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sexta-feira, 20 de junho de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 20 DE JUNHO DE 2025 (João 19:16)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
20 DE JUNHO DE 2025
A CONDENAÇÃO DE JESUS POR PILATOS

João 19:16 “Então, consequentemente entregou-lho, para que fosse crucificado. E tomaram a Jesus, e o levaram. “

 

“Então, consequentemente entregou-lho, para que fosse crucificado.”

João relata que Pilatos procurava algum meio para soltar Jesus. Todavia os judeus clamavam, dizendo: ”Se soltas este, não és amigo de César; qualquer que se faz rei é contra César” (v.12).  Assim, todos os esforços de Pilatos para soltar Jesus falharam. A multidão gritara: “Crucifica-o”. Os principais sacerdotes reconheceram César como seu único rei. Pilatos temia que, se soltasse Jesus, os judeus o acusariam de deslealdade a César. Ele não estava interessado no destino de um perturbador da ordem chamado “Jesus”.

Após esse episódio Pilatos conseqüentemente entrega Jesus para que fosse crucificado. Nem João nem os outros escritores dos Relatos do Evangelho registraram que Pilatos pronunciou uma sentença formal, mas ela está implícita no termo traduzido por “entregou-lho”.

Shepard sobre isso comenta: “Tendo constatado que [sua opinião] não prevalecera, Pilatos tomou uma bacia de água nas mãos perante a multidão e disse: ‘Sou inocente do sangue deste justo; façam isto vocês’. Mas Pilatos não poderia fugir do seu senso de responsabilidade... Pilatos tinha consciência de que era um assassino.”

 

“E tomaram a Jesus, e o levaram.”

O texto não informa claramente a quem Pilatos “entregou” Jesus. Fica subentendido que foi para os líderes judeus mencionados em 19:15. Porém os que tomaram Jesus são os soldados romanos encarregados de servirem de carrascos nesta ocasião (19:23), afinal os judeus não tinham autorização para crucificar ninguém.

Lucas 23:25 esclarece que Pilatos “entregou [Jesus] à vontade deles”. Os judeus tencionavam matar Jesus desde os fatos registrados no capítulo 5; por fim, visando satisfazê-los, Pilatos entregou Jesus à vontade deles. Sendo assim, Jesus foi entregue tal como os judeus pediram, e os soldados romanos o crucificaram.

Mais tarde, Pedro diria em Atos 2:23: “sendo este [Jesus] entregue pelo determinado desígnio e presciência de Deus, vós [os judeus] o matastes, crucificando-o por mãos de [romanos] iníquos”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/6/2025

FONTES:

CABRAL, Elienai. E o Verbo se fez Carne – Jesus sob o olhar do apóstolo do amor. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202205_03.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200803_11.pdf

 

Lucas 4:18

 

Lucas 4:18 “O Espírito do Senhor está sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres. Enviou-me a curar os contritos de coração,”

 

“O Espírito do Senhor está sobre mim,”

Após ser batizado por João na Judéia, Jesus retornou para a Galiléia (v.14). Chegando em Nazaré foi conforme o seu costume na sinagoga. Na sinagoga Jesus teve oportunidade para ler em voz alta o rolo do profeta Isaías (v.17). Então Jesus leu o texto de Isaías que diz: “O Espírito do Senhor Deus está sobre mim; porque o Senhor me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; A apregoar o ano aceitável do Senhor....” (Isaías 61:1,2a)

O Filho, em si mesmo, não precisava de suporte ou da ajuda do Espírito Santo, mas quando o Verbo se fez carne, ele viveu as limitações que a encarnação lhe proporcionou. Na condição de Servo necessitou e dependeu durante todo o seu ministério da ação do Espírito Santo. Ou seja, ele foi ungido. Pedro pregou essa condição aos da casa de Cornélio: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10:38).

Todos os dons e graças do Espírito foram outorgados a Ele, não por medida, como a outros profetas, mas sem medida, João 3.34. Ele veio pela virtude do Espírito, v. 14.

 

“...pois que me ungiu para evangelizar os pobres.”

Jesus veio pregar o evangelho aos pobres. Os pobres sempre foram desfavorecidos nas sociedades humanas e é digno de nota que Lucas relata uma bem-aventurança para os pobres: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus” (Lucas 6:20); ao passo que Mateus fala dos “pobres de espírito” (Mateus 5:3). Pregar as boas-novas aos pobres é característica do ministério de Jesus: “Ide, e anunciai a João o que tendes visto e ouvido: que os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados e aos pobres anuncia-se o evangelho” (Lucas 7:22). O termo evangelho significa “boas-novas” ou “boas notícias”. Os pobres sempre estavam mais dispostos a ouvir Jesus. As suas necessidades faziam com que eles se voltassem para o Salvador

Os pastores, aos quais vieram os anjos (Lucas 2:7ss.) pertenciam a uma classe pobre. Na realidade até a família do próprio Jesus era pobre, pois a oferta feita na ocasião do nascimento da Criança era a dos pobres (Lucas 2:24; cf. Levitico 12:8). De modo geral, Jesus preocupa-se com os interesses dos pobres: “Quando deres um jantar, ou uma ceia, não chames os teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus parentes, nem vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar, e te seja isso recompensado. Mas, quando fizeres convite, chama os pobres, aleijados, mancos e cegos, E serás bem-aventurado; porque eles não têm com que to recompensar; mas recompensado te será na ressurreição dos justos” (Lucas 14:12-14).

