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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025
Texto Áureo Lição 09: Quem É o Espírito Santo. 2 Coríntios 3.17
TEXTO ÁUREO
“Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. “ (2 Coríntios 3.17)
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE FEVEREIRO DE 2025 (Tito 3.5)
Tito 3.5 “Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, ”
“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia,
A E.R.C, traduz corretamente: Não por obras de justiça praticadas por nós. Isto elimina toda e qualquer obra; não só as que foram praticadas pela justiça própria dos homens perdidos, como também as obras praticadas em verdadeira justiça. A misericórdia de Deus o constrangeu a entregar seu Filho e não poupá-lo. John Stott diz que a base da nossa salvação não são as nossas obras de justiça, mas a obra de misericórdia.
Assim, a salvação tem sua origem no coração de Deus. É por causa da sua misericórdia que ele interveio em nosso favor; que ele tomou a iniciativa, não pelas ações corretas que realizaram, mas sim pela grande misericórdia de seu coração.
O cristão nunca deve pensar no que conquistou; e sim no que Deus lhe outorgou. Enquanto a justiça nos daria aquilo que mereceríamos ganhar, a misericórdia nos concedeu aquilo que jamais seriamos dignos de receber.
“... nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, ”
A misericórdia de Deus nos salvou pela lavagem. Lavar (loutron) quase que com certeza refere-se ao batismo nas águas. Todos os primitivos pais da igreja entenderam dessa forma. Isso não implica que eles (ou Paulo) ensinassem a regeneração pelo batismo, assim como Ananias não acreditava desse modo, quando disse a Saulo de Tarso: “Levante-se, seja batizado e lave os seus pecados, invocando o nome dele”.
As igrejas evangélicas, em sua maioria, consideram o batismo “um sinal exterior e visível de uma graça espiritual interior”, a saber, o lavar dos pecados e o novo nascimento pelo Espírito Santo. Mas não confundem o sinal (o batismo) com o que ele significa (a salvação).
Regeneração é como se traduz “palingenesia”, que Jesus usou ao falar da regeneração final de todas as coisas e que os estoicos aplicaram à restauração periódica do mundo, em que eles acreditavam. Aqui, entretanto, o novo nascimento é individual (como a “nova criação” de 2 Coríntios 5.17) e não cósmico. Ele se refere a um radical novo início, uma vez que “Deus não nos consertou, mas nos fez completamente novos”.
A outra palavra, “renovação”, é a tradução de “anakainôsis”. Ela pode ser um sinônimo de “regeneração”, entendendo-se a repetição como um efeito retórico. Ou ela pode referir-se ao processo da renovação moral, da transformação, que se segue ao novo nascimento, um processo contínuo de se tornar uma nova criatura em Cristo, à medida que seguimos o conselho do Espírito Santo (Romanos 12.2; Gálatas 3.3).
O Espírito Santo é, certamente, o agente pelo qual somos renascidos e renovados, e é ele que Deus derramou sobre nós generosamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador (v. 6b). Tanto o uso do verbo “derramou”, como o emprego do tempo aoristo dão a entender que a referência é ao derramamento do Espírito no dia de Pentecostes, e a afirmação de que ele foi derramado em nós denota a nossa participação pessoal no dom pentecostal.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
STOTT, John R.W. A mensagem de 1 Timóteo e Tito: a vida da Igreja local: a doutrina e o dever; tradução Milton Azevedo Andrade. — São Paulo: ABU Editora, 2004.
BARCLAY, William. The Letter to Titus. Tradução: Carlos Biagini
ARRINGTON, French L.; STRONSTAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento. 2ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 27 DE FEVEREIRO DE 2025 (1 Coríntios 3.16)
1 Coríntios 3.16 “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? ”
“Não sabeis vós que sois o templo de Deus”
Não sabeis é uma censura suave. Introduz uma pergunta sobre um assunto que devia ser do conhecimento geral. Paulo utiliza regularmente o recurso, muitas vezes, nesta carta. “Vós” nesta passagem se refere à assembleia local de crentes que têm comunhão “com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1 João 1.3).
Paulo lembra aos crentes coríntios que eles são “o templo de Deus”. O apóstolo não faz distinção entre “templo de Deus” e “templo do Espírito Santo”. As duas expressões são intercambiáveis: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus” (v.19)
O templo literal, segundo sabemos era lugar de santidade, reverência, adoração, consagração, contrição, arrependimento, altar, sacrifício, fogo contínuo, glória e presença de Deus. Assim deve ser a Igreja do Deus vivo.
O grego tem duas palavras para aludir a templo: “hieron”, que inclui o templo com todos os seus pátios e “naos", o santuário interno onde Deus manifestava sua presença. O corpo coríntio de crentes é “naos”, pois o Espírito de Deus habita neles (2 Coríntios 13.13).
“... e que o Espírito de Deus habita em vós? ”
Cada cristão é um templo vivo do Deus vivo. Deus habitou no Templo judaico, tomou posse dele, e residiu nele, através daquela nuvem gloriosa que era o sinal de sua presença com aquele povo. Assim, Cristo, pelo seu Espírito, habita em todos os crentes verdadeiros.
A habitação do Espírito é uma confirmação de que os crentes estão saturados da presença e do poder do agente que habita. Seja a habitação da fé (2 Timóteo 1:5), de Deus (2 Coríntios 6:16), do Espírito (Romanos 8:11), da Palavra (Colossenses 3:16) ou de Cristo (Colossenses 1:17), está implícito o sentido dessa influência difusa.
O Templo era devotado e consagrado a Deus, e separado de tudo que era comum para o serviço imediato de Deus. Assim, todos os cristãos são separados dos usos comuns e colocados à parte para Deus e seu serviço. Eles são consagrados para Ele - este é um ótimo argumento contra toda lascívia da carne e contra todas as doutrinas que lhe dão apoio.
Se somos templos de Deus, não devemos fazer nada para alienar-nos dele, ou corromper e macular a nós mesmos, e, com isso, desqualificar-nos para o seu uso. Devemos detestar sinceramente e evitar cuidadosamente o que pode manchar o templo de Deus e corromper o que deve ser sagrado para Ele.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
18/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD.
MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983
quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE FEVEREIRO DE 2025 (1 Coríntios 2.10)
1 Coríntios 2.10 “Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. “
“Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; “
O apóstolo emprestou a fraseologia de Isaías: “porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão” (Isaías 52.15) para convencer seus leitores de que a sabedoria alcançada pelos cristãos é incomparavelmente superior à sabedoria empregada pelos pensadores e filósofos desta época. A sabedoria de Deus é superior porque foi revelada pelo Espírito.
O que Deus preparou não são “primariamente as glórias do céu, mas as glórias da cruz e tudo o que ela significa no plano de Deus”. Essas verdades gloriosas do Evangelho, a maravilha da cruz e a abundância de salvação que Deus providenciou, não eram compreendidas antes que Deus as revelasse.
Depois da ressurreição Jesus abriu o entendimento dos discípulos (Lucas 24.45-47). Contudo, as Boas Novas não foram declaradas e disseminadas até que eles receberam a promessa do Pai, o dom do Espírito (Lucas 24.49; Atos 1.4,5). O Espírito torna estas verdades acessíveis a todos os cristãos.
Paulo empregou o pronome na primeira pessoa do plural. A palavra “nos” (no termo no-las) indica que Paulo ao mesmo tempo inclui a si mesmo e se identifica com seus leitores como capazes de entender. O fato de ser o Espírito aquele que revela, mostra que todos nós precisamos da sua iluminação se queremos entender as Escrituras. Como Jesus fez com os discípulos, assim o Espírito Santo fará conosco (Lucas 24.45; Atos 15-28).
“... porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. “
Podemos depender do Espírito para nos revelar a verdade porque Ele “penetra todas as coisas”, ou seja, Ele as esclarece. Por causa da deidade de sua natureza, nada lhe está escondido. Não há nada que esteja além do Seu conhecimento.
Assim, Ele pode e esclarecer as profundezas de Deus. A palavra profundezas é empregada muitas vezes em referência à enorme profundidade do mar, e, assim, vem a significar coisas “ insondáveis”, as verdades profundas que nenhum pensamento humano, até dos filósofos mais brilhantes, jamais sondou. Eles não podem porque não têm o Espírito.
Mas nós que temos a mente de Cristo (v.16), podemos conhecer todo o conselho de Deus. Afinal, o Espírito Santo foi nos dado em lugar de Cristo, Ele nos revela os mistérios da sua glória as porque permitimos que more dentro de nós: “E eu pedirei ao Pai, e ele dará a vocês outro Conselheiro, que esteja com vocês para sempre: o Espírito da verdade. O mundo não pode recebê‑lo, porque não o vê nem o conhece. Vocês, porém, o conhecem, pois ele vive com vocês e estará em vocês” (João 14.16-17).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD.
MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983
http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201701_03.pdf
terça-feira, 25 de fevereiro de 2025
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 25 DE FEVEREIRO DE 2025 (Mateus 28.19)
Mateus 28.19 “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.
“Portanto, ide,”
Esse versículo nos orienta de maneira cronológica a maneira que deve ser anunciada a Grande Comissão. Em primeiro lugar deve-se ir onde estão as pessoas sendo longe ou perto. Nosso Senhor fez o mesmo quando desceu do céu (saiu da zona de conforto), não tendo aspiração de ser semelhante a Deus (ignorou seu título, sua glória) e assumiu a forma de servo (fez-se semelhante a nós). E uma vez na nossa forma foi não somente as ovelhas perdidas da Casa de seu Pai: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos 10:38).
Cristo foi o enviado do Pai, agora nós que somos conhecidos pelo seu nome somos os enviados dEle: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós“ (João 20:21). Ou seja, devemos nos despojar de todo o nosso orgulho e conquistas, deixar a zona de conforto e nos misturarmos com aqueles que estão nas trevas a fim de os resgatar para a nossa maravilhosa luz: ”E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo “ (Filipenses 3:8).
“... ensinai todas as nações,”
Em segundo lugar deve-se ensinar todas as nações, afinal o nosso alvo é toda a criatura independente de cultura, passado, idade ou aparência. Era previsto na palavra que o Messias seria mestre nessa disciplina: “Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores ” (Salmos 25:8), e de fato o foi, ora de causar espanto: ”porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas" (Mateus 7:29).
Nós igreja do Senhor, somos chamados a realizar as mesmas obras que ele realizou, sobre esse importante ministério o apóstolo Paulo nos exorta: ...”se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Romanos 12:7). Ensinar para tornar nosso ouvinte um novo discípulo de Cristo. Discípulo é aquele que aprende de um mestre. O termo se aplica com frequência nos evangelhos aos seguidores de Jesus (Mateus 5.1; João 2.12).
Disso segue o discipulado, ensino para ser seguidor de Cristo, ou seja, o ensino bíblico básico para o novo convertido desenvolver-se espiritualmente. Trata-se de instruções que abrangem vários aspectos da vida, na área espiritual, emocional e social. O discipulado não é opção, é mandamento divino para a edificação e crescimento espiritual de cada cristão.
Além do discipulado, Ele também ordenou que esses novos discípulos guardem o que aprenderam: “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28.20). Ou seja, as doutrinas e os pontos doutrinários que Jesus ensinou. O livro de Atos mostra os apóstolos no cumprimento dessa palavra (Atos 2.42; 4.1,2; 5.21,28).
“batizando-as”
Em terceiro lugar “batizando-as”. O batismo é uma ordenança de Cristo. Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizō) significa “imergir”, “mergulhar”. Todos os que creem devem ser batizados, porém para isso é necessário ser discípulo e não apenas ouvinte.
Muitos usam o texto do Eunuco etíope para justificar que para se batizar basta somente crer. Analise o texto: “ E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus ” (Atos 8:36,37). Veja porem que o texto possui contexto e nos diz nele que esse eunuco “tinha ido a Jerusalém para adoração” o que quer dizer que era prosélito (Gentio convertido ao judaísmo) e “assentado no seu carro, lia o profeta Isaías” era conhecedor e estudante das doutrinas do judaísmo, ele possuía um rolo do profeta Isaías e estudava durante a viagem. Felipe na oportunidade lhe indicou Cristo e lhe esclareceu que a profecia que o eunuco lia se referia ao seu recente advento. E acontecendo assim, ele pediu para ser batizado.
Ora, o eunuco não era um leigo das escrituras como a maioria dos judeus também não eram. Porém a nós gentios é esclarecido “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo ” (Efésios 2:12). O que quero dizer é que na maioria das vezes muitos de nós somos leigos acerca das coisas de Deus. Por isso é sim necessário o discipulado básico ao menos.
“... em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”
Por último em Mateus 28.19, encontramos a fórmula do batismo na expressão: “do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, pois a salvação procede do Pai que a planejou; do Filho, que a consumou; e do Espírito Santo que convence o homem do pecado que o separa de Deus..
A fórmula tríplice do batismo é uma maneira de ressaltar a Santíssima Trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. A Trindade é uma doutrina com sólidos fundamentos bíblicos. Essa doutrina está implícita no Antigo Testamento, pois há declarações que indicam claramente a pluralidade na unidade de Deus (Gênesis 1.26; 3.22; 11.6, 7; Isaías 6.8).
Apesar da ênfase da doutrina monoteísta como o shemá: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Deuteronômio 6.4) reafirmada pelo Senhor Jesus (Marcos 12.29), o Antigo Testamento mostra que a unidade de Deus não é absoluta. E o Novo Testamento revela de maneira explicita que essa pluralidade se restringe ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo (1 Coríntios 12.4-6; 2 Coríntios 13.13; Efésios 4.4-6; 1 Pedro 1.2).
DEIVY
FERREIRA PANIAGO JUNIOR
17/03/2021
FONTES:
SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020.
MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005.segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025
LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 24 DE FEVEREIRO DE 2025 ( Salmo 104.30)
Salmo 104.30 “Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a face da terra.”
“Envias o teu Espírito, e são criados,
A Bíblia fala em Deus Pai como Criador do Céu, da Terra, do Mar, e de tudo quanto neles há (Atos 4.24). Também fala do Filho (o Verbo que se tornou carne e habitou entre nós) como agente da criação. "Todas as coisas foram feitas por [através de] ele, e sem [à parte de] ele nada do que foi feito se fez" (João 1.3).
Assim como o Pai e o Filho, o Espírito Santo também tem participação na criação. O Espírito de Deus nos é apresentado na Bíblia quase imediatamente: "No princípio criou Deus os céus e a terra. E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (Genesis 1.1,2). Assim, o Espírito de Deus está associado à atividade criadora de Deus.
Essa atividade criadora do Espírito está implícita também na formação do Homem: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente” (Genesis 2.7). O ato de assoprar forma um paralelo com o assoprar de Deus em Gênesis 2.7. Quando Jeová assoprava, algo acontecia. Quando o Senhor conclamou o sopro sobre os cadáveres na visão de Ezequiel (37.8-10), a vida entrou neles. Eliú, um dos amigos de Jó, entendia assim e declarou: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida” (Jó 33.4).
Em nossos dias ele continua criando a nova criação de Deus. A Nicodemos Jesus esclareceu: “O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo” (João 3.6-7). O Espírito nos vivifica através da palavra de Deus: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida” (João 6.63). O Espírito de Deus, que criou a princípio, cria, até hoje.
“... e assim renovas a face da terra. ”
A obra da criação foi concluída nos seis primeiros dias do mundo, mas a obra da criação é renovada todos os dias, e assim continuará, até o fim do mundo. O Espírito está ligado tanto com a criação como com a providência contínua de Deus (Isaías 40.12,13), a providência é a criação continuada. Afinal, só se renova o que envelhece. Isso demonstra que o Espírito continua ativo. Uma vez que criou dá continuidade às coisas na sua existência criada.
Joseph Caryl Escreveu: “Deus cria um novo mundo todos os anos. Enviando o seu Espírito, ou vivificando o poder, na chuva e no sol, para renovar a face da terra. E, assim como o Senhor envia o seu poder, em graças providenciais, também o faz em juízos providenciais. ”
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
16/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume II. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
Horton, Stanley M. O que a Bíblia Diz sobre o Espírito Santo. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1993.
domingo, 23 de fevereiro de 2025
Lição 09: Quem É o Espírito Santo – 1 Trimestre de 2025.
TEXTO ÁUREO
“Ora, o Senhor é o Espírito; e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade. “ (2 Coríntios 3.17)
“Ora, o Senhor é o Espírito; “
Por Senhor devemos entender que Paulo se refere a Jesus Cristo. E isso é quase universal nas suas epístolas (2 Coríntios 5:6, 8, 11; 8:5; 10:8; 12:1, 8). Dizendo que “o Senhor é Espírito”, Paulo identifica o Espírito com Cristo. Isso seria equivalente a João 4.24: “Deus é espírito”. Afinal, Cristo e o Espírito têm a mesma essência, conforme Ele e o Pai (João 10:30).
Todavia o principal interesse de Paulo nesta passagem é salientar a glória superior da nova aliança do Espírito (vs. 3, 6, 8, 18), que ele contrasta com a glória inferior da antiga aliança da lei. Os judeus relacionavam-se com Deus mediante a lei, mas os crentes relacionam-se com Deus mediante o Espírito que é dado através de Cristo (João 16.7).
A lei escrita para Paulo não está apenas morta, mas causa a morte. Ele a chama de ministério da morte (ministério da condenação), gravado com letras em pedras. Ele agora chama Cristo de seu espírito, significando que a lei só se fará viva se for inspirada por Cristo, pois ele é o espírito vivificante: “O primeiro homem, Adão, foi feito em alma vivente; o último Adão em espírito vivificante” (1 Coríntios 15.45). Cristo, ao regenerar-nos, dá vida à lei e se revela como a fonte da vida, assim como a alma é a fonte da qual emanam todas as funções vitais do homem. Desta maneira a lei estará escrita “não em tábuas de pedra, mas em tábuas de carne do coração” (v.3). Concluindo, Cristo é o Espírito da Lei.
“... e onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade.”
Paulo diz que onde estiver o Espírito há liberdade. Quer dizer que enquanto nossa obediência a Deus esteja dominada e condicionada por um livro ou um código de leis, estamos na posição de um servo involuntário e um escravo que não possuem liberdade. Pois as exigências da lei não podem ser cumpridas e, por isso, tais pessoas permanecem sob a condenação da lei.
Mas quando provém da obra do Espírito em nossos corações o centro de nosso ser não tem outro desejo que o de servir e obedecer a Deus devido ao fato de que o amor o obriga e não a lei. Entretanto, sob a aliança do Espírito, há liberdade. Pois, já não há memória de pecados (Romanos 4:6-8), e nenhuma condenação (Romanos 8:1). O Espírito mesmo dá testemunho com o nosso espírito de que somos filhos de Deus (Romanos 8:15-16), e mediante o andar no Espírito, as exigências justas da lei são satisfeitas em nós (Romanos 8:3-4).
Uma liberdade assim dá ensejo à ousadia, pelo que nos versículos 12-13 Paulo diz que tem “muita ousadia” (no trato com os coríntios), diferentemente de Moisés, a quem faltava tal ousadia (no trato com os israelitas).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/2/25
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HORTON, Stanley. I e II Coríntios – Os problemas da igreja e suas soluções.Rio de Janeiro: CPAD, 2003.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
BARCLAY, William. I e II Coríntios. - Tradução: Carlos Biagini.
KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.
sábado, 22 de fevereiro de 2025
Eclesiastes 7.20
Eclesiastes 7.20 “Na verdade que não há
homem justo sobre a terra, que faça o bem, e nunca peque. “
“Na verdade que não há homem justo sobre a terra,
Esse versículo eleva a discussão encerrada nos versículos 16-19 a um clímax, fazendo eco às palavras de Salomão em 1 Reis 8:46 “pois não há homem que não peque”. Isso é bem enfatizado com a expressão hebraica “ki”, que significa “certamente”. Há aqui uma verdade universal que diz respeito a pecaminosidade do homem (não há homem justo sobre a terra). “Justo” é usado aqui no sentido de “estar correto perante Deus”.
Os melhores homens, e aqueles que na maioria das vezes praticam o bem, não podem dizer que estão perfeitamente livres do pecado; mesmo aqueles que são santificados não estão sem pecado. Salomão em provérbios questionou: “Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado? ” (Provérbios 20.9)
Ninguém que vive deste lado do céu vive sem pecado. Qualquer pessoa erra em algum ponto da lei e consequentemente, perante Deus ela se torna culpada “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todo” (Tiago 2:10). O apóstolo do amor escreveu se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos (1 João 1.8), fazendo-nos mentirosos, e assim pecando.
“... que faça o bem, e nunca peque. “
Ninguém é tão justo na prática de sua vida que faça apenas o bem sem ter nenhum pecado ligado ao que faz. A única exceção é o Senhor Jesus. Ele fez o bem sem pecar. Pedro, Paulo e João testificam em suas cartas a absoluta ausência de pecado nele: “que não cometeu pecado”, “que não conheceu pecado”, “Nele não há pecado” (1 Pedro 2:22; 2 Coríntios 5:21; 1 João 3:5).
Podemos observar algumas formas de pecados nas Escrituras. Uma delas é o pecado de comissão, ou seja, realizar aquilo que é expressamente condenado por Deus. Esse é o tipo de pecado mais evidente e observado. Os nossos pais, Adão e Eva, foram proibidos de comer do fruto da árvore do bem e do mal. Entretanto, ainda assim dela comeram. Realizar conscientemente o que Deus de antemão condenou é um atentado a sua santidade e justiça: “Nós pecamos como os nossos pais, cometemos a iniqüidade, andamos perversamente” (Salmo 106.6).
Outra forma muito comum é o pecado de omissão. Essa forma de transgredir as leis divinas, muitas vezes, é ignorada entre o povo de Deus. Porém, as consequências do seu julgamento não serão menores diante do Altíssimo (Mateus 25.31-46). Não é apenas deixando de obedecer a lei expressa de Deus que incorremos em pecado, mas de igual modo, quando omitimo-nos de fazer o bem, pecamos contra Deus e a sua justiça: “Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado” (Tiago 5.17).
Não somos capazes de, por nós mesmos, vencermos o pecado! Contudo, em Jesus toda essa grave realidade pode ser superada, pois o Pai enviou o seu Filho para que morresse por nós e, assim, resgatasse-nos da miséria do pecado (Romanos 8.3; Hebreus 10.1-39).
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
EATON, Michael A; CARR, G. Lloyd. Eclesiastes e Cantares: introdução e comentário. Mundo Cristão, 1989.
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Fé e Obras – Ensinos de Tiago para uma vida cristã autêntica. Rio de Janeiro: CPAD, 2014.
CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.
HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Poéticos. Rio de Janeiro CPAD, 2008.
https://bibliotecabiblica.blogspot.com/2013/04/eclesiastes-7-significado-explicacao.html
Salmo 51.5
Salmo 51.5 “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. “
“Eis que em iniquidade fui formado,
Após reconhecer o seu pecado especifico, Davi abre novas vistas ao seu conhecimento próprio. Este crime, conforme Davi agora percebe, não era um evento contrário à natureza dele: fazia parte do seu caráter; era uma expressão extrema do tipo de criatura pervertida que sempre tinha sido, e da raça degenerada da qual nasceu.
Isaías, semelhantemente, também viu a corrupção do seu povo, quando conseguiu vislumbrar a sua própria: “Estou perdido! É o meu fim, pois sou um homem de lábios impuros e vivo no meio de pessoas de lábios impuros” (Isaías 6:5).
Davi ficou atônito pela descoberta do seu pecado congênito, e passa a contá-lo. A intenção não era justificar-se, mas visava completar a confissão. É como se o salmista dissesse: Não só pequei desta vez, mas por natureza própria sou pecador.
