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segunda-feira, 23 de maio de 2022

Lição 9 - Orando e Jejuando Como Jesus Ensinou – 2 Trimestre de 2022



(Texto Áureo) “[…] Disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram” (Atos 13.2,3)

“[…] Disse o Espírito Santo:” A pessoa do Espírito Santo fala e direciona os líderes da igreja como Cristo havia prometido aos seus discípulos: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar “(João 16: 13,14). Esse mesmo Espírito está disponível hoje a toda a igreja, pois habita dentro dela: “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 14:17); “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus “ (1 Coríntios 2:12). Quando o ouvimos devemos atentar ao seu mandar e orientação, pois Ele fala com autoridade divina: “Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. ” (Hebreus 4:7); “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:29).

“Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.” A pessoa do Espírito Santo convoca para a obra missionária dois entre os seus líderes: “Barnabé e Saulo”. Barnabé era um levita de Chipre. Seu nome era José; o nome Barnabé lhe foi dado pelos apóstolos para indicar o seu caráter (Filho da Consolação, Atos 4.36). Foi o primeiro homem mencionado por sua generosidade, que vendeu uma propriedade e trouxe o dinheiro da venda aos apóstolos para que as necessidades dos membros mais pobres da igreja fossem supridas (Atos 4.36). Ele aparece novamente em Atos 9.27 prestando os seus bons serviços a Saulo de Tarso, quando Saulo retornou a Jerusalém no terceiro ano após a sua conversão, recomendando-o aos apóstolos, afirmando que Saulo era um crente genuíno. Isto sugere que ele já conhecia Saulo. Quando, alguns anos mais tarde, chegou a Jerusalém a notícia de que uma evangelização em larga escala havia ocorrido em Antioquia da Síria, por cristãos helenistas refugiados da perseguição que teve início na Judéia após a morte de Estêvão, Barnabé foi enviado até lá para investigar a situação e agir da forma que julgasse ser mais apropriada. Não podiam ter enviado um homem mais adequado. Longe de sentir-se chocado pelas inovações que ali encontrou, Barnabé sentiu prazer por ver a graça de Deus em ação na conversão dos pagãos em Antioquia, e assim encorajou tanto os evangelistas quanto os novos convertidos com todas as suas forças. Barnabé fortaleceu grandemente os laços de amizade entre a congregação de Antioquia e a igreja-mãe em Jerusalém (At 11.22-30).
Saulo, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, que falava a língua aramaica em sua casa, herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador das exigências da Torá, e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos era o primeiro e o mais proeminente entre os judeus (Filipenses 3.5,6; Gálatas 1.14). Era um judeu da Dispersão, nascido em Tarso da Cilicia, um lugar que não era insignificante (At 21.39), apesar de ser natural de Tarso estudou desde cedo em Jerusalém como ele mesmo diz aos pés de Gamaliel: “...e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois”(Atos 22:3). Após sua célebre conversão no caminho de Damasco procurou conhecer os demais apóstolos em Jerusalém por intermédio de Barnabé, depois de algum tempo em Jerusalém foi enviado para sua terra natal, pois em Jerusalém procuravam matá-lo: “Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesaréia, e o enviaram a Tarso” (Atos 9:30). Após algum tempo em Tarso, foi convidado por Barnabé para ajudá-lo na supervisão daquela da igreja de Antioquia: “E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia” (Atos 11:25).

