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quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

1 Coríntios 9.16

Comentário 1

1 Coríntios 9.16 “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ”


“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar,”

A pregação do apóstolo não era motivo para ele se gloriar, ou se gabar.  Houve um momento em sua vida em que ele achava que ser sábio era se gloriar nas coisas que tinha: “Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível” (Filipenses 3:4-7). 

Mas ele considerou todas essas glórias do seu passado como esterco, como lixo, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo:  “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8)

Visto que tudo que conseguimos e somos é o resultado da morte sacrifical de Cristo na cruz, não devemos nos gloriar nelas ou em nós mesmos como se as possuíssemos alguma coisa: Gaiatas 6.14 "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo."

Podemos apenas seguir a ordem formal de Jeremias de nos gloriarmos no Senhor: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9:23,24)

Toda jactância ou vanglória só pode trazer dano à Igreja, mas gloriar-se no Senhor significa que colocamos nossa confiança nele e somente nele.


 “... pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ”

Paulo sente uma compulsão interior (que sem dúvida vinha da comissão que Jesus lhe dera na estrada de Damasco, uma comissão confirmada por Ananias como também pelo Espírito Santo: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:15,16).

Ele deve ter se sentido como Amós, quando disse: “Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará?” (Amós 3-8), ou como Jeremias, ao dizer que a palavra de Deus “foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso mais” (Jeremias 20.9).

Paulo não pretendia pregar o Evangelho quando partiu tomando a estrada de Damasco. Estava apenas satisfazendo um encargo que Jesus lhe tinha entregado (quando Ele o chamou para ser apóstolo aos gentios).

Essa obrigação pesa sobre ele. E essa obrigação deve também pesar sobre todos os que experimentaram o poder do Evangelho em suas vidas.

Paulo pensa em alguma desgraça vindo sobre ele, se não pregar. “Ai de mim” é, normalmente, um grito de dor diante do castigo. Falar de castigo não é algo agradável na sociedade moderna. Todavia, a Bíblia apresenta claramente a verdade da prestação de contas e do castigo de Deus àqueles que são infiéis na obediência aos seus mandamentos.

A natureza do ai não é explicada no contexto imediato. Mas se lembramos das palavras de Deus a Ezequiel fará sentido:  “Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão” (Ezequiel 33:8)

A vontade de Deus é a salvação do pecador, por isso o objetivo da mensagem é que o ímpio tenha consciência do perigo em que se encontra, e que se desperte para buscar a Deus e seja salvo: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55.7).

 Essa parte do discurso revela a responsabilidade do Profeta em se tratando do destinatário original dessa mensagem e a nossa responsabilidade como cristãos que recebemos do Senhor Jesus a incumbência de anunciar o evangelho ao pecador (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-20; Lucas 24.46-49). Não pregar o evangelho é colocar-se na posição de experimentar o castigo de Deus.


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
06/12/2023

 

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Esequias e Daniele. A justiça divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro do profeta Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

https://gilvanbarbosa.wordpress.com/2009/07/23/ai-de-mim-se-nao-pregar-o-evangelho/ 

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Comentário 2

1 Coríntios 9.16 “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ” 


“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar,"

Paulo sente uma compulsão interior que sem dúvida vinha da comissão que Jesus lhe dera na estrada de Damasco, uma comissão confirmada por Ananias como também pelo Espírito Santo; Atos 9-6,15,16). Ele deve ter se sentido como Amós, quando disse: “Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará? ” (Amós 3-8. Paulo não pretendia pregar o Evangelho quando partiu tomando a estrada de Damasco. Se de boa vontade tivesse decidido por si mesmo pregar o Evangelho, ele teria tido recompensa. Mas ele não o fazia por vontade própria. Estava apenas satisfazendo um encargo que Jesus lhe tinha entregue (quando Ele o chamou para ser apóstolo aos gentios).


“...pois me é imposta essa obrigação; ”

A pregação não é motivo de jactância porque para ele não é uma questão de escolha. Ele foi “com­pelido” literalmente, “me é imposta essa obrigação”. Não escolheu pregar o evangelho, mas deve fazê-lo conforme o chamado divino. Suas palavras relembram as de Jeremias: “Então, disse eu. Não me lembrarei dele [do Senhor] e não falarei mais no seu nome; mas isso foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso” (Jeremias 20.9).


“...e ai de mim se não anunciar o evangelho! ”

Aqueles que são separados para o ofício do ministério têm o encargo de pregar o evangelho. Ai deles se não o fizerem.  No livro de Ezequiel está escrito: A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lhe anunciarás da minha parte. Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão. (Ezequiel 33:7,8). Observe que a vontade de Deus é a salvação do pecador, por isso o objetivo da mensagem é que o ímpio tenha consciência do perigo em que se encontra, e que se desperte para buscar a Deus e seja salvo (Isaías 55.6, 7). Essa parte do discurso revela a responsabilidade do Profeta em se tratando do destinatário original dessa mensagem e a nossa responsabilidade como cristãos que recebemos do Senhor Jesus a incumbência de anunciar o evangelho ao pecador (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-20; Lucas 24.46-49). Essa exortação não tem prazo de validade; ela é para os nossos dias, está afinada com o pensamento do Novo Testamento.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
30/09/2022

Fontes:

SOARES, Esequias e Daniele. A Justiça Divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no Livro de Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD 2022.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – Os problemas da Igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: Cpad, 2003.

ARRINGTON French L; STRONSTADRoger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.


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