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sábado, 13 de julho de 2024

1 Timóteo 6.17

 

1 Timóteo 6.17 “Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;”

 

Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos,”

As palavras iniciais sublinham a verdade de que a riqueza material somente é riqueza “no que diz respeito ao presente mundo.” O pensamento relembra a advertência acerca do homem que amontoa riquezas para si mesmo, e não é rico para Deus (Lucas 12:21).

A atitude que Paulo revela aqui para com as riquezas é moderada, e não as condena em si mesmas, mas, sim, limita-se a indicar as tentações às quais os ricos estão expostos.

Então ele ordena aos ricos que não sejam altivos. O Antigo Testamento alerta-nos com clareza nesse sentido. A riqueza com freqüência gera a vaidade. Ela faz as pessoas sentirem-se importantes e assim acabam “desprezando os outros”. É comum os ricos gabarem-se de tudo que possuem como casa, mobília, carro, iate e de outros bens.

 

 “... nem ponham a esperança na incerteza das riquezas,”

Além de não serem altivos Paulo orienta aos ricos para não colocarem suas esperanças nas riquezas. Pois a riqueza faz muitos se sentirem auto-suficientes, orgulhosos, arrogantes e confiantes no seu poder econômico e financeiro.

Agir desse modo segundo o apóstolo é ser insensato e imprevidente porque a riqueza é uma incerteza. Jesus nos alertou sobre os prejuízos causados pela traça, pela ferrugem e pelos ladrões: “Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam” (Mateus 6.19).

Nós poderíamos ainda acrescentar prejuízos causados pelo incêndio e pela inflação, como perigos adicionais. Muitos são os que foram dormir ricos e acordaram pobres. Lembram-se de Jó! Que perdeu todos os seus bens num só dia.

 

“... mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;”

O objeto da nossa confiança não devem ser coisas, mas sim uma Pessoa. A advertência, com sua sugestão positiva que os ricos seriam melhor aconselhados em fundamentarem suas esperanças em Deus, relembra notavelmente as palavras do Salmista: “Eis o homem que não fazia de Deus a sua fortaleza, antes confiava na abundância dos seus próprios bens” (SaImos 52:7).

No entanto o pensamento é um lugar comum no A.T. A confiança deve ser colocada em Deus, e não nas riquezas, precisamente porque Ele nos dá todas as coisas para delas gozarmos.

Esse é um acréscimo importante. Não devemos trocar materialismo por ascetismo. Pelo contrário, Deus é um Criador generoso, que quer que apreciemos e desfrutemos as boas dádivas da criação. Sua bondade paternal é uma mensagem clara aos sectários que seu ascetismo excessivo é contrário à intenção divina.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/7/2024

FONTES:

QUEIROZ, Silas. O Deus Que Governa o Mundo e Cuida da Família – Os Ensinamentos Divinos nos livros de Rute e Ester para a Nossa Geração. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

KELLY, John N. D. I e II Timóteo e Tito: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova e Editora Mundo Cristão, 1983.

STOTT, John R.W. A mensagem de 1 Timóteo e Tito: a vida da Igreja local: a doutrina e o dever; tradução Milton Azevedo Andrade. — São Paulo : ABU Editora, 2004.

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