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domingo, 21 de janeiro de 2024

Lição 04: A Igreja e o Reino de Deus – 1 Trimestre de 2024.

TEXTO ÁUREO

“E dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo. Arrependei-vos e crede no evangelho.” (Marcos 1.15)


Myer Pearlman escreve que certo dia, um jovem carpinteiro de Nazaré sentiu um impulso que, conforme reconheceu, era a voz do que o enviara à Terra - o Pai Celeste. Deixando de lado as ferramentas, deve ter dito à sua mãe: “É chegada a minha hora. Preciso tratar dos assuntos de meu Pai”.

A Voz levava-o para junto do Jordão, onde João estava a batizar. A Bíblia não nos informa se João e Jesus se conheciam antes, apesar de parentes. Pois, possivelmente levaram vidas separadas: Jesus, em Nazaré; e, João no deserto da Judéia. Sabemos, porém que, quando Jesus se apresentou para o batismo, João sentiu imediatamente a presença daquele que não tinha quaisquer pecados a confessar.

Após ser batizado, dando-nos exemplo. Jesus iniciou seu ministério. Marcos começa seu relato do ministério de Jesus com a movimentada viagem de pregação na Galiléia. Ele nos conta o tema da pregação de Jesus. Era um tema urgente:


“E dizendo: O tempo está cumprido, e o Reino de Deus está próximo.”

Jesus anuncia que chegou o tempo está cumprido, pois ele, o messias, havia se revelado: ”Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei...” (Gálatas 4:4,5)

Ele anuncia que o Reino de Deus está próximo, pois, a presença pessoal do Messias na história implica a presença efetiva do Reino de Deus entre os homens.

O Reino de Deus foi estabelecido pelo Rei dos reis de forma invisível na Igreja. O reino divino pode ser visto nos corações e nas vidas de todos aqueles que o aceitam: “Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5).

Não se trata de um reino político ou material que, que é transitório e passageiro: “Porque o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17). Mas de uma poderosa transformação que reflete em toda a realidade à nossa volta.

No Reino de Deus, a vontade do Pai é conhecida para ser praticada. Fazer continuamente a vontade de Deus, nesse Reino, deve ser a nossa maior prioridade, não importando os obstáculos “pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus” (Atos 14.22). O Reino Deus e sua justiça devem ser o nosso anseio e alvo principal: ”Mas, buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” (Mateus 6:33).

 

“Arrependei-vos e crede no evangelho.”

Jesus chamou as pessoas dizendo: “Arrependei-vos”. Essa palavra indica mudança de opinião, o que, por sua vez, leva a mudança de vida. As pessoas precisavam se arrepender porque afinal próximo está reino de Deus.

Arrepender-se é uma necessidade absoluta para quem deseja entrar no reino de Deus: “Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam” (Atos 17:30)

Jack Lewis comentou: “Neste caso, a mensagem da pregação de Jesus aprimora aquela proclamada antes por João Batista (Mateus 3:2) e mais tarde proclamada por seus próprios discípulos (Mateus 10:7)”.

A palavra “evangelho” significa literalmente “boas novas”. Sua essência pode ser assim sumariada: Deus, na pessoa de Cristo, veio ao mundo para libertar a humanidade do jugo do pecado. E a sua substância é composta pelos ensinos que Jesus ministrou acerca de nossa salvação, e pelo que Ele fez para no-la obter.

Entramos no reino ou na igreja pela fé, pelo arrependimento e pelo batismo. A todos que almejam isto, a ajuda de Deus encontra-se agora disponível.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/2023

FONTES:

GONÇALVES, José. O Corpo De Cristo – Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo. Rio de Janeiro CPAD, 2023.

PEARLMAN, Myer. Marcos: O evangelho do servo de Jeová. Rio de Janeiro CPAD, 2005.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200506_01.pdf

Jack P. Lewis, The Gospel According to Matthew, Part 1, The Living Word Commentary. Austin, Tex.: Sweet Publishing Co., 1976.

COUTO, G. A Transparência da Vida Cristã. Comentário Devocional do Sermão do Monte. 1.ed., RJ: CPAD, 2001

João 20.21

João 20.21 "Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. "


“Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; “

Aparentemente os apóstolos ficaram atônitos com o aparecimento de Jesus onde os discípulos estavam escondidos com portas cerradas (v.19), descrentes e confusos como quando presenciaram Jesus andando sobre as águas: “Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar.  E os discípulos, vendo-o an-dando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo” (Mateus 14:25,26). Foi necessário Jesus repetir a saudação, após mostrar suas mãos e seu lado (v.20).

Paz seja convosco - Aqueles que são incluídos no Reino de Deus recebem a paz de Cristo: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27), Essa paz deve ser disseminada e compartilhada: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens” (Romanos 12:18), por isso, quando Jesus envia a missão seus discípulos ele os orienta: “E, em qualquer casa onde entrardes, dizei primeiro: Paz seja nesta casa. E, se ali houver algum filho de paz, repousará sobre ele a vossa paz; e, se não, voltará para vós” (Lucas 10:5,6).

Ver Jesus ressuscitado e ouvir sua saudação deve ter dissipado todos os temores que eles nutriam. Em vez de repreendê-los por abandoná-lo quando foi preso, julgado e crucificado, Jesus deu-lhes palavras de encorajamento.


“... assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. “

Em sua oração ao Pai, no cenáculo, Jesus dissera dos discípulos: “Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (17.18). Agora ele vem para concretizar isto. João evita o termo técnico “apóstolo", mas, ao usar o verbo grego “enviar”, indica que os discípulos agora se tornam efetivamente apóstolos no sentido de “enviados”. A missão do Filho no mundo é confiada a eles, pois ele está voltando para o Pai.

Era hora de os discípulos, que não eram do mundo (15:19), serem enviados ao mundo como representantes de Jesus, a fim de darem continuidade à obra para a qual ele fora enviado. Westcott escreveu: “A maneira como a missão de Cristo se cumpriria seria agora alterada, porém ela continuaria e ainda seria eficaz. Os apóstolos foram comissionados para continuar a obra de Cristo, e não começar uma nova”.

 Jesus havia dado continuidade a pregação de João batista: “E, naqueles dias, apareceu João o Batista pregando no deserto da Judéia,  E dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos céus” (Mateus 3:1,2), agora os apóstolos a continuariam.

 Assim como os apóstolos foram comissionados para ir ao mundo e proclamar a boa notícia da graça salvadora de Deus, hoje todos os discípulos de Jesus devem fazer o mesmo

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

Http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202206_01.pdf

BRUCE, F. F. João: Introdução e Comentário - Cultura bíblica. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

João 14.6

João 14.6 “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim. ” 


A pergunta confusa de Tomé: "Disse-lhe Tomé: Senhor, nós não sabemos para onde vais; e como podemos saber o caminho?" (v.5), dá a Jesus a oportunidade de expandir e explicar o que disse. Jesus vai para junto do Pai, e os discípulos irão segui-lo; para eles, ele próprio é o caminho até o Pai.


“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. ” 

Ao dizer “eu sou o caminho”, Jesus não apenas indica qual é o caminho para a casa do Pai, mas se revela explicitamente como sendo Ele próprio esse caminho. Essa expressão significa que Ele, Cristo, é o único Mediador entre Deus e o seu povo: "Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem" (1 Timóteo 2.5). Jesus é tanto o caminho do homem para Deus, como fica claro nesse próprio texto de João 14, como também é o caminho de Deus para o homem: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Mateus 11:27). Isso significa que as bênçãos que procedem do Pai alcançam os redimidos por meio do Filho  

Jesus não é apenas o caminho, mas é também a verdade. Ele é a verdade em pessoa, no sentido de que Ele é o único que revela o Pai. Ele é a perfeita revelação da obra redentora de Deus para o homem caído em seus pecados. Jesus é a verdade que liberta, santifica e conduz os santos a casa do Pai: "E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará" (João 8:32).

