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sábado, 24 de agosto de 2024

Isaías 64.4

 

Isaías 64.4 “Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu um Deus além de ti, que trabalhe para aquele que nele espera.”

 

“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu,”

Este versículo generaliza o anterior. “Quando fazias coisas terríveis, que nunca esperávamos, descias, e os montes se escoavam diante da tua face” (v.3). Desde a antiguidade remete aqui a aos tempos antigos da doação da lei, no Sinai. Os acontecimentos do Sinai tomaram Israel de surpresa, primeiramente devido ao próprio acontecimento; depois pela maneira notável como tudo sucedeu.

Desde a antiguidade não se ouviu o que eles ouviram. Após os filhos de Israel aceitar a aliança com Deus de se tornarem sua propriedade peculiar dentre todos os povos. Todo o povo respondeu a uma voz, e disse: “Tudo o que o Senhor tem falado, faremos” (Êxodo 19.8). Deus disse a Moisés que viria a ele numa nuvem espessa para que o povo o ouvisse e cressem nele eternamente (Êxodo 19.9).

No terceiro dia uma espessa nuvem e um sonido de buzina muito forte veio sobre o monte Sinai e todo o povo se estremeceu: Então falou Deus todas estas palavras...” (Êxodo 20.1). Essas palavras começaram com os dez mandamentos, todavia o povo temeu e se retirou para mais longe possível do monte E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos” (Êxodo 20.19).

Deus falou de maneira terrível ao povo, pois não há Deus fora dele: Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isso desde a antigüidade? Quem , desde então, o anunciou ? Porventura, não sou eu, o Senhor? E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim” (Isaías 45.21).

 

“... nem com os olhos se viu um Deus além de ti,”

Desde a antiguidade não se viu os que os filhos de Israel viram:Ele é o teu louvor e o teu Deus, que te fez estas grandes e terríveis coisas que os teus olhos têm visto(Deuteronômio 10.21).

Quando Deus desceu sobre  o monte Sinai em fogo fez o monte fumegar e tremer  e advertiu o povo para que não passasse o termo para vê-lo, a fim de que lês não perecessem (Êxodo 19.21). Ninguém jamais tinha visto os deuses pagãos fazer os tipos de maravilhas sobre as quais se lê na história de Israel, pois não há nenhum além dele.

Para o povo a visão de Deus sobre o Sinai foi assustadora: E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando; e o povo, vendo isso retirou-se e pôs-se de longe” (Êxodo 20.18). Isso aconteceu para que entre o povo houvesse sempre o temor, a fim de que eles não pecassem (Êxodo 20.20).

Hoje Deus quer que olhemos para ele a fim de nos salvar: “Olhai para mim e sereis salvos, vós, todos os termos da terra; porque eu sou Deus; e não há outro” (Isaías 45.22). Pois agora a sua salvação não é só para Israel, mas para “os termos da terra”. Ele revelou o seu propósito a Abraão para abençoar todas as famílias (nações) da terra (Genesis 12.3). Isto nunca mudou. Muitos no mundo ainda estão olhando na direção errada. Todos precisam olhar para ele como os israelitas olharão para a serpente de bronze no deserto: “E disse o Senhor a Moisés: Faze-te uma serpente ardente, e põe-na sobre uma haste; e será que viverá todo o que, tendo sido picado, olhar para ela (Números 21.8)

 

“... que trabalhe para aquele que nele espera.”

Jesus disse aos opositores judeus: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5.17), este dia era um sábado e Jesus foi acusado de violar o sábado por ter curado um paralítico e ordenado ele a tomar a sua cama e andar: Logo aquele homem ficou são; e tomou o seu leito, e andava. E aquele dia era sábado.  Então os judeus disseram àquele que tinha sido curado: É sábado, não te é lícito levar o leito” (João 5.9-10).

