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quarta-feira, 26 de junho de 2024

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD 26 DE JUNHO DE 2024 (Colossenses 1.20)

LEITURA BÍBLICA DIÁRIA CPAD
26 DE JUNHO DE 2024
A RECONCILIAÇÃO DE TUDO QUE ESTÁ NA TERRA E NO CÉU

Colossenses 1.20 “E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.”

 

E que, havendo por ele feito a paz pelo sangue da sua cruz,”

Jesus derramou o Seu sangue para perdoar pecados (Mateus 26:28), a fim de que os homens estejam em paz com Deus. O homem havia se tornado inimigo de Deus e não tinha como aproximar-se dEle. Pois, existia uma terrível inimizade, por causa do pecado, que separava a criatura do Criador (Isaías 59.2). O muro de pecado precisava ser retirado para que Deus e o homem façam as pazes. O homem que esta em paz com Deus tornar-se Seu amigo. Abraão é um exemplo de pessoa cuja fé e obras resultaram em ser ele chamado de amigo de Deus (Tiago 2:22, 23).

Quando Jesus nasceu, os anjos cantaram falando de paz: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens, a quem Ele quer bem” (Lucas 2:14). Jesus prometeu dar paz aos Seus seguidores em meio à tribulação “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (João 14:27).

A paz com Deus sobrevém aos que são movidos por fé (Romanos 5:1; Hebreus 11:6) a fazer o bem: “Glória, porém, e honra e paz a qualquer que pratica o bem...” (Romanos 2:10). Pessoas espirituais encontram paz “mas a inclinação do Espírito é vida e paz” (Romanos 8:6. A paz mediante a reconciliação é revelada como boa notícia para os homens (Romanos 10:15; Efésios 2:17).

 

“... meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas,”

A palavra grega para “reconciliação” é muito sugestiva. Significa mudar da inimizade para amizade. Implica a restituição de um estado do qual a pessoa se separou. O significado é efetuar uma completa revira volta. Werner de Boor diz que é “colocar algo de volta em sua devida ordem”.

Foi Deus, e não o homem, quem tomou a iniciativa da reconciliação. O Novo Testamento jamais fala de Deus reconciliado com os homens, mas dos homens reconciliados com Deus. A atitude de Deus para os homens foi sempre e incessantemente de amor. Deus tomou a iniciativa de nos reconciliar consigo mesmo. Não é o homem quem busca a Deus, é Deus quem busca o homem. Diz o apóstolo Paulo: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo...” (2 Coríntios 5.18).

Não foi o sacrifício de Cristo que mudou o coração de Deus. Antes, a cruz foi resultado do Seu amor. Na cruz de Cristo, Deus mostrou Seu repúdio ao pecado e Seu amor ao pecador. O amor de Deus é eterno, imutável, incondicional e sacrificial. Ele ama infinitamente os objetos da Sua própria ira. Sendo nós filhos da ira, Ele nos amou com amor eterno. Sendo nós pecadores rebeldes, nos deu Seu Filho.

“Todas as coisas” não inclui o universo físico, animais ou outras criaturas, pois eles nada fizeram para se separarem de Deus. Paulo devia ter em mente “todos” cujos pecados os separaram de Deus e, por isso, precisam reconciliar-se. Jesus não veio reconciliar os que já estão em paz com Deus (Mateus 9:13), mas veio “buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:10). Dentro de todo o universo, os humanos são os únicos seres que precisam e podem ser reconciliados com Deus. “Todas” deve, portanto, significar que Jesus possibilitou a  reconciliação de todas as pessoas que já viveram sobre a terra.

Alguns tentam forçar aqui que “todas as coisas” aponta para uma salvação universal. O Universalismo prega que todos os seres serão salvos, inclusive os anjos caídos, e o próprio Diabo. Essa falsa doutrina começou a ser ensinada nos escritos antigos da Igreja.“Orígenes foi provavelmente o primeiro universalista cristão. Em sua obra juvenil De Principiis, ele sugeriu esta idéia de restauração universal e final para todos.”

 

“... tanto as que estão na terra, como as que estão nos céus.”

Paulo não escreveu que a morte de Jesus reconciliou coisas sobre a terra com coisas nos céus, como concluem alguns. A reconciliação é para o que está sobre a terra e nos céus, e não para a terra e os céus em si mesmos. A terra e os céus passarão (Mateus 24:35) e serão incendiados (2 Pedro 3:10–12).

A morte de Jesus proporcionou reconciliação a coisas sobre a terra e a coisas nos céus. O significado deve ser que Jesus proveu reconciliação para todos que necessitam de reconciliação. Visto que apenas quem ofendeu a Deus precisa ser reconciliado com Ele, coisas materiais, animais e outras criaturas viventes podem ser eliminados. A humanidade pecadora é o que resta entre os que necessitam de reconciliação.

Fora a humanidade quem pode ofender a Deus são espíritos, anjos bons e maus. Anjos bons não precisam de reconciliação. Afinal quem nos céus precisa de paz por meio de Jesus? Sendo que nada contaminado pode entrar no céu (Apocalipse 21:27).

Anjos maus e espíritos maus precisam de reconciliação, mas não a receberão. Ademais, a ideia de que a reconciliação viabilizada pelo ato redentor de Jesus se estende a seres angelicais que pecaram seria contraditória à afirmação de Pedro sobre os anjos que pecaram. Eles estão algemados nas trevas, reservados para o juízo (2 Pedro 2:4). Eles não estão no céu, pois foram “lançados no inferno. (Tartaro).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
15/6/2024

FONTES:

RENOVATO, Elinaldo. Colossenses - A Perseverança da Igreja na Palavra Nestes Dias Difíceis e Trabalhosos. Rio de Janeiro, CPAD, 2005.

 http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201310_01.pdf

Lopes, Hernandes Dias. Colossenses: suprema grandeza de Cristo, o cabeça da igreja. São Paulo: Hagnos, 2008.