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sábado, 28 de setembro de 2024

Mateus 16.18

  

Mateus 16.18 “Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”

 

“Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja,”

Após perguntar diretamente aos discípulos “e vós quem dizeis que sou?” Simão Pedro foi aquele que se manifestou fazendo a sua confissão: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”. A confissão de Pedro nessa ocasião consistia de duas partes: antes dos demais, ele identificou Jesus como “o Cristo”. Além disso, ele chamou Jesus de “o Filho do Deus vivo”

Jesus declarou que Pedro era bem-aventurado (v.17), ou bendito, por ter entendido essa verdade e por causa da procedência desse entendimento. “Bem-aventurado” descreve aquele que tem motivo para estar extremamente feliz (5:3–12; 11:6; 13:16; 24:46).

No primeiro encontro  com Simão (João 1:42), Jesus deu a Simão o nome aramaico “Cefas”, que significa “pedra grande” ou “rocha” (Jeremias 4:29). O equivalente grego desse nome é “Pedro” (Petros), um vocábulo masculino, que significa “pedra”.

Quando Jesus disse: “Sobre essa pedra edificarei a minha igreja”, Ele poderia estar fazendo um jogo de palavras com o nome que Ele mesmo deu a Simão. A palavra grega para “pedra” (petra) na frase de Jesus é feminina e refere-se a “formações rochosas ou maciças”. Talvez as montanhas rochosas em torno de Cesareia de Filipe tenham trazido essa imagem à mente de Jesus. Jesus escolheu palavras que distinguiram “Pedro” de “pedra”.

O significado dessa declaração de Jesus é objeto de muitos debates. Argumentam alguns que a “pedra” refere-se ao próprio Pedro. Em outras palavras, Cristo edificaria a Sua igreja sobre Pedro. A importância de Pedro é vista no fato de que ele ocupa a primeira posição em todas as listas dos apóstolos (10:2–4; Marcos 3:16–19; Lucas 6:14–16; Atos 1:13).

Após a ascensão de Jesus, Pedro assumiu o papel de liderança nos seguintes eventos: a substituição de Judas entre os apóstolos (Atos 1:15–22), o estabelecimento da igreja em Jerusalém no dia de Pentecostes (Atos 2:14–40), a transferência dos dons miraculosos do Espírito aos samaritanos (Atos 8:14–25), a divulgação do evangelho aos gentios (Atos 10; 11) e a condução da assembléia sobre judeus e gentios (Atos 15:7–11).

Outra interpretação da estrutura deste versículo é que a “pedra” refere-se à confissão de Pedro de que Jesus é “o cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). Afinal não foi só Pedro que teve autoridade sobre a igreja. Jesus conferiu autoridade para ligar e desligar aos demais apóstolos também em uma das suas aparições ressuscitado: Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. E, havendo dito isto, assoprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados lhes são perdoados; e àqueles a quem os retiverdes lhes são retidos” (João 20.21-23). A declaração da encarnação e divindade de Cristo seria o fundamento da Igreja: “Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus(1 João 4:2).; Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus (1 João 4:15).

McGarvey escreveu: Esta verdade, que ele é o Cristo, o Filho do Deus vivo, é a mais fundamental do sistema cristão – dela depende toda a superestrutura; sendo mais devidamente representada pela pedra no retrato do Salvador.

A última posição afirma que Cristo é a Pedra. O Antigo Testamento diz em profecia que o Messias seria a pedra sobre a qual a nova casa de Deus seria construída (Salmos 118:22; Isaías 28:16; Daniel 2:44, 45). O Novo Testamento afirma que Jesus é o fundamento sobre o qual a igreja é edificada (Mateus 21:42; Atos 4:10–12; 1 Coríntios 3:11; 1 Pedro 2:4–8). Neste caso, o fundamento é a pedra fundamental da verdade de que Jesus Cristo é o Filho de Deus, como confessou Pedro. Aquele que vem a crer em Cristo faz essa confissão antes de receber o batismo (Atos 8:37) – momento em que é unido com Cristo e é acrescentado à Sua igreja (Atos 2:41; Romanos 6:3–5; 1 Coríntios 12:13; Gálatas 3:26, 27). Desse modo, a boa confissão se torna a parte viva e ativa do fundamento da igreja.

 

“... e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.”

Jesus também disse a Pedro que as portas do inferno não prevalecerão contra ela. “Inferno” é uma tradução imprecisa do grego “Hades”. No Novo Testamento “Hades”, o reino dos mortos, é normalmente diferenciado de “inferno” (gehenna), o lugar de castigo final.

No mundo antigo, as portas eram vitais para a defesa de uma cidade e eram indicadores de sua força. A palavra grega para “Hades” corresponde ao hebraico para “Sheol” ambos os termos referem-se ao reino dos mortos.

Jesus combinou os dois conceitos de “portas” e “Hades” para falar do reino e do poder da morte. Isto é confirmado pelo uso das expressões “portas de Sheol” e “portas da morte” no Antigo Testamento (Jó 17:16 [NVI]; 38:17; Salmos 9:13; 107:18; Isaías 38:10). Na literatura grega, as expressões “portas de Hades” e “portas da morte” também se referem à esfera e ao domínio da morte.

