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sexta-feira, 14 de maio de 2021

Lição 8: O Ministério de Evangelista - 2 Trimestre de 2021.

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(Texto áureo) “Mas tu sê sóbrio em tudo, sofre as aflições, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (II Timóteo 4.5).

“Mas tu sê sóbrio em tudo” Em sua terceira viagem missionária Paulo deixa Timóteo em Éfeso, e depois parte para a Macedônia. Encarrega Timóteo de advertir aqueles que ali estivessem e não pregassem e mesma doutrina (1 Timóteo 4:12) e de também consagrar presbíteros e diáconos para servirem as igrejas locais por eles. Com essa missão sobre os ombros Timóteo é exortado na segunda carta que recebe de Paulo a “ser sóbrio em tudo”. Para que sóbrio, ele conseguisse ser o “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé, na pureza. ” (1 Timóteo 4:12). Tito recebe semelhante instrução: “Em tudo te dá por exemplo de boas obras; na doutrina mostra incorrupção, gravidade, sinceridade, ” (Tito 2:7). Sobriedade é uma questão de temperança, equilíbrio emocional. Pedro também usa desse argumento: “Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; “ (1 Pedro 5:8). Observe que quem não é sóbrio é um alvo buscado pelo nosso adversário. Sendo assim, devemos concluir que Deus condena qualquer tipo de vício “não ser dado ao vinho”. Por mais que não haja mandamentos de proibição de bebida forte na NT para as massas, no AT há para sacerdotes: “E falou o Senhor a Arão, dizendo: Não bebereis vinho nem bebida forte, nem tu nem teus filhos contigo, quando entrardes na tenda da congregação, para que não morrais; estatuto perpétuo será isso entre as vossas gerações;” (Levítico 10:8,9) e também reis: “Não é próprio dos reis, ó Lemuel (palavras de sua mãe), não é próprio dos reis beber vinho, nem dos príncipes o desejar bebida forte; Para que bebendo, se esqueçam da lei, e pervertam o direito de todos os aflitos”. (Provérbios 31:4,5), no NT, porém, assumimos essas posições diante de Deus: “E nos fez reis e sacerdotes para Deus e seu Pai; a ele glória e poder para todo o sempre. Amém. ” (Apocalipse 1:6).

“Sofre as aflições” Na contramão do que se prega em muitos púlpitos. Paulo não ensina a Timóteo a rejeitar ou não aceitar as aflições porque Cristo já sofreu por ele. Mas, orienta a enfrenta-las “porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente” (2 Coríntios 4:17). Timóteo receberá duplicada essa mesma orientação: “Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. ” (II Timóteo 2:3). Ananias recebeu de Deus uma mensagem sobre Paulo “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome. ” (Atos 9:15,16). Paulo haveria de padecer pelo Nome de Cristo. Antes de você pensar que essa era uma mensagem particular ao apóstolo, observe o que ele prega no retorno as regiões da Frigia e Galácia: “Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no reino de Deus. ”(Atos 14:22). Não se pode ignorar que neste mundo possuímos e ainda possuiremos aflições, porém, devemos ser confiantes afinal: “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo. ” (João 16:33). Tenhamos bom animo aquele que venceu o mundo está conosco.

“Faze a obra de um evangelista” Não sabemos exatamente qual seria o dom ministerial de Timóteo, podemos deduzir, porém por eliminação, que seria Presbítero, Evangelista ou Pastor, afinal ele estava em Éfeso para consagrar bispos e diáconos. Sendo assim ele possuía a autoridade de ser ao menos Presbítero: “Ora, sem contradição alguma, o menor é abençoado pelo maior. ” (Hebreus 7:7). O escritor Abraão de Almeida relaciona os cinco dons ministeriais de Efésios 4:11 com os dedos das mãos. Nessa analogia o polegar representa o apostolo, pois é o dedo mais habilidoso e fundamental; o indicador representa o profeta, pois ele que indica a vontade de Deus; o médio representa o Evangelista, o maior de todos; a anelar representa o pastor, compromissado com a igreja local, o dedo da aliança; por último o dedo mínimo representa o doutor ou mestre, especialista em detalhes, apto para extrair profundezas da Palavra de Deus.  Considere então o maior de todos, o evangelista, por que maior de todos?  Porque independente de possuir qualquer dom ministerial, todo cristão é convocado por Cristo para evangelizar. Jesus Cristo, o nosso sumo sacerdote e sumo pastor evangelizou enquanto esteve entre nós:  “O Espírito do Senhor é sobre mim, Pois que me ungiu para evangelizar os pobres...” (Lucas 4:18); “E, vindo, ele evangelizou a paz, a vós que estáveis longe, e aos que estavam perto; ” (Efésios 2:17). Não importa qual seja a nossa chamada ou habilidade natural, todos devemos fazer a obra de um evangelista.

“Cumpre o teu ministério” Paulo havia escrito na primeira Epístola a Timóteo: “Não desprezes o dom que há em ti, o qual te foi dado por profecia, com a imposição das mãos do presbitério. ” (I Timóteo 4:14), Quando ele diz para não desprezar, quer dizer justamente para o cumprir. A mesma exortação ele repete a Arquipo: “Atenta para o ministério que recebeste no Senhor, para que o cumpras.” (Colossenses 4:17) e a si mesmo: “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.”
(Atos 20:24). O Espírito Santo concede dons para serem utilizados em favor do corpo de Cristo: “Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um, para o que for útil. ” (I Coríntios 12:7). Uma vez que os dons nos capacitam para o serviço cristão ele haverá de reaver nossas obras através deles: “Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.”(Apocalipse 3:11)

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/05/2021

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

ALMEIDA, Abraão de. O tabernáculo e a igreja – Entrando com ousadia no santuário de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1985.