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domingo, 9 de março de 2025

Lição 11: A Salvação não É Obra Humana– 1 Trimestre de 2025.

TEXTO ÁUREO

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.” (Tito 3.5)

 

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia,

A E.R.C, traduz corretamente: Não por obras de justiça praticadas por nós. Isto elimina toda e qualquer obra; não só as que foram praticadas pela justiça própria dos homens perdidos, como também as obras praticadas em verdadeira justiça. A misericórdia de Deus o constrangeu a entregar seu Filho e não poupá-lo. John Stott diz que a base da nossa salvação não são as nossas obras de justiça, mas a obra de misericórdia.

Assim, a salvação tem sua origem no coração de Deus. É por causa da sua misericórdia que ele interveio em nosso favor; que ele tomou a iniciativa, não pelas ações corretas que realizaram, mas sim pela grande misericórdia de seu coração.

O cristão nunca deve pensar no que conquistou; e sim no que Deus lhe outorgou. Enquanto a justiça nos daria aquilo que mereceríamos ganhar, a misericórdia nos concedeu aquilo que jamais seriamos dignos de receber.

 

“... nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, ”

A misericórdia de Deus nos salvou pela lavagem. Lavar (loutron) quase que com certeza refere-se ao batismo nas águas. Todos os primitivos pais da igreja entenderam dessa forma. Isso não implica que eles (ou Paulo) ensinassem a regeneração pelo batismo, assim como Ananias não acreditava desse modo, quando disse a Saulo de Tarso: “Levante-se, seja batizado e lave os seus pecados, invocando o nome dele”.

As igrejas evangélicas, em sua maioria, consideram o batismo “um sinal exterior e visível de uma graça espiritual interior”, a saber, o lavar dos pecados e o novo nascimento pelo Espírito Santo. Mas não confundem o sinal (o batismo) com o que ele significa (a salvação).

Regeneração é como se traduz “palingenesia”, que Jesus usou ao falar da regeneração final de todas as coisas e que os estoicos aplicaram à restauração periódica do mundo, em que eles acreditavam. Aqui, entretanto, o novo nascimento é individual (como a “nova criação” de 2 Coríntios 5.17) e não cósmico. Ele se refere a um radical novo início, uma vez que “Deus não nos consertou, mas nos fez completamente novos”.

A outra palavra, “renovação”, é a tradução de “anakainôsis”. Ela pode ser um sinônimo de “regeneração”, entendendo-se a repetição como um efeito retórico. Ou ela pode referir-se ao processo da renovação moral, da transformação, que se segue ao novo nascimento, um processo contínuo de se tornar uma nova criatura em Cristo, à medida que seguimos o conselho do Espírito Santo (Romanos 12.2; Gálatas 3.3).

O Espírito Santo é, certamente, o agente pelo qual somos renascidos e renovados, e é ele que Deus derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador (v. 6b). Tanto o uso do verbo “derramou”, como o emprego do tempo aoristo dão a entender que a referência é ao derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, e a afirmação de que ele foi derramado em nós denota a nossa participação pessoal no dom pentecostal.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

STOTT, John R.W. A mensagem de 1 Timóteo e Tito: a vida da Igreja local: a doutrina e o dever; tradução Milton Azevedo Andrade. — São Paulo: ABU Editora, 2004. 

BARCLAY, William. The Letter to Titus. Tradução: Carlos Biagini

ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004.

sábado, 8 de março de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 8 DE MARÇO DE 2025 (1 João 3.4)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
8 DE MARÇO DE 2025

O PECADO SIGNIFICA INIQUIDADE, TRANSGRESSÃO DA LEI DE DEUS

1 João 3.4 “Qualquer que comete pecado, também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade. “


O propósito imediato desta passagem aponta aos falsos mestres gnósticos. Como vimos, os gnósticos apresentavam mais de uma razão para justificar o pecado. Diziam que o corpo é mau e que, por isso mesmo, não havia nenhum perigo em satisfazer suas luxúrias e saciar seus prazeres, já que o corpo carece de importância, nem tampouco o que lhe suceda.

Estes homens diziam que o homem verdadeiramente espiritual está tão protegido pelo Espírito que pode pecar para satisfazer o seu coração, sem perigo algum.

João declara uma verdade fundamental, da qual não há fuga nem exceção. Esta passagem (e, na verdade, a epístola inteira) está repleta dessas generalizações, dirigidas contra a arrogante presunção dos hereges de que eles constituíam uma elite separada da gente comum. João não admite essa distinção.

Um dúplice padrão de moralidade é completamente estranho à religião cristã. Assim, seis vezesnesta seção ele emprega a expressão (“todo aquele que ou qualquer que ”), O Evangelho, com as suas implicações morais, preocupa-se com todos os homens, não apenas com alguns.


“Qualquer que comete pecado, “ 

Há uma lista extensa de palavras na Bíblia para designar a palavra pecado: erro, iniquidade, transgressão, maldade, impiedade, engano, sedução, rebelião, violência, perversão, orgulho, malícia, concupiscência, prostituição, injustiça e muitos mais.

Muitos desses termos, e outros similares, estão na sombria lista apresentada pelo apóstolo Paulo em Romanos 1:28-32:“E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;Estando cheios de toda a iniqüidade, fornicação, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo o juízo de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem

No hebraico há mais de uma palavra para designar pecado (awon, peshá), porém há um termo genérico para designar o pecado com todos os seus detalhes, (chattá - pronuncia-se hatá,), que literalmente significa “errar o alvo” (Juízes 20.16). O substantivo derivado desse termo aparece pela primeira vez no relato do assassinato de Abel por seu irmão Caim: “E, senão fizeres bem, o pecado jaz à porta” (Genesis 4.7).