Jesus disse que as portas do Hades (o poder da morte) “não prevalecerão contra ela”. O que isso quer dizer?

A morte não tem o poder de manter os cristãos presos (1 Coríntios 15:50–57). Jesus triunfou sobre morte e disse aos discípulos: “E quando eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também” (João 14.3), afirmando assim que sua igreja não permaneceria no Hades/Sheol. As portas do Hades não reteriam a sua igreja. Jesus trinfou sobre a morte e livrou os que a estavam sujeitas: “E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão” (Hebreus 2.14-15). Pois na morte, o cristão não atravessa as portas do Hades, mas imediatamente entra na presença de Deus e desfruta de uma comunhão consciente com o Pai e com aqueles que foram antes dele. Talvez você já tenha ouvido a frase ―estar ausente do corpo e habitar com o Senhor Paulo usou-a pela primeira vez em 2 Coríntios 5.8: “Preferimos estar ausentes do corpo e habitar com o Senhor”.

Em Apocalipse, Cristo é retratado como possuidor das “chaves da morte e do Hades” (Apocalipse 1:18). No juízo final, “morte e Hades” abandonarão seus mortos e serão lançados no lago de fogo (Apocalipse 20:13, 14).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201208_05.pdf

LUCADO, Max. Dias melhores virão: como superar a dor e reconquistar a esperança quando nada parece dar certo / tradução de Valéria Lamim Delgado Fernandes. – 3.ed. – Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2017.

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/06/hebreus-215.html

Genesis 28.13

  

Genesis 28.13 “E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse: Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque; esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;”

 

“E eis que o Senhor estava em cima dela, e disse:”

Quando fugia de seu irmão Esaú com destino a Padã-Arã, quando estava num local chamado Luz Jacó cansado da viagem se deitou sobre uma pedra e teme um sonho (v.12). Ele sonho com uma escada com base na terra cujo topo tocava nos céus, e viu anjos quem subiam e desciam por ela.

Ele acrescenta que o Senhor estava no alto da escadaria. Ele ocupava uma posição de autoridade. Nessa visão Deus é retratado como o Senhor soberano (Autoridade) do céu e da terra, Aquele que tem domínio sobre todos os seres viventes, terrenos e celestiais.

Ele não está subordinado nem depende dos recursos dos homens. Sendo Aquele que transcende, Ele está acima de todos os deuses ou seres que os homens considerem divinos. Jacó viu que Iavé não é como os deuses pagãos, cujos adoradores tentam manipulá-los visando cumprir suas próprias prioridades. Ao contrário disso, Deus tem Seus próprios planos e propósitos, e Ele tem poder para executá-los.

 

“Eu sou o Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque;”

Até esse momento Jacó nada tinha feito para merecer o favor de Deus. Até aquele estágio de sua vida, ele tinha exibido pouco mais do que mentiras, trapaças e fraude. Suas ações e atitudes destruíram seu relacionamento com o irmão e entristeceram o coração do pai.

Só por Sua absoluta graça foi que Deus tomou a iniciativa de Se identificar àquele fugitivo como o “Senhor Deus de Abraão teu pai, e o Deus de Isaque”.

É surpreendente que Deus tenha falado com Jacó sem reprová-lo pelas ações egoístas e pelo comportamento insensível que ele teve com o irmão e o pai. Em vez de uma repreensão, o Senhor escolheu uma abordagem mais sutil, apresentando-Se como o Deus de Abraão e Isaque.

Essas palavras podem conter uma moderada reprovação. Se Iavé era o Deus da primeira geração (Abrãao) e da segunda (Isaque), isso implica uma pergunta: Seria Ele o Deus da terceira geração (Jacó)?

“... esta terra, em que estás deitado, darei a ti e à tua descendência;”

O Senhor não repreendeu Jacó diretamente por não servir a Ele; Ele deixou essa possibilidade em aberto, em vez de compartilhar com ele a mesma boa notícia dada a Abraão e a Isaque. O Senhor repetiu a Jacó a promessa feita muitos anos antes ao seu avô, afirmando que daria a terra onde Jacó estava deitado a ele e à descendência dele.

A promessa da aliança perpétua fora para Abraão e sua descendência: “E estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, por aliança perpétua, para te ser a ti por Deus, e à tua descendência depois de ti”  (Genesis 17.7); posteriormente Deus confirmou suas promessas a Isaque: “E apareceu-lhe o Senhor naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Deus de Abraão teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Abraão meu servo. Então edificou ali um altar, e invocou o nome do Senhor, e armou ali a sua tenda; e os servos de Isaque cavaram ali um poço” (Gênesis 26:24,25).

Dessa vez Deus então promete abençoar Jacó e sua descendência. 1) Ele lhes daria a terra em que ele estava deitado. 2) Os descendentes do patriarca se multiplicariam e se espalhariam sobre a terra, vindo a abençoar todas as famílias da terra (Genesis 28:14). 3)Deus o ajudaria a retornar a sua terra  (Genesis 28:15).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201601_05.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201601_06.pdf

https://textoaureoebd.blogspot.com/2024/01/genesis-1719.html

João 14.15

  

João 14.15 “Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.”

