).

O Espírito realizaria a sua obra por meio das palavras dos apóstolos, daqueles sobre quem os apóstolos impusessem as mãos e por meio das palavras registradas nas Escrituras até o fim dos tempos. Um exemplo da obra convincente do Espírito foi visto na pregação de Pedro no Pentecostes. Naquele dia, depois de ouvir a mensagem, “compungiu-se-lhes o coração” (Atos 2:37). O papel do Espírito de convencer o mundo diz respeito ao pecado, à justiça e ao juízo. Será comentado nos versos posteriores por sua ordem. Essas categorias incluem todos os elementos que determinam a condição espiritual de uma pessoa.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

BARCLAY, William. The Gospel of John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_02.pdf

Atos 4.12

  

Atos 4.12 “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. ”

 

“E em nenhum outro há salvação, ”

Percebe-se a facilidade com que Pedro passa da cura para a salvação, do particular para o geral. Ele vê a cura física de um homem (coxo) como uma ilustração da salvação que é oferecida a todos em Cristo. O grego tem um trocadilho ausente na versão para o português. “Salvação” e “salvos” nesse versículo são da mesma raiz que a palavra “curado”, no versículo 9. Assim como Jesus foi quem pôde curar fisicamente o mendigo, Ele também é o único que pode salvar espiritualmente a humanidade!

A afirmação é restritiva, mas é verdadeira. Jesus disse: “Eu sou o caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6). Pedro ecoou esse pensamento. Seus
ouvintes consideravam-se salvos porque eram da descendência de Abraão e porque tinham a lei de Moisés. Jesus havia dito a eles: “E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que, mesmo destas pedras, Deus pode suscitar filhos a Abraão” (Mateus 3.9).

Há entre os homens muitos nomes que alegam ser nomes salvadores, mas que, na verdade, não o são. Existem muitas instituições religiosas que desejam estabelecer reconciliação e ligação entre Deus e os homens, mas não podem.

Visto que não há outro nome pelo qual corpos doentes sejam curados, assim não há outro nome pelo qual almas pecadoras sejam salvas. Por Ele, e somente por Ele, recebendo e aceitando sua doutrina, é que todos nós receberemos a salvação. A sua morte e ressurreição, sua exaltação e autoridade fazem dele o único Salvador, já que nenhum outro possui tais qualificações

 

“... porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. ”

Paulo escreveu aos filipenses que Cristo recebeu um nome que é sobre todo o nome:  Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome; Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Filipenses 2.9-11). Este nome é dado debaixo do céu. Jesus tem não só um grande nome no céu, mas um grande nome debaixo do céu, porque Ele possui todo o poder tanto no mundo superior quanto no inferior.

 

Por seu nome foi determinado a salvação da humanidade. O anjo do Senhor havia dito a José: “não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1.20-21). Esse Nome foi dado entre os homens que precisam de salvação, homens que estejam prontos a perecer. Somos salvos por seu nome, por este nome: O Senhor, Justiça Nossa (Jeremias 23.6).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

Comentário Bíblico Beacon. Volume 7. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2005.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200110_04.pdf

Hebreus 2.1

  

Hebreus 2.1 “Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, para que em tempo algum nos desviemos delas. ”

 

“Portanto, convém-nos atentar com mais diligência para as coisas que já temos ouvido, ”

“Portanto”, indica que o que vem a seguir significa será uma conclusão do raciocínio apresentado no capítulo primeiro acerca da elevada dignidade de Cristo e sobre seu poder de salvar. Nos convém “atentar com mais diligência” ou “Importa que nos apeguemos, com mais firmeza” Essa frase é usada no sentido de nos orientar a ter “atenção máxima”. Aos hebreus Deus falou: “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos” (Êxodo 19.5).

Senão agirmos com diligencia estaremos perdidos. Aqueles que não prestam a devida atenção a esta admoestação mostram-se descuidados com a eternidade!

Uma atenção especial e cuidadosa deve ser dada as “coisas que já temos ouvido, ” ou “às verdades ouvidas”. O que ouvimos? Subentende-se aqui tudo o que está incluso nas boas novas do evangelho.

Pode-se definir que o evangelho contém pelo menos quatro elementos: 1) Ele contém o nosso credo, que é a essência da mensagem do evangelho (1 Coríntios 15:1–4). 2) Ele contém as promessas que esperamos (Romanos 8:24; Tito 1:2), incluindo a esperança no céu, na vida eterna, na redenção do corpo na ressurreição e na providência divina nesta vida. 3) Ele contém
mandamentos a serem obedecidos e aos quais devemos nos submeter (Mateus 28:19, 20; Marcos 16:15, 16; 2 Timóteo 2:2). 4) Ele adverte do castigo aos que não lhe obedecem, dando-nos razão para temer (2 Tessalonicenses 1:7–9; Mateus 25:31, 46; Hebreus 10:26–29 e 12:28, 29).