O seu equivalente grego na Septuaginta e no Novo Testamento é hamartia. De onde deriva a matéria da Teologia chamada Harmatiologia (Estudo do Pecado)


“...também comete iniquidade; porque o pecado é iniquidade. “ 

O que é “iniquidade”?A palavra grega para iniquidade (anomia) significa “ilegalidade, transgressão”. O termo hebraico correspondente é (awon), significa “entortar, torcer”, dá a ideia de perverter a lei de Deus.

Tanto que a tradução NVI está dessa forma: “Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei” (1 João 3:4NVI)

O pecado não é apenas uma falha negativa (hamartia), uma injustiça ou falta de retidão, mas é essencialmente uma ativa rebelião contra a vontade de Deus e uma violação da sua santa lei(anomia). Este fato é tão sério que o anticristo é chamado pelo apóstolo Paulo de: “o homem da iniquidade”, ou seja, o homem sem lei (2 Tessalonicenses 2.3).

O problema não está na quantidade de pecados que praticamos, mas em quem ofendemos. Quando pecamos ofendemos a Deus que colocou sua lei no nosso coração.

Que venhamos resistir ao pecado como José na casa do seu senhor Potifar: “Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como pois faria eu tamanha maldade, e pecaria contra Deus? ” (Gênesis 39:9)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
1/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

BARCLAY, William. The FirstLetterof John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.

STOTT, John. I, II, III João: Introdução e comentário. Edições Vida Nova. São Paulo, SP. 1982:

SCHAEFFER, Francis. A obra consumada de Cristo.

PEDRO, Severino. A Doutrina do Pecado. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2012.

LOPES, Hernandes Dias. I João: como ter garantia da salvação. São Paulo: Hagnos 2010.

 

sexta-feira, 7 de março de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 7 DE MARÇO DE 2025 (Romanos 3.10)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
7 DE MARÇO DE 2025

TODOS SE EXTRAVIARAM, NÃO HÁ QUEM FAÇA O BEM

Romanos 3.10 “Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.”


“Como está escrito:”

Paulo havia declarado sua premissa: tanto judeus como gentios estavam debaixo do pecado e careciam da justiça de Deus. Ele sabia, porém, que um deles — os judeus — resistiria a esse veredito e exigiria uma prova conclusiva. Então, o apóstolo retomou a lei da qual eles se orgulhavam: ”Tu, que te glorias na lei, desonras a Deus pela transgressão da lei?” (Romanos 2:23), dizendo: “como está escrito”.

Paulo recorre às Escrituras. Essa é a autoridade máxima. A Bíblia não tem uma opinião entre muitas; tem a palavra final, o argumento irresistível e irrefutável.

Franz Leenhardt escreve: “Apoiando-se na autoridade da Escritura, vai Paulo forçar o leitor, judeu ou grego, a penetrar o próprio eu e reconhecer diante de Deus que está ‘debaixo do pecado’”.

Calvino alerta para o fato de que, se Paulo usou a autoridade das Escrituras para convencer os homens de sua iniqüidade, aqueles que estão encarregados do ensino na igreja devem tornar-se muito mais atentos para não agir de outro modo na pregação do evangelho.

 

“Não há um justo, nem um sequer.”

Paulo citou a tradução grega do Antigo Testamento, como geralmente fazia. Aqui cita Salmo 14:1–33 ao discorrer acerca da situação revoltante da humanidade. Alguns acreditam que pode ter citado uma versão de Eclesiastes 7.20: “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque”.

Com argumentos irresistíveis expõe a culpabilidade dos gentios e também dos judeus. Deus encerrou todos no pecado para usar de misericórdia para com todos. O pecado atingiu a todos sem exceção. Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos 3.23).

“Justo” é usado aqui no sentido de “estar correto perante Deus”. Toda pessoa responsável faz algumas coisas que são erradas. Conseqüentemente, perante Deus ela está condenada “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todo” (Tiago 2:10).

A situação poderia ser ilustrada com um recipiente contendo terra e água. Derrame um pouco de água limpa na terra. A água torna a terra limpa? Não. Agora pingue um pouco de terra na água. A terra deixa a água suja? Sem dúvida. O pecado é parecido com isso: por mais que a sua vida tenha coisas boas, existem algumas coisas más — e isso faz de você um pecador. Existem exceções? O salmista não poderia ter sido mais claro. Paulo citou-o dizendo: “não... nem um sequer... não... não... não... nem um sequer”!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/05/2024

FONTES:

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200810_07.pdf

Lopes, Hernandes dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos 2010.

HENDRIKSEN, William. Romanos. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.

LEENHARDT, Franz J. Epístola aos Romanos – Comentário Exegético. São Paulo: ASTE, 1969

 

quinta-feira, 6 de março de 2025

Texto Áureo Lição 10: O Pecado Corrompeu a Natureza Humana . Romanos 3.23


 TEXTO ÁUREO

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. ” (Romanos 3.23)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 6 DE MARÇO DE 2025 (Eclesiastes 7.20)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
6 DE MARÇO DE 2025

NÃO HÁ SER HUMANO NO MUNDO QUE NÃO PEQUE

Eclesiastes 7.20 “Na verdade que não há homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. “

 “Na verdade que não há homem justo sobre a terra,

Esse versículo eleva a discussão encerrada nos versículos 16-19 a um clímax, fazendo eco às palavras de Salomão em 1 Reis 8:46 “pois não há homem que não peque. Isso é bem enfatizado com a expressão hebraica “ki”, que significa “certamente”. Há aqui uma verdade universal que diz respeito a pecaminosidade do homem (não há homem justo sobre a terra). “Justo” é usado aqui no sentido de “estar correto perante Deus”.