 

“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.”

Até aqui Jesus falou do seu amor pelos discípulos e da obrigação deles de se amarem uns aos outros; agora, pela primeira vez neste evangelho, ele fala do amor deles por ele. O vínculo vital entre este amor é a obediência deles: “ Jesus respondeu, e disse-lhe: Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (João 14.23).

Esse é um tema que aparece diversas vezes nos escritos joaninos. “Este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos” (1 João 5.3), e o principal destes mandamentos é que os seguidores de Jesus devem se amar uns aos outros; na verdade, “nisto conhecemos que amamos os filhos de Deus, quando amamos a Deus e praticamos os seus mandamentos” (1 João 5.2). Amar o Pai implica em amar seus filhos; amar o Filho implica em amar seus seguidores; entre estes, o amor mútuo implica em amar o Pai e o Filho. Neste amor, a obediência aos mandamentos divinos alcança sua perfeição. E neste contexto de amor é feita a primeira promessa sobre o Parácleto.

Alguns pensam que essa linguagem é contrária ao amor. Jesus, porém, nunca viu a obediência e o amor como atos diferentes um do outro. Pelo contrário, Ele disse: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama, e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele.” (João 14.21). O amor a Deus é expresso na obediência a Ele.

Para Jesus, obedecer significou morrer na cruz (João 14:31). Após a longa e tentadora noite registrada nos capítulos 13 a 19, Jesus foi preso. No dia seguinte, Ele foi pregado numa cruz pelos pecados do mundo. Ao fazer isso, Ele ensinou a Seus discípulos à importância da obediência não só por palavras, mas também pelo exemplo: “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade” (1 João 3.18). Obedecer é a maneira de expressarmos nosso amor a Deus.

C. K. Barrett  comenta: "João nunca permitiu que o amor se convertesse em um sentimento ou uma emoção. Sua expressão sempre é moral e se revela na obediência." Sabemos muito bem que sempre há pessoas que juram seu amor com palavras e empregam as ações exteriores do amor, mas que, ao mesmo tempo, infligem dor e destroçam o coração daquelas pessoas a quem dizem amar. Há meninos e jovens que afirmariam com toda certeza que amam a seus pais, mas que, apesar disso, causam-lhes dor e ansiedade. Há maridos que asseguram amar a suas esposas e esposas que dizem amar a seus maridos, mas que, mediante sua falta de consideração e sua irritabilidade fazem sofrer ao casal.

Para Jesus, o amor autêntico não é algo fácil. O verdadeiro amor só se mostra na obediência real. E, como resultado disso, o que os homens denominam amor não o é, pois o amor genuíno é assim.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/10/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200408_01.pdf

BRUCE, F. F. João introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1987.

BARCLAY, William. The Gospel of John. Tradução: Carlos Biagini. 1974.

Genesis 9.11

  

Genesis 9.11 “E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.”

 

“E eu convosco estabeleço a minha aliança,”

Após Deus permitir a Noé e sua família sair da Arca após baixar as águas do dilúvio. Deus abençoou Noé e seus filhos dizendo: “Frutificai e multiplicai-vos e enchei a terra (v.1). Deus então os orienta acerca do governo humanos que iniciará a partir desta família, dando-lhes orientações sobre comida, abstenção do sangue e juízo que exerciam a partir dali.

Com eles Deus estabelece sua Aliança. Essa aliança havia sido prometida antes do dilúvio: “Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo” (Genesis 6.18).

Deus anunciou que Ele estava para Estabelecer ou “confirmar” sua aliança com eles e sua descendência. Poderia significar que Deus “firmaria” uma nova relação (aliança) com os habitantes da arca ou, mais provável neste contexto, Ele implementaria, cumpriria ou executaria o que estava implícito na promessa original que Ele fez a Noé em 6:18.

 

“... que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.”

Noé havia obedecido ao Senhor fazendo a arca para salvação da sua família e dos animais, agora Deus que os havia preservados dentro da arca faz promessas.

A promessa de Deus era que não seria mais destruída toda carne nem a terra por águas de dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra.

A aliança que Deus fez com o homem após o dilúvio geralmente é chamada “aliança noeciana”, mas ela não foi apenas uma aliança feita com Noé e sua família. Ela foi feita com toda a “descendência” (9:9) deles e “as gerações perpétuas” no futuro (9:12). Não foi também uma aliança que parou ali; ela incluiu “todos os seres viventes” de cada espécie (9:10, 12, 15). Seres humanos, aves, animais e todos os seres rastejantes foram beneficiados com a promessa de Deus.

Aos sobreviventes do dilúvio, Deus fez uma promessa incondicional que se estenderia até o fim dos tempos: ele jamais mandaria outro dilúvio destruir tudo que vive na terra. Isso deveria evitar que o homem se desesperasse toda vez nuvens anunciando tempestades surgissem no horizonte.

