
(Texto Áureo) “Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. ” (Hebreus 4.12)
“Porque a palavra de Deus é
viva, e eficaz...” 1) A palavra de Deus é Viva. O Comentário Esperança
descreve que “viva é a Palavra de Deus, porque jorra da fonte de toda a vida,
que jamais seca (Sl 36.10) e é capaz de infundir nova vida nos corações humanos
(Jo 6.63; 1Pe 1.23-25; Is 40.8)”. Donald Guthrie argumenta “que a Palavra é
viva e demonstra que reflete o caráter verdadeiro do próprio Deus, a fonte de
toda a vida”. 2 Em suma, a “Palavra é viva” pois o Deus da Palavra é um “Deus
vivo” (Hb 3.12; 9.14; 10.31; 12.22). 2) A palavra de Deus é Eficaz. A afirmação
de que a Palavra de Deus é “eficaz” ecoa Isaías 55:11, em que o profeta
declarou que a “palavra” de Deus não volta para Ele “vazia”, mas faz o que Ele
deseja que ela faça. Uma vez que nada pode ser ocultado de Deus, é apropriado
que Ele tenha designado o evangelho para atingir cada parte do nosso ser e
expor as nossas deficiências. A Palavra de Deus, pelo seu próprio caráter exige
uma resposta autêntica por parte daqueles que a escutam, ela é cheia de poder
para alcançar resultados. Quando Deus a faz agir pelo seu Espírito, ela
convence poderosamente, conforta poderosamente. Ela é tão forte que derruba as
fortalezas (II Co 10.4-5)
“...e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, ” A
comparação da Palavra de Deus como uma espada é de emprego frequente na Bíblia
Sagrada (Ef 6.17; Ap 1.16; 2.12; 19.13-15). O uso figurado da espada de dois
gumes simboliza que a Palavra de Deus é tão bem afiada que nada existe que ela
não possa transpassar. Simon Kistemaker adverte que “o simbolismo transmite a
mensagem de que o julgamento de Deus é severo, justo e terrível. Deus tem o
poder supremo sobre suas criaturas; aqueles que se recusam a escutar sua
Palavra enfrentam julgamento e morte, enquanto aqueles que obedecem a ela
entram no descanso de Deus e têm vida eterna”. 7 Implica dizer que a raça
humana será julgada pela autoridade da Palavra de Deus. À Igreja em Pérgamo, o
Senhor ordenou o arrependimento sob pena do juízo pela espada da Sua boca (Ap
2.16). Assim sendo, nenhuma resistência humana consegue impedir a ação da
espada do Espírito (Ef 6.17).
“...e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas,
” O termo “penetrar” só ocorre aqui em Hebreus. É uma ideia de Lucas,
equivalente a “atingir o âmago” (Atos 5:33; 7:54). O poder “penetrante” do
evangelho é visto em Atos 2:36–38. Por causa do que seu público “ouviu”,
“compungiu-se” o coração de muitos. A mensagem do evangelho trouxe convicção.
Ela penetra e atinge o âmago de nosso interior, examina os segredos obscuros e
revela o nosso verdadeiro caráter; ainda expõe os desejos de nossa alma e os
conflitos entre o nosso espírito e a carne (Gl 5.17). O “espírito” (pneuma) e a
“alma” (psiche) são distintos ou são sempre meras variações da mesma coisa? Às
vezes é difícil distingui-los: perder a “alma” espiritualmente não é o mesmo
que perder o espírito (Mateus 16:26)? Todavia, dizemos que uma “alma” falece, e
não que um “espírito” falece. Na cruz Jesus entregou Seu “espírito” (pneuma) ao
Pai (Lucas 23:46), e não a Sua “alma”. Primeira Tessalonicenses 5:23 deixa
implícita a natureza tríplice do ser humano. Todavia, as tentativas de se fazer
uma distinção entre alma e espírito geralmente parecem fabricadas. A Palavra de
Deus pode separar a alma do espírito como uma espada pode separar as juntas e
medulas, ou seja, as partes mais secretas e íntimas do corpo. Podemos nos referir
apropriadamente, como faz Hebreus, ao “corpo”, à “alma” e ao “espírito” de uma
pessoa. Independentemente do que esses termos denotam para nós, sabemos que
Deus salvará a pessoa integralmente – dando-lhe um novo corpo espiritual que
será salvo eternamente.
“...e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração. ” O
termo grego “kardia”, traduzido como “coração”, é usado figurativamente para se
referir às fontes ocultas da vida pessoal. Em seu significado moral, inclui as
emoções, a razão e a vontade. No livro aos Hebreus, o termo é aplicado tanto no
sentido negativo como positivo. Negativamente, o coração pode ser “endurecido”
(Hb 3.8,15; 4.7); pode “errar” ou “desviar-se” (Hb 3.10); e ser “mau e infiel”
(Hb 3.12). Positivamente, a lei de Deus pode ser “escrita no coração” (Hb 8.10;
10.16); o coração pode ser “purificado da má consciência” (Hb 10.22); e, ainda,
o coração pode ser “fortalecido pela graça” (Hb 13.9). Flanigan elucida que, no
texto em questão, a Palavra de Deus “tem habilidade para julgar todo movimento
e sentimento do coração. Ela pode julgar nossos pensamentos antes deles se
tornarem palavras, e nossas intenções antes delas se tornarem ações”.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/02/2022
Fontes:
BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a
Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.
LAUBACH, Fritz. Carta aos hebreus: comentário esperança. Curitiba:
Editora Esperança, 2000.
GUTHRIE, Donald. Hebreus: introdução e comentário. São
Paulo: Vida Nova, 1999.
KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: Hebreus. São
Paulo: Cultura Cristã, 2003
FLANIGAN, J. M. Comentário Ritchie do Novo Testamento:
Hebreus. Ourinhos: Edições Cristãs, 2001.
HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio
de Janeiro: CPAD, 2010.
ROPER, David. A Verdade para Hoje, 2019. Disponível em: <
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201403_09.pdf >. Acesso em
10 fev.2022.
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