 

“Enviou-me a curar os contritos de coração,”

A ERC acrescenta uma expressão em relação ao Messias “curar os quebrantados do coração”. Esse acréscimo provavelmente foi feito para fazer a citação de Lucas conformar-se com a de Isaías 61:1: “enviou-me a restaurar os contritos de coração”. Embora não se encontre nos manuscritos originais do Livro de Lucas, essa era uma obra que o Messias deveria realizar.

Ele é enviado com diligência amorosa e pessoal para “restaurar” os corações daqueles que estão quebrantados. “Coração quebrantado” é uma expressão que implica tristeza profunda que amarga a própria vida. Deus se agrada desses, pois eles confessam do fundo da alma que não merecem o menor olhar da bondade de Deus. Mas Deus agirá em favor deles como Ele mesmo, ou seja, como Deus de amor, misericórdia e bondade, e que são eles em quem Ele põe o coração:

 Ele os carregará no colo, nunca os deixará, nem os abandonará. Ainda que esses contritos se considerem muitas vezes perdidos, Deus os salvará: Pois “Ele sara os quebrantados de coração, e lhes ata as suas feridas” (Salmos 147:3).

Um coração quebrantado faz da alma um receptáculo adequado para Deus habitar: “Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos” (Isaías 57.15).  

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.

GONÇALVES, José. Lucas – O evangelho de Jesus o homem perfeito. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

MORRIS, Leon L. Lucas, Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2007. (Série cultura bíblica)

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume I. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200704_07.pdf

Atos 4:16

 

Atos 4:16 “Dizendo: Que havemos de fazer a estes homens? Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar;”

 

“Dizendo: Que havemos de fazer a estes homens?”

Após serem usados em nome de Jesus para curarem o chamado coxo da porta formosa. Pedro e João foram detidos a tarde pelo capitão do templo que atuou em nome dos sacerdotes saduceus. No dia seguinte reuniram-se em Jerusalém os seus principais, os anciãos, os escribas para ouvirem Pedro e João e perguntaram: Com que poder ou em nome de quem fizestes isto? (v.7). Após a resposta cheia de ousadia de Pedro acerca da autoridade do nome de Jesus os sacerdotes e principais conferenciaram entre si. E Disseram: “Que havemos de fazer a estes homens?

Apesar de eles ter se doído muito por ouvirem homens sem letras e indoutos (não tinham curso em escola rabínica) ensinando ao povo, não podiam agir precipitadamente por impulso contra eles, pois muitos dos que ouviram a palavra creram e o número desses chegou a quase cinco mil.  

 

“Porque a todos os que habitam em Jerusalém é manifesto que por eles foi feito um sinal notório, e não o podemos negar;”

A perplexidade dos membros do concílio diante de um inegável milagre de cura já foi descrita, e as observações atribuídas aos membros do concilio meramente refletem seus sentimentos óbvios.

Mesmo eles não crendo que Pedro e João falavam em Nome do Senhor reconheciam que o sinal manifesto por eles era notório demais e não podia ser simplesmente negado. Afinal eles mesmos reconheceram o coxo e nada tinham que dizer em contrário (V.14). O sinal para eles não foi suficiente para reconhecerem a obra de Deus. Outro sacerdote, chamado Nicodemos, convencido havia dito a Jesus: “Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele” (João 3:2).

Observe que nem um milagre “notório” mudou aqueles corações endurecidos. Estevão antes do seu martírio disse a eles: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais” (Atos 7:51). Homens de dura cerviz não se permitem convencer, pois sua mente esta cauterizada.

E assim diz o Espírito Santo: “Se ouvirdes hoje a sua voz, Não endureçais os vossos corações, como na provocação, no dia da tentação no deserto. Onde vossos pais me tentaram, me provaram, e viram por quarenta anos as minhas obras. Por isso me indignei contra esta geração, e disse: Estes sempre erram em seu coração, e não conheceram os meus caminhos” (Hebreus 3:7-10).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/06/2025 

FONTES:

GONÇALVES, José. A igreja em Jerusalém – Doutrina comunhão e fé: A base para o crescimento da igreja em meio as perseguições. Rio de Janeiro: CPAD, 2025.