Jesus reafirmou que o seu ato no sábado era coerente com o descanso sabático prescrito por Deus (Gênesis 2:2, 3; Hebreus 4:4). Após a obra da criação, Deus descansou no sétimo dia; mas continuou a suster o universo. Deus trabalha constantemente, mas isso não significa que ele mesmo viole o sábado. D. A. Carson disse que entre os rabinos havia o consenso de que “Deus trabalha no sábado, porque, do contrário, a própria providência semanalmente entraria em suspensão”.

Tendo atestado que Deus está sempre trabalhando, Jesus acrescentou que ele também trabalhava continuamente em favor daqueles que nele esperam. “Esperar” para o Senhor implica o tipo de confiança que permite nos entregarmos a Ele por toda a vida. É satisfazer-se com “o cronograma de Deus” e não o nosso. Os que esperam em Deus podem aguardar grandes coisas, ainda que não tão dramáticas como aquelas sobre as quais lemos nas Escrituras.

Paulo, em 1 Coríntios 2:9, aplica essas palavras à sua maneira, descrevendo às bênçãos eternas que Deus prepara para Seu povo: “Mas, como está escrito:As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu,e não subiram ao coração do homem,são as que Deus preparou para os que o amam”. Clemente de Roma diz que se pode notar uma aplicação semelhante das palavras, dando “aqueles que o esperam” (como em Isaías) e “aqueles que o amam” (como em 1 Coríntios).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201011_08.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_06.pdf

D. A. Carson, O Comentário de João. Trad. Daniel de Oliveira e Vivian Nunes do Amaral. São Paulo: Shedd Publicações, 2007.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001. 

ELLICOTT, Charles J. A Old Testament Commentary for English Readers (1882).

BARNES, Albert. Notes on the Old & New Testaments. Baker Book House, 1983.

Ester 6.13

 

Ester 6.13 “E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos, tudo quanto lhe tinha sucedido. Então os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele.”

 

E contou Hamã a Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos, tudo quanto lhe tinha sucedido.”

Após ter sido surpreendido pelo rei que o usou para honar a Mardoqueu. Hamã retornou envergonhado para a sua casa. Ali ele se encontrou com Zeres, sua mulher, e a todos os seus amigos.

Esses um dia antes haviam aconselhado a Hamã a fazer um forca para Mardoqueu e pedir ao rei para enforcá-lo: “Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinqüenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que nela seja enforcado Mardoqueu; e então entra alegre com o rei ao banquete. E este conselho bem pareceu a Hamã, que mandou fazer a forca” (Ester 5.14).

Hamã lhes contou todo o seu constrangimento. Como foi contente pedir e cabeça de Mardoqueu e voltou atemorizado pelo rei Assuero o ter honrado diante de toda a cidade de Susã.

 

“Então os seus sábios e Zeres, sua mulher, lhe disseram: Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele.”

Após ouvi-lo, seus amigos aqui chamados sábios, provavelmente  porque alguns deles deviam fazer parte dos seus conselheiros, juntamente com sua esposa Zeres lhe disseram como uma só voz: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele.”

Essas palavras, embora soem estranhas vindas de lábios persas, sugerem que os judeus eram invencíveis. Independentemente dos maiores esforços humanos para destruir os judeus, nada nem ninguém poderia prevalecer contra eles!

O elemento curioso nessa conclusão é que, antes disso, os “sábios” não acreditavam na invencibilidade dos judeus. Pelo contrário, eles sugeriram que Hamã enforcasse Mardoqueu. Essa mudança de opinião pode ser explicada pela mudança das circunstâncias. Antes, parecia que Hamã era poderoso e Mardoqueu, indefeso. Agora, parecia que Mardoqueu era poderoso e que Hamã estava a mercê dele.

Os sábios viram nessa mudança de destino um sinal fatal da derrota total de Hamã, um “prenúncio de seu posterior fracasso”.

A sorte havia “caido” para definir a data da destruição dos judeus (Ester 3:7). A esposa e os amigos de Hamã agora dizem que ele tinha “começado a cair” e que ele “certamente cairia” perante Mardoqueu. Por fim, Hamã ainda “caiu sobre o divã em que se achava Ester” (Ester  7:8). Este último ato selou o seu destino.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_07.pdf

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

1 Pedro 2.17

 

1 Pedro 2.17 “Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai ao rei.”

 

Honrai a todos.”