“Então, jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram” Para obedecer à ordem do Espírito Santo, a igreja de Antioquia fez um culto especial. Realizaram tal culto, “jejuando e orando, e impondo sobre eles as mãos”. Esta é a primeira vez que o jejum (abstinência deliberada de alimento por um período) é mencionado em Atos. No Antigo Testamento, o jejum expressava primeiramente arrependimento; no Novo Testamento, indica prioridades. O alimento não era tudo o que importava para os primeiros cristãos. Às vezes, para cumprir os propósitos de Deus, eles ignoravam a hora das refeições. Quando você está envolvido na obra missionária, você faz parte de uma comunhão que tem suas prioridades definidas, e se relaciona com pessoas dedicadas a servir a Deus e aos homens. Não há comunhão de melhor qualidade! Além de jejuar eles oravam em gratidão pelo que Deus realizara entre os gentios daquela cidade (Antioquia). E também, em favor das multidões não evangelizadas da Ásia Menor e Europa. Aqui é descrito o culto de consagração. A igreja solene e oficialmente reconheceu a vocação missionária dos irmãos. A ordenação de Barnabé e Saulo é correspondente às ordens que o Espirito Santo deu para separá-los: Não foi para o ministério em geral (há muito que Barnabé e Saulo já eram ministros), mas para um serviço em particular no ministério. Era algo peculiar e que exigia novo comissionamento. Deus considerou que o momento era oportuno para transmitir essa ordem por meio das mãos desses profetas e doutores a fim de que a igreja recebesse estas orientações: os doutores devem ordenar doutores (quanto a profetas já não devemos mais esperar que haja), e aqueles a quem foram confiadas as palavras de Cristo devem, para o benefício da posteridade, confiá-las a homens fiéis, que sejam idóneos para também ensinarem os outros (2 Timóteo 2.2). Terminado o culto, os irmãos de Antioquia “o despediram” (v. 3b). Imagine, por um instante, que você é Barnabé ou Saulo a caminho da saída da cidade, as orações e os votos de sucesso dos irmãos ressoam nos seus ouvidos. Sem dúvida, os dois homens tinham um misto de sentimentos; ambos estavam cientes da emoção e da dificuldade de enfrentar o desconhecido. Porém, sabiam que estavam exatamente no lugar em que Deus queria que estivessem fazendo o que Deus queria que fizessem. Os missionários podem ter a grandiosa sensação de que estão cumprindo o plano de Deus para suas vidas.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/05/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200201_05.pdf

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domingo, 15 de maio de 2022

Lição 08 - Sendo Verdadeiros - 2 Trimestre De 2022


(Texto Áureo) “Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito não há engano” (SaImo 32.2)

Salmo 32: O título do salmo é “Masquil de Davi”. Não é somente esse título que prova que Davi escreveu este salmo gloriosamente evangélico, mas também as palavras do apóstolo Paulo registradas em Romanos 4.6-8: "Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo: Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos. Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado”. É provável que esse arrependimento profundo do grande pecado que Davi cometeu tenha sido seguido por tamanha paz feliz que ele foi levado a derramar o espírito na música suave dessa canção seleta. Segundo a ordem histórica, este Salmo vem depois do Salmo 51. O termo masquil consta no título de 13 Salmos, essa palavra indica que este é um Salmo instrutivo ou didático. Sendo assim, este é um Salmo didático, no qual Davi ensina os pecadores a arrependerem-se pela doutrina, que os ensinou a pecar pelo exemplo. Essa ciência é universal e diz respeito a todos os homens, a qual necessariamente todos temos de aprender. Hugo Grócio opina que este Salmo foi composto para ser cantado no dia anual da expiação judaica quando os judeus faziam uma confissão geral de pecados.

“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, “ Cronologicamente essa é a segunda bem-aventurança dos perdoados nesse salmo (V.1). No original hebraico, a palavra “bem-aventurado” está no plural: Bem-aventurados indicando bênçãos duplicadas: “Em lugar da vossa vergonha tereis dupla honra; e em lugar da afronta exultareis na vossa parte; por isso na sua terra possuirão o dobro, e terão perpétua alegria “ (Isaías 61:7). A não-imputação da maldade (Pecado, transgressão, iniquidade) é da mesma essência do perdão. O crente peca, mas o pecado não lhe é considerado, nem levado em conta. Paulo expressa: "Deus imputa a justiça sem as obras” (Romanos 4.6). É realmente bem-aventurado aquele que tem um substituto para representá-lo em cuja conta todas as suas dívidas são debitadas.