Os melhores homens, e aqueles que na maioria das vezes praticam o bem, não podem dizer que estão perfeitamente livres do pecado; mesmo aqueles que são santificados não estão sem pecado. Salomão em provérbios questionou: “Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado? ” (Provérbios 20.9)

Ninguém que vive deste lado do céu vive sem pecado. Qualquer pessoa erra em algum ponto da lei e consequentemente, perante Deus ela se torna culpada “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todo” (Tiago 2:10). O apóstolo do amor escreveu se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos (1 João 1.8), fazendo-nos mentirosos, e assim pecando.

 

 “... que faça o bem, e nunca peque. “

Ninguém é tão justo na prática de sua vida que faça apenas o bem sem ter nenhum pecado ligado ao que faz. A única exceção é o Senhor Jesus. Ele fez o bem sem pecar. Pedro, Paulo e João testificam em suas cartas a absoluta ausência de pecado nele: “que não cometeu pecado”, “que não conheceu pecado”, “Nele não há pecado” (1 Pedro 2:22; 2 Coríntios 5:21; 1 João 3:5).

Podemos observar algumas formas de pecados nas Escrituras. Uma delas é o pecado de comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus. Esse é o tipo de pecado mais evidente e observado. Os nossos pais, Adão e Eva, foram proibidos de comer do fruto da árvore do bem e do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram. Realizar conscientemente o que Deus de antemão condenou é um atentado a sua santidade e justiça:  Nós pecamos como os nossos pais, cometemos a iniqüidade, andamos perversamente” (Salmo 106.6).

Outra forma muito comum é o pecado de omissão. Essa forma de transgredir as leis divinas, muitas vezes, é ignorada entre o povo de Deus. Porém, as consequências do seu julgamento não serão menores diante do Altíssimo (Mateus 25.31-46). Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que incorremos em pecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem, pecamos contra Deus e a sua justiça: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 5.17).

Não somos capazes de, por nós mesmos, vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode ser superada, pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim, resgatasse-nos da miséria do pecado (Romanos 8.3; Hebreus 10.1-39).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

EATON, Michael A; CARR, G. Lloyd. Eclesiastes e Cantares: introdução e comentário. Mundo Cristão, 1989.

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras – Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001. 

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Poéticos. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2013/04/eclesiastes-7-significado-explicacao.html

 

quarta-feira, 5 de março de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 5 DE MARÇO DE 2025 (Isaías 1.6)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
5 DE MARÇO DE 2025
O PECADO CORROMPEU A NATUREZA HUMANA NA SUA TOTALIDADE

Isaías 1.6 “Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo. ”

 

“Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã,

Isaías se torna uma testemunha das consequências do pecado de Judá e Jerusalém. O Senhor Deus havia os castigados por não darem ouvidos a sua voz e desobedecerem aos seus mandamentos “O Senhor fará pegar em ti a pestilência, até que te consuma da terra a que passas a possuir. O Senhor te ferirá com a tísica e com a febre, e com a inflamação, e com o calor ardente, e com a secura, e com crestamento e com ferrugem; e te perseguirão até que pereças. ...  O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, e com sarna, e com coceira, de que não possas curar-te; “ (Deuteronômio 28.21-22, 27)

A nação está como uma pessoa que foi brutalmente assaltada por um ladrão, porém, aparentemente pedi por mais surra. Parece que os israelitas querem apanhar mais. Isaías pergunta por que eles querem ser surrados novamente (v.5). Em vez de ser um povo santo eles são como um escravo chicoteado. “Toda a cabeça está ferida” e “todo o coração” (inclusive a mente) está doente. Em outras palavras, o pensamento do povo e de seus líderes está errado e obstinadamente contrário à vontade de Deus.

Uma horrenda praga tinha tomado conta do corpo inteiro (o país), de forma que coisa alguma saudável podia ser encontrada ali: Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã”. O país está ferido e ninguém está ajudando. Parece não haver nenhuma esperança por recuperação, e eles estão voluntariosamente se dirigindo para um desastre ainda mais extenso. O Targum observou que em Judá não havia ninguém perfeito no temor de Deus, o que é uma frase veterotestamentária equivalente à espiritualidade.

 

“... senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo. ”

A terra e o povo são como um corpo que está ferido em suas partes mais vitais, e sangra de muitas “feridas, e inchaços, e chagas podres”. Em outras palavras, a terra está desolada, as cidades queimadas, o resto da colheita foi comida por estrangeiros diante dos seus próprios olhos todo o país está devastado de maneira tão bárbara como só se pode esperar de estrangeiros (v.7)

John N. Oswalt observou que “as palavras que ocorrem neste verso descrevem ferimentos adquiridos numa batalha: cortes, lacerações e ferimentos que sangram. Essa é a imagem perfeita da tragédia que Judá experimentava.

No sistema mosaico, açoites aguardavam o transgressor da lei, mas aqui é retratada uma pessoa que já não tem lugar no corpo para ser castigado, tantos são os seus pecados. Repleto de feridas [...] e chagas não tratadas, não há lugar para novos açoites.