Sendo o bom professor que era, Pedro resumiu tudo usando quatro imperativos: tratar com honra, amar, temer e honrar. A NVI, porém, diz: “Tratem a todos com o devido respeito: amem os irmãos, temam a Deus e honrem o rei”. A versão KJA é semelhante. Estas duas traduções entenderam o primeiro verbo é uma síntese dos três imperativos que vêm a seguir. Sendo assim, o sentido é: “Honrem a todos. Especificamente, quero dizer que honrem a todos amando a irmandade, temendo a Deus e honrando o rei”.

Honrai a todos.” Para nós isto pode soar como algo que nem sequer é preciso dizer; mas quando Pedro escreveu esta Carta tratava-se de um conceito totalmente novo. Pedro testemunhou muitas vezes a expressão de Jesus “Ouviste o que foi dito” e “Eu, porém, vos digo”. Cristo foi o renovo da Justiça de Deus.

No Império Romano havia uns sessenta milhões de escravos. Cada um deles, segundo as leis, era considerado não como uma pessoa, mas sim como uma coisa. Ainda hoje é possível tratar as pessoas como se fossem coisas. O empresário pode tratar a seus operários como se fossem simples conjuntos de máquinas humanas produtoras de determinada quantidade de trabalho.

As barreiras da  nacionalidade, língua, raça e cultura são removidas na admoestação de Pedro para tratar todos com honra. Anos antes, Pedro aprendera que Deus não faz acepção de pessoas (Atos 10:34).

Paulo escreveu: “Não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3:28). Todos os homens são merecedores de honra porque Deus “de um só fez toda a raça humana” (Atos 17:26).

Estereotipar pessoas por causa de raça, sexo ou cultura, por causa de características físicas ou deficiências, é lamentável para todo o que tem o Criador de “todos os homens” como seu Deus.

 

Amai a fraternidade.”

Embora Jesus tivesse ensinado Seus seguidores a honrarem todos os homens, eles deveriam fazer mais do que honrar os que partilhavam a mesma fé. 

O termo é “fraternidade” descreve os que igualmente confessam que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Filho do Deus vivo. Como 5:9 esclarece, significa mais do que a igreja local da qual o indivíduo é membro. As igrejas de Cristo espalhadas no mundo inteiro são a comunhão de crentes (Romanos 16:16). O amor é estendido a todos.

Paralela à instrução petrina para “honrar a todos, amar os irmãos” está a de Paulo: “Façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gálatas 6:10). Jesus disse: “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (João 13:35).

A Igreja é a grande família de Deus e seu vínculo tem que ser o amor. Já o dizia o salmista no Salmo 133:1: “Oh! Como é bom e agradável viverem unidos os irmãos!”

 

“Temei a Deus.

“Temer” é uma palavra com muitos aspectos. Em um de seus conceitos, o “temor” pode paralisar uma pessoa. O personagem da parábola que recebeu um talento deu esta desculpa esfarrapada: “Receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu” (Mateus 25:25).

Foi também neste sentido que João usou a palavra: “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo” (1 João 4:18). A alma que só obedece por medo do cajado de Deus encontrará pouca satisfação em seu cristianismo.

Em outra definição, “temor” é a reação duvidosa e insegura do ser humano face a face com o Criador. Temer a Deus é comparecer perante Ele com incerteza, cabisbaixo e gaguejando. É fazer apelações a Deus, em vez de oferecer-Lhe argumentos e explicações. “O temor do Senhor”, disse o sábio, “é o princípio do saber” (Provérbios 1:7).

O temor está intimamente ligado à humildade. Ele é o oposto da arrogância e da teimosia. Quando Isaías encontrou-se com Deus, o medo tomou conta dele: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios” (Isaías 6:5).