Esta é uma aliança unilateral, o que significa que a obrigação de guardá-la reside inteiramente no Senhor. Independentemente de quão pecaminoso o homem se torne no futuro: “E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz” (Genesis 8:21), Deus jamais mandará outro dilúvio para destruir a terra completamente. Num sentido, então, a aliança era incondicional; independentemente do que o homem fizesse, a promessa jamais seria abolida.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201508_07.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201508_08.pdf

Êxodo 19.5

  

Êxodo 19.5 “Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança, então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha”.

 

“Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a minha voz e guardardes a minha aliança,”

No terceiro mês da saída dos filhos de Israel do Egito eles chegaram enfim ao deserto de Sinai. Ali eles permaneceram acampados enquanto Moises subiu a Deus e ouviu o sua voz do monte (v.3). Deus ordenou a Moisés que falasse as sua palavras aos filhos de Israel.

A responsabilidade de Israel era ouvirdes à voz de Deus e guardardes Sua aliança – duas maneiras de dizer a mesma coisa: “Se diligentemente lhe ouvires a voz” As bênçãos divinas são condicionadas à fé e obediência. Essa aliança é condicional no que tange ao seu usufruto. Esta regra não é arbitrária, mas essencial, porque apenas a obediência serve como expressão desse novo relacionamento de dependência em Deus, que garante o Seu desígnio de bênção para nós.

No início do processo de estabelecimento da aliança, Deus anunciou a base da aliança. Ele não estava fazendo uma aliança com Israel porque os israelitas eram justos. Na verdade, desde que Israel saiu do Egito, o povo provou, com freqüência através de murmurações e ingratidões. Mas pela  sua graça, Deus escolheu Israel por causa das promessas feitas aos patriarcas, especialmente as promessas feitas a Abraão.

A aliança era baseada na graça de Deus em favor de Israel – no que Deus tinha feito por Israel, não no que Israel tinha feito ou prometido fazer para Deus (Deuteronômio 7:6–8; 9:4–6).

 

“... então sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos, porque toda a terra é minha”.

Por sua vez, Deus abençoaria Israel, tornando-o Sua própria propriedade peculiar dentre todos os povos do mundo. Essa passagem afirma que, independente do que possa ser dito sobre os israelitas, eles eram o povo especial de Deus no Antigo Testamento. Deus tinha o direito de escolher Israel por que toda a terra pertence a Ele.

A expressão “Minha propriedade peculiar” também é traduzida como “um tesouro peculiar para mim” (KJV), “um tesouro especial para mim” (NKJV),  “minha propriedade exclusiva” (NJB, Bíblia Nova Jerusalém). A frase aparece em outros textos que também descrevem o relacionamento de Israel com Deus (Deuteronômio 7:6; 14:2; 26:18; Salmos 135:4).

O termo em si é associado a tesouros pessoais como prata e ouro (1 Crônicas 29:3; Eclesiastes 2:8). Neste contexto, a linguagem refere-se a uma propriedade conquistada mais valiosa do que todas as outras. Portanto, o privilégio de ser “o povo” de Deus implica bênçãos especiais, pois Deus cuida daqueles que lhe pertencem e os abençoa.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201608_07.pdf

COLE, Alan R. Êxodo - Introdução e comentário. São Paulo: Mundo Cristão, 1981

Jeremias 1.12

  

Jeremias 1.12 “E disse-me o Senhor: Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.”

 

“E disse-me o Senhor:”

Na primeira visão Deus pergunta ao profeta: “Que vês tu, Jeremias? (v.11)”, após o profeta responder. Deus novamente fala com Jeremias, fazendo um jogo de palavras muito freqüente na língua hebraica. Amendoeira (v.11) é shaqed e velo é shoqed. A menção de shaqed traz à mente shoqed, que tem o mesmo som.

A visão de Jeremias sobre a árvore desperta faz-nos lembrar de que Deus estava desperto e vigiando a Sua palavra, para que ela se cumprisse.

 

“Viste bem; porque eu velo sobre a minha palavra para cumpri-la.”

Assim como os primeiros botões da amendoeira anunciavam a primavera, a palavra pronunciada apontava para seu rápido cumprimento. O que significa que o SENHOR sempre está atento à Sua Palavra e a cada uma de Suas promessas para cumpri-las: "Bem sei eu que tudo podes, e que nenhum dos teus propósitos pode ser impedido" (Jó 42.2).

Deus explicou o significado da visão: “Estou vigiando [atento] para que a minha palavra se cumpra”. A amendoeira estava bem à frente de todas as outras árvores ao “acordar” na primavera. Deus estava dizendo a Jeremias por meio dessa visão: “Estou bem desperto, vigiando a minha palavra para ver se ela será prontamente executada”. Claramente, Judá estava agindo como se Deus estivesse dormindo e não soubesse acerca do seu pecado.

