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sábado, 13 de janeiro de 2024

Salmo 119.107

Salmo  119.107 “Estou aflitíssimo; vivifica-me, ó Senhor, segundo a tua palavra. ”

 

O Salmo 119.

Esse é um salmo por si mesmo, distinto de todos os outros; ele supera todos os outros e destaca-se por seu brilho nessa constelação. A composição dele é singular e muito precisa. Ele é dividido em vinte e duas partes, de acordo com o número de letras do alfabeto hebraico, e cada parte consiste de oito versículos, todos os versículos da primeira parte começam com álefe; todos os versículos do segundo, com bete e assim por diante, sem nenhuma falha em todo o salmo.

 

“Estou aflitíssimo; “

De acordo com o último versículo, ele tinha prestado juramento como soldado do Senhor, e neste versículo seguinte, ele é chamado para sofrer dificuldades nesta qualidade. O nosso serviço ao Senhor não nos isenta do juízo, mas na verdade o assegura para nós. O salmista era um homem consagrado, mas um homem punido, e suas punições não eram leves; pois parece que, quanto mais ele era obediente, mais era afligido. Evidentemente, ele sentia a vara ferindo-o profundamente, e isto ele alega, diante do Senhor. Ele fala, não como uma queixa ou murmuração, mas como um apelo; sim, devido à grande aflição em que se encontra, ele apela por uma vivificação. “

 

“...vivifica-me, ó Senhor, “

 Como Deus nos vivifica? Fazendo reviver as nossas graças em meio ao sofrimento, como a nossa esperança, paciência e fé. Desta maneira, Ele nos injeta vida novamente, para que possamos prosseguir alegremente em nosso serviço, pela infusão de novas consolações. Ele vivifica o coração dos seus contritos, como diz o profeta (Is 57.15). Isto é muito necessário, pois o salmista diz, em outra passagem, “vivifica-nos, e invocaremos o teu nome” (SI 80.18, ARA). O desconforto e o desencorajamento enfraquecem as nossas mãos, e a invocação a Deus. A menos que o Senhor nos vivifique outra vez, não teremos vida na oração. De duas maneiras, em particular, Deus nos vivifica na aflição: vivificando a nossa percepção do seu amor, e vivificando a nossa esperança de glória.

 

”...segundo a tua palavra. ”

Davi, quando pede a vivificação, é encorajado a fazê-lo, por causa de uma promessa. A pergunta é, qual será esta promessa? Alguns pensam que é a promessa geral da lei, “Fazendo-os o homem, viverá por eles” (Lv 18.5) e que, a partir daí, Davi chegou a esta conclusão particular, de que Deus vivificaria o seu povo. Mas, na verdade, foi alguma outra promessa, alguma palavra de Deus que ele havia recebido, que o respaldava nesta súplica. O Senhor faz muitas promessas a nós, de santificar a nossa aflição. O fruto de todas é tirar o pecado (Is 27.9); melhorar-nos e aperfeiçoar-nos (Hb 2.10), moderar a nossa aflição, e tirar o seu vento forte, no tempo do vento leste (Is 27.8); nos assegurar de que não permitirá que soframos mais do que nos capacitou a suportar (1 Co 10.13). Ele prometeu que irá atenuar a nossa aflição, de modo que não seremos tentados acima das nossas forças. Ele prometeu que irá nos resgatar das nossas aflições, que o cetro da impiedade não permanecerá sobre a sorte dos justos (SI 125.3), e que Ele estará conosco e não nos desamparará (Hb 13.5). Agora, o meu argumento é: se o povo de Deus conseguiu firmar o coração na palavra de Deus, quando tinha apenas indicações obscuras sobre as quais poderiam trabalhar, a ponto de não saberem exatamente onde estava a promessa, ah! Como os nossos corações deveriam estar firmes em Deus, quando temos tantas promessas! Tendo em vista que as Escrituras são ampliadas para o consolo e a dilatação da nossa fé, certamente deveríamos dizer, como Paulo, quando recebemos uma palavra: “Creio em Deus” (At 27.25); eu posso esperar que Deus fará isto por mim, uma vez que a sua palavra assegura isto em todas as partes.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/02/2022

Fontes:

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

SPURGEON, Charles. Os tesouros de Davi – Volume 3. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

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