As feridas não estavam tratadas. Nenhuma está “espremida, nem ligada, ou amolecida [aliviada] com óleo [de oliveira]” para suavizá-las. Isso demonstra que nenhuma providência é tomada. Ou seja, a sua rebeldia continua, ´pois são um povo obstinado.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley.  Isaias, o profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

Ridderbos, J. Isaías: introdução e comentário - 2. Edição. São Paulo: Vida Nova, 1995.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo - Vol.5. São Paulo: Hagnos, 2001.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201005_02.pdf

 

terça-feira, 4 de março de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 4 DE MARÇO DE 2025 (Salmo 58.3)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
4 DE MARÇO DE 2025
O PECADO VEM DESDE A MADRE E ACOMPANHA TODA A VIDA HUMANA

Salmo 58.3 “Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras. “

 

“Alienam-se os ímpios desde a madre; “

Esse verso reconhece que todo o problema da injustiça dos homens é devido à maldade inata nos homens desde que eles nascem. Joseph Roberts escreveu que a ilustração dos ímpios alienando-se assim que nascem foi tirada da disposição e poder da serpentezinha imediatamente após nascer. A serpente recém-nascida pode envenenar qualquer coisa que picar. O sofrimento em todos os casos é grande, embora a picada raramente seja fatal. Coloque um graveto perto do réptil cuja idade não chega a dias, e ele o pica imediatamente.

Apesar de Davi estar descrevendo ímpios a diferença entre tais pessoas e o próprio Davi era, conforme ele mesmo confessou, de grau e não de tipo. Ele também era pecador desde a sua concepção:  Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51.5)

Pois, a descrição deste verso é muito semelhante à que se cita em Romanos 3:10: “Não há justo, nem sequer um“ para advertir o leitor que está vendo um espelho, e não um retrato alheio. Se a ele, diferentemente destes, por enquanto, foi “concedido o arrependimento para a vida” (Atos 11:18), é a Deus que deve agradecer.

 

“... andam errados desde que nasceram, falando mentiras. “

Crianças não andam nem falam assim que nascem, mas assim que nascem podem alienarem-se, desviarem-se e fazer o que é errado. O primeiro passo que dão já é um passo fora do caminho da virtude. Todo observador percebe como as crianças na mais tenra idade são mentirosas. Antes mesmo de falar, praticam pequenos atos enganosos.

O fato é mais evidente nas crianças que crescem para ser especialistas em difamação. Começam as más atividades desde cedo, e não é de admirar que se tornem versadas na prática. Quem começa em algo de manhã cedo irá até bem depois de anoitecer. Ser mentiroso é uma das evidências mais certas do estado caído.

De todos os pecados, nenhum pode chamar Satanás de pai como a mentira. Toda a corrupção que há em nós veio de Satanás, mas o pecado do engano e da mentira é do Diabo mais do que os outros. Tem o sabor do Diabo mais do que os outros pecados. Por conseguinte, todo homem é mentiroso (Romanos 3.4) e, por isso, é pecador de todos os outros pecados.

A primeira depravação da natureza humana ocorreu pela mentira. A nossa natureza gosta muito dessa semelhança paterna que é dada a mentir. Richard Capei disse que “o mentiroso é extremamente semelhante ao Diabo e extremamente diferente de Deus. ””

 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume II. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

KIDNER, Derek. Salmos 1 - 72  Introdução e Comentário. Derek Kidner. Mundo Cristão. 1981.

 

segunda-feira, 3 de março de 2025

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 3 DE MARÇO DE 2025 (Salmo 51.5)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
3 DE MARÇO DE 2025

A CORRUPÇÃO HUMANA VEM DESDE A CONCEPÇÃO NO VENTRE MATERNO

Salmo 51.5 “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. “

 

“Eis que em iniquidade fui formado,

Após reconhecer o seu pecado especifico, Davi abre novas vistas ao seu conhecimento próprio. Este crime, conforme Davi agora percebe, não era um evento contrário à natureza dele: fazia parte do seu caráter; era uma expressão extrema do tipo de criatura pervertida que sempre tinha sido, e da raça degenerada da qual nasceu.

Isaías, semelhantemente, também viu a corrupção do seu povo, quando conseguiu vislumbrar a sua própria: “Estou perdido! É o meu fim, pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de pessoas de lábios impuros” (Isaías 6:5).

Davi ficou atônito pela descoberta do seu pecado congênito, e passa a contá-lo. A intenção não era justificar-se, mas visava completar a confissão. É como se o salmista dissesse: Não só pequei desta vez, mas por natureza própria sou pecador.

As crianças não são inocentes, pois nasceram com o pecado original. Dizemos que pecam quando estavam nos lombos de Adão, da mesma maneira que dizemos que Levi paga dízimos para Melquisedeque quando estava nos lombos do antepassado Abraão (Hebreus 7.9,10). Caso contrário, as crianças não morreríam, pois o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23). O reinado da morte é alcançado pelo reinado do pecado, que reinou sobre todo o gênero humano, exceto Cristo.

A doença do homem começa cedo, na própria concepção. Essa serpente sutil semeou o joio muito cedo, de forma que todos nós já nascemos em pecado: “Tu és nascido todo em pecados, e nos ensinas a nós?” (João 9.34). Até que vejamos o pecado na fonte do coração, jamais o lamentaremos verdadeiramente na vida e nas relações. — John Morison

 

“... e em pecado me concebeu minha mãe. “

Ele volta ao primeiríssimo momento de existência, não para caluniar a mãe, mas para confessar a raiz central e profunda do seu pecado. Davi não está colocando a culpa nos seus pais pelo pecado, nem mesmo devemos intuir que, pela apresentação da doutrina do pecado original, ele quis exaurir a enormidade dos seus crimes.

Pelo contrário, devemos entender que Davi está se afligindo pela reflexão humilhante de que a sua natureza era caída e que as suas transgressões fluíam de um coração naturalmente em inimizade com Deus.

