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domingo, 16 de maio de 2021

Lição 9: O Ministério de Pastor - 2 Trimestre de 2021.


 (Texto áureo) “Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas” (João 10.11).

A palavra pastor vem do latim “pastor” com o significado de “aquele que guarda as ovelhas”, “o que cuida das ovelhas”. Na língua original do Novo Testamento, pastor (gr. poimen), de acordo com Vine, é “...aquele que cuida de rebanhos (não meramente aquele que os alimenta), é usado metaforicamente acerca dos ‘pastores’ cristãos (Efésios 4.11) ”. Em termos ministeriais, o pastor é aquele que tem esse dom ministerial, e é encarregado de cuidar da vida espiritual dos que aceitam a Cristo e ficam sob seus cuidados, numa igreja ou congregação local. Pastor é um termo de cuidado, de zelo, de ternura, para com as ovelhas de Jesus.

 “Eu sou o bom Pastor” A cura do cego, descrita no capítulo anterior, serve como pano de fundo ao discurso de Jesus do contexto do versículo. Os líderes religiosos já haviam determinado que qualquer pessoa que confessasse ser Jesus o Messias fosse excomungada, expulsa da sinagoga (João 9.22). Quando o cego curado persistiu na sua lealdade a Jesus, “expulsaram-no’' (João 9.34). Existiam vários graus de excomunhão; a forma mais severa, chamada “querem” fazia com que o excomungado fosse contado como virtualmente morto: não tinha licença de estudar com outras pessoas, e ninguém devia lhe oferecer convívio - nem sequer indicar-lhe a direção a seguir quando viajava. Embora lhe fosse permitido comprar os mantimentos para a sobrevivência, proibia-se que outras pessoas comessem ou bebessem com ele. O cego curado fizera a escolha certa, embora possa ter sentido pesar por ser rejeitado pelos líderes religiosos, repudiado por todos que o viam passando pela rua e sem o direito ao convívio com homens bons, o que o ajudaria em sua nova vida. O Mestre, no entanto, não o deixou desamparado. Quando os falsos pastores o colocaram fora do aprisco deles, Jesus, o Bom Pastor, procurou-o para abrigá-lo no seu aprisco. Fechou-se a porta da sinagoga; abriu-se a porta do reino dos céus. E em face a tal situação que Jesus declara: “Eu sou a porta das ovelhas... Eu sou o bom Pastor”. O próprio Messias, o Pastor de Israel, ofereceu acesso à segurança e ao gozo espiritual, cancelando a sentença injusta dos falsos dominadores do rebanho, que nenhuma autoridade tinham para admitir ou demitir pessoas na vida espiritual e na verdadeira comunhão. Jesus é a suprema autoridade em assuntos espirituais, e quem nEle crê está livre da tirania de falsos líderes religiosos. Jesus, revelando talo verdade, aplica a si mesmo a expressão figurada: Eu sou o bom Pastor. Sobre ele ter se chamado “bom” o escritor aos Hebreus denomina Jesus Cristo de “o grande Pastor das ovelhas” (Hebreus 13.20). Só ele merece a qualificação de “bom” ou “grande”. No seu nascimento, marcado pela humildade e despojamento de sua glória, Jesus foi chamado de “grande”, na mensagem do anjo a Maria (Lucas 1.32). Nenhum pastor, nas igrejas locais, deve aceitar o título de “bom” ou “grande”, pois só Jesus o merece. Ele é bom e grande em todos os aspectos que se possam considerar em relação à sua pessoa.

“O bom Pastor dá a vida pelas ovelhas. ” Jesus assim se destaca do mercenário (v. 12), que pensa ser o pastorado um a profissão, com o a de pedreiro, advogado, médico ou negociante. O mercenário não se preocupa com as ovelhas; procura apenas salário. Sua disposição não é ver o quanto pode dar de si às ovelhas, e sim o quanto pode arrancar delas. É natural que fuja quando se aproxima o perigo, porque o motivo dominante no seu trabalho é a autopreservação. Em contraste com tal atitude, o objetivo do verdadeiro pastor é procurar para suas ovelhas uma vida mais abundante. Na Palestina, a devoção dos pastores às suas ovelhas muitas vezes tem levado alguns deles a morrer na luta contra feras ou salteadores. O Senhor Jesus considera a raça humana necessitada como rebanho seu (Mateus 9.36), fazendo pelas suas ovelhas o supremo sacrifício. Não somente morreu em prol delas, como também ressuscitou para lhes dar a vida (Hebreus 13.20), voltou para o Céu com a intenção de levá-las consigo. Removeu a peçonha da taça da morte, para transformá-la em simples soporífico visando o despertar saudável, de modo que seus seguidores possam dizer, como Davi: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo”.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/05/2021

Fontes:

RENOVATO, Elinaldo. Dons espirituais e ministeriais - Servindo a Deus e aos homens com poder extraordinário. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

PEARLMAN, Myer. João, o Evangelho do Filho de Deus. 1 ed. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

Dicionário VINE, W. E. Vine, Merril F. Unger, William White Jr., CPAD, 2002, 1a. Edição

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