Ao dizer “eu sou a vida”, Ele indica que somente nele o homem, morto em delitos e pecados, poderá encontrar verdadeira vida. Nesse contexto, em quanto a morte significa a separação de Deus, a vida significa comunhão com Ele. Isso significa que somente em Jesus o homem pode ser reconciliado com Deus e desfrutar da bem-aventurança da vida eterna ao seu lado. Jesus se coloca como sendo a fonte da vida que se opõe à morte. Ele tem a vida em si mesmo: "Porque, como o Pai tem a vida em si mesmo, assim deu também ao Filho ter a vida em si mesmo" (João 5.26). Por isso, somente Ele pode ser o doador da vida para os que são seus: "Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia" (João 6:40). 

Explicando o significado da frase “eu sou o caminho, a verdade, e a vida”, W. Hendriksen diz que o caminho leva a Deus; a verdade torna o homem livre; e a vida produz comunhão. Assim, quando Jesus revela a verdade redentora de Deus que liberta os homens da escravidão do pecado, e quando concede a vida que produz comunhão com o Pai, então, sendo o caminho, Ele próprio é quem leva os redimidos para junto do Pai. Tomás à Kempis escreveu: Sigam-me. Eu sou o caminho e a verdade e a vida. Não ê possível andar fora do caminho, não é possível conhecer fora da verdade, não é possível viver fora da vida. Eu sou o caminho pelo qual vocês devem andar; a verdade em que vocês devem crer; a vida na qual vocês devem pôr sua esperança. Eu sou o caminho inerrante, a verdade infalível, a vida infindável. Eu sou o caminho reto, a verdade absoluta, a vida verdadeira, bendita, não-criada. Se vocês permanecerem no meu caminho conhecerão a verdade, e a verdade os libertará, e tomarão posse da vida eterna.


 “ Ninguém vem ao Pai senão por mim. ”

Essa declaração é o resultado natural da frase anterior. Ela indica o quão os homens são absolutamente dependentes de Cristo com relação à comunhão com Deus. Em outras palavras, não existe nenhuma verdade redentora a parte de Cristo. Não há nenhuma esperança de vida eterna longe dele, e nenhum caminho capaz de levar o homem à casa do Pai. Não há outro Cordeiro de Deus que tira o pecado, não há outro sacrifício que apazígua a santa ira de Deus, e também não há outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Jesus é, absolutamente, o caminho, e a verdade, e a vida, e definitivamente ninguém chegará ao Pai senão através dele: "E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos" (Atos 4.12).

Ele é realmente, o único caminho através do qual alguém pode chegar ao Pai; não existe outro. Se esta exclusividade é chocante, devemos ter em mente que quem afirma isto é o Verbo encarnado, o revelador do Pai. Se Deus não tem outro meio de comunicação com a raça humana exceto o seu Verbo (encarnado ou não), então a raça humana não tem outro meio de achegar-se a Deus exceto por este mesmo Verbo, que se tornou carne e habitou entre nós para abrir esta via de acesso.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/09/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

BRUCE, F.F. João – Introdução e Comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

https://estiloadoracao.com/eu-sou-o-caminho-verdade-e-vida/

João 11.5

João 11.5 "Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. “ 


Lázaro havia ficado doente. Suas irmãs, Marta e Maria enviaram um mensageiro a fim de avisar a Jesus: “Mandaram-lhe, pois, suas irmãs dizer: Senhor, eis que está enfermo aquele que tu amas” (João 11:3). Jesus conhecia bem aquela família de Betânia e a amava muito, apesar de ainda não ter sido mencionada neste evangelho. Por isso, é natural que as irmãs de Lázaro tenham tentado entrar em contato com Jesus assim que ele ficou doente.

Reconheceu-se, no Concílio de Calcedônia, em 451 d.C. que Jesus tinha duas naturezas distintas, mas, unidas na única pessoa de Cristo. Ele possuía duas naturezas, a divina e a humana, e elas são inseparáveis e inconfundíveis, indivisíveis na pessoa de Cristo, implicando o fato de que verdadeiramente Ele é o Deus-Homem. Entendendo quem foi Jesus em sua humanidade, podemos compreender que Ele teve uma vida social como qualquer outro ser humano. Por isso, tinha amigos e os visitava, como foi a sua visita aos amigos da vila de Betânia, Lázaro, Marta e Maria. Por ser um homem sociável, Jesus se comunicava com todas as pessoas por onde passava. Toda vez que ia a Jerusalém, Ele procurava visitar Marta, Maria e Lázaro, uma família que se tornou especial nas suas relações pessoais e que vivia numa pequena aldeia chamada Betânia (João 12.1,2). O texto não fala dos pais nessa casa, mas os três irmãos viviam e moravam juntos e, de vez em quando, hospedavam Jesus e seus discípulos.

A amizade de Jesus com essa família era um conforto especial porque seus irmãos, por não compreenderem a sua missão, o rejeitavam e o criticavam: ‘Porque nem mesmo seus irmãos criam nele” (João 7:5). Na última semana antes da sua morte, foi nessa casa que Jesus foi confortado e encontrou amizade sincera. O texto bíblico diz que Jesus e seus discípulos estavam de caminho para Jerusalém indo para a Festa da Dedicação dos judeus (João 10.22). Jesus aproveitou a oportunidade da viagem para visitar seus amigos na vila de Betânia.


"Ora, Jesus amava a Marta, e a sua irmã, e a Lázaro. “ 

Jesus amava a Marta, amava a sua irmã Maria e amava a Lázaro. O fato de cada um ser mencionado separadamente enfatiza que, embora Jesus amasse toda a família, também amava cada membro individualmente. Desta vez, Marta é mencionada em primeiro lugar. O fato de Maria não ser citada pelo nome aqui sugere que Marta era a mais velha das duas, enquanto Lázaro por ser o derradeiro deveria ser o caçula. O nome “Lázaro” é uma variação de “Eleazar” (o prestigiado nome de um dos filhos de Arão; Êxodo 6:23), que significa “Deus é meu socorro”.

A afirmação de que Jesus amava os três membros da família tem a intenção de mostrar que não foi falta de amor ou ausência de interesse por eles que o fez reagir assim à notícia: “Ouvindo, pois, que estava enfermo, ficou ainda dois dias no lugar onde estava” (João 11:3).

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
13/6/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202202_02.pdf

João 10.11

Comentário 1

João 10.11 “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. ” 


As Escrituras revelam Deus como pastor do seu povo, mas isso se aplica também aos líderes, reis em Israel, como Moisés e Davi, e governantes na atualidade. Um bom rei era um bom pastor; um mau rei era um pastor ruim. O profeta Ezequiel compara os líderes e governantes de Israel a pastores. Depois de mostrar como os governantes tinham falhado em seu papel com a nação, o oráculo demonstra o cuidado de Deus com seu povo. Por meio de uma aliança de paz, Javé substituiria esses pastores por um novo príncipe, este já apontando para o Bom Pastor (João 10.11), Jesus.