A mãe de Davi era serva do Senhor, o salmista nascera em um casamento puro, de um bom pai, e era um homem segundo o coração de Deus (Atos 13.22). Contudo, a sua natureza era tão caída quanto a de qualquer outro dos filhos de Adão, e tudo que Davi precisava era a oportunidade para manifestar esse fato triste.

É violência perversa cometida contras as Escrituras, negar que elas ensinam aqui o pecado original e a depravação natural. Os homens que contestam esta doutrina têm de ser ensinados pelo Espírito Santo sobre quais são os primeiros princípios da fé.

Em nossa formação fomos deformados, e quando fomos concebidos a nossa natureza concebeu o pecado. Coitada da pobre humanidade! Há quem a elogia, porém é mais abençoado aquele que em sua alma aprende a lamentar o estado perdido.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume II. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

KIDNER, Derek. Salmos 1 - 72  Introdução e Comentário. Derek Kidner. Mundo Cristão. 1981.

domingo, 2 de março de 2025

Lição 10: O Pecado Corrompeu a Natureza Humana – 1 Trimestre de 2025.


 TEXTO ÁUREO

“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus. ” (Romanos 3.23)

 

“Porque todos pecaram “

Este versículo é um resumo de 1:18—3:20, uma sinopse da tragédia humana. Está carregado de significado. O apóstolo Paulo expõe com argumentos irresistíveis a culpabilidade dos gentios e também dos judeus. Não há diferença entre gentio ou judeu, pois todos pecaram. A misericórdia de Deus é para todos e independem de distinções ou privilégios.

No grego as palavras “todos pecaram” dão a ideia de que todos participaram da transgressão de Adão, e, como indivíduos, pecaram: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Romanos 5.12).

Stott diz que o apóstolo divide a raça humana em três grupos distintos: a sociedade gentílica depravada (1.18-32), os críticos moralistas, sejam judeus ou gentios (2.1-16), e os judeus instruídos e autoconfiantes (2.17—3.8). E então conclui acusando toda a raça humana (3.9-20). Em cada caso o seu argumento é o mesmo: que ninguém vive à altura do conhecimento que tem.

No grego, a palavra pecado é “hamartia”, que quer dizer: errar o alvo. Quando o texto diz literalmente que “ todos pecaram” entendemos que todos, pelo pecado, perderam a visão do alvo. Deus encerrou todos no pecado para usar de misericórdia para com todos. O pecado atingiu a todos sem exceção.

 

“... e destituídos estão da glória de Deus. ”

A glória de Deus foi perdida pelo homem quando pecou, por isso que todos estão destituídos e "carecem da glória de Deus”. A expressão diz respeito à necessidade de recuperação do primeiro estado de glória do homem antes da queda. Em Isaías 43.7 está escrito: “A todos os que são chamados pelo meu nome, e os que criei para a minha glória: eu os formei, e também eu os fiz” (Isaías 43:7). O homem perdeu o ideal de Deus para sua vida e precisa voltar ao primeiro estado espiritual de comunhão com Deus.

O sentido de glória aqui nada tem a ver com ostentação, realeza. Mas tem um sentido moral e espiritual. Essa glória de Deus não é apenas para ser vista por aqueles que creem (João 11:40), mas é para fazer parte da vida daqueles que creem: “Para que vos conduzísseis dignamente para com Deus, que vos chama para o seu reino e glória” (1 Tessalonicenses 2:12).

E é através do evangelho (2 Tessalonicenses 2:14) que a cada dia recuperamos essa glória perdida: "E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito" (2 Coríntios 3:18). Os homens estão sempre carecendo da glória de Deus pois a prática contínua do pecado nega tudo o que a glória de Deus significa.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/2/25

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CABRAL, Elienai. Romanos – O evangelho da Justiça de Deus. Rio de Janeiro: CPAD 2005.

STOTT, John. A mensagem de Romanos. ABU Editora, 2000.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

BRUCE, F, F. Romanos - Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2002.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200811_01.pdf

sábado, 1 de março de 2025

Salmo 49.7


Salmo 49.7 “Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele”.

 

“Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão,

Na antiga nação de Israel, a remissão era um instrumento para controlar a escravidão e a dívida pessoal (Deuteronômio 15.1-3,9; 31,10). Em todo sétimo ano o escravo deveria ser liberto (Êxodo 21.2). Semelhantemente, no sétimo ano o devedor deveria ser liberto, e a dívida não deveria ser cobrada (Deuteronômio 15.2). Todos poderiam ser remidores, porém eram as pessoas mais ricas que mais exerciam esse direito de remir tanto escravos como dívidas.

Os ricos podem fazer grandes coisas, mas aqui está descrito algo que eles não podem: “Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele”. O rico poderia remir a seu irmão? Certamente. Todavia o que está implícito aqui é o resgate da alma. Trata-se da redenção espiritual.

Essa remissão foi realizada pelo nosso Grande Deus e Salvador Jesus Cristo “o qual se deu a si mesmo por nós para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tito 2.14). Após nos remir ele nos adotou como seus filhos: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4.4-5)

 

“... ou dar a Deus o resgate dele”.

Resgate traz normalmente, a conotação de libertação de algum tipo de cativeiro através do pagamento de certo preço. Oséias resgatou a sua esposa Gomer por por quinze peças de prata, e um ômer de cevada, e meio ômer de cevada” (Oséias 3.2).

Algumas pessoas e animais poderiam ser resgatados por certo preço, todavia, nenhum preço poderia ser estipulado para o resgate da alma. Nem mesmo grandes sacrifícios poderiam: “Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados” (Hebreus 10.4). Pois a redenção da alma é caríssima (v.8). Esse resgate era tão caro que homem algum poderiam pagar. Poe isso Deus visando a reconciliação enviou ele mesmo o Cordeiro.