Moisés queira que Israel soubesse que Deus era um “fogo consumidor” (Deuteronômio 4:24). Todavia entendeu o propósito disso e disse ao povo: “Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis” (Êxodo 20.20.

O crente teme a Deus não ousa abusar do amor e da graça de Deus. Os cristãos não ousam “pecar para que a graça seja mais abundante” (Romanos 6:1).

 

“Honrai ao rei.”

Pedro concluiu a admoestação iniciada em 2:13: “Sujeitai-vos, pois, a toda a ordenação humana por amor do Senhor; quer ao rei, como superior; Quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores, e para louvor dos que fazem o bem (1 Pedro 2.13-4). Além de se sujeitarem ao rei, os cristãos deveriam honrá-lo. Todavia, o apóstolo acabara de esclarecer que todas as pessoas merecem ser honradas. A honra atribuída ao rei, sem concessões, foi especificada aqui.

Na Ásia Menor, inscrições gregas do segundo século prestam as mais elevadas honras aos imperadores romanos. O imperador era considerado deus, salvador e todo-poderoso. Para Pedro, o rei era digno de honra, mas não de adoração. E não cabia ao rei o tipo de temor reservado somente para Deus. Pedro sutilmente e com maestria instruiu seus leitores sobre o relacionamento deles com o poder civil.

Deveriam se sujeitar e honrar, mas não temer, as autoridades no poder. Os cristãos não temem autoridades do mesmo modo que temem a Deus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

Barclay, William. The Letters of James and Peter (Título Original em Inglês). Tradução: Carlos Biagini.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201410_01.pdf

Ester 6.1

 

Ester 6.1 “Naquela mesma noite fugiu o sono do rei; então mandou trazer o livro de registro das crônicas, as quais se leram diante do rei.”

 

Naquela mesma noite fugiu o sono do rei;”

Na mesma noite em que a rainha Ester havia pedido ao rei Assuero para lhe oferecer um banquete a ele e a Hamã: “Se parecer bem ao rei, venha hoje com Hamã ao banquete que lhe tenho preparado” (Ester 5.4).

Na mesma noite em que Hamã havia se reunido na sua casa com seus amigos e Zeres, sua mulher. E sido aconselhado por Zeres a preparar uma forca com cinqüenta côvados de altura para ser enforcado Mardoqueu, pois mais uma vez não lhe havia se inclinado a ele: “Então saiu Hamã naquele dia alegre e de bom ânimo; porém, vendo Mardoqueu à porta do rei, e que ele não se levantara nem se movera diante dele, então Hamã se encheu de furor contra Mardoqueu” (Ester 5.9).

Fugiu o sono do Rei. Possivelmente sentia o rei ansiedade para com o pedido de Ester ou talvez excessos de vinho no banquete mantivessem o rei Xerxes acordado aquela noite. A rainha Ester após o banquete solicitou que o rei e Hamã viesse novamente no outro dia para um segundo banquete: “Se achei graça aos olhos do rei, e se bem parecer ao rei conceder-me a minha petição, e cumprir o meu desejo, venha o rei com Hamã ao banquete que lhes hei de preparar, e amanhã farei conforme a palavra do rei” (Ester 5.8).

Mas, acima de tudo, foi a providência de Deus. Sua insônia é uma das “coincidências” tramadas por Deus para realizar o livramento dos judeus.

 

“... então mandou trazer o livro de registro das crônicas, as quais se leram diante do rei.”

Por ter fugido o seu sono o rei Assuero solicitou que lessem para ele o livro de registro das crônicas para aproveitar o tempo ocioso. Um dos servos do rei trouxe o livro e este foi lido diante do rei.

Poderíamos até presumir que essas crônicas geralmente tediosas e maçantes, induziriam o sono do rei. Neste caso, porém, um certo acontecimento lhe chamaria a atenção. O acontecimento registrado no livro das crônicas lido perante o rei foi o caso da sedição de Bigtã e Teres e quem havia denunciado E veio isto ao conhecimento de Mardoqueu, e ele o fez saber à rainha Ester; e Ester o disse ao rei, em nome de Mardoqueu. E inquiriu-se o negócio, e se descobriu, e ambos foram pendurados numa forca; e foi escrito nas crônicas perante o rei” (Ester 2.22-23).

O fato de o rei ter deixado de honrar alguém que o havia salvado era uma séria omissão que precisava sem dúvida ser reparada.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_07.pdf

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

 BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

Ester 6.14

  

Ester 6.14  “E estando eles ainda falando com ele, chegaram os camareiros do rei, e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.”

 

 “E estando eles ainda falando com ele, chegaram os camareiros do rei,”

Hamã estava em sua casa conversando com seus amigos sábios e sua esposa Zeres. Ele tinha acabado de ouvir deles a previsão do seu futuro: “Se Mardoqueu, diante de quem já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele, antes certamente cairás diante dele” (Ester 6.13).

De acordo com os seus, Hamã a partir da exaltação de Mardoqueu começara a cair e certamente cairia completamente diante dele.

Estando eles ainda falando chegaram os camareiros do rei. Hamã ainda está tentando haver-se com a mudança ocorrida nas suas circunstâncias, quando eunucos, enviados pelo rei para escoltar Hamã ao banquete, de acordo com o costume, chegaram à porta da sua casa.

 

“...e se apressaram a levar Hamã ao banquete que Ester preparara.”

Em vez de ir “alegremente com o rei ao banquete” como havia ido ao primeiro banquete da rainha planejando a morte de Mardoqueu: “Então lhe disseram Zeres, sua mulher, e todos os seus amigos: Faça-se uma forca de cinqüenta côvados de altura, e amanhã dize ao rei que nela seja enforcado Mardoqueu; e então entra alegre com o rei ao banquete. E este conselho bem pareceu a Hamã, que mandou fazer a forca (Ester 5:14), Hamã parece ter sido forçado a ir rapidamente como um homem condenado vai para sua execução.

Hamã havia sido convidado para os dois banquetes da rainha. Esse era o segundo e último banquete de Hamã. O tom da narrativa prenuncia a derrota e morte de Hamã que acontecerão no próximo capítulo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_07.pdf

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

Ester 6.7

 

Ester 6.7 “Assim disse Hamã ao rei: Para o homem, de cuja honra o rei se agrada,”

 

Assim disse Hamã ao rei:”

O rei Assuero pensando em como recompensar Mardoqueu perguntou a Hamã o que se deveria fazer ao homem de quem o rei se agradava. A natureza egocêntrica de Hamã levou-o a concluir que o rei estava perguntando, indiretamente, o que poderia ser feito para honrá-lo. “Afinal”, pensou ele, “quem merece mais honra do que eu?”

Quando fez essa sugestão ao rei, imaginando que a honra seria para ele, Hamã revelou ter a síndrome de imperador. Ele queria roupa de rei, cavalo de rei e coroa de rei (Ester 6.8-9). Atualmente, tem sido identificado em crianças e adolescentes a “síndrome do imperador”.
A Síndrome do Imperador é um fenômeno comportamental que tem se tornado cada vez mais comum nos dias de hoje. São filhos egocêntricos, reinam dentro e fora de casa, ditam as regras e exigem o que querem. Sem correção, os filhos podem crescer como um Hamã, cheios de soberba e presunção (Provérbios 23.13,14; 29.15,17,23; 30.17).

Joyce G. Baldwin sugeriu que a percepção equivocada de Hamã era de certa forma compreensível. Ela explicou que um rei geralmente “perguntava ao destinatário que presente ele gostaria de receber”. Assim, ele teria certeza de que o presente seria apreciado. Todavia, em vez de perguntar a Mardoqueu, o rei dirigiu a pergunta a Hamã. “Obviamente o rei esperava ouvir exatamente o que seu próprio cortesão gostaria de receber em homenagem, e qualquer um cometeria o erro de Hamã em presumir que ele mesmo seria o homenageado.

 

“Para o homem, de cuja honra o rei se agrada,”

Em sua resposta, Hamã pintou o quadro de sua própria exaltação. Ele é tão egocêntrico que só consegue ver a si mesmo. Tão vaidoso que está a ponto de explodir. O rei certamente só poderia estar falando dele. E ele quem o rei quer honrar. Esfrega mentalmente as mãos, pensando: "Agora vou receber o que mereço!" E começa a mencionar todas as coisas maravilhosas que o rei deveria fazer por tal pessoa.

Tal homem, disse ele, deveria trajar as vestes reais, montar o cavalo do rei e ser conduzido pela praça da cidade, tendo adiante de si um nobre anunciando seus louvores: Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça. E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar; e levem-no a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoe-se diante dele: Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!” (Ester 6.8-9).  Hamã quase podia ouvir as saudações e sentir a bajulação que receberia ao desfilar montado no cavalo do rei.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_07.pdf

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

SWINDOLL, Charles R. Ester: uma mulher de sensibilidade e coragem - tradução de Neyd Siqueira. - São Paulo: Mundo Cristão, 1999.

 

Ester 6.11

 

Ester 6.11 “E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu, e o levou a cavalo pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!”

 

“E Hamã tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu,”

O rei Assuero querendo honrar a Mardoqueu perguntou a Hamã como ele deveria honrar um homem de quem ele se agradava. Hamã que havia entrado na presença do rei para pedir o enforcamento de Mardoqueu presumiu que o rei dele falava. Em sua resposta, Hamã pintou o quadro de sua própria exaltação.

E sugeriu: Tragam a veste real que o rei costuma vestir, como também o cavalo em que o rei costuma andar montado, e ponha-se-lhe a coroa real na sua cabeça. E entregue-se a veste e o cavalo à mão de um dos príncipes mais nobres do rei, e vistam delas aquele homem a quem o rei deseja honrar...” (Ester 6.8-9). 

Para a surpresa dele, o rei Assuero ordenou que ele Hamã tomasse a veste real e vestisse o judeu Mardoqueu que está assentado à porta do rei; e que coisa nenhuma omitasse de tudo quanto o havia sugerido para fazer. Hamã mesmo constrangido o fez conforme a ordem do rei: tomou a veste e o cavalo, e vestiu a Mardoqueu”.

 

“... e o levou a cavalo pelas ruas da cidade,”

Além de vestir Mardoqueu, Hamã teve que levar o cavalo sobre o qual Mardoqueu se assentara pelas ruas da cidade. Pois Hamã era o principal dos príncipes de Assuero:” Depois destas coisas o rei Assuero engrandeceu a Hamã, filho de Hamedata, agagita, e o exaltou, e pôs o seu assento acima de todos os príncipes que estavam com ele” (Ester 3.1).

Hamã não se atreve a contestar, ou sequer demonstrar desgosto para com a ordem do rei, mas, com o maior pesar e relutância imagináveis, leva a Mardoqueu pela cidade.

 

“... e apregoou diante dele: Assim se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada!”

Hamã, embora humilhado, cumpriu a ordem do monarca em detalhes. Ele levou Mardoqueu, vestido com as vestes reais, montado no cavalo do rei pelas ruas da cidade, e apregoou diante dele as palavras que ele mesmo havia prescrito: : “Assim se fará ao homem a quem o rei deseja honrar!”. Que irônico! Hamã foi obrigado a honrar o homem que ele queria enforcar.

 

F. B. Meyer sobre esta passagem: “Aqui foi, na verdade, uma virada de mesa! Hamã prestando honras ao humilde judeu, que se recusou a honrá-lo. Certamente naquele dia o antigo refrão deve ter tocado no coração de Mardoqueu: ‘Levanta o pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra’ (1 Samuel 2.8).

E uma antecipação de outras palavras: - ‘Tendo pouca força, guardaste a minha palavra e não negaste o meu nome. Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás (aos que se dizem judeus e não são, mas mentem), eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo’ (Apocalipse 3.8,9).

O Dr. Meyer conclui o seu sermão: “Permaneça confiante, amado irmão, mesmo em meio ao escárnio, ao ódio, e às ameaças de morte. Contanto que a tua causa seja de Deus, ela há de vencer. Ele mesmo a justificará. Aqueles que o honrarem, serão honrados; enquanto aqueles que o desprezarem serão desprezados”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BALDWIN, Joyce G. Ester – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1986.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201803_07.pdf

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Vol. 2. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

1 Samuel 25.35

 

1 Samuel 25.35 “Então Davi tomou da sua mão o que tinha trazido, e lhe disse: Sobe em paz à tua casa; vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz, e tenho aceitado a tua face.”

 

Então Davi tomou da sua mão o que tinha trazido,”

Abigail se apressou após a má resposta de seu marido Nabal e com ajuda de alguns servos preparou uma oferta a Davi e seus homens. Essa oferta consistia de: “duzentos pães, e dois odres de vinho, e cinco ovelhas guisadas, e cinco medidas de trigo tostado, e cem cachos de passas, e duzentas pastas de figos passados” (1 Samuel 25.18).

Após se desculpar pela transgressão do seu marido Abigail argumentou com sabedoria a Davi demonstrando que através dela Deus estava dando livramento a Davi: “Agora, pois, meu senhor, vive o SENHOR, e vive a tua alma, que o SENHOR te impediu de vires com sangue, e de que a tua mão te salvasse” (1 Samuel 25.26).

A apresentou sua oferta ao irado homem de Deus aplacando-lhe assim sua ira: “E agora este é o presente que trouxe a tua serva a meu senhor; seja dado aos moços que seguem ao meu senhor (1 Samuel 25.27).

 

“... e lhe disse: Sobe em paz à tua casa;”

Davi então a despede com uma saudação de paz. Ela havia sido enviada a ele lutando pela paz: E procurai a paz da cidade, para onde vos fiz transportar em cativeiro, e orai por ela ao Senhor; porque na sua paz vós tereis paz” (Jeremias 29.7). Aqueles que lutam pela paz serão chamados filhos de Deus: “Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus” (Mateus 5.9).

Essa busca pela paz é manifesta nas saudações tanto judaica como cristã: “E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós” (Lucas 10.5-6).

 

“... vês aqui que tenho dado ouvidos à tua voz, e tenho aceitado a tua face.”

Davi reconhece que foi convencido pela eloqüência dela: Tenho dado ouvidos à tua voz, e não darei seguimento à vingança planejada, porque tenho aceitado a tua face. Ele se alegrou com as palavras de Abigail.

Matthew Henry diz que Homens sábios e justos darão ouvidos ã razão, e permitirão que ela os governe, embora venha daqueles que são seus inferiores e embora os seus ânimos estejam exaltados e seus espíritos afrontados.

Uma repreensão sábia e fiel é, com freqüência, mais bem-recebida, e traz melhores resultados do que esperávamos; tal é a influência que Deus tem sobre a consciência das pessoas: O que repreende o homem gozará depois mais amizade do que aquele que lisonjeia com a língua(Provérbios 28.23).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry – Josué a Ester. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

Salmo 5.11

 

Salmo 5.11 “Porém alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente, porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.”

 

 Porém alegrem-se todos os que confiam em ti; exultem eternamente,”

O salmista está fazendo uma descrição do povo de Deus e ora por eles, concluindo com a garantia da sua bênção, da qual ele nunca duvidou. Eles são os justos (v. 12), já que eles confiam em Deus, estão seguros nele no que se refere ao seu poder e auto-suficiência. A sua oração por eles é: “Alegrem-se todos os que confiam em ti” e se regozijem, pois não faltam motivos.

O salmista pede que eles sejam cheios de alegria, de uma grande e indescritível alegria; que eles clamem por alegria, uma alegria constante e perpétua; que eles “exultem eternamente”: “Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação” (Habacuque 3.18).

A alegria é um privilégio do crente: ”Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos” (João 17.13), dotado do fruto do Espírito.