“Eu sou o bom Pastor; “

O quadro caótico dos líderes da nação judaica não dizia respeito apenas à liderança espiritual de Israel daqueles dias, cujo comportamento hostil com o povo é bem retratado no Evangelho de João. Quando se refere a todos quantos vieram antes dEle (João 10.8), Jesus está denunciando os maus líderes de Israel de todos os tempos, especialmente do período da monarquia, quando a nação teve condutores insensatos e cruéis, incluindo reis, sacerdotes e profetas (Isaías 56.8-12; Ezequiel 22.24-30). Com o fracasso total dos líderes de Israel, o próprio Deus viria, pessoalmente, em busca de suas ovelhas, para reuni-las novamente em seu aprisco (Ezequiel 34.11-23). Jesus agora se apresenta como esse Pastor, o bom e eterno Pastor, que não apenas cuida das ovelhas, mas dá sua vida por elas (João 10.11). A vinda dele havia sido profetizada no Antigo Testamento. Ele seria um pastor, Isaías 40.11; Ezequiel 34.23; 37.24; Zacarias 1-3.7. No Novo Testamento, Ele é mencionado como o Grande Pastor (Hebreus 13.20), o Sumo Pastor (1 Pedro 5.4), o Pastor e Bispo das nossas almas (1 Pedro 2.25). A palavra pastor vem do latim, pastor, com o significado de “aquele que guarda as ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “… aquele que cuida de rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), é usado metaforicamente acerca dos ‘pastores’ cristãos (Efésios 4.11) ”.Deus, nosso grande dono, de cuja pastagem nós somos as ovelhas, desde a criação constituiu seu Filho Jesus para ser nosso Pastor, e Ele reconhece esta relação por repetidas vezes. Ele tem, pela sua igreja, e por todos os crentes, todo o cuidado que um bom pastor tem pelo seu rebanho. E Ele espera a presença e a obediência de toda a igreja, e de cada crente em particular, assim como ocorria com os pastores e seus rebanhos naquelas regiões.


“...o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. ”

Embora Sua morte na cruz não fosse registrada nos próximos nove capítulos do livro, Jesus já estava contando aos discípulos o que a cruz significaria. Sendo o Bom Pastor, Ele estava disposto e pronto para dar a vida pelas ovelhas. Nesta breve seção, Ele enfatiza por cinco vezes que Sua morte não seria algo fora do Seu controle. Quando Ele morresse, seria porque Ele escolheu dar a Sua vida!

…o bom pastor dá a vida pelas ovelhas (10:11).
…e dou a minha vida pelas ovelhas (10:15).
…eu dou a minha vida para a reassumir (10:17).
Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou (10:18a).
Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la (10:18b).

Dar a própria vida é o último e maior gesto do bom pastor. Trabalhar só por dinheiro não demonstra essa lealdade e sacrifício. Quando surgem as dificuldades, eles se escondem, se esquecem das ovelhas. Davi (que mais tarde tornou-se rei de Israel) foi pastor na juventude. Nessa ocupação ele aprendeu muito sobre vida, liderança e Deus. Em especial, aprendeu o que significava ser um bom pastor. Quando se ofereceu para lutar com o gigante filisteu, Golias, Davi disse a Saul: Teu servo apascentava as ovelhas de seu pai; quando veio um leão ou um urso e tomou um cordeiro do rebanho, eu saí após ele, e o feri, e livrei o cordeiro da sua boca; levantando-se ele contra mim, agarrei-o pela barba, e o feri, e o matei. O teu servo matou tanto o leão como o urso; este incircunciso filisteu será como um deles… (1 Samuel 17:34–36). O futuro rei de Israel havia provado para si mesmo que era um pastor fiel e bom para suas ovelhas; mais tarde ele demonstraria ser um pastor fiel liderando o povo de Deus. Jesus, frequentemente chamado “Filho de Davi” nos Evangelhos, era e é o Bom Pastor. Ele era tão comprometido com o zelo e bem-estar das ovelhas confiadas aos Seus cuidados (você e eu) que deu a Sua vida por nós, assim como Davi fez por seu rebanho. Falando como o Bom Pastor, Jesus deixou claro que Ele iria para a cruz “espontaneamente” (10:18). Judas, os principais sacerdotes, Pilatos e as multidões, todos contribuíram para a crucificação de Jesus, mas não sabiam que tal atrocidade só poderia acontecer porque Jesus estava disposto a dar a vida por Suas ovelhas. Ele é o Bom Pastor!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/11/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

VINE, W. E.; UNGLER, M. F.; WHITE, W. Dicionário Vine. Rio de Janeiro: CPAD, 2002

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200407_06.pdf

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Comentário 2

João 10.11 “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. ” 


A palavra pastor vem do latim “pastor” com o significado de “aquele que guarda as ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “...aquele que cuida de rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), é usado metaforicamente acerca dos ‘pastores’ cristãos (Efésios 4.11) ”. Em termos ministeriais, o pastor é aquele que tem esse dom ministerial, e é encarregado de cuidar da vida espiritual dos que aceitam a Cristo e ficam sob seus cuidados, numa igreja ou congregação local. Pastor é um termo de cuidado, de zelo, de ternura, para com as ovelhas de Jesus.


“Eu sou o bom Pastor;"

A cura do cego, descrita no capítulo anterior, serve como pano de fundo ao discurso de Jesus do contexto do versículo. Os líderes religiosos já haviam determinado que qualquer pessoa que confessasse ser Jesus o Messias fosse excomungada, expulsa da sinagoga (João 9.22). Quando o cego curado persistiu na sua lealdade a Jesus, “expulsaram-no’' (João 9.34). Existiam vários graus de excomunhão; a forma mais severa, chamada “querem” fazia com que o excomungado fosse contado como virtualmente morto: não tinha licença de estudar com outras pessoas, e ninguém devia lhe oferecer convívio - nem sequer indicar-lhe a direção a seguir quando viajava. Embora lhe fosse permitido comprar os mantimentos para a sobrevivência, proibia-se que outras pessoas comessem ou bebessem com ele. O cego curado fizera a escolha certa, embora possa ter sentido pesar por ser rejeitado pelos líderes religiosos, repudiado por todos que o viam passando pela rua e sem o direito ao convívio com homens bons, o que o ajudaria em sua nova vida. O Mestre, no entanto, não o deixou desamparado. Quando os falsos pastores o colocaram fora do aprisco deles, Jesus, o Bom Pastor, procurou-o para abrigá-lo no seu aprisco. Fechou-se a porta da sinagoga; abriu-se a porta do reino dos céus. E em face a tal situação que Jesus declara: “Eu sou a porta das ovelhas... Eu sou o bom Pastor”. O próprio Messias, o Pastor de Israel, ofereceu acesso à segurança e ao gozo espiritual, cancelando a sentença injusta dos falsos dominadores do rebanho, que nenhuma autoridade tinham para admitir ou demitir pessoas na vida espiritual e na verdadeira comunhão. Jesus é a suprema autoridade em assuntos espirituais, e quem nEle crê está livre da tirania de falsos líderes religiosos. Jesus, revelando talo verdade, aplica a si mesmo a expressão figurada: Eu sou o bom Pastor. Sobre ele ter se chamado “bom” o escritor aos Hebreus denomina Jesus Cristo de “o grande Pastor das ovelhas” (Hebreus 13.20). Só ele merece a qualificação de “bom” ou “grande”. No seu nascimento, marcado pela humildade e despojamento de sua glória, Jesus foi chamado de “grande”, na mensagem do anjo a Maria (Lucas 1.32). Nenhum pastor, nas igrejas locais, deve aceitar o título de “bom” ou “grande”, pois só Jesus o merece. Ele é bom e grande em todos os aspectos que se possam considerar em relação à sua pessoa.