Ou seja, isso está muito fora do alcance do dinheiro dos ricos, pois só possuem coisas corruptíveis: “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado, ” (1 Pedro 1.18,19).

 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume III. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

João 1.17


João 1.17 “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. ”

 

“Porque a lei foi dada por Moisés;

Deus havia escolhido Moisés para ser o legislador de Israel. Ele ordenou que Moisés subisse no Sinai: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar” (Êxodo 24.12) e o revelou a lei que expressava a sua vontade. Através de Moisés a Lei foi transmitida aos filhos de Jacó: “Moisés nos deu a lei, como herança da congregação de Jacó” (Deuteronômio 33.4).

Por causa da forte relação de Moisés com a Lei de Deus ela ficou conhecida como a “Lei de Moisés”: “Esforçai-vos, pois, muito para guardardes e para fazerdes tudo quanto está escrito no livro da lei de Moisés; para que dele não vos aparteis, nem para a direita nem para a esquerda” (Josué 23.6).

Aqui, portanto, como nos escritos de Paulo, Cristo substitui a lei de Moisés como ponto central da revelação divina e do estilo de vida. Este evangelho mostra de diversas maneiras que a nova ordem cumpre, ultrapassa e substitui a antiga: o vinho da nova criação é melhor que a água usada na religião judaica (João 2.10); o novo templo é mais excelente que o antigo (João 2.19); o novo nascimento é a porta de entrada para um nível de vida que não pode ser alcançado pelo nascimento natural, mesmo dentro do povo escolhido (João 3.3,5); a água viva do Espírito, que Jesus concede, é muito superior à água do poço de Jacó e à água derramada no ritual da festa dos Tabernáculos, no pátio do templo (João 4.13., 7.37); o pão do céu é a realidade da qual o maná no deserto foi só um vislumbre (João 6.32). Moisés foi o mediador da lei; Jesus Cristo é mais que mediador, é a corporificação da graça e da verdade. “O Verbo era o que Deus era."

 

“... a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. ”

A maneira pela qual Deus se deu a conhecer a Moisés não era sem graça e verdade; pelo contrário, ele se revelou a Moisés como “grande em misericórdia e fidelidade" (Êxodo 34.6), e os mesmos termos são repetidamente usados no A.T. como resumo do seu caráter: “Porém tu, Senhor, és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, sofredor, e grande em benignidade e em verdade” (Salmo 86.15). Porém, tudo o que destas qualidades foi manifesto nos tempos do A.T. foi revelado em plenitude concentrada no Verbo encarnado.

A lei foi uma expressão da graça de Deus, visto que foi dada para o homem; mas embora fosse uma expressão do amor de Deus, era incompleta e, portanto, insuficiente para salvar o homem do pecado. No entanto, com a vinda do Verbo, cheio de graça e de verdade, o plano total da salvação foi revelado. Agora, os seres humanos têm tudo que é necessário para se apresentarem justos diante de Deus.

 

 

Embora todo o Prólogo tenha discorrido acerca do Verbo, o nome Jesus aparece pela primeira vez aqui. Neste evangelho, geralmente Jesus é o seu nome pessoal e Cristo é um título ou descrição “Messias” ou "Ungido”, mas nesta passagem Jesus Cristo parece ter sido usado como o nome duplo pelo qual ele era comumente conhecido entre os cristãos de fala grega.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202110_02.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

Isaías 1.6


Isaías 1.6 “Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo. ”

 

“Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã,

Isaías se torna uma testemunha das consequências do pecado de Judá e Jerusalém. O Senhor Deus havia os castigados por não darem ouvidos a sua voz e desobedecerem aos seus mandamentos “O Senhor fará pegar em ti a pestilência, até que te consuma da terra a que passas a possuir. O Senhor te ferirá com a tísica e com a febre, e com a inflamação, e com o calor ardente, e com a secura, e com crestamento e com ferrugem; e te perseguirão até que pereças. ...  O Senhor te ferirá com as úlceras do Egito, com tumores, e com sarna, e com coceira, de que não possas curar-te; “ (Deuteronômio 28.21-22, 27)

A nação está como uma pessoa que foi brutalmente assaltada por um ladrão, porém, aparentemente pedi por mais surra. Parece que os israelitas querem apanhar mais. Isaías pergunta por que eles querem ser surrados novamente (v.5). Em vez de ser um povo santo eles são como um escravo chicoteado. “Toda a cabeça está ferida” e “todo o coração” (inclusive a mente) está doente. Em outras palavras, o pensamento do povo e de seus líderes está errado e obstinadamente contrário à vontade de Deus.

Uma horrenda praga tinha tomado conta do corpo inteiro (o país), de forma que coisa alguma saudável podia ser encontrada ali: Desde a planta do pé até a cabeça não há nele coisa sã”. O país está ferido e ninguém está ajudando. Parece não haver nenhuma esperança por recuperação, e eles estão voluntariosamente se dirigindo para um desastre ainda mais extenso. O Targum observou que em Judá não havia ninguém perfeito no temor de Deus, o que é uma frase veterotestamentária equivalente à espiritualidade.

 

“... senão feridas, e inchaços, e chagas podres não espremidas, nem ligadas, nem amolecidas com óleo. ”

A terra e o povo são como um corpo que está ferido em suas partes mais vitais, e sangra de muitas “feridas, e inchaços, e chagas podres”. Em outras palavras, a terra está desolada, as cidades queimadas, o resto da colheita foi comida por estrangeiros diante dos seus próprios olhos todo o país está devastado de maneira tão bárbara como só se pode esperar de estrangeiros (v.7)

John N. Oswalt observou que “as palavras que ocorrem neste verso descrevem ferimentos adquiridos numa batalha: cortes, lacerações e ferimentos que sangram. Essa é a imagem perfeita da tragédia que Judá experimentava.

No sistema mosaico, açoites aguardavam o transgressor da lei, mas aqui é retratada uma pessoa que já não tem lugar no corpo para ser castigado, tantos são os seus pecados. Repleto de feridas [...] e chagas não tratadas, não há lugar para novos açoites.

As feridas não estavam tratadas. Nenhuma está “espremida, nem ligada, ou amolecida [aliviada] com óleo [de oliveira]” para suavizá-las. Isso demonstra que nenhuma providência é tomada. Ou seja, a sua rebeldia continua, ´pois são um povo obstinado.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
28/2/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley.  Isaias, o profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2002.

Ridderbos, J. Isaías: introdução e comentário - 2. Edição. São Paulo: Vida Nova, 1995.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo - Vol.5. São Paulo: Hagnos, 2001.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201005_02.pdf

2 Pedro 1.19

 

2 Pedro 1.19 “E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração. ”

 

“E temos, mui firme, a palavra dos profetas, ”

Pedro escreve que o Evangelho não é apenas uma coletânea de fábulas inventadas (2 Pedro 1.16). O que ele e os outros apóstolos haviam transmitido acerca da vinda de Jesus fora-lhes assegurado pelo próprio Deus que os levou a testemunhar a majestade de Cristo no monte da Transfiguração (Mateus 17.5). Ali o Pai corroborou a glória de Jesus, identificando-o como o Filho amado em quem se comprazia (2 Pedro 1.17).

Todavia, não dependemos desta experiência de Pedro, João e Tiago para termos certeza de quem Jesus é. Pois, temos a Palavra Deus conosco. Neste ponto, Pedro tinha em mente o Antigo Testamento, mas podemos fazer a mesma aplicação ao Novo (2 Pedro 3.16).

Pedro estava dizendo que as Escrituras apoiavam o testemunho que ele estava dando aos seus leitores. As referências do Evangelho de Mateus ao Antigo Testamento visavam esclarecer cada aspecto da vida e do ministério de Jesus. Jesus sobre ele mesmo havia dito aos apóstolos: “Importava se cumprisse tudo o que de Mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos” (Lucas 24:44).

Àqueles não são propensos a crer no relato de Pedro sobre o testemunho de Deus em favor de Jesus no monte. Devem crer na “palavra profética”, pois, ela deixa claro que Jesus era o Filho de Deus. As escrituras contêm autoridade e a presença divina, e isso é suficiente para nos orientar em todas as questões de religião e moralidade: “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça” (2 Timóteo 3.16).

 

“... à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração. ”

Por conseguinte, fazemos bem ao nos aplicarmos à palavra profética, pois é uma lâmpada que brilha na escuridão da ignorância espiritual deste mundo até que o dia apareça e a estrela da alva desponte.

A Escritura é como uma candeia que brilha em lugar tenebroso” (ARA). A palavra “tenebroso” só ocorre nesta carta do Novo Testamento. É uma palavra rica de sentidos significa coisas sujas, destituídas de brilho, coisas opacas, escuridão. A “candeia” está brilhando num lugar que é obscuro, sujo e envolto numa neblina encardida.

O “lugar tenebroso” é o mundo em que Pedro e seus leitores viviam. É o mundo em que os crentes continuam a viver. Nesse mundo sombrio, a Palavra de Deus é como “uma candeia que brilha”.

O capítulo mais longo da Bíblia, Salmos 119, é dedicado a exaltar as glórias da Lei. Assim como para Pedro, para o salmista a Palavra de Deus é uma lâmpada que ilumina o caminho: “Lâmpada para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Salmos 119:105).

Pedro prediz que o mundo tenebroso, iluminado com dificuldade pelas Escrituras, desapareceria: até que o dia clareie e a estrela da alva nasça em vosso coração. O retrato é de uma longa contemplação noturna interrompida pelos sinais da alvorada. Talvez Pedro tenha se inspirado no salmista: “Aguardo o Senhor, a minha alma o aguarda; eu espero na Sua palavra. A minha alma anseia pelo Senhor mais do que os guardas pelo romper da manhã. Mais do que os guardas pelo romper da manhã” (Salmos 130:5, 6).

Existe uma unanimidade com respeito a Números 24:17, “uma estrela procederá de Jacó”, ter inspirado a expressão “a estrela da alva” ou “estrela da manhã”. Tanto os judeus como os cristãos entendiam que Números 24:17 era uma profecia messiânica. Numa passagem sobre a volta do Senhor, surpreende que Pedro acrescente que essa estrela da alva surgiria “em vosso coração”.

Provavelmente ele só queria dizer que o coração dos crentes se alegraria quando as esperanças e os sonhos se realizassem no romper do novo tempo. Mais adiante na carta, o apóstolo trataria dos mesmos fatos em relação ao fim dos tempos e ao julgamento. “Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo”, disse ele (2 Pedro 3:10). Para os crentes esse será um dia de alegria e luz. O romper do dia sugere uma nova vida, livre de sofrimento e pecado.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201412_03.pdf

Gálatas 2.16


Gálatas 2.16 “Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, temos também crido em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. ”

 

“Sabendo que o homem não é justificado pelas obras da lei, mas pela fé em Jesus Cristo, ”

Paulo toma a palavra (justificado) do vocabulário da LXX. A citação do contexto é de Salmos 143.2: “E não entres em juízo com o teu servo, porque à tua vista não se achará justo nenhum vivente”, que aparece igualmente em Romanos 3.20: “Por isso nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado”.

Essa palavra tem o sentido de declarar justo. Analisando alguns aspectos do conceito paulino, percebe-se que justificado não significa um declarar justo por contraposição ou fazer justo. Baseia-se no acontecimento salvífico em Cristo Jesus, ou seja, em seu sangue (Romanos 3.24,25), na obra da graça (Romanos 3.24) que atua na sua redenção, onde tem lugar a justificação do mundo pecador.

Desta forma, justificação é a definitiva realização da justiça divina pela ação de Deus. Essa justificação se consuma no futuro como consequência da justiça de Deus para conosco: “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21)

 

“... temos também crido em Cristo Jesus, para sermos justificados pela fé em Cristo, e não pelas obras da lei; porquanto pelas obras da lei nenhuma carne será justificada. ”

Apesar de Paulo, Pedro e outros cristãos judeus terem uma vantagem sobre os gentios, eles precisavam igualmente de salvação. Como os judeus jamais conseguiram obedecer perfeitamente à lei, não podiam se apresentar justos perante Deus (Romanos 7:7–25). A concepção paulina da prática da lei diz respeito as obras dos mandamentos. Na tradição rabínica às vezes é chamada simplesmente “obras”. Disso se deduz que a “prática da lei” em seu aspecto formal são obras concretas que a lei exige que sejam cumpridas.

O apóstolo procura mostrar aos gálatas que os cristãos, tanto os de origem judaica, quanto os de origem gentílica, são justificados não pelas obras da lei, mas pela fé em Cristo. Afinal, eles, assim como os gentios tinham também crido para serem salvos da mesma forma.

Paulo estava estabelecendo o fato de que tanto os judeus como os gentios precisavam da justificação disponível apenas em Cristo. Portanto, os cristãos judeus não tinham motivos para se gabar ou se afastar de seus semelhantes gentios. Atos 15:9 diz que Pedro apresentou o mesmo argumento no concílio de Jerusalém, quando afirmou: Deus “não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles, purificando-lhes pela fé o coração”. E acrescentou: “Cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram” (Atos 15:11).

Com isso Paulo formula a mais profunda oposição à convicção judaica. Essa é uma das principais declarações teológicas da carta aos Gálatas. A Carta aos Gálatas foi a pedra fundamental da Reforma Protestante, porque seu ensino sobre a salvação exclusivamente pela graça tornou se o tema dominante da pregação dos reformadores.

Jesus Cristo é o meio por intermédio de quem a justificação do homem é possível perante Deus; o fundamento da justificação não é a lei, ou obras da lei que pudessem ser cumpridas para obter “favor de Deus”, mas a justificação que foi possível com a morte de Cristo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
4/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

GERMANO, Altair. Gálatas - Comentário. Rio de Janeiro, CPAD, 2009.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201805_01.pdf

Atos 14.23

Atos 14.23 “E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja, orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. ”

 

“E, havendo-lhes, por comum consentimento, eleito anciãos em cada igreja,

Na primeira viagem missionária, Barnabé e Paulo fizeram o caminho inverso para retornar a Antioquia da Síria para que assim revisitassem os irmãos. Eles deixando Derbe, passaram novamente por Listra, Icônio e Antioquia da Psidia (V.21) para confirmar os ânimos dos novos discípulos (v.22).

Para não deixar as novas igrejas desamparadas eles elegeram por comum consentimento anciãos em cada igreja. Isso começou a ser feito a partir daqui e tornou-se universal em toda a obra missionária. Eles concordaram acerca dos eleitos, conforme a instrução do nosso Senhor: “Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” (Mateus 18.19). Esses anciãos seriam supervisores das igrejas.

Mais tarde, Paulo formularia as qualificações dos “presbíteros” por escrito. Na sua maioria, incluiriam questões de integridade moral, mas principalmente a fidelidade ao ensino dos apóstolos e o dom de ensino também eram essenciais para essa eleição.

 

“... orando com jejuns, os encomendaram ao Senhor em quem haviam crido. ”

Assim, como eles mesmos haviam sido encomendados: “E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido” (Atos 14.26), orando com jejuns: “Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram” (Atos 13.3). Paulo e Barnabé os consagraram a excelente obra do episcopado (. Timóteo 3.1).

No Antigo Testamento, o jejum era uma prática relacionada a um momento de humilhação diante de Deus para receber de Deus o perdão, expressava arrependimento: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto” (Joel 2:12), no Novo Testamento, indica prioridades: “E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia” (Lucas 2:37).

Jesus jejuou no deserto, antes de ser tentado. Ensinou aos seus discípulos que há espíritos malignos que só seriam expulsos após um período de jejum e oração (Marcos 9.29). Em Atos 10, o centurião Cornélio jejuou por quatro dias e recebeu uma orientação divina para chamar Pedro para falar em sua casa. O alimento não era tudo o que importava para os primeiros cristãos. Às vezes, para cumprir os propósitos de Deus, eles ignoravam à hora das refeições. Observamos que eles assim faziam também para eleger novos obreiros.

O Didaquê nos revela que os primeiros cristãos, assim como os fariseus da época de Jesus (Lucas 18.12), jejuavam duas vezes por semana: “Os seus jejuns não devem coincidir com os dos hipócritas. Eles jejuam no segundo e no quinto dia da semana. Porém, você deve jejuar no quarto dia e no dia da preparação”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
6/3/2025

FONTES:

SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.

 https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/atos-132.html

DIDAQUÉ: Catecismo dos primeiros cristãos. 4ªed. Petrópolis: Vozes, 1983.