O propósito da visão é assegurar Jeremias de que Deus está bem alerta quanto à situação e que está vigiando persistentemente, certificando-se de que sua palavra seja cumprida. A visão também fala de que Deus toma todo cuidado para que seus planos sejam executados. Ele está “atentamente determinado” para que seus juízos sejam efetuados na terra. Os homens sempre trabalham com a certeza de que Deus está vigiando atentamente para ver se seus planos estão sendo executados, quer sejam obras de juízo ou de misericórdia.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no Livro de Jeremias e Lamentações de Jeremias. Juerp, 1979.

HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações: Introdução e comentário. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1980.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

Genesis 15.6

  

Genesis 15.6 “E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça.”

 

“E creu ele no Senhor,”

Em resposta a esta ampla promessa: "Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência" (v.5), Abraão creu no senhor. Esta é a primeira vez que o verbo “crer” aparece na Bíblia, embora não seja a primeira vez que Abraão creu em Deus. Sua peregrinação de fé havia começado anos antes, em Ur, quando Deus o chamou pela primeira vez (Atos 7:2) e foi renovada pelo chamado em Harã (Genesis 11:31—12:5).

Todavia, esta afirmação de que Abraão “creu no Senhor” sugere uma fé mais decisiva. Nessa altura da vida, Abraão evidentemente não só cria na promessa do Senhor, como também no Senhor pessoalmente; e ele fez uma entrega a Deus mais profunda do que jamais fizera.

 

“... e imputou-lhe isto por justiça.”

A resposta divina à fé de Abraão foi que Deus lhe imputou isto para justiça. O termo “imputado” no hebraico significa “contar, considerar” ou “creditar” algo na conta de alguém. Uma ilustração desta prática encontra-se em Números 18:26–30: o povo de Israel deveria dar um dízimo do que produziam aos levitas, que, por sua vez, deveriam dar ao Senhor um dízimo dos dízimos que recebiam. Deus, então, “imputava” (contava) o dízimo dos levitas como se fosse proveniente do que eles produziam.

Este conceito é o mesmo que Davi expressou, embora de um modo negativo, a respeito do pecado: “Bem- aventurado o homem a quem o Senhor não atribui [ ‘conta’ ou ‘imputado’] iniquidade...” A razão do pecado não ser levado em conta era que Deus já havia “perdoado” e “coberto” o seu pecado (Salmos 32:1, 2).

Por ter crido no Senhor  “isso [a fé] lhe foi imputado [por Deus] para justiça” . Esta grandiosa declaração é citada duas vezes por Paulo (Romanos 4:3; Gálatas 3:6) e uma vez por Tiago (Tiago 2:23). Paulo em Romanos, aponta para as duas únicas maneiras de se obter justiça: ou 1) um homem alcança justiça por fazer boas obras suficientes para merecer essa posição, ou 2) a justiça é recebida como um dom [dádiva] da graça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo (Romanos 4:1–5).

Se fosse possível realizar boas obras o suficiente para merecermos ou adquirirmos a posição de “justiça” aos olhos de Deus, então poderíamos nos vangloriar, dizendo: “Veja o que eu fiz!” Isto, porém, é impossível! Tudo que podemos dizer é: “Veja o que Deus fez por mim, sendo eu indigno, mediante meu Salvador Jesus”.

No entanto a salvação não decorre de realizações humanas; ela é dada pela expiação de Jesus, o qual morreu pelos pecados do mundo para que os seres humanos recebam “o dom de justiça” pela graça (Romanos 3:20–22; 5:17). O Senhor concede justiça a nós – como fez a Abraão – pela fé.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_03.pdf

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_04.pdf

Kidner, Derek. Gênesis: introdução e comentário. Trad. Odayr Olivetti.São Paulo: Vida Nova, 2004.

Jeremias 1.11

  

Jeremias 1.11 “Veio ainda a palavra do Senhor, dizendo; Que vês tu, Jeremias? E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.

 

“Veio ainda a palavra do Senhor, dizendo; Que vês tu, Jeremias?”

Depois de comissionar o profeta, Deus confirmou sua palavra para Jeremias por meio de duas visões, uma de ordem (a vara de amendoeira) e uma de promessa (a panela ao fogo). O que Jeremias viu tem sido chamado de “visões inaugurais” por alguns estudiosos; no entanto, não podemos estar certos de que elas tenham seguido imediatamente após o seu chamado.

Se as visões não vieram logo após o seu chamado, foram dadas muito cedo no ministério profético de Jeremias, porque Deus parece usá-las para assegurá-lo do seu chamado profético.

Aqui se inicia a visão da amendoeira com a pergunta de Deus: “Que vês tu, Jeremias?”

 

“E eu disse: Vejo uma vara de amendoeira.

Jeremias responde dizendo o que vê “uma vara de amendoeira”. Em outros trechos, a vara simboliza o julgamento divino (Números 17.11; Ezequiel 7.10; Zacarias 11.7,10,14). Isso pode significar que o sentido básico da parábola é que o julgamento divino contra Judá era iminente, e que o cativeiro babilônico era esse julgamento.

A amendoeira é a árvore que desperta mais cedo na primavera, isso era uma lição tanto para o profeta como para o povo a quem estava sendo enviado. A palavra na sua composição na língua hebraica significa despertar. Isso tanto pode significar o despertar do profeta, como da nação.