“O bom Pastor dá a vida pelas ovelhas. ” 

Jesus assim se destaca do mercenário (v. 12), que pensa ser o pastorado um a profissão, com o a de pedreiro, advogado, médico ou negociante. O mercenário não se preocupa com as ovelhas; procura apenas salário. Sua disposição não é ver o quanto pode dar de si às ovelhas, e sim o quanto pode arrancar delas. É natural que fuja quando se aproxima o perigo, porque o motivo dominante no seu trabalho é a autopreservação. Em contraste com tal atitude, o objetivo do verdadeiro pastor é procurar para suas ovelhas uma vida mais abundante. Na Palestina, a devoção dos pastores às suas ovelhas muitas vezes tem levado alguns deles a morrer na luta contra feras ou salteadores. O Senhor Jesus considera a raça humana necessitada como rebanho seu (Mateus 9.36), fazendo pelas suas ovelhas o supremo sacrifício. Não somente morreu em prol delas, como também ressuscitou para lhes dar a vida (Hebreus 13.20), voltou para o Céu com a intenção de levá-las consigo. Removeu a peçonha da taça da morte, para transformá-la em simples soporífico visando o despertar saudável, de modo que seus seguidores possam dizer, como Davi: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo”.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/05/2021

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

PEARLMAN, Myer. João, o Evangelho do Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Dicionário VINE, W. E. Vine, Merril F. Unger, William White Jr., CPAD, 2002, 1a. Edição


João 8.32

João 8.32 “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. “


Jesus quando estava ensinando no templo (v.2) afirmou que ele era a luz do mundo e durante esse sermão muitos do que o ouviam creram nele (v.30). Estas pessoas reconheceram a veracidade das declarações de Jesus quanto a ser Ele o Messias, mas interpretavam suas promessas segundo os preconceitos nacionalistas. Jesus, desejando aprofundar e purificar a fé dos seus ouvintes, disse-lhes:


 “E conhecereis a verdade,”

 João colocou forte ênfase na palavra “verdade” e a empregou sete vezes neste discurso. A palavra “verdade” aqui corresponde essencialmente à palavra “evangelho”, a boa notícia revelada na Pessoa de Jesus.

Os judeus ensinavam que a verdade era a lei e que o estudo da lei tinha um fim em si mesmo: libertar. Jesus enfatizou, conforme já observamos neste Relato do Evangelho, que a lei não apontava para si mesma, mas para ele: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam” (João 5:39). O próprio Jesus é a verdade, aquele que é cheio de graça e verdade (1:14), por intermédio do qual a graça e a verdade vieram até nós: “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (João 1:17)

A verdade não pode ser separada de Jesus, pois Jesus é a verdade: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim  (João 14:6). Jesus é a personificação da boa notícia da graça salvadora de Deus. Somente pela pessoa e obra de Cristo alguém pode ser conduzido a um conhecimento genuíno da verdade. Somente Ele é a revelação do Pai que expressa à verdade. Por isso Ele também diz: “Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz (João 18:37).

 

“... e a verdade vos libertará.”

Essa declaração indica que uma pessoa só é verdadeiramente livre quando o Evangelho de Cristo domina sua vida por completo. Essa pessoa de fato conhece a verdade de forma experiencial, pois vive a liberdade provida pela obra redentora do Salvador; essa pessoa já não está mais sob a culpa e o domínio do pecado.

Guy N. Woods comentou: “Somente os filhos fiéis de Deus são verdadeiramente livres, não sendo escravos do mundo, nem da carne, nem do diabo; são também livres da má consciência, das preocupações e ansiedades do mundo e da própria morte”

A liberdade trazida pela verdade não é liberdade para fazermos o que quisermos. É a libertação do pecado e de suas conseqüências. Essa liberdade é alcançada por meio do Filho: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:36).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

https://estudosdabiblia.net/d2.htm

https://estiloadoracao.com/conhecereis-verdade-e-verdade-vos-libertara/

Pearlman. Myer. João – o evangelho do filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

João 7.38

João 7.38 “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. ”


A celebração era a Festa das Cabanas, ou dos Tabernáculos (João 7:2). A Festa das Cabanas acontecia no fim de setembro ou começo de outubro. Era uma das três maiores festas dos judeus, ocasião em que os homens judeus vinham de todas as partes do mundo a Jerusalém. A celebração não durava apenas um dia, mas uma semana inteira. Na época do Senhor, haviam acrescentado um oitavo dia: um sábado solene. Assim como as demais festas judaicas, a das cabanas tinha aspectos relevantes para o povo. Primeiramente estava a sua importância histórica: era um memorial dos dias em que seus ancestrais peregrinaram pelo deserto (Levítico 23:43). Durante as festividades, os judeus habitavam em cabanas—estruturas provisórias feitas manualmente com galhos e folhas de palmeiras (Levítico 23:40) . Essas estruturas eram armadas nas ruas, nos telhados das casas, na área ao redor do templo e nas colinas que cercavam Jerusalém. Pais e filhos, mães e filhas, avós—todos habitavam dentro dessas cabanas. Durante uma semana, eles dormiam, comiam, oravam e estudavam ali, enquanto comemoravam como Deus providenciou tudo para o Seu povo durante quarenta anos de peregrinação. A festa não celebrava apenas a provisão de Deus no passado, mas também celebrava Sua provisão no presente. Tinha uma importância agrícola: era uma festa das colheitas após as principais safras—cevada, trigo e uvas. O povo agradecia a Deus pela colheita abundante e pedia que abençoasse as safras do ano seguinte. Um aspecto central da festa era o ritual da água realizado diariamente. No começo de cada dia, sacerdotes vestidos de branco conduziam uma procissão de celebrantes que descia do templo até o tanque de Silóe, um reservatório alimentado pelas águas do manancial de Giom. Essa era a principal fonte de água da cidade, a fonte de água potável. Quando eles chegavam ao tanque, um dos sacerdotes levantava um jarro de ouro reluzente e o afundava no tanque, enchendo-o de água. Nisto, o povo exclamava: “Nós, com alegria, tiramos água das fontes da salvação! ” (veja Isaías 12:3). O sacerdote então conduzia a procissão de volta ao templo, segurando o jarro acima da cabeça. Acompanhando-o, a multidão recitava Salmos 113 a 118, terminando com: “Oh! Salva-nos, Senhor, nós te pedimos; oh! Senhor, concede-nos prosperidade!… Rendei graças ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre” (Salmos 118:25, 29). Ao se aproximarem da Porta das Águas no sul do pátio interno, eram saudados com três rajadas de trombetas. A cerimônia celebrava a provisão divina de água no deserto, quando saiu água de uma rocha (Êxodo 1711; Números 20; veja Deuteronômio 8:15; Salmos 105:41). E também reconhecia a necessidade desesperadora da nação por água. Aquela região recebia, quando muito, poucas chuvas de maio a outubro. Se as chuvas não viessem logo depois da festa, não haveria colheitas no ano seguinte. No meio dessa exuberante celebração, Jesus levantou-se e exclamou (v. 37a). O fato de Jesus levantar-se é significativo; Ele geralmente Se sentava para ensinar (veja João 8:2). O fato de Jesus exclamar é notável; só em algumas ocasiões se diz que Ele levantou a voz ao ensinar.


“Quem crê em mim, como diz a Escritura, “ 

Ele faz essa declaração depois de insistir para que os que tivessem sede fossem até Ele. Onde exatamente a Escritura diz isto? No contexto do livro de Zacarias ficamos sabendo que “correrão de Jerusalém águas vivas" (Zacarias 14.8). Ezequiel, que dá mais detalhes sobre estas águas, acrescenta que “tudo viverá por onde quer que passe este rio” (Ezequiel 47.9). O cumprimento desta profecia e de outras semelhantes (veja Joel 3.18, Isaías 33.21) não deve ser procurado nos planos do século vinte de construir-se um canal através do território de Israel para competir com o Canal de Suez ou outra coisa deste tipo; para todos os que lêem a descrição de João está claro que ele está falando “rio da água da vida, brilhante como cristal, que sai do trono de Deus e do Cordeiro” (Apocalipse 22.1). As águas vivas saem de Jerusalém terrena; elas saem da morada de Deus em vidas que lhe são consagradas, em corações crentes onde Cristo habita. E para que ninguém entenda mal o que Jesus quer dizer, o evangelista acrescenta uma observação explícita, para orientar seus leitores: Isto ele disse com respeito ao Espírito.


“...rios de água viva correrão do seu ventre. ” Anteriormente, Ele dissera à mulher no poço de Samaria: “Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva” (João 4:10). Água viva é a essência da vida; é ela que satisfaz a alma. Cristo disse à samaritana: “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:14). A água viva é um antegozo da alegria que haverá no céu (Apocalipse 7:17; 21:6; 22:1, 17). A palavra “rios” realça a abundância de bênçãos oferecidas por Cristo. Ele disse que veio “para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10:10). Segundo o apóstolo João, Jesus tinha em mente uma bênção particular oferecida pelo Senhor: o dom do Espírito Santo. Após citar Cristo dizendo: “dele fluirão rios de água viva” (João 7:38), o apóstolo inseriu esta explicação inspirada: “Isto ele disse com respeito ao Espírito21 que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito até aquele momento não fora dado, porque Jesus não havia sido ainda glorificado” (v. 39).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/12/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200707_07.pdf

BRUCE, F.F. João – Introdução e comentário – Série Cultura Bíblica. São Paulo: Mundo cristão, 1987.

João 5.24

João 5.24 “Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida”. 


“Na verdade, na verdade vos digo”

A expressão “na verdade” traduz o original “amem”, em hebraico ela transmite o sentido de verdade ou fidelidade. No Evangelho de João, essa expressão aparece composta com uma repetição a mais, isto é, “em verdade em verdade vos digo” ou “na verdade na verdade te digo". Essa repetição traduz um duplo amém. Na Bíblia Jesus usa essa expressão como introdução de uma declaração solene, como um alerta profundo. Indica que o que se segue após a expressão deve ser recebido, refletido, assimilado e obedecido.


“...que quem ouve a minha palavra, ”

A maioria das pessoas numa reunião pública ouve ao invés de ler. Alguns até mesmo nos nossos dias por não possuir leitura: “Ou dá-se o livro ao que não sabe ler, dizendo: Lê isto, peço-te; e ele dirá: Não sei ler “ (Isaías 29:12). Porém, não podemos deixar de contextualizar a quem Jesus está falando. As pessoas dessa época não possuíam a bíblia em sua cabeceira de cama ou biblioteca, as Bíblias eram manufaturadas e produzidas por rolos o que tornava muito caro adquirir uma para si. As próprias sinagogas não possuíam todos os rolos da bíblia, a de Nazaré possuía o rolo do profeta Isaías. Isso tornava o ouvir muito mais importante, pois as pessoas somente tinham acesso as escrituras pelo ouvido: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus “ (Romanos 10:17). Por esse motivo Jesus repetia as palavras: “Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça” (Marcos 7:16); “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça “ (Mateus 11:15). Porém as bênçãos não vêm sobre os ouvintes desatentos, mas sobre aqueles que, amorosamente, obedecem aos preceitos e mandamentos encontrados no livro. Ouvir não é sobre memorizar que se leu, é muito mais: é obedecer, é praticar: “Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; ” (Mateus 7:24).  


“...e crê naquele que me enviou, ”

Diversas vezes lemos neste evangelho que essa frase sai da boca de Jesus (veja Marcos 9.47) é outra maneira de dizer “meu Pai”.Sua reivindicação desta vez não foi tão explícita, por ele ter usado a frase aquele que me enviou, em vez de dizer meu Pai. Pois os judeus não aceitavam essa afirmação: “Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não só quebrantava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (João 5:18). Crer no Pai que o enviou é a mesma coisa de crer no Filho, ver o Filho significa ver o Pai (veja 14.9). “E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste” (João 17:3).


“...tem a vida eterna,” 

Quem crê no Pai e no Filho e passa pela morte física mesmo assim não morre. Isto é mais do que um anúncio da ressurreição geral do último dia; é a certeza de que os que nele crêem, estando unidos a ele pela fé, participarão da sua vida ressurreta mesmo experimentando a morte do corpo. E mais do que isto, no que se refere a esta participação na sua vida ressurreta e à posse da vida eterna, tal vida não conhece a morte. Jesus já tinha dito: “Se alguém guardar a minha palavra, não verá a morte, eternamente“ (8.51). A vida mortal chegará ao fim; a vida verdadeira dura para sempre. Temos aqui uma antecipação da promessa que feita no cenáculo: “Porque eu vivo, vós também vivereis" (14.19).


“...e não entrará em condenação,”

Quem crê no Pai e no Filho recebem também a garantia de não entrar em juízo. Como em João 3.18“Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus. ”, o juízo aqui em vista é o veredito adverso reservado aos que rejeitam o filho, mas “quem nele crê não é julgado”. Quem crê não precisa esperar até o último dia para ouvir o veredito favorável do juiz; ele já foi pronunciado: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito” (Romanos 8:1).


“...mas passou da morte para a vida”.

Quem crê também não precisa esperar até o último dia para experimentar a essência da ressurreição; aqui e agora já passou da morte para a vida. Esta antecipação do veredito favorável e da vida ressurreta resume o que, em tempos mais recentes, começamos a chamar de “escatologia realizada"." Estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” (Efésios 2:5,6)A ênfase na “escatologia realizada", nas palavras precedentes de Jesus, não excluem o enfoque na escatologia futura. A ressurreição de pessoas, da morte espiritual para a vida em Cristo, durante esta era, antecipa a ressurreição do corpo, no fim desta era. Há um vínculo estreito entre as duas ressurreições. O fato de que aqui e agora os mortos são vivificados quando ouvem a voz do Filho de Deus é a garantia de que sua voz ressuscitará os mortos no último dia.

 

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
30/5/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

https://estiloadoracao.com/em-verdade-em-verdade-vos-digo/

HORTON, Stanley M. Apocalipse as coisas que brevemente devem acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2001.

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

João 4.24

João 4.24 “Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. ” 


“Deus é Espírito, "

A afirmação Deus é Espírito diz respeito a sua essência e substancia, porém, neste texto se refere ao fato de ele não habitar em templos feitos por mãos humanas, conforme as pregações de Estevão, “Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens...” (Atos 7:48) e de Paulo, “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; ” (Atos 17:24) ambos fazem referência a profecia do profeta Isaías que diz: “Assim diz o SENHOR: O céu é o meu trono, e a terra o escabelo dos meus pés; que casa me edificaríeis vós? E qual seria o lugar do meu descanso? ” (Isaías 66:1) e antes disso as palavras do Rei Salomão em (I Reis 8:27) Mas, na verdade, habitaria Deus na terra? Eis que os céus, e até o céu dos céus, não te poderiam conter, quanto menos esta casa que eu tenho edificado. (1 Reis 8:27).  Essa afirmação responde a mulher samaritana que se preocupava quanto ao lugar certo que se devia adorar a Deus (Monte Gerizim ou Jerusalém?). Sendo assim, se Deus é Espírito e não pode ser contido por templos humanos, significa que ele está em todos os lugares. No Salmo 139 o salmista afirma que mesmo no Sheol Deus está presente, Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno (Sheol) a minha cama, eis que tu ali estás também. (Salmos 139:7,8).


"... e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. ” 

Após essa afirmação ele esclarece acerca do que importa pra Deus e o importante é que ele seja adorado. (Salmos 96:9) ” Adorai ao Senhor na beleza da santidade; tremei diante dele toda a terra. ’ (Romanos 14:11) “ Porque está escrito: Como eu vivo, diz o Senhor, que todo o joelho se dobrará a mim...”

Por último Jesus revela as maneiras que espera que o adorador adore: “em espírito e em verdade”. Mas o que significa adorar em espírito? Adorar em espírito quer dizer que não é necessário nenhum templo físico para entrarmos em contato com Deus. O próprio Espírito Santo está dentro de nós, pois nos tornarmos morada e templo do espírito santo. Sendo assim somos capazes de ter comunhão com ele independente do lugar. (Romanos 8:16) ”O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus. ” Adorar no Espírito é uma parte muito importante dessa vida. A humanidade começou seu fracasso através da adoração (Romanos 1.21), e essa continua sendo o lugar onde começa a apostasia. Os verdadeiros adoradores não são os que vão até os lugares exatos e proferem as orações certas.

E o que significa adorar em verdade? Adorar em verdade diz respeito a não adorar em ignorância, como os samaritanos, assim como os saduceus reconheciam apenas o pentateuco de Moisés como palavra inspirada de Deus. Por isso Cristo afirmou “nós adoramos o que sabemos” Os verdadeiros adoradores sãoos que reconhecem a natureza de Deus. Pela sua própria natureza, Ele é Espírito, e se o adorarmos em verdade, devemos não somente reconhecer a sua natureza, mas harmonizar a nossa adoração com a sua natureza.

Adorando em Espírito e em Verdade


Deivy Ferreira Paniago Junior
13/02/2021

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

PEARMAN, Myer. João o evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD.

HORTON, Stanley. A Doutrina do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD.

João 4.10

João 4.10 "Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. ”


"Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, ”

Há pessoas que não percebem quantos poderes e oportunidades jazem escondidos ao nosso redor. Por não reconhecermos quantas bênçãos se nos oferecem, perdemos milhares delas! “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento” (Oséias 4.6). A mulher samaritana estava falando face a face com aquele que satisfaria a todos os seus anseios de paz e de vida e não o sabia. Há muitas pessoas que passam pela vida bem perto daquilo que poderia revolucionar sua existência, e ficam alheias à verdadeira bem-aventurança por falta de saber e de considerar. Em dois assuntos, especificamente, faltava conhecimento à mulher: 1. Não conhecia o dom de Deus, aquilo que Deus queria graciosamente dar a ela. A pobre mulher nem esperava bênçãos da parte de Deus. Desiludida, esgotada, sem caráter, sem alegria, praticava a enfadonha rotina dos serviços diários. Ouvira falar sobre Deus, mas nem sequer sonhava que Ele estivesse disposto a entrar na sua vida, fazendo com que sua existência valesse a pena. 2. A mulher não conhecia a identidade daquele que disse: “Dá-me de beber”. A vinda do Messias era a esperança dos samaritanos, e não somente dos judeus, e ambas as nações tiraram encorajamento e forças desta promessa: suportavam os males do presente, sustentados pela visão do futuro, que se centralizava ao redor da Pessoa do Messias. Agora, o Messias estava falando com esta mulher sem que ela o percebesse. Muitos são os que têm familiaridade com as palavras de Jesus, ouvindo-as como se escutassem uma canção. Não são transformados, porém, porque não se apercebem realmente de que as palavras que ouvem não são as de um mestre humano, e sim as do próprio Filho de Deus. Oxalá soubessem quem é o que lhes fala!


 “..., tu lhe pedirias, e ele te daria água viva. ” 

Se ela soubesse quem era Jesus, com quem ela estava falando e que ele fora enviado para dar vida a um mundo perdido “a água viva”, imediatamente, ela lhe pediria um copo dessa água viva. A água “viva” é a que flui ou que jorra de um a fonte a água com movimento, em contraste com a água parada (Efésios. Genesis 26.19; Zacarias 14.8). Simboliza a vida divina que flui mediante o contato com Deus (Jeremias 2.13; Apocalipse 7.17; 21.6; 22.1). Assim como a água natural satisfaz a sede física, o Espírito Santo satisfaz a alma que anseia por Deus (cf. SaImos 42.1,2). Em Jeremias 2:13, Deus disse: Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas (grifo meu). Deus lamentou que seu povo tivesse abandonado o suprimento fresco e contínuo de suas bênçãos, optando por cisternas de água parada, concebidas por mãos humanas. Isso resultou em perderem as bênçãos que sustêm a vida. Isaías previu o dia em que o povo de Deus, “com alegria, tiraria água das fontes da salvação” (Isaías 12:3). Jesus, o doador da vida, tem a água que dá vida. A água viva de Jesus é como “uma fonte a jorrar para a vida eterna” (João 4:14). A água viva que flui do “interior” do crente é depois explicada como sendo o Espírito Santo, o qual ainda não tinha sido dado (7:38, 39).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/1/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PEARLMAN, Myer. João o Evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_03.pdf

João 3.16

João 3.16 "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. "


O novo nascimento é possível graças ao amor de Deus. João 3:16 tem sido devidamente chamado de “o texto áureo” das Escrituras. Se algum versículo resume o amor insondável de Deus, é este.


“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,

“Porque” conecta esta declaração com o pensamento anterior, apresentando o motivo pelo qual o Filho do Homem seria “levantado”: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (João 3:14) para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Deus amou o mundo. Pode-se imaginar os judeus pensando que o amor de Deus se restringia a Israel, mas essa passagem deixa claro que o amor de Deus não se restringe a nenhuma raça. Ele é universal, abrange a todos. Seu amor pelo mundo não é porque o mundo é amável; pelo contrário, o mundo é detestável. A humanidade é composta de ímpios, pecadores e inimigos de Deus: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).

“De tal maneira” indica o grau ou a intensidade do amor de Deus. Seu amor pela humanidade custou-lhe a morte de seu próprio Filho “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas? “ (Romanos 8:32) Assim como o amor de Deus por Israel moveu-o a salvar o povo da morte física através das instruções que ele deu a respeito da serpente de bronze, seu amor o motiva a salvar da morte espiritual todos que olham para Jesus, seu Filho, o qual foi levantado.

O Termo Filho Unigênito termo aparece cinco vezes nos escritos de João, todas relacionadas a Jesus (1.14,18; 3.16,18; 1 João 4.9). Isso revela claramente sua divindade. “Unigênito”, na Bíblia, conduz a idéia de natureza, caráter, tipo, e não de geração. Jesus é o “unigênito do Pai” no sentido do seu relacionamento exclusivo com Ele. Cristo não foi criado por Deus, Ele preexiste eternamente, por isso é chamado de Pai da Eternidade (Isaías 9.6). Ele já era chamado Filho mesmo antes da sua encarnação, como vemos em 1 João 4.9: “Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos


 “... para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. ”

Deus não só deu o Seu Filho unigênito ao enviá-lo ao mundo, mas também O deu para ser levantado – para morrer na cruz – por todas as pessoas “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim” (João 12:32)

O amor de Deus espera uma resposta de fé. Ele quer que cada pessoa creia nele. O novo nascimento requer fé. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). Sem fé “nascer da água e do Espírito” não faria sentido, ou até seria impossível. Essa fé deve levar o crente a se submeter humildemente à vontade de Deus e fazer o que ele ordena em sua Palavra. O contexto dessa passagem ensina que essa fé é obediente. Assim como os israelitas tiveram que crer e olhar para a serpente de bronze para viver, hoje temos que crer em Jesus com uma fé obediente. A fé que salva é a fé que obedece “Se me amais, guardai os meus mandamentos “ (João 14:15)

O propósito do dom [dádiva] do Filho de Deus é declarado com uma negação e uma afirmação (veja 1:3): “para que todo o que crê em Jesus não pereça, mas tenha a vida eterna”. “Perecer” contrasta fortemente com ter “a vida eterna”.

João não oferece nenhum meio termo entre crer e se negar a crer em Jesus. Crer no Filho resulta em vida, ao passo que se negar a crer no Filho resulta em perdição. Dado o contraste entre “perecer” e “ter a vida eterna”, é razoável concluir que perecer também é por toda a eternidade. A perdição e punição dos que se negarem a crer é ensinada explicitamente em outras passagens “ E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 26.46). Este “perecer” não significa ser aniquilado, e sim passar a eternidade no inferno, separado de Deus e de Cristo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_01.pdf

CARSON, D. A. A difícil doutrina do amor de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.

Lucas 24.44

Lucas 24.44 “E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. ” 


Após ter estado com dois discípulos no caminho de Emaús, Jesus os surpreende novamente quando esses se dirigem a Jerusalém para informar os onze. A alegria dos discípulos foi tanta que eles não creram, mas pensaram que se tratava de algum espírito, Jesus então apresentou suas feridas e pediu alguma coisa para comer na presença deles.


“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: “ 

Logo após a confissão de Cristo Jesus começou a anunciar a sua morte e ressurreição: “Desde então começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muitas coisas dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.” (Mateus 16:21). Porém, os discípulos não faziam ideia do que Ele estava falando: “Eles, porém, nada compreenderam acerca destas coisas” (Lucas 18:34; veja Marcos 9:10, 32) Após essas palavras Lucas nos narra que: “Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras. ” (Lucas 24:45)


“...convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos. ”

Uma das principais mensagens de Je­sus é que tudo na Escritura concernente a Ele deve ser cumprido de acordo com o plano divino. O Antigo Testamento tem uma divisão tripla: a Lei de Moisés, os Profetas e os Salmos. Todas as partes das Escrituras dão testemunho de Jesus. As diversas partes do Antigo Testamento são aqui mencionadas, como contendo, cada uma delas, informações a respeito de Cristo: A “Lei de Moisés”, isto é, o Pentateuco, ou os cinco livros escritos por Moisés; “os profetas”, que contêm não apenas os livros que são puramente proféticos, mas também aqueles livros históricos que foram escritos por homens dotados pelo Espírito de profecia; os Salmos, que contêm outros textos, que eram chamados de Hagiógrafa. Veja em que formas curiosas de escrita Deus já revelava sua vontade desde antigamente. Mas todas procediam de um único Espírito, que, por meio delas, avisou sobre a vinda e o reino do Messias: “A este dão testemunho todos os profetas” (At 10.43).O cumprimento do que Deus prometeu centraliza-se completamente em Jesus. Como Ele fez na estrada de Emaús (v. 32), Ele abre a mente dos discípulos para uma compreensão genuína das Escrituras proféticas. Ele lhes dá insight espiritual para que entendam como a profecia é cumprida nEle.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
19/01/2022

Fontes:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Lucas 12.15

Lucas 12.15 “E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. ”


Um dia, enquanto Jesus ensinava, um homem que estava entre a multidão interrompeu-O dizendo: “Mestre, ordena a meu irmão que reparta comigo a herança” (v. 13). O pensamento daquele homem certamente não estava no sermão que Jesus acabara de proferir. Em vez de refletir nas palavras de Cristo, ele estava preocupado com uma disputa familiar mesquinha. O Senhor ficou entristecido pelo fato de Seu ensino não ter penetrado no coração daquele homem. Disse o Mestre: “Homem, quem me constituiu juiz ou partidor entre vós? ” (v. 14). Olhando para dentro do coração do homem, Jesus localizou o problema e disse-lhe:


“Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, ” 

A advertência começa com dois verbos: “Acautelai-vos”, ou seja, observai-vos a vós mesmos, mantendo um olho extremamente cuidadoso sobre os vossos próprios corações, para que princípios avarentos não entrem neles furtivamente; e “Guardai-vos”, ou melhor, preservai-vos a vós mesmos, mantende uma atadura severa sobre os vossos próprios corações, para que os princípios avarentos não os dominem, nem estabeleçam sua lei neles. A avareza é um pecado contra o qual precisamos vigiar constantemente. Pela razão de a avareza tornar as coisas materiais um deus, a avareza é idolatria: “Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a fornicação, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria (Colossenses 3:5). Idolatria é curvar-se diante de algo que não é digno de honra e incapaz de dar à vida o verdadeiro significado. Jesus nos ensina que o nosso tesouro não deve ser nesse mundo: Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam; Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração (Mateus 6:19-21) e Paulo declarou em 1 Timóteo 6:6 o que constitui a verdadeira riqueza. "Grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento." Podemos parafrasear, dizendo: "A piedade com o contentamento é o maior tesouro de um homem", ou "A piedade é riqueza celestial." Paulo também demonstrou que a riqueza material é passageira: "Nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele; tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes" (vv. 7-8). A conhecida frase, não levamos nada deste mundo, tem fundamento bíblico― nada trouxemos ao entrar, e nada levamos ao partir. Quão pouco os Faraós do Egito conheciam deste princípio! No Museu, do Cairo pode-se ver tesouros de valor quase incalculável tirados dos túmulos dos reis. Esta vasta riqueza estava sepultada com os Faraós, pois esperavam levar consigo para uma vida futura aquilo que haviam desfrutado tão ricamente na terra. Mas os Faraós passaram, e deixaram para trás suas riquezas. Nossos museus estão enriquecidos porque aqueles reis procuraram levá-las consigo, e não o puderam. O princípio bíblico é: "Nada temos trazido para o mundo, nem coisa alguma podemos levar dele.


“...porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. ”

Vivemos num mundo que enfatiza o material. Muitos são obcecados pelo sucesso financeiro, pela estabilidade econômica e pelo acúmulo de bens. Cercados por essa ênfase materialista, podemos facilmente perder de vista os verdadeiros valores. Porém, a nossa felicidade e conforto não dependem de termos uma grande quantidade da riqueza deste mundo”. (1) A vida da alma, sem dúvida alguma, não depende dela, e a alma é o homem. As coisas do mundo não se ajustarão à natureza de uma alma, nem suprirão suas necessidades, nem satisfarão seus desejos, nem durarão tanto quanto ela. (2) A vida do corpo e a felicidade deste não consistem na abundância destas coisas. Porque muitos que vivem contentes e tranquilos, e atravessam o mundo muito confortavelmente, possuem apenas um pouco da riqueza dele (um jantar de ervas com amor santo é melhor do que um banquete de coisas gordurosas). Por outro lado, muitos que vivem miseravelmente, possuem uma quantidade muito grande das coisas deste mundo; estes possuem abundância, no entanto não têm nenhum conforto; eles privam a sua alma do bem, Eclesiastes 4.8. Muitos que possuem abundância estão descontentes e desassossegados, como Acabe e Hamã. E que bem a sua abundância lhes proporciona?


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/06/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

PENTECOST, Dwight. O sermão da montanha. Trad. Luiz Aparecido Caruso. São Paulo: Vida, 1984.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/Po_200709_07.pdf

Lucas 6.36

Lucas 6.36 “Sede, pois, misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. " 


“Sede, pois, misericordiosos, “ 

Os misericordiosos não são interpretados como sendo os mais sábios, nem provavelmente serão os mais ricos; ainda assim, Cristo diz que são bem-aventurados. Os misericordiosos são piedosa e bondosamente inclinados à piedade, ajudam e auxiliam as pessoas que estão na miséria. Um homem que não tenha recursos para ser generoso ou abundante pode ser verdadeiramente misericordioso, e assim Deus aceita a mente disposta. Nós devemos não som ente suportar pacientem ente os nossos próprios sofrimentos, como também devem os, pela solidariedade cristã, com partilhar os sofrimentos dos nossos irmãos; o amigo deve mostrar compaixão (Jó 6.14), e revestir-se de entranhas de misericórdia (Colossenses 3.12). E, revestidos, eles devem se apresentar para ajudar em tudo o que puderem àqueles que estão passando por algum tipo de necessidade. Nós devemos ter com paixão das almas dos outros, e ajudá-los; te r com paixão dos ignorantes, e instruí-los; te r pena dos descuidados, e adverti-los; ter com paixão dos que estão em condição de pecado e recolhê-los, como galhos sendo retirados das chamas. Nós devemos ter com paixão daqueles que estão melancólicos e em tristeza, e consolá-los (Jó 16.5); daqueles em relação aos quais temos alguma vantagem, não sendo rigorosos e severos com eles; daqueles que estão passando por necessidades, ajudando-os. Se nos recusarmos a fazer isto, qualquer que seja a nossa desculpa, nós fechamos as entranhas da nossa com paixão (Tiago 2.15,16; 1 João 3.17). Abra a sua alma, repartindo o seu pão com os famintos (Isaías 58.7,10). Um bom homem é misericordioso até mesmo com os seus animais.