As crianças não são inocentes, pois nasceram com o pecado original. Dizemos que pecam quando estavam nos lombos de Adão, da mesma maneira que dizemos que Levi paga dízimos para Melquisedeque quando estava nos lombos do antepassado Abraão (Hebreus 7.9,10). Caso contrário, as crianças não morreríam, pois o salário do pecado é a morte (Romanos 6.23). O reinado da morte é alcançado pelo reinado do pecado, que reinou sobre todo o gênero humano, exceto Cristo.
A doença do homem começa cedo, na própria concepção. Essa serpente sutil semeou o joio muito cedo, de forma que todos nós já nascemos em pecado: “Tu és nascido todo em pecados, e nos ensinas a nós?” (João 9.34). Até que vejamos o pecado na fonte do coração, jamais o lamentaremos verdadeiramente na vida e nas relações. — John Morison
“... e em pecado me concebeu minha mãe. “
Ele volta ao primeiríssimo momento de existência, não para caluniar a mãe, mas para confessar a raiz central e profunda do seu pecado. Davi não está colocando a culpa nos seus pais pelo pecado, nem mesmo devemos intuir que, pela apresentação da doutrina do pecado original, ele quis exaurir a enormidade dos seus crimes.
Pelo contrário, devemos entender que Davi está se afligindo pela reflexão humilhante de que a sua natureza era caída e que as suas transgressões fluíam de um coração naturalmente em inimizade com Deus.
A mãe de Davi era serva do Senhor, o salmista nascera em um casamento puro, de um bom pai, e era um homem segundo o coração de Deus (Atos 13.22). Contudo, a sua natureza era tão caída quanto a de qualquer outro dos filhos de Adão, e tudo que Davi precisava era a oportunidade para manifestar esse fato triste.
É violência perversa cometida contras as Escrituras, negar que elas ensinam aqui o pecado original e a depravação natural. Os homens que contestam esta doutrina têm de ser ensinados pelo Espírito Santo sobre quais são os primeiros princípios da fé.
Em nossa formação fomos deformados, e quando fomos concebidos a nossa natureza concebeu o pecado. Coitada da pobre humanidade! Há quem a elogia, porém é mais abençoado aquele que em sua alma aprende a lamentar o estado perdido.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume II. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
KIDNER, Derek. Salmos 1 - 72 Introdução e Comentário. Derek Kidner. Mundo Cristão. 1981.
Salmo 58.3
Salmo 58.3 “Alienam-se os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras. “
“Alienam-se os ímpios desde a madre; “
Esse verso reconhece que todo o problema da injustiça dos homens é devido à maldade inata nos homens desde que eles nascem. Joseph Roberts escreveu que a ilustração dos ímpios alienando-se assim que nascem foi tirada da disposição e poder da serpentezinha imediatamente após nascer. A serpente recém-nascida pode envenenar qualquer coisa que picar. O sofrimento em todos os casos é grande, embora a picada raramente seja fatal. Coloque um graveto perto do réptil cuja idade não chega a dias, e ele o pica imediatamente.
Apesar de Davi estar descrevendo ímpios a diferença entre tais pessoas e o próprio Davi era, conforme ele mesmo confessou, de grau e não de tipo. Ele também era pecador desde a sua concepção: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51.5)
Pois, a descrição deste verso é muito semelhante à que se cita em Romanos 3:10: “Não há justo, nem sequer um“ para advertir o leitor que está vendo um espelho, e não um retrato alheio. Se a ele, diferentemente destes, por enquanto, foi “concedido o arrependimento para a vida” (Atos 11:18), é a Deus que deve agradecer.
“... andam errados desde que nasceram, falando mentiras. “
Crianças não andam nem falam assim que nascem, mas assim que nascem podem alienarem-se, desviarem-se e fazer o que é errado. O primeiro passo que dão já é um passo fora do caminho da virtude. Todo observador percebe como as crianças na mais tenra idade são mentirosas. Antes mesmo de falar, praticam pequenos atos enganosos.
