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sexta-feira, 10 de maio de 2024

1 João 2.17

1 João 2.17 "E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."


O apóstolo João contrasta dois estilos de vida: aqueles que vivem apenas para o aqui e agora e aqueles que vivem na perspectiva da eternidade. Não somente a efemeridade do mundo é contrastada com a eternidade de Deus, mas, também, aqueles que fazem a vontade de Deus e permanecem para sempre são contrastados com aqueles que vivem no fluxo da transitoriedade e frivolidade.


"E o mundo passa, "

Tanto o lugar em que habitamos nesta existência quando o sistema mundano dominado pelo deus deste século terminará um dia.

O mundo que habitamos não permanecerá para sempre. Pois, haverá uma extraordinária transformação e processo purificador sem igual no universo: “Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios. [...] Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2 Pedro 3.7,10).

No Dilúvio, Deus enviou a grande catástrofe hídrica sobre o planeta. Na restauração cósmica, após o Juízo Final e prisão eterna de Satanás, Ele fará uma renovação, transmutando os elementos químicos que formam a terra e os planetas por meio do fogo divino. No início, na Criação, houve o “fiat lux”; no final, “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão”. Assim, sem a presença do Diabo e seus anjos caídos, no espaço sideral, e principalmente sobre a Terra, os céus serão plenamente restaurados ao seu estado original.


"... e a sua concupiscência;"


O sistema do mundo será despedaçado quando a pedra lavrada sem ajuda de mãos descer do céus e implantar o reino de Deus na terra: "Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação" (Daniel 2.44-45).

Um dia este sistema passará. Seus prazeres e encantos passarão. A grande meretriz, a grande Babilônia, o sistema deste mundo corrompido e mau, com seus encantos, cairá e entrará em colapso. E toda a cobiça do mundo também tem prazo de validade, pois esse corpo mortal se revestirá de incorruptibilidade na ressurreição ou no arrebatamento.

Todavia, vale lembrar que nessa existência nosso corpo se enfraquece com o passar dos anos e perde o contentamento, ou seja as concupiscências. Restando após apenas arrependimentos. Matthew Henry escreve: Se lembrarmos de Deus apenas na velhice não haverá louvor por nós deixarmos os prazeres do pecado quando eles próprios tiverem nos deixados. Como poderemos esperar que Deus nos ajude quando velhos, se não queremos servi-lo enquanto somos jovens.


"... mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre."

Qualquer coisa associada com o mundo “passa”, mas “aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre”. A fascinação pelo que é material é grande. Mas somente um louco acumula tesouros na terra, que breve serão perdidos, ao invés de acumulá-los no céu, onde jamais serão perdidos (Mateus 6.19-21). O homem que se apega aos propósitos e aos caminhos mundanos, está entregando sua vida a coisas que literalmente carecem de futuro. Todas essas coisas são puramente passageiras, nenhuma permanece.

São precisamente as que são vítimas da mudança e da decadência. Mas o homem que colocou Deus no centro de sua vida, entregou sua vida às coisas que permanecem para sempre. O homem do mundo está condenado ao desengano, à desilusão; o homem de Deus está seguro da alegria permanente.

O argumento de João é que é realmente uma estultícia dedicar a vida a aquilo que, por sua própria natureza, não pode senão passar rapidamente; e é realmente a atitude de um homem sábio dedicar a vida àquilo que é seguro e certo por toda a eternidade.

Mesmo depois que tudo isso for esquecido e este mundo tiver dