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domingo, 14 de abril de 2024

Eclesiastes 12.1

Eclesiastes 12.1 "Lembra-te também do teu Criador nos dias da tua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; "


"Lembra-te também do teu Criador "

O pregador fecha o seu sermão dos eu livro com uma exortação aos jovens, para que comecem cedo a buscar ao Senhor, antes das adversidade da velha idade e da enfermidade. Ela exorta os jovens a Lembrar do criador. Lembrar quer dizer: não esquecer, recordar; fazer um memorial. O próprio povo de Deus não pensa nele como deveria: "Ouvi, ó céus, e dá ouvidos, tu, ó terra; porque o Senhor tem falado: Criei filhos, e engrandeci-os; mas eles se rebelaram contra mim. O boi conhece o seu possuidor, e o jumento a manjedoura do seu dono; mas Israel não tem conhecimento, o meu povo não entende" (Isaías 1:2,3)

No original a palavra "Criador" está no plural. Para nós cristãos isso pode significar uma referência a Trindade. Pois as três pessoas da trindade participam dos atos criativos:

Pai: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou" (Gênesis 1:27).

Filho: "Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (João 1:3) 

Espírito Santo: "O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida" (Jó 33:4) 


“... nos dias da Tua mocidade”

Porque é importante lembrar de Deus nesses dias? O apóstolo João escreve aos jovens: "Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno. Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo" (1 João 2:14-16)

O jovem devem se lembrar do Criador nos dias da sua força: "porque sois fortes”. Essa força significa força física, saúde perfeita, e também força espiritual (condicional). O jovem é um soldado hábil no acampamento militar de Cristo.

O jovem devem se lembrar do Criador porque nesses dias “a palavra de Deus está em vós”. Lembrando que isso depende da postura desse jovem, mas eles possuem condição para buscar ao Senhor. E essa é a condição para vencer satanás: "Com que purificará o jovem o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra" (Salmos 119:9)

O jovem devem se lembrar do Criador porque ele “já vencestes o maligno”. O jovem que guarda a palavra de Deus no coração venceu o maligno. "Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós" (Tiago 4:7). Para isso ele deve atentar para palavra de Deus que diz: "Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite" (Salmos 1:1,2) 

Entretanto o jovem não deve ser orgulhar para não cair na tentação do diabo: "Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo" (1 Timóteo 3:6), pois é fácil se orgulhar quando se é jovem e prospero. Através do profeta Jeremias Deus diz: "... se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor" (Jeremias 9:23,24)


"... antes que venham os maus dias, " 

Segundo o contexto os maus dias refere-se à idade avançada, dias de doença e morte: "E o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu" (Eclesiastes 12:7). Até o verso 6 temos uma descrição dos sintomas das doenças causadas pelos dias de peregrinação nessa terra.

Matthew Henry escreve: Se lembrarmos de Deus apenas na velhice não haverá louvor por nós deixarmos os prazeres do pecado quando eles próprios tiverem nos deixados. Como poderemos esperar que Deus nos ajude quando velhos, se não queremos servi-lo enquanto somos jovens.


"... e cheguem os anos dos quais venhas a dizer: Não tenho neles contentamento; "

Dias sem contentamento são dias sem prazer. Porém é muita ingratidão dar a nata dos nossos dias ao diabo e reservar o farelo e o refugo para Deus. Que venhamos a apreender com o salmista que diz: "Ensinaste-me, ó Deus, desde a minha mocidade; e até aqui tenho anunciado as tuas maravilhas. Agora também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração" (Salmos 71:17,18) 

O ancião que teme a Deus achará nele contentamento: "Mas os que esperam no Senhor renovarão as forças, subirão com asas como águias; correrão, e não se cansarão; caminharão, e não se fatigarão" (Isaías 40:31)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
26/5/2021

FONTES:

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Jó a Cantares. Rio de Janeiro CPAD, 2008.


Jeremias 1:5

Jeremias 1:5 "Antes que te formasse no ventre te conheci, e antes que saísses da madre, te santifiquei; às nações te dei por profeta. "


Jeremias que significa “elevado pó Deus” é filho do sacerdote Hilquias, natural de Anatote na terra de Benjamim. Ele poderia ter exercido o oficio sacerdotal que lhe proporcionaria prestigio e segurança em Israel, todavia, ele é surpreendido pela palavra do Senhor que o diz: 


“Antes que te formasse no ventre te conheci,”. 

Deus diz a Jeremias que já o conhecia antes que fosse formado no ventre da sua mãe. Para lhe mostrar que aquele que o chama é o mesmo que o trouxe a existência: “Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho...” (Romanos 8:29) O criador sabe o uso que fera de cada homem antes de forma-lo: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém” (Romanos 11:36). Ele fez todos para si mesmo do mesmo barro, uns para honra e outros para desonra: “Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra? “ (Romanos 9:21) 


“..., e antes que saísses da madre, te santifiquei;” 

Antes de o profeta nascer Deus já o tinha santificado, ou seja, o separado para um fim. Como fez com o Apóstolo Paulo: “Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça” (Gálatas 1:15). Mesmo Jeremias esperando ser um sacerdote Deus deixa claro a ele que nos seus pensamentos ele nasceu para ser  um profeta: “Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido” (Jó 42:2). 


“... às nações te dei por profeta.” 

Ele foi dado ou chamado como profeta as nações. Nações indica a universalidade da profecia de Jeremias. Ele seria e foi um profeta para sua nação (Judá), mas foi para todo o Israel e para os demais povos da sua época, ele deveria com suas profecias fazê-los beber do cálice do Senhor: ”Porque assim me disse o Senhor Deus de Israel: Toma da minha mão este copo do vinho do furor, e darás a beber dele a todas as nações, às quais eu te enviarei. Para que bebam e tremam, e enlouqueçam, por causa da espada, que eu enviarei entre eles. E tomei o copo da mão do Senhor, e dei a beber a todas as nações, às quais o Senhor me enviou” (Jeremias 25:15-17). Por ser um profeta literário, Jeremias ainda pode ser considerado um profeta das nações e continua apelando a todos os seus leitores que prestem atenção aos seus escritos. 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
3/11/2023 

FONTES:  

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.  

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Proféticos. Rio de Janeiro: CPAD, 2012. 

HARRISSON, R, K. Jeremias e Lamentações – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.

Atos 11.26

Atos 11.26 "E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos."


"E sucedeu que todo um ano se reuniram naquela igreja,"

Após a dispersão causada pela perseguição subsequente ao martírio de Estevão (Atos 11.19), judeus chiprios e cirenenses anunciaram o Senhor Jesus aos gregos que habitavam em Antioquia da Síria (Atos 11.20). Aconteceu que um grande numero de pessoas creram e essa boa notícia chegou até a cidade de Jerusalém.

De Jerusalém os apóstolos enviaram para supervisionar aquela nova congregação Barnabé. Quando Barnabé presenciou o tamanho da congregação muito se alegrou e aproveitou que já estava a mais da metade do caminho para recrutar Saulo que estava em missão em Tarso, e o conduziu até a cidade de Antioquia.

Com o crescimento da nova igreja foi necessário que se expandisse o número de líderes: "E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo" (Atos 13.1).

Ali Barnabé e Saulo congregaram durante uma ano. Após esse ano: "disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado" (Atos13.2).


"... e ensinaram muita gente;"

Apesar de pouco tempo em Antioquia esses irmãos souberam cumprir o ide de Jesus em sua integralidade:  "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mateus 28.19-20). 

Veja que o Ide segundo o evangelho de Mateus não comporta somente a pregação, mas também ensino. como o nosso Senhor também fazia: "E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do reino" (Mateus 9.35).

O ministério de ensino devia ser exercido pelos presbíteros: "Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina " ( Timóteo 5.17) com dedicação (Romanos 12.7). Eles deveriam ser pagos por este mistério (honrados). Está escrito: "E o que é instruído na palavra reparta de todos os seus bens com aquele que o instrui" (Gálatas 6.6).

Barnabé e Saulo então, puderam instruir considerável multidão durante aquele ano. E a igreja prosseguiu crescendo cada vez mais. 


"... e em Antioquia foram os discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos."

Cristão é a transliteração de uma palavra grega composta em sua maioria pela palavra "Cristo", que significa o Ungido. O sufixo "ão" significa posse. Ou seja Cristão significa, "posse de Cristo", "propriedade de Cristo" ou "aquele que pertence a Cristo". Paulo escreveu aos coríntios: "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1 Coríntios 6.19).

Não se sabe quem usou esse termo pela primeira vez. Um dos pregadores inspirados de Antioquia pode ter cunhado essa palavra, mas uma coisa é certa, independente de quem tenha inventado o termo, Pedro o selou quando escreveu: "mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe disso; antes, glorifique a Deus com esse nome" (1 Pedro 4.16).


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/11/2023


Romanos 12:13

Romanos 12:13 “Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade”.


“Comunicai com os santos nas suas necessidades”

A palavra comunicar quer dizer atender, participar. O cristianismo não deve ser vivido isoladamente. Nossas vidas devem afetar as vidas dos outros e a vida dos outros afetar a nossa: “Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram” (Romanos 12:15). Somos chamados para viver como um só corpo no qual Cristo é o Cabeça.

Os santos referem-se aqueles que foram chamados para fora como nós, a igreja: “...enquanto temos tempo, façamos bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé” (Gálatas 6:10). Não quer dizer que não devemos atender os de fora, apenas que devemos priorizar os nossos próximos, principalmente se forem parentes: “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel” (1 Timóteo 5:8).

Paulo sempre demonstrou preocupação com a vida social da igreja, quando percebeu que havia muitos carentes na igreja de Jerusalém por haver se cumprido a profecia da carestia profetizada por Àgabo (Atos 11.28), Paulo mobilizou as igrejas gentílicas para comunicar com os santos de Jerusalém: “Ora, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar. E, quando tiver chegado, mandarei os que por cartas aprovardes, para levar a vossa dádiva a Jerusalém” (1 Coríntios 16:1-3).


“... segui a hospitalidade”.

A Lei da Hospitalidade era uma prática muito importante para os judeus, após o povo de Israel sair do Egito, Moisés a registrou como lei: “O estrangeiro não afligirás, nem oprimirás; pois estrangeiro fostes” (Êxodos 22:21).

Dentro de uma cultura nômade, a hospitalidade era uma questão de vida ou morte para quem empreendia viagem com escassos meios de sobrevivência. Acolher um viandante ou peregrino era um dever sagrado. Dentro dessa época surgiram as estalagens ou hospedarias. Foi para um lugar desse que o famoso Bom Samaritano levou seu socorrido: "E, aproximando-se, atou-lhe as feridas, deitando-lhes azeite e vinho; e, pondo-o sobre o seu animal, levou-o para uma estalagem, e cuidou dele; E, partindo no outro dia, tirou dois dinheiros, e deu-os ao hospedeiro, e disse-lhe: Cuida dele; e tudo o que de mais gastares eu to pagarei quando voltar” (Lucas 10:34,35)

Esse principio, foi implantado também dentro do cristianismo e somos exortados a mantermos nossas portas devem estar abertas para os outros. Hebreus 13:2 diz: “Não negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram anjos”. No cristianismo, a hospitalidade nos identifica como cristãos. “Quem vos acolhe, me acolhe a mim” (Lucas. 10). “Eu era estrangeiro e me acolhestes” (Mateus. 25,35).

Na Idade Média do principio da hospitalidade nasceram os Hospitais e Hospícios, com o objetivo de receber e servir os doentes mais pobres e necessitados. Hoje o mundo apropriou-se das palavras e desapropriou a hospitalidade do seu espírito. Pois, por muitas vezes ouvimos relatos de pessoas que se sentem mal tratadas nesses lugares. Mas nós cristãos não podemos jamais esquecer que devemos “seguir com a hospitalidade”.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/11/2023

FONTES:

http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200904_10.pdf

https://catolicanet.net/wp-cnet/a-hospitalidade-nos-faz-humanos-cartas-do-padre-jesus-priante/

Lucas 13.24

Lucas 13.24 “Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.” 

 

“Porfiai por entrar pela porta estreita,”

Jesus não responde diretamente a pergunta lhe feita pelo discípulo sem nome: “são poucos os que se salvam?”(v.23), mas conclama quem fez a pergunta, e outros com ele, a se assegurarem que farão parte do número, por maior ou menor que este acabe sendo. Isto é muito mais importante do que fazer aritmética sobre aqueles que serão salvos da perda eterna.

O termo grego para Porfiar ou Esforçar é a fonte das palavras “agonizar” e “angústia”. A implicação é que é necessário muito esforço para entrar no céu (Mateus 5:20; 19:24).É também usada como um termo técnico para competir nos Jogos. Não se trata de nenhum esforço desanimado.

A porta estreita não é explicada aqui, mas claramente é a entrada para a salvação.A palavra grega usada aqui para “estreita”sugere “dificuldade extrema”, como se o indivíduo fosse “espremido ao passar por uma abertura”.O evangelista Mateus escreveu: “Entrai pela porta estreita” (Mateus 7.13) em contraste com a implícita porta larga que conduz a perdição.

Estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem ”(Mateus 7.14).A porta é por demais estreita para permitir à pessoa entrar com seus pecados. Eles têm de ser deixados mediante o arrependimento. O caminho é apertado. A vida cristã é negar-se a si mesmo, é o caminho da cruz, dadisciplina, da santidade e, às vezes, do sofrimento (Atos 14.22). Ninguém entra por descuido na vida cristã vitoriosa; são os ativos que tomam o Reino por assalto (Mateus 11.12).

O que faz com que o caminho seja estreito?” perguntou Agostinho. Ele mesmo responde: “O caminho não é estreito por si mesmo, mas nós o fazemos assim, mediante o insuflar do nosso orgulho - e depois ficamos zangados por não conseguirmos entrar, impacientes com os obstáculos que surgem. Revoltamo-nos ao ponto de fazer ainda mais difícil nossa passagem. Qual é o remédio? Aceitar e beber a desagradável, porém saudável taça da humildade” .

 

“... porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.”

A companhia será seleta. “São poucos os que acertam com ela”. Quando se entra pela porta estreita pode-se abrir mão do privilégio de andar com a maioria. Uma proposta aprovada pela maioria não é necessariamente a melhor. A experiência comprova que muitas vezes a maioria está errada. Foram dois entre dez espias que trouxeram o relatório verdadeiro acerca da terra de Canaã; os profetas e seus seguidores no Antigo Testamento eram minoria: a maioria da nação judaica havia rejeitado o seu Deus.

Esses muitos que não conseguirão entrar são aqueles que não procuram até que seja tarde demais: “E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se apagam. Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta. E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos. E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço."

Os que se esforçam agora entram. Nem aqui nem em qualquer outro lugar há qualquer indicação que os que buscam sinceramente se acharão excluídos do reino. Há, porém,inevitavelmente, um limite de tempo quanto à oferta da salvação.

Quando a porta da oportunidade for finalmente fechada, será tarde demais: Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes, de fora, a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois; Então começareis a dizer: Temos comido e bebido na tua presença, e tu tens ensinado nas nossas ruas. E ele vos responderá: Digo-vos que não vos conheço nem sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniqüidade.

Devemos nós esforçar agora para entrar no Reino de Deus.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está Proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janiero, CPAD, 2024.

MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. (Série cultura bíblica)

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201205_04.pdf

Gênesis 2:24

Gênesis 2:24 “ Portanto, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. ” 


“ Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, “ 

Os filhos devem deixar seus pais para inaugurarem uma nova família, que não será igual a família do marido e nem a família da mulher. Assim, à sombra dos seus pais, o novo casal certamente não poderia, jamais, cumprir integralmente o projeto do Criador. Essa nova família terá que se desenvolver naturalmente. O pastor Reynaldo Odilo em seu livro, Eu e a minha casa, tem um capítulo que nos ensina muito sobre a importância de deixar os pais. Ele aponta que os pais devem ser deixados em três aspectos: geográfico, emocional e financeiro.

Geográfico. Toda família precisa de “espaço” para crescer. Para isso, Deus mandou o novo casal, antes de se unir, deixar pai e mãe. Observe uma planta. Ela precisa de um espaço só dela: veja quando o trigo divide um pequeno espaço geográfico com o joio — Mateus 13.28-30 — é um problema. A grande dificuldade é que as raízes do joio e do trigo podem se entrelaçar, diante da proximidade territorial. Isso significa a necessidade do trigo por um espaço individual, próprio. A mesma coisa acontece com o novo lar. A casa dos pais pode ser um lugar cheio de amor, carinho, conforto e compreensão, porém nunca será o melhor lugar para construir uma nova família. Ê preciso deixar tudo o que prende o novo casal ao passado! Não é fácil, mas é preciso.

Emocional ou psicológico. A planta precisa de luz solar para fazer a fotossíntese e crescer. Entretanto, essa radiação trará certo incômodo a ela nos horários mais quentes do dia. Isso, porém, é necessário. Utilizando o mesmo raciocínio, pode-se dizer que os pais não devem privar seus filhos dos eventuais desafios psicológicos — exposição ao sol. É preciso que cada nova família adquira individualidade, tomando suas próprias decisões. Por mais que "doa” ver os filhos passarem por certos "percalços” no novo contexto familiar, o bloqueio emocional ao novo casal, pelos pais, (impedir que deixe psicologicamente os genitores) ensejará prejuízo.

Financeiro. A ordem de "deixar pai e mãe” também atinge a parte financeira, porém o dever de os pais ajudarem financeiramente os filhos (2 Coríntios 12.14) e vice-versa (Marcos 7.10-13) nunca terminará diante de Deus, bem como perante a lei civil. Muitos filhos casados, de maneira irresponsável, sobrecarregarem seus pais financeiramente, inclusive indo morar com eles, tirando-lhes a privacidade e fazendo-lhes passar, ocasionalmente, privações. Por outro lado, pais que fazem questão de pagar todas as despesas dos filhos casados, impedindo-lhes de ter suas próprias experiências financeiras, também podem dar origem a inúmeros conflitos dentro da nova família, fazendo a situação do casal ficar insustentável.

Não existe nenhuma contradição entre os mandamentos do Senhor, pois eles são puros e alumiam os olhos (Salmo 19.7,8). Honrar pai e mãe, assim, não entra em contradição com o mandamento que determina deixar pai e mãe, por ocasião do casamento. Como mencionado, esse "deixar” restringe-se, tão somente, aos aspectos geográfico, emocional e financeiro, mas em relação ao dever de honrá-los permanecerá enquanto os filhos estiverem vivos. Jesus, por exemplo, até na hora da morte honrou sua mãe, provendo-lhe uma casa para morar — a de João.


“..., e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. ” 

A palavra para “apegar-se” significava originalmente “colar ou cimentar”. No casamento, marido e mulher tornam-se “uma só carne” (Efésios 5:28–31). Essa unicidade é fisicamente expressa pela união sexual deles (veja 1 Coríntios 6:16; 7:2–4). Deus fez o homem e a mulher para se complementarem e se completarem mutuamente (Gênesis 2:18, 24). Esse plano original deveria ser o modelo para todas as futuras uniões sexuais. 

Por sua própria natureza, esse modelo exclui a poligamia, a poliandria, o divórcio e o novo casamento. João Crisóstomo escreveu: “Se fosse da vontade de Deus fazer as coisas dessa maneira, quando Ele fez um homem, teria feito muitas mulheres”. A intenção de Deus exclui uniões do mesmo sexo (Romanos 1:26, 27). Se Ele tivesse planejado que homens estivessem com homens e mulheres com mulheres, Ele teria feito outro homem para Adão e outra mulher para Eva. Quando os homens alteram os propósitos de Deus, os resultados são catastróficos.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

ODYLO, Reinaldo. Eu e minha Casa - Orientações da Palavra de Deus para a Família do Século XXI. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201209_02.pdf

Gálatas 5.26

Gálatas 5.26 “Não sejamos cobiçosos de vanglórias, irritando-nos uns aos outros, invejando-nos uns aos outros.” 

 

 “Não sejamos cobiçosos de vanglórias, “

Paulo termina o capítulo 5 admoestando com esse verso. Em primeiro lugar ele adverte contra a presunção. A palavra grega para (cobiçoso) aparece no Novo Testamento somente aqui. O seu significado básico é “vaidade”, “ansioso pela fama”, “presunçoso”. A vida regida pelo Espírito exclui qualquer tipo de presunção.

A palavra grega (vanglória), está relacionada a conduta, na qual uma pessoa mostra a outra suas vantagens, e dessa maneira o provoca. No vão afã de prestígio, a pessoa dominada por esse sentimento tem a necessidade de apresentar suas “conquistas perante às outras” como os fariseus da época de Cristo se apresentavam. Desse modo, é uma tentação para que a outra pessoa passe a viver, por sua vez, pela sua própria glória.

 

“... irritando-nos uns aos outros,”

O termo grego para irritar significa provocar com intensidade, “chamar alguém à frente, sugere “combate ou rivalidade”. Esse termo só ocorre uma vez no Novo Testamento. Era muitas vezes usado na literatura grega com a conotação hostil de “instigar”. A pessoa ansiosa por aparecer provoca aos demais homens a mesma vaidade com sua superioridade suposta ou real.

 

“... invejando-nos uns aos outros.”

A inveja é um sentimento indigno para um cristão sincero. Está listada entre as obras da carne e aqui descrita como sinal de sabedoria terrena; é sentimento carnal, ou de influência diabólica, que faz com que um a pessoa em vez de alegrar-se com o triunfo do outro, alegra-se com seu fracasso. Ele não apenas deseja ter ou ser como o outro, mas tem tristeza porque não tem ou não é como o outro. O invejoso é alguém que tem uma super preocupação com sua posição, dignidade e direitos. É sentimento destruidor não só da paz interior, é devastador para a saúde física. “O sentimento sadio é vida para o corpo, mas a inveja é podridão para os ossos” (Provérbios 14.30).

A lista de pecados que Paulo enumerou em 5:19–21 não visava ser completa, e sim representativa. A frase “e coisas semelhantes a estas” em 5:21 engloba outras ações malignas de natureza similar.

Cada um dos três padrões de comportamento adicionados em 5:26 – “possuir-se de vanglória”, “provocar uns aos outros” e “ter inveja” – tem claramente o seu lugar entre “as obras da carne”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/4/2024

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

GERMANO, Altair. Gálatas - Comentário. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201807_02.pdf

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

Gálatas 5.25

Gálatas 5.25 “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.” 

 

“Se vivemos no Espírito,”

Outra vez (v.16) o apóstolo retoma a ideia fundamental de toda a perícope e faz uma nova aplicação. Os cristãos devem viver baseando sua conduta no Espírito. Por ter anulado a carne: “E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências” (v.24), eles passaram a ter um viver determinado pelo Espírito de Deus; devem, pois, agora, reger sua conduta pelo Espírito.

A palavra “vivemos” tem aqui um sentido profundo. A expressão “pelo Espírito” traz o sentido de “na força do Espírito”: o fundamento íntimo, a força motora que move o viver cristão. Eles agora vivem “no Espírito” e “pelo Espírito”, isso porque o Espírito de Deus vive em cada um: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós” (Romanos 8.9).

 

“... andemos também no Espírito.”

Se o Espírito habita em nós e em nós produz seus frutos, precisamos agora andar no Espírito. Não pode existir inconsistência em nossa vida.

Andar de acordo com o Espírito é a consequência dos cristãos estarem fundados e cimentados espiritualmente. Agora não se diz, “vivam pelo Espírito”, como foi dito no versículo 16, nem “são guiados pelo Espírito”, versículo 18, mas “andemos pelo Espírito”.

A palavra grega para (andar), originalmente era um termo militar. Significa “marchar em ordem”, “formar fila”. No Novo Testamento apresenta um duplo sentido. Por um lado, tem o sentido de “caminhar”, por outro, significa “ajustar-se a”. A palavra passou a ter a conotação figurativa de “estar de acordo com”.

Paulo queria que os gálatas examinassem suas vidas e se certificassem de que estavam em harmonia com o Espírito, produzindo o fruto do Espírito: “Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito para as coisas do Espírito” (Romanos 8:5, 6).

 O desejo do apóstolo era que os gálatas deixassem o Espírito dirigir todos os seus atos. A vida dos cristãos se realiza através de um caminho ajustado ao Espírito e regido segundo este Espírito.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/4/2024

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

GERMANO, Altair. Gálatas - Comentário. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201807_02.pdf

LOPES, Hernandes Dias. Gálatas: A carta da liberdade cristã. — São Paulo: Hagnos, 2011.