O fato é mais evidente nas crianças que crescem para ser especialistas em difamação. Começam as más atividades desde cedo, e não é de admirar que se tornem versadas na prática. Quem começa em algo de manhã cedo irá até bem depois de anoitecer. Ser mentiroso é uma das evidências mais certas do estado caído.
De todos os pecados, nenhum pode chamar Satanás de pai como a mentira. Toda a corrupção que há em nós veio de Satanás, mas o pecado do engano e da mentira é do Diabo mais do que os outros. Tem o sabor do Diabo mais do que os outros pecados. Por conseguinte, todo homem é mentiroso (Romanos 3.4) e, por isso, é pecador de todos os outros pecados.
A primeira depravação da natureza humana ocorreu pela mentira. A nossa natureza gosta muito dessa semelhança paterna que é dada a mentir. Richard Capei disse que “o mentiroso é extremamente semelhante ao Diabo e extremamente diferente de Deus. ””
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
24/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
SPURGEON, Charles. Os Tesouros de Davi – Volume II. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.
KIDNER, Derek. Salmos 1 - 72 Introdução e Comentário. Derek Kidner. Mundo Cristão. 1981.
2 Pedro 1.21
2 Pedro 1.21 “Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. ”
“Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum,
Neste ponto, Pedro tinha em mente o Antigo Testamento quando diz “profecia”, mas podemos fazer a mesma aplicação ao Novo (2 Pedro 1.19). A mensagem dos profetas não se resume a uma retórica baseada em imaginação humana, nem é algo artificialmente construído. Nenhuma parte dessa revelação “é de particular interpretação” (v.20). As experiências dos profetas, como as do próprio Pedro no monte da transfiguração, provam a iniciativa divina em comunicar seus oráculos à humanidade.
A Palavra de Deus tem sua origem no céu, e não na terra. Ela procede de Deus, e não do homem. John Wesley disse que a Bíblia só poderia ter três origens: anjos e homens bons; demônios e homens maus; ou Deus. Não poderia ser escrita por anjos e homens bons, pois repetidamente se registra: Assim diz o Senhor. Não poderia ter sido escrita por demônios e homens maus, porque seu conteúdo exalta a santidade e reprova o pecado. Só nos resta uma opção: a Bíblia foi ideia de Deus.
“... mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo. ”
Podemos acreditar realmente na Palavra de Deus, pois nenhuma profecia jamais foi entregue porque alguns homens decidiram produzi-la por si mesmos. A Bíblia nunca registrou nenhuma interpretação ou ideias pessoais de quem quer que seja como regra de fé e conduta, mas homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo, ou falaram da parte de Deus, sendo sustentados pelo Espírito Santo.
Os escritores não eram a fonte da mensagem, mas seus portadores. As Escrituras não são palavras de homens, mas a Palavra de Deus enviada por intermédio de homens santos. O Espírito Santo não usava instrumentos; usava homens. O modo de Deus sempre é o da verdade através da personalidade, conforme foi perfeitamente demonstrado na encarnação. Chamamos isso de inspiração dinâmica. Além disto, não fez uso de quaisquer homens, mas, sim, de homens santos, os que estavam dedicados ao Seu serviço e plenamente comprometidos.
Os papéis relativos desempenhados pelos autores humanos e divino não são mencionados, mas, sim, apenas o fato da sua cooperação. Existe implícita nesse verso uma metáfora marítima. Os profetas içaram suas velas, por assim dizer (eram obedientes e receptivos), e o Espírito Santo as enfunou e levou seu barco na direção por Ele desejada. Os homens falavam: Deus falava. Qualquer doutrina correta da Escritura não negligenciará qualquer parte desta verdade.
DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/2/2025
FONTES:
SOARES, Esequias. Em defesa da fé: Combatendo as antigas heresias, que se apresentam com nova aparência. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.
HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.
HORTON, Stanley. I e II Pedro – A razão da nossa Esperança. Rio de Janeiro: CPAD.
GREEN, Michael. II Pedro e Judas: introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2008.
Lopes, Hernandes Dias. 2 Pedro e Judas : quando os falsos profetas atacam a Igreja. São Paulo: Hagnos, 2013.