“...e em cujo espírito não há engano” Aquele que foi perdoado é em cada situação ensinado a lidar honestamente consigo mesmo, com o seu pecado e com o seu Deus. Quem não declararia todas as suas dívidas quando tivesse a certeza de que elas seriam pagas por outra pessoa? Quem não diria qual é a sua enfermidade quando estivesse certo da cura? A verdadeira fé não só sabe que este engano é impossível diante de Deus, mas também que é desnecessário. Os crentes não têm nada a esconder. Eles se veem na presença de Deus, despojados, expostos e nus. Se aprenderam a ver-se como são, também aprenderam a ver Deus como Ele se revela. Não há engano no espírito de quem é justificado pela fé, porque, no ato da justificação, a verdade se estabeleceu no mais profundo do coração. Não há engano no espírito daqueles que veem a verdade sob à luz da verdade de Deus. Livre da culpa, livre do engano. Aqueles que são justificados da falta são santificados da falsidade. O mentiroso não é uma alma perdoada. A deslealdade, a falsidade, o engano, a trapaça, a dissimulação são características dos filhos do Diabo. Mas aquele que é lavado do pecado é verdadeiro, honesto, simples e inocente. Não pode haver bem-aventurança para os malandros com os seus esquemas, truques, tramoias e fingimentos. Eles têm muito medo de que alguém descubra que eles estão tranquilos. A sua casa está construída à beira do vulcão, e o seu fim será a destruição eterna.

Apêndice: Certo dia, perguntaram a Lutero quais de todos os Salmos eram os melhores. Esta foi a resposta que ele deu: “Psalmi Paulin”. Quando os amigos insistiram para saber quais seriam estes, ele disse: “O Salmo 32, 51, 130 e 143, porque todos ensinam que o perdão dos pecados vem sem a lei e sem as obras àquele que crê. É por isso que os chamo de Salmos Paulinos. Davi canta: 'Contigo está o perdão, para que sejas temido’, que é o que Paulo diz: Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia’ (Rm 11.32). Dessa forma, nenhum homem pode se vangloriar da própria justiça. Estas palavras: Para que sejas temido’, pulveriza todos os méritos, ensinando-nos a descobrir a cabeça diante de Deus e a confessar gratia est, non meritum: remissio, non satisfactio, que significa ‘é mero perdão, sem nenhum mérito.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/05/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

Novo Currículo - Lições Bíblicas Adulto 3° trimestre 2022

Novo Currículo CPAD

Lições Bíblicas Adulto - 3° trimestre 2022

Tema: 

Os Ataques contra a Igreja de Cristo - As Sutilezas de Satanás nestes Dias que Antecedem a Volta de Jesus Cristo

Lições:

Lição 1: As Sutilezas de Satanás Contra a Igreja de Cristo
Lição 2: A Sutileza da Banalização da Graça
Lição 3: A Sutileza da Imoralidade Sexual
Lição 4: A Sutileza da Normalização do divórcio
Lição 5: A sutileza do Materialismo e do Ateísmo
Lição 6: A Sutileza das Ideologias Contrárias à Família
Lição 7: A sutileza da Relativização da Bíblia
Lição 8: A Sutileza do Enfraquecimento da Identidade Pentecostal
Lição 9: A Sutileza do Movimento dos Desigrejados
Lição 10: A Sutileza Contra a Prática Da Mordomia Cristã
Lição 11: A Sutileza das Mídias Sociais
Lição 12: A sutileza da Espiritualidade Holística
Lição 13: Resistindo ás Sutilezas de Satanás

Comentarista : José Gonçalves 

É pastor da Assembleia de Deus em Água Branca, Piauí, escritor e articulista. É bacharel em Teologia pelo Seminário Batista de Teresina e graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Piauí. Também é pós-graduado em Interpretação Bíblica pela Faculdade Batista do Paraná e mestre em Teologia por essa mesma instituição. Autor de diversos livros, entre eles, Defendendo o Verdadeiro Evangelho, Rastros de Fogo e Por que Caem os Valentes, todos publicados pela CPAD.



Lição 07 - Não Retribua pelos Padrões Humanos - 2 Trimestre De 2022


(Texto Áureo) “Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor. ” (Levítico 19.18)

“Não te vingarás, ” Aqui somos instruídos a nos despir de toda a maldade e malícia, e a nos vestir de amor fraterno. Não devemos ter más intenções com ninguém. Se nosso irmão nos fez algum mal, não devemos devolver-lhe o mal, isto é vingança. A vingança é prerrogativa de Deus, que é o Juiz de toda a terra (Gênesis 18.25). Ele como justo Juiz (2 Timóteo 4.8), além de soberano sabe fazer justiça. “Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor” (v.19) é uma citação de Deuteronômio 32.35. É difícil, mas é possível, com a ajuda do Espírito Santo. Deus nos recompensará. Não é pecado requerer seus direitos em juízo. O que não é cristão é um crente levar seu irmão a juízo por questões litigiosas, causando escândalos, quando deveria levar tais coisas ao pastor (1 Coríntios 6.1-8).