“...como também vosso Pai é misericordioso. “ 

Isso explica Mateus 5.48: “Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai”. “Imitai vosso Pai nessas coisas que são as suas mais resplandecentes perfeições”. Aqueles que, assim como Deus, são misericordiosos, mesmo com “os ingratos e maus”, são perfeitos como Deus o é. Dessa maneira Ele está generosamente satisfeito em aceitar isso, embora seja infinitamente insuficiente. A caridade é chamada de “o vínculo da perfeição”, Colossenses 3.14. Isso deveria nos comprometer firmemente a ser misericordiosos com os nossos irmãos, até mesmo com aqueles que nos ofendem, não apenas porque Deus é misericordioso com eles, mas, porque Ele é misericordioso conosco, embora fôssemos e sejamos ingratos e maus - “As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/06/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.

Lucas 11.28b

Lucas 11.28b “[…] Bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam. ”


“[…] Bem-aventurados"

A expressão bem-aventurado vem da palavra latina (beatus) que, por seu turno, originou o termo beatitude. No original grego, o vocábulo usado por Mateus é (makarios), cujo significado lembra felicidade, alegria divina e perfeita. Para os antigos gregos, somente os deuses realmente eram felizes, isto é, bem-aventurados. No hebraico, por outro lado, o vocábulo (esher) é traduzido, no salmo primeiro, com o sentido de quão felizes são! O sentido, portanto, é o de alguém que é feliz aos olhos de Deus por amar intensamente ao Senhor.Observa-se ainda que, na literatura grega clássica, a palavra era usada para se referir à prosperidade material. Mas, na literatura sapiencial hebraica, ela se refere a uma condição de bem-estar espiritual com Deus (Salmo 1.1; 32.1; 112.1). Jesus mantém esse último sentido.


"... os que ouvem a palavra de Deus..." 

Entendendo isso, esse versículo afirma que “quão felizes são” quem ouve e guarda a Palavra de Deus. As bênçãos e bem-aventuranças vêm tanto sobre os leitores como os ouvintes, desde que guardem as palavras da profecia. As bênçãos não vêm sobre leitores negligentes ou ouvintes desatentos, mas sobre aqueles que, amorosamente, obedecem aos preceitos e mandamentos encontrados no livro. A mesma ideia é expressada nas palavras escutar e praticar como nas palavras de Jesus (Mateus 7:24) Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; Ou seja o Bem-aventurado é chamado prudente. Quando ao tolo: (Mateus 7:26) E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia;

Mas porque é tão feliz quem ouve? (Romanos 10:17) De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus. Ninguém ouve se Deus não permitir. Deus incluiu no ministério messiânico a cura de surdos (Mateus 11:5) Os cegos vêem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho. Ouvir é um dom gracioso de Deus, se hoje podemos escuta-lo somos bem-aventurados (João 8:47) Quem é de Deus escuta as palavras de Deus... Através da audição temos acesso a Graça da salvação afinal a fé vem pelo ouvir. (Romanos 5:2) Pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.


"... e a guardam. ”

Porque felizes os que guardam? Guardar nesse e em outros contextos diz respeito a obedecer aos mandamentos ou as palavras de Deus. No antigo testamento ele exige do seu povo (Levítico 26:3) Se andardes nos meus estatutos, e guardardes os meus mandamentos, e os cumprirdes. No novo testamento ele espera isso da sua igreja (João 14:21) Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele. Paulo em seu esclarecimento sobre a Lei afirma (Romanos 7:12)  (...) a lei é santa, e o mandamento santo, justo e bom. O cristão tem liberdade de não se apegar a letra, porém se ele estiver alinhado a vontade de Deus ele guarda sempre os seus mandamentos. (Romanos 2:15) Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;


Deivy Ferreira Paniago Junior
19/02/2021

Fontes:

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.

GONÇALVES, José. A Verdadeira Prosperidade. Rio de Janeiro: CPAD.

HORTON, Stanley. Apocalipse, as coisas que brevemente devem acontecer.Rio de Janeiro: CPAD.

Lucas 4.14

Lucas 4.14 “Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia, e a sua fama correu por todas as terras em derredor. ” 


“Então, pela virtude do Espírito, voltou Jesus para a Galileia “ 

O Evangelho de Lucas enfatiza a obra do Espírito Santo na vida de Jesus. Existem mais referências ao Espírito Santo no Livro de Lucas que em Mateus e Marcos juntos. Sem nos esforçar muito observamos isso nos seguintes relatos iniciais sobre Jesus: 1 – A Anunciação de Jesus – “E, respondendo o anjo, disse-lhe: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus (Lucas 1:35) “. 2 – No Crescimento do menino Jesus – “E o menino crescia, e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele (Lucas 2:40) “. 3 – No Batismo de Jesus – “E o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como pomba; e ouviu-se uma voz do céu, que dizia: Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo (Lucas 3:22) “. 4 – A Tentação de Jesus – “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto (Lucas 4:1) “. Jesus e seus primeiros discípulos tiveram sucesso na Judéia—ensinando e batizando até mais do que João Batista (João 3:22, 26; 4:1). No auge desse sucesso, Cristo decidiu que era hora de sair da Judéia e voltar para a Galileia. Mateus e Marcos deram uma razão para essa decisão. Mateus 4:12 diz: “Ouvindo, porém, Jesus que João fora preso, retirou-se para a Galileia (veja Marcos 1:14) “. João acrescentou outra razão por que Cristo julgou aconselhável retirar-se da Judéia: “Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João… deixou a Judéia…” (João 4:1– 3). Todavia o principal motivo que guiava era o Espírito Santo dentro dele: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito (João 3:8) Jesus viveu seu ministério guiado pelo Espírito Santo e como ele seus seguidores devem ser cheios do espírito Santo para andar como ele andou.


“...e a sua fama correu por todas as terras em derredor. ” 

A notícia sobre o ministério de Jesus na Judéia precedeu Sua chegada à Galileia. As notícias teriam sido a respeito do seu batismo especial, por ter sobrevivido por 40 dias no deserto, por ter purificado o templo e por sua passagem por Sicar na Samaria. João 4:45 diz: “Assim, quando chegou à Galileia, os galileus o receberam, porque viram todas as coisas que ele fizera em Jerusalém, por ocasião da festa, à qual eles também tinham comparecido” “E, estando ele em Jerusalém pela páscoa, durante a festa, muitos, vendo os sinais que fazia, creram no seu nome (João 2:23) “. Jesus começou a pregar como fizera na Judéia. Marcos registrou que “foi Jesus para a Galileia, pregando o evangelho de Deus, dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho” (1:14b, 15; veja Mateus 4:17). Lucas escreveu: “E ensinava nas sinagogas, sendo glorificado por todos” (4:15). Foi um começo promissor.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/1/2023

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Aviva a Tua Obra – O chamado das escrituras ao quebrantamento e ao poder de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200701_03.pdf