 

“... para que em tempo algum nos desviemos delas. ”

A NVI diz: “para que jamais nos desviemos”. A palavra grega traduzida por “desviemos” significa literalmente “escoar para além de”. Uma porção de ilustrações pode ser usada para descrever esse tipo de desvio: um navio que desliza de seu ancoradouro e desvia para a destruição; um anel que escorrega do dedo de um nadador descuidado ou um corredor de longa distância que toma a direção errada do trajeto. A tragédia desse desvio é vividamente ilustrada toda vez que veículos perdem a direção e saem bruscamente do curso normal, colidindo com outros veículos ou pedestres.

A ideia, portanto, desta palavra é que precisamos urgentemente ancorar nossas vidas ao que temos aprendido, e jamais deixar que o barco de nossas vidas se solte do porto e naufrague. F. F. Bruce disse: Qualquer que seja a força metafórica do verbo aqui, o autor está advertindo os leitores cristãos, os quais ouviram e aceitaram o evangelho, que, se eles cederem à tentação de abandonar a fé, a situação deles será desesperadora.

Desviar-se, portanto, destas coisas, era voltar as costas para o maior e melhor benefício de Deus a eles concedido, que doravante eram justificados em Cristo, sem o rigor da Lei: “Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê (Romanos 10.4).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201402_09.pdf

SILVA, Severino Pedro. Epístola aos Hebreus – as coisas novas e grandes que Deus preparou para você. Rio de Janeiro CPAD, 2023.

2 Coríntios 5.17

  

2 Coríntios 5.17 “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. ”

 

“Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; ”

Falando primeiramente de si mesmo e depois de todos os que conheceram a Cristo, Paulo disse que estar em Cristo é participar de uma nova forma de ser. A cruz e a ressurreição efetuaram uma ruptura radical com antiga vida de Paulo, trazendo-o a uma união vital com Cristo e a uma esfera de existência totalmente nova. Paulo se tornou uma nova pessoa com uma nova identidade: “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim” (Gálatas 2.20).

Agora ele pertence a um “novo mundo”. A mudança é tão dramática, que somente pode ser descrita como uma “nova criação”. Cristo já havia dito a Nicodemos: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito” (João 3.6).

Paulo usou parcamente a terminologia do novo nascimento. O conceito de nova criação está contido no novo nascimento, mas há uma ênfase diferente. Paulo via a novidade em Cristo como um conceito mais coletivo do que individual. O novo nascimento tende a enfatizar o indivíduo e seu relacionamento com Deus, enquanto a nova criação é uma nova ordem mundial.

Ser salvo, redimido e reconciliado é, ao mesmo tempo, tomar uma decisão individual e passar a fazer parte de um novo povo: “Vós, que em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia, mas agora alcançastes misericórdia” (1 Pedro 2.10). Isso implica uma nova maneira de se relacionar com as pessoas, pois fomos criados de novo para boas obras: ”Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2.10).

 

“... as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. ”

Toda a sua antiga vida — suas relações, condições, e situações— “já passaram” (tempo verbal aoristo em grego, denotando um fato realizado); em seu lugar veio, e agora existe (a implicação do tempo verbal perfeito em grego), uma nova vida “em Cristo”.

Empregando uma linguagem escatológica do fim dos tempos Paulo disse que Deus, por meio de Cristo, invadiu a antiga ordem da humanidade. Depois que Deus criou a humanidade e o pecado entrou nos seres humanos, a velha criação prevaleceu. Então, em Cristo, Deus voltou aos seres humanos para recriar um povo. Eis que se fizeram novas.

Talvez o apóstolo estivesse conscientemente ratificando o profeta Isaías: “Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas. Mas vós folgareis e exultareis perpetuamente no que Eu crio; porque eis que crio para Jerusalém alegria e para o seu povo, regozijo” (Isaías 65.17-18).

Em Cristo participamos de uma nova era. O reino do Messias está dentro de nós: “É chegado o reino dos céus” (Mateus 10.7).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_03.pdf

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

 

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE OUTUBRO DE 2024 (Romanos 14.17)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE OUTUBRO DE 2024
O REINO TÊM A VER COM JUSTIÇA, PAZ E ALEGRIA NO ESPÍRITO

Romanos 14.17 “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo.”