 

“... porquanto tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome.”

Ele ora para que eles se regozijem “porquanto tu os defendes”, os cobrindo com tua proteção. Deus disse a Israel: “Mas se diligentemente ouvires a sua voz, e fizeres tudo o que eu disser, então serei inimigo dos teus inimigos, e adversário dos teus adversários” (Êxodo 23.22).

Talvez aqui tenhamos uma alusão ao pilar de nuvem e fogo, que para Israel era um sinal visível da presença especial de Deus entre eles e da proteção especial que eles tinham: “E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem para os guiar pelo caminho, e de noite numa coluna de fogo para os iluminar, para que caminhassem de dia e de noite” (Êxodo 13.21).

Quando os nossos inimigos forem destruídos, a nossa alegria estará completa, pois nos gloriaremos. Nossos inimigos sempre riem primeiro e choram depois. Nós choramos agora, mas nos alegraremos para sempre. Quando eles uivarem, nós exultaremos. Considerando que eles gemerão eternamente, nós exultaremos de alegria eternamente: “E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 25.45).

Devemos aprender a orar com Davi, não apenas por nós, mas também pelos outros, por todas as pessoas que amam e confiam no seu nome. Paulo instruiu os Efésios: “Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Efésios 6.18).

 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/8/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Jó a Cantares. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 24 DE AGOSTO DE 2024 (Hebreus 12.14)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
24 DE AGOSTO DE 2024
AOS CRISTÃOS NÃO PERTENCEM A VINGANÇA, MAS O PERDÃO E A PAZ

Hebreus 12.14 "Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor. ” 


"Segui a paz com todos "

O escritor aos hebreus exorta a igreja a seguir a paz com todos, como Paulo também solicita a se possível for enquanto estiver em nós ter paz com todos os homens (Romanos 12:18). Paz é uma das modalidades do Fruto do Espírito. Amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão e temperança, (Gálatas 5:22) então ela também é procedente do Espírito Santo. Paulo escreve na epístola aos romanos que nós quando justificados pela fé temos paz com Deus. Jesus nos deixou a paz diferente da paz do mundo (João 14:27). Uma paz diferente por quê ela tem o poder de permanecer conosco além das circunstâncias da vida. Nas beatitudes ele chama de filhos de Deus os pacificadores, ou seja, aqueles que exercem a sua paz.


"... e a santificação,  "

Além da paz devemos seguir também a santificação também obra procedente do espírito santo quando justificados. A santificação é uma obra instantânea, progressiva e futura. A santificação que o escritor se refere é a santificação progressiva, que devemos seguir ou manter. Santificação progressiva se refere a manutenção da santificação instantânea quando o Espírito Santo se apossou de nós: "E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo" (1 Tessalonicenses, 5:23). Em outras palavras é impossível ser santo sem manter em progressão o fruto do espírito. A primeira epístola de Pedro nos diz que Deus é santo e que nós também devemos ser santos como Ele é (I Pedro 1:15-16). Pedro está citando o texto de Levítico 11:44 que em outro tempo foi recomendado ao povo de Israel. Mas agora no tempos dos gentios Deus espera isso de nós que por sua graça nos tornamos sacerdócio real e nação santa..


"... sem a qual ninguém verá o Senhor. ” 

Santificação não deve ser vista como requisito para a salvação, mas consequência dela, a palavra de Deus nos diz: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo, como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor" (Efésios, 1:3-4). A santificação sempre esteve no projeto de Deus para sua igreja de forma que aqueles que são chamados por ele estão predestinados para uma vida santa e irrepreensível, pois a santidade convém a casa de Deus para sempre (Salmo 93:5). Sem santificação negamos a eficácia da nossa salvação: "Porque não nos chamou Deus para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem despreza isto não despreza ao homem, mas, sim, a Deus, que nos deu também o seu Espírito Santo" (1 Tessalonicenses, 4:7-8).


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/2/2021

Fonte:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro. CPAD, 2021.