Portanto, a amendoeira era a “árvore acordada”, por ser a primeira da Palestina a florescer e produzir frutos.  Essa árvore explodia em uma inflorescência gloriosa no fim do mês de janeiro, muito antes de outras árvores o fazerem. O galho seco que Arão escolheu para Deus revelar suas vontade foi uma vara de amendoeira: “Sucedeu, pois, que no dia seguinte Moisés entrou na tenda do testemunho, e eis que a vara de Arão, pela casa de Levi, florescia; porque produzira flores e brotara renovos e dera amêndoas” (Números 17.8)

Yahweh cuidaria para ver suas palavras florescer em Jeremias, ou seja, outra maneira de dizer que Seu poder soberano se cumpriria em Jeremias. “A amendoeira era o vigia, a árvore que se apressava em despertar, antes que todas as outras árvores, de seu sono de inverno. Isso expressava a pressa divina, que não permitiria adiamentos no cumprimento da graciosa promessa de Deus, mas, antes, por assim dizer, faria a árvore rebentar em folhas, florescer e produzir frutos”.

 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
27/09/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. As Promessas de Deus - Confie e Viva as Bênçãos do Senhor porque Fiel é o que Prometeu. Rio de Janeiro: CPAD, 2024.

CHAMPLIN, Russell Norman. O Antigo Testamento interpretado versículo por versículo. São Paulo: Hagnos, 2001.

HARRISON, Everret F; PFEIFFER, Charles F. Comentário Bíblico Moody. São Paulo: Imprensa Batista Regular, 1990.

MESQUITA, Antonio Neves. Estudo no Livro de Jeremias e Lamentações de Jeremias. Juerp, 1979.

HARRISON, R. K. Jeremias e Lamentações: Introdução e comentário. São Paulo: Sociedade Religiosa Edições Vida Nova, 1980.

HARPER, A. F. (Ed.). Comentário Bíblico Beacon. Vol. 4. Rio de Janeiro: CPAD, 2005.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE SETEMBRO DE 2024 (Gênesis 2.18)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
28 DE SETEMBRO DE 2024
DEUS CHAMA HOMENS E MULHERES PARA SEREM RELEVANTES NO MUNDO

Gênesis 2.18 “E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.” 


“E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só;” 

Eis aqui um exemplo do cuidado do Criador pelo homem, e a sua preocupação paternal pelo seu conforto. Embora Deus lhe tivesse dado a conhecer que ele era um súdito, dando-lhe um mandamento (w. 16,17), aqui o Senhor também o faz saber, para seu encorajamento na sua obediência, que ele era um amigo, um favorito, e alguém por cuja satisfação o Senhor sentia ternura. Embora houvesse um mundo superior de anjos, e um mundo inferior de animais, e o homem estivesse entre eles, ainda assim, não havendo ninguém da mesma natureza e nível de existência, ninguém com quem ele pudesse conviver familiarmente, ele podia ser verdadeiramente considerado só. Pois o homem é uma criatura sociável. É um prazer, para ele, trocar conhecimentos e afetos com aqueles semelhantes a ele, informar e ser informado, amar e ser amado. Aquilo que Deus diz aqui, sobre o primeiro homem, Salomão diz, sobre todos os homens (Eclesiastes 4.9): Melhor é serem dois do que um, mas ai do que estiver só.  Se houvesse somente um homem no mundo, que homem melancólico ele deveria ter sido! A solidão perfeita transforma um paraíso em um deserto, e um palácio em uma masmorra. Portanto, são tolos aqueles que são egoístas e desejariam estar sozinhos na terra. Mesmo na nossa melhor condição neste mundo, temos necessidade da ajuda uns dos outros. Pois somos membros uns dos outros, e assim o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti, I Coríntios 12.21. Nós devemos, portanto, ficar satisfeitos de receber ajuda de outros, e dar ajuda a outros, se houver oportunidade.  Somente Deus conhece perfeitamente as nossas necessidades, e é perfeitamente capaz de suprir todas elas, Filipenses 4.19. Somente nele está a nossa ajuda, e dele são todos aqueles que nos ajudam.


“... far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.”

Alguns entendem que a palavra “auxiliadora” é um termo degradante que retrata a mulher como sendo inferior ao homem. Para eles, a palavra soa como se ela pudesse ser comparada a uma serva que ajuda sua ama com várias tarefas domésticas.  O uso bíblico do termo “adjudora ou auxiliadora” é muito diferente dessas idéias. Basicamente, denota qualquer um que presta assistência a outra pessoa, grupo ou nação fazendo algo que este não poderia fazer sozinho. Carrega a ideia de “ação comum ou cooperação de [sujeito] e [objeto] quando a força de um é insuficiente”. Geralmente, o auxiliador é superior a quem está sendo auxiliado, como na ocasião em que uma nação fraca como Judá pediu ajuda ao Egito para lutar contra os babilônios (Isaías 31:1–3). A superioridade do auxiliador sobre quem é auxiliado é evidente em cerca de quarenta ocorrências no Antigo Testamento, em que Deus é retratado como o “auxiliador” de Seu povo (veja Êxodo 18:4; Deuteronômio 33:26). De modo algum Deus poderia ser considerado inferior ao homem porque Ele Se inclinou para ajudar, libertar e salvar os que confiam nEle e O invocam na hora da necessidade. A mulher, a auxiliadora do homem, nem é superior nem é inferior a ele; antes, ela deve ser sua companheira e compartilhar igualmente com ele de uma vida em comum. Um homem e uma mulher possuem temperamentos diferentes e trazem para o casamento dons e qualidades diferentes. Cada um tem um papel a desempenhar à medida que os dois edificam uma vida juntos; mas seus diferentes papéis se complementam (se preenchem e se completam), suprindo o que falta na outra pessoa e fortalecendo áreas que podem estar fracas. O resultado é que cada um se torna uma pessoa melhor ao ser suprido com atributos e habilidades trazidos pelo outro para o casamento. Evidentemente, o autor de Gênesis só estava descrevendo a criação da mulher, a qual deveria ser uma auxiliadora do homem, mas o princípio se aplica a todo relacionamento marido/mulher (Mateus 19:3–6; Efésios 5:25–33; 1 Pedro 3:1–7). Além de ser uma auxiliadora do homem, a posição da mulher é ainda mais definida por ser ela “idônea” para ele, ou literalmente “diante” ele. O termo carrega em si a conotação de “proeminência” ou “ser evidente”; mas em 2:18 e20, sugere que ela “corresponde a” o homem. O hebraico contém uma expressão composta preposicionada que significa literalmente que a mulher é “como o oposto dele”. Em outras palavras, ele não precisa de alguém exatamente como ele, mas como ele em alguns aspectos e diferente dele em outros aspectos. O homem precisa de mais do que apenas alguém que o auxilie em sua rotina diária de trabalho ou criação de filhos. Embora esses papeis possam estar incluídos, ele também precisa de apoio espiritual, psicológico e físico mútuos do sexo oposto que só o companheirismo íntimo com uma esposa proporciona. Não bastou ter Deus criado um ambiente perfeito em que o homem habitasse ou ter Deus criado o homem para ter comunhão com seu Criador; o Senhor também fez o homem como um ser social para ter relacionamentos com outros seres humanos, especialmente com uma esposa. Quando Deus observou que a solidão do homem não era boa, Ele estava dizendo essencialmente que o homem só pode ter realmente “vida quando amar, dar de si mesmo... a outro ser no seu mesmo nível”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_04.pdf

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Pentateuco. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE SETEMBRO DE 2024 (Gênesis 2.15)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
28 DE SETEMBRO DE 2024
DEUS CHAMA HOMENS E MULHERES PARA SEREM RELEVANTES NO MUNDO

Gênesis 2.15 “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. ” 


“E tomou o Senhor Deus o homem, “ Depois de Deus ter criado o universo, foi observado que “não havia homem para lavrar a terra(Gênesis 2:8). Deus então criou um jardim: “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado” (Gênesis 2:8). Nesse tempo, a ecologia era perfeita. Deus plantou um jardim para colocar o homem nele. Isso só ocorreu depois que o ambiente natural já estava pronto para ser habitado: “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro” (Isaías 45.18). Muitas foram as árvores que brotaram, inclusive “a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Genesis 2.9). A natureza é um presente de Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Por meio dela, Deus nos garante o ar, a água, o sol, a chuva, a germinação das plantas, o fruto e os alimentos necessários à nossa subsistência. Sem a natureza, não haveria vida. Tudo isso são dádivas naturais, fruto da graça de Deus, conforme nos revela o Evangelho: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Após a disposição dos ecossistemas, o Criador entregou ao homem a sua primeira grande missão:


“...e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. ” 

É importante notar que este compromisso do homem com o trabalho assemelha-se a sua criação; e esta, por sua vez, está diretamente relacionada com a necessidade do trabalho. Não só o homem é necessário para completar a criação, mas o trabalho do homem também é necessário. Seu trabalho é tão reflexivo e derivado do trabalho de Deus quanto e seu ser e, por esta razão, é tão importante e digno. Visto que o trabalho é um elemento integral da constituição de Deus do homem como o administrador de sua criação, o trabalho é o resultado da criação e não do pecado. Desse modo, as duas primeiras atividades envolvendo o trabalho de Adão na terra foram “lavrar” e “guardar” o que Deus criara. O primeiro homem foi o primeiro lavrador e guardador que o mundo conheceu. Logo, na criação do homem, no 6º dia, Deus concluiu que não seria bom o homem viver só, então Jeová criou uma “adjutora” para estar ao seu lado, diante da missão a ele confiada. O livro de Gênesis apresenta uma verdade surpreendente – o trabalho fazia parte do paraíso. Um teólogo resumiu tal fato desta maneira: “É perfeitamente claro que o excelente plano de Deus compreendia os seres humanos sempre trabalhando, ou, mais especificamente, vivendo no constante ciclo de trabalho e descanso. O contraste com outras religiões e culturas não poderia ser mais nítido. O trabalho não apareceu após um período dourado de lazer. Ele fazia parte do design perfeito para a vida humana, pois fomos criados à imagem de Deus, e parte de sua glória e felicidade é que ele trabalha, assim como o Filho de Deus, que afirmou: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5.17).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVARO, Elinaldo. Tempo, Bens e Talentos: Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 28 DE SETEMBRO DE 2024 (Gênesis 1:27)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
28 DE SETEMBRO DE 2024
DEUS CHAMA HOMENS E MULHERES PARA SEREM RELEVANTES NO MUNDO

Gênesis 1:27 “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. “


 “E criou Deus o homem à sua imagem; “ 

Durante a criação do mundo, Deus já tinha feito obras maravilhosas apenas com a sua Palavra; Ele disse “haja luz”, “que a terra produza”, “haja luzes no céu” e tudo ocorreu conforme o seu poder (Genesis 1.3,11,14). Porém, quando formou as pessoas, não houve ordens, como anteriormente. O Deus Trino (Pai, Filho e Espírito Santo), em perfeita unidade, decidiu: “Agora vamos fazer os seres humanos” (Genesis 1.26a). Assim, Ele nos formou como a coroa da criação.

A palavra para “homem” nesta passagem é (‘adam), que é o uso genérico do vocábulo hebraico que significa “humanidade” e tornou-se, mais tarde, o nome próprio “Adão” (2:20; 3:17, 21).

O homem foi feito a imagem de Deus (tselem). Tselem, geralmente refere ídolos. Imagens desse tipo eram estritamente proibidas na lei do Senhor (Números 33:51, 52). Gênesis 5:3 usa tselem (“imagem”) em outro sentido de semelhança física, e também inclui o termo demuth (“semelhança”) que ocorre em 1:26. Ao expor as gerações de Adão, o escritor disse: “Viveu Adão cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e lhe chamou Sete” (Genesis 5:3). O significado mais natural é que havia uma semelhança espantosa na aparência física do pai e do filho. Ambos os termos, tselem e demuth (semelhança), são usados para exprimir a ideia de que o filho parecia com o pai. Mas em que sentido somos parecidos com Deus?


“...à imagem de Deus o criou; “ 

O homem não é igual a Deus noaspecto físico, mas entre a criação divina, ele compartilha de maneira única dos atributos espirituais,intelectuais e morais de Deus. A compreensão que precisamos ter é que a ‘imagem de Deus’ impressa no homem não é uma característica física. Ou seja, os elementos presentes na existência da humanidade que aludem à imagem de Deus são espirituais, psíquicos e morais. Antes do pecado, o ser humano era plenamente santo e justo, como um reflexo no espelho do seu Criador. Após a queda do homem em pecado (Genesis 3.6,7), essas características foram desfiguradas e só podem ser restauradas por meio da salvação em Cristo.

A imagem de Deus no ser humano também se expressa na autoridade recebida sobre a Criação. No início era assim: não importava quão ferozes e fortes ou sagazes os animais fossem, Adão e Eva teriam domínio sobre eles. Hoje, a humanidade continua tendo autoridade sobre o planeta, a fauna e a flora. Entretanto, é preciso que se compreenda que o Senhor delegou autoridade para uma gestão responsável, visando a preservação da vida (Genesis 1.28,29).


“...homem e mulher os criou. “ 

A natureza espiritual de Deus contrasta com anatureza física do homem. A afirmação “criou Deuso homem à Sua imagem” refere à natureza espiritual de Deus (replicada no homem), enquanto homem e mulher os criou enfatiza a natureza físicado homem.

Visto que o homem e a mulher diferem um do outro física e sexualmente, a imagem de Deus em cada sexo (‘adam, “humanidade”) deve referir outra coisa que não a natureza ou forma física. Nenhuma pessoa pode ser considerada mais semelhante ao Criador que outra. Todos, homem e mulher, tem o mesmo valor diante de Deus. Todos os seres humanos (…) são criados a imagem de Deus.

Se os homens e as mulheres compartilham verdadeiramente da imagem e semelhança de Deus, cada um deles deve ter uma importância e um valor que independem do sexo, raça ou da condição social. Quando o homem compreender verdadeiramente que cada ser humano compartilha comigo da imagem e semelhança de Deus, começarão a deixar de lado os preconceitos que orientam o comportamento humano. Aprenderemos a ver as mulheres como pessoas, e a apreciar tudo o que elas tiverem para oferecer como contribuições na família, no local de trabalho e na igreja.

Que nos tornemos daltônicos, e deixemos de lado categorias como preto e branco, rico e pobre, e começamos a tratar todas as pessoas que eu encontrar com respeito e afeição. Quando isso acontecer, teremos enfim aprendido esse ensinamento e começado a compreender quão preciosos os outros são para o Deus que os criou, e que me criou.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RICHARDS, L. O. Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012.

MARTINS, Thaís de Paula. A História da Salvação – (Adolescentes) 1° Trimestre. Rio de Janeiro: Cpad, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201506_02.pdf