 

“Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, ”

Paulo agora nos ensina que nossa abstinência não nos leva a nenhuma perda de nossa liberdade, uma vez que o reino de Deus não consiste dessas coisas.

O judaísmo consistia muito em comidas e bebidas (Hebreus 9.10), abstendo-se religiosamente de alguns tipos de comida (Levítico 11.2), comendo outros religiosamente, como em vários sacrifícios, parte dos quais devia ser comida diante do Senhor. Mas todas essas prescrições para Paulo estão agora abolidas não sendo mais necessárias (Colossenses 2.21,22). A questão está resolvida.

Paulo considerava todas as espécies de comida como kosher ("certas", "lícitas") “Toda criatura de Deus é boa” (1 Timóteo 4.4), mas se o seu exemplo, ao comer certas espécies de comida, ia prejudicar alguém, ele as evitaria. Os homens devem lembrar que a liberdade cristã e a caridade cristã devem ir de mãos dadas.

Se por causa do amor podemos abster-nos do uso de alimentos sem trazer qualquer desonra ao nome de Deus, sem prejudicar o reino de Cristo, ou sem escandalizar a consciência dos piedosos, não podemos tolerar os que trazem conturbação à Igreja por causa de comida.

Ele usa argumentos similares em sua Primeira Epístola aos Coríntios: “Não é a comida que nos recomendará a Deus, pois nada perderemos se não comermos, e nada ganharemos se comermos” [1 Coríntios 8.8]. Ele desejava mostrar-nos com isso que a comida e a bebida são de mui pouco valor para serem causa de empecilho no avanço do evangelho.

Não é de comida e bebida que o reino de Deus se ocupa, mas de justiça, paz e alegria no Espírito. A ênfase do cristianismo não deve ser colocada sobre essas coisas, nem elas são essenciais para a fé cristã.

 

“..., mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo. ”

O Reino dos céus, não consiste em comer ou beber. Consiste em três grandes coisas, todas as quais são essencialmente alheias ao egoísmo.

Primeiro: Justiça (Dikaiosune), e a justiça consiste em dar aos homens e a Deus o que lhes corresponde. Então, o primeiro que devemos oferecer a um semelhante na vida cristã é simpatia e consideração; no momento em que nos transformamos em cristãos, os sentimentos de outros se tornam mais importantes que os nossos próprios; o cristianismo significa colocar primeiro a outros e depois o eu. Não podemos dar a outro o que corresponde e, ao mesmo tempo, fazer o que queremos.

Logo vem a Paz (Eirene). No Novo Testamento, a paz não significa somente ausência de problemas; a paz não é algo negativo, é intensamente positiva; significa tudo aquilo que tende ao bem supremo do homem. Os próprios judeus frequentemente pensavam que a paz significava um estado de corretas relações entre homem e homem. Se insistirmos em que a liberdade cristã significa fazer tudo o que queiramos, isto é precisamente um estado de coisas que nunca poderemos alcançar. O cristianismo consiste inteiramente em relações pessoais com os homens e com Deus. A ilimitada liberdade cristã está condicionada pela obrigação cristã de viver em boas relações, em paz, com nossos semelhantes.

Por último a Alegria (Chara). No cristianismo, a alegria nunca pode ser egoísta. A alegria cristã não consiste em que sejamos felizes, consiste em fazer os outros felizes. Uma mau chamada felicidade que angústia e ofende a outros, não é uma felicidade cristã. Se em sua própria busca da felicidade alguém machuca o coração ou fere a consciência de outro, o fim último de sua busca não será alegria, mas tristeza. A alegria cristã não é individualista; é algo interdependente. A liberdade cristã não é liberdade para pisar os sentimentos de outros. O cristão se alegra só quando dá alegria a um semelhante, embora seja à custa de limitações pessoais para ele.

No Espírito Santo. Para o apóstolo, "o reino de Deus" é a futura herança do povo de Deus, mas "no Espírito Santo" as bênçãos da herança futura já podem ser desfrutadas: “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas 5:22).

No grande dia, não será perguntado: “Quem comeu carne e quem comeu legumes? ” Ou “Quem guardou os dias santos e quem não guardou? ” Mas será indagado: “Quem temeu a Deus e praticou a justiça e quem não o fez? ”

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
21/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200905_05.pdf

BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

BRUCE, F, F. Romanos - Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2002.

CALVINO, João, (1509-1564). Romanos [tradução de Valter Graciano Martins]. São José dos Campos, SP: Fiel, 2014.