“..., nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; “ Está escrito em Tiago 1:20: “Porque a ira do homem não opera a justiça de Deus ”. O homem em sua ira é incapaz de ser justo. A ira é um profundo sentimento de ódio e rancor contra a outra pessoa. Uma vez descontrolada, ela não produz a justiça de Deus, mas uma justiça segundo o critério da pessoa que sofreu o dano: a vingança. A Palavra de Deus não proíbe o crente de ficar indignado contra a injustiça (Isaías 58.1,7; Lucas 19.45). Contudo, ao mesmo tempo, a Bíblia estabelece limites para o nosso temperamento não se achar irrefletido, descontrolado, deixando-nos impulsivamente irados (Efésios 4.26; Provérbios 17.27). O cristão, templo do Espírito Santo, tem de levar a sua mente cativa a Cristo (2 Coríntios 10.5) e manifestar o fruto do Santo Espírito: o domínio próprio (Gálatas 5.22 — ARA). Fuja da aparência do mal. Tenha autocontrole. É algo mal-intencionado, e é a destruição da amizade, guardar ressentimentos por ofensas, e deixar que este sentimento nos devore para sempre.

“...mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. ” O maior mandamento é: “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (Mateus 22:37). O segundo maior mandamento é: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Mateus 22:39). Este mandamento se encontra em Mateus, Marcos e Lucas – mas foi dado pela primeira vez no Antigo Testamento, no Livro do Levítico. Em um livro sobre rituais de sacrifício, festas religiosas e pureza cerimonial, é surpreendente encontrar a sublime verdade de que os israelitas deveriam amar seus semelhantes como a si mesmos. No NT o apóstolo Paulo nos mostra como ele é o resumo de todas as leis da segunda tábua da lei, Romanos 13.9,10; Gálatas 5.14. Nós devemos amar nosso próximo tão verdadeiramente como amamos a nós mesmos, e sem dissimulação. Devemos evidenciar nosso amor pelo nosso próximo da mesma maneira que evidenciamos nosso amor por nós mesmos, evitando o seu mal e procurando o seu bem, o máximo que pudermos. Devemos fazer ao nosso próximo aquilo que desejamos que seja feito a nós mesmos (Mt 7.12), colocando nossa alma no lugar da sua alma, Jó 16.4,5. Na verdade, nós devemos, em muitos casos, renunciar a nós mesmos pelo bem do nosso próximo, como Paulo, 1 Coríntios 9.19ss. Com isto, o Evangelho vai além daquele excelente preceito da lei. Pois Cristo, ao dar a sua vida por nós, nos ensinou até mesmo a dar nossas vidas pelos irmãos, em alguns casos (1 Jo 3.16), e desta maneira, amar ao nosso próximo mais do que a nós mesmos.

“Eu sou o Senhor. ” Em relação à organização do capítulo 19, R. K. Harrison escreveu: “Embora esta seção trate de uma grande variedade de preceitos morais, legais, cerimoniais e espirituais de uma forma aparentemente desorganizada, de fato esses preceitos estão dispostos em dezesseis parágrafos distintos, cada um terminando com a frase: Eu sou o Senhor (o Deus). Estas passagens estão dispostas em três seções principais (2b–10; 11–18; 19–37) de quatro, quatro e oito unidades, respectivamente”. Este conjunto de leis termina sempre com uma declaração sucinta, enfatizando que cada mandamento dado neste capítulo (e em outros trechos) deveria ser obedecido. O próprio Deus disse que Israel deveria guardar todos os Seus estatutos e todos os Seus juízos. Dois fatores são enfatizados: todas as leis de Deus (e não apenas algumas delas) deveriam ser obedecidas (não apenas acreditadas). Se os israelitas se dedicassem a obedecer a todos os mandamentos de Deus, Ele Se agradaria. Só então escapariam do castigo. Essa conclusão foi garantida por um fato de suma importância: o Deus que prescrevera essas leis disse: “Eu sou o Senhor”! Sendo Ele o Senhor, seria insensato opor-se a Ele ou ignorá-lo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/05/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras — Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_01.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201811_02.pdf

terça-feira, 3 de maio de 2022

Lição 06 - Expressando Palavras Honestas - 2 Trimestre De 2022


(Texto Áureo) “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, porque o que passa disso é de procedência maligna”. (Mateus 5.37)

Nossa época caracteriza-se pela ausência de credibilidade. A palavra de todo homem é suspeita, e temos adotado a atitude de que embora ouçamos o que se diz, sabemos que o que se diz não é o que se pretende dizer. Tal atitude espalhou-se de tal modo que o governo teve de intervir no campo da publicidade e estabelecer certas diretrizes quanto à veracidade da propaganda. Fatos que chegamos a aceitar como verdade, verificamos agora que são falsos. Assim, chegamos a desconfiar de quase tudo o que se diz. A prática do juramento tem raízes muito profundas no Antigo Testamento. O indivíduo jurava para afirmar a veracidade de suas palavras. O juramento era uma maldição que a pessoa se impunha se sua palavra não fosse verdadeira ou sua promessa não fosse cumprida. No texto que temos diante de nós, o capítulo 5 de Mateus, Jesus referiu-se aos que juravam pelo céu (v.34), ou pela terra (v. 35), ou pela cidade de Jerusalém (v.35). Um dos métodos mais comuns de jurar era erguer a mão para o céu e jurar pelo Deus do céu: “Abrão, porém, disse ao rei de Sodoma: Levantei minha mão ao Senhor, o Deus Altíssimo, o Possuidor dos céus e da terra, Jurando que desde um fio até à correia de um sapato, não tomarei coisa alguma de tudo o que é teu; para que não digas: Eu enriqueci a Abrão” (Gênesis 14:22,23). Essa ideia ainda perdura em nossos tribunais, pois se pede à pessoa que levante a mão direita e jure solenemente.

“Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; não, não, “ Jesus não proíbe que juremos em julgamentos e na verdade, quando a lei nos exige isso. Isso é evidenciado pela ocasião dessa parte de seu ensino. O que ele reprova é o abuso. Ele reprova todo juramento como juramento comum. Jurar diante de um magistrado é bem diferente. Dessas mesmas palavras ele forma sua conclusão geral: "Seja o seu 'sim', 'sim', e o seu 'não', 'não' ", indica que respostas honestas podem ser dadas. De seu próprio exemplo, vemos que ele mesmo respondeu sob juramento quando exigido por um magistrado. Quando o sumo sacerdote lhe disse: "Exijo que você jure pelo Deus vivo: se você é o Cristo, o Filho de Deus, diga-nos", Jesus de imediato respondeu, afirmando: "Tu mesmo o disseste", isto é, que aquilo era verdade. Deus Pai confirmou por juramento sua disposição de mostrar aos herdeiros da promessa a imutabilidade de seu conselho. Também Paulo que, pelo que entendemos, tinha o Espírito de Deus e compreendia a mente de Jesus, nos deu um exemplo. "Deus [... ] é minha testemunha", disse aos romanos, "de como sempre me lembro de vocês em minhas orações". Aos coríntios ele escreveu: "Invoco a Deus como testemunha de que foi a fim de poupá-los que não voltei a Corinto". E aos filipenses confessou: "Deus é minha testemunha de como tenho saudade de todos vocês, com profunda afeição de Cristo Jesus". Portanto, aparece inegavelmente que, se Paulo conhecia o significado das palavras de Jesus, elas não proíbem o juramento em ocasiões importantes mesmo uns aos outros. Muito menos proíbem juramentos a magistrados. Pelo menos, daquela afirmação de Paulo, algum juramento em geral era aceito. Em Hebreus ele ensinou: "Os homens juram por alguém superior a si mesmos, e o juramento confirma o que foi dito, pondo fim a toda discussão".

 “...porque o que passa disso é de procedência maligna”.  Jurar pelo céu é o mesmo que jurar por Deus, já que Deus está no céu. Uma vez que Deus está presente em todos os lugares, está na terra e no céu, então jurar pela terra é também jurar por Deus. Jerusalém era a cidade santa de Deus. Assim, jurar por Jerusalém era jurar por Deus. É claro que nada é nosso. Tudo é de Deus. Ele é o único Senhor de tudo, no céu e na terra. É fácil perceber a razão: porque o que passa disso é de procedência maligna. Procedência Maligna quer dizer: isto vem do Diabo, o maligno; vem da corrupção da natureza do homem, da paixão e da veemência; de uma vaidade reinante na mente, e do desprezo pelas coisas sagradas; vem daquela falsidade que há nos homens. “Todo homem é mentiroso” (Romanos 3.4), e, consequentemente, os homens usam estas declarações porque desconfiam uns dos outros e pensam que sem estas palavras não se pode acreditar neles. Observe que os cristãos devem, para crédito da sua religião, evitar não somente o que é mal em si mesmo, mas o que vem do mal e aquilo que tem aparência de mal. É necessário evitar aquilo que possa ser suspeito, aquilo que vem de algum a causa ruim.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
03/05/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

PENTECOST, Dwight. O sermão da montanha. Trad. Luiz Aparecido Caruso. São Paulo: Vida, 1984.

WESLEY, John. O Sermão do Monte. São Paulo: Vida, 2012.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Evangelhos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 

domingo, 1 de maio de 2022

Lição 05 - O Casamento é para Sempre - 2 Trimestre De 2022


(Texto Áureo) “Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. ” (Mateus 19.6)

O complicado assunto do divórcio e novo casamento foi apresentado a Jesus nesse contexto. O texto mostra que esse era um problema tão sério na época de Cristo quanto hoje. Entre os judeus, o divórcio se tornara tão casual que os homens estavam repudiando suas esposas por motivos tão triviais como a esposa queimar a comida ou incomodar o marido publicamente. Quando estudamos detalhadamente a resposta de Jesus, fica claro que Ele não defendeu o divórcio, e com certeza não o ordenou. Pelo contrário, Jesus mostrou os efeitos maléficos do divórcio e como ele leva a adultério e contaminação. O que Deus permitiu com relutância havia sido transformado em regra geral. Através de Moisés, Deus reconheceu e permitiu o divórcio, mas Jesus ensinou que essa nunca foi a intenção original de Deus. Deus não liberou o divórcio; mas o controlou. De fato, Deus tornou o divórcio mais difícil de ser executado. Jesus procurou restaurar a santidade que Deus originalmente idealizou para o relacionamento conjugal.

“Assim não são mais dois, mas uma só carne. “ O relacionamento entre marido e mulher tem mais valor do que qualquer outro. Sobrepujando o relacionamento entre um homem e seus pais, o relacionamento conjugal envolve o princípio de “deixar” e “unir-se”, conforme o verso 5: “Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? ”. O homem deve “deixar” seus pais e “se unir” a sua mulher. A palavra grega traduzida por “deixar” significa “soltar, largar”. Embora o homem não abandone os pais (15:3–6), é preciso acontecer uma separação definitiva. A palavra para “unir-se” significava originalmente “colar ou cimentar”. No casamento, marido e mulher tornam-se “uma só carne” (Efésios 5:28–31). Essa unicidade é fisicamente expressa pela união sexual deles (veja 1 Coríntios 6:16; 7:2–4). Deus fez o homem e a mulher para se complementarem e se completarem mutuamente (Gênesis 2:18, 24). Esse plano original deveria ser o modelo para todas as futuras uniões sexuais. Por sua própria natureza, esse modelo exclui a poligamia10, a poliandria, o divórcio e o novo casamento. João Crisóstomo escreveu: “Se fosse da vontade de Deus fazer as coisas dessa maneira, quando Ele fez um homem, teria feito muitas mulheres”. A intenção de Deus exclui uniões do mesmo sexo (Romanos 1:26, 27). Se Ele tivesse planejado que homens estivessem com homens e mulheres com mulheres, Ele teria feito outro homem para Adão e outra mulher para Eva. Quando os homens alteram os propósitos de Deus, os resultados são catastróficos.

 “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem. ” Considerando que Deus é Quem uniu o primeiro casal em matrimônio para se tornarem os dois uma só carne, só Ele tem o direito legítimo de prescrever os motivos pelos quais essa união pode ser dissolvida. Segundo o plano de Deus, o casamento termina com a morte, a qual libera o companheiro sobrevivente para contrair novo casamento (Romanos 7:1–3; 1 Coríntios 7:39). O casamento também pode ser dissolvido por causa da infidelidade sexual de um dos cônjuges, o que deixa uma ou ambas as partes livres para contrair novo casamento (5:31, 32; 19:9). Considerando que Deus é Quem uniu o primeiro casal em matrimônio para se tornarem os dois uma só carne, só Ele tem o direito legítimo de prescrever os motivos pelos quais essa união pode ser dissolvida. Segundo o plano de Deus, o casamento termina com a morte, a qual libera o companheiro sobrevivente para contrair novo casamento (Romanos 7:1–3; 1 Coríntios 7:39). O casamento também pode ser dissolvido por causa da infidelidade sexual de um dos cônjuges, o que deixa uma ou ambas as partes livres para contrair novo casamento (5:31, 32; 19:9)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/05/2022

Fontes:

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201209_02.pdf

Dia do trabalho - 1° de Maio - O homem foi criado para trabalhar!

Quando Deus criou o homem, Ele estabeleceu que a atividade laboral fizesse parte de sua vida (Gn 2.5). No plano divino, o homem foi feito para trabalhar: “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.8,15).

As duas primeiras atividades laborais do homem foram “lavrar” e “guardar” a terra. Ao lado de Adão, Eva foi a primeira trabalhadora. Nesse sentido, podemos deduzir que antes da Queda, o trabalho era agradável, sem desgaste físico e mental, nem doença e, principalmente, sem o perigo de morrer. Portanto, podemos afirmar que o trabalho estava no plano original da Criação, ou seja, ele não foi um acidente pós-queda.
Infelizmente, após a ocorrência do pecado, tudo foi distorcido na vida do ser humano:
1. O medo e a maldição. O ser humano passou a conhecer o medo (doenças nervosas, emocionais); perdeu a autoridade sobre os demais seres; e conheceu a maldição da terra.
2. A ecologia foi mudada. As condições ambientais foram transtornadas (Rm 8.20) e, em consequência, o homem viu-se a trabalhar penosa e arduamente: “maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida” (Gn 3.17). O que era leve, suave e agradável, por causa do pecado, tornou-se pesado, brutal e desagradável.
3. O trabalho tornou-se desgastante. Este versículo é o símbolo do desgaste do trabalho na Bíblia: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra” (Gn 3.19). A expressão “no suor do teu rosto” pode remeter a ideia de trabalho mental e esforço físico. Quantas pessoas não se encontram mentalmente esgotadas e cansadas por causa de suas atividades profissionais?! Os consultórios médicos estão lotados de pessoas com estafa e estresse. Há textos na Bíblia que nos lembram de tal realidade: “Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os afligir” (Ec 3.10). Jó também declarou: “Porque do pó não procede a aflição, nem da terra brota o trabalho. Mas o homem nasce para o trabalho, como as faíscas das brasas se levantam para voar” (Jó 5.6,7).
O trabalho é uma vocação de Deus para o ser humano. O homem, em sua natureza, não pode viver sem o trabalho. Quando isso ocorre, ele viola a sua própria natureza e a diretriz que o Criador lhe deu. É vergonhoso que, em nome de qualquer coisa, o ser humano recusa-se ao labor do trabalho. É importante também, ao desenvolver a lição, lembrarmos que há orientação tanto para os patrões cristãos quanto aos empregados cristãos. O patrão deve glorificar a Deus honrado os seus colaboradores, e o empregado, honrando o seu patrão. Quando uma das partes quebra esse compromisso evangélico está instalada a desonra a Deus (Ef 6.5-9). Há responsabilidades do patrão como há responsabilidades do empregado. Jamais podemos perder essa visão bíblica de vista.

Fonte:

Renovato, Elinaldo. Tempos bens e talentos. Rio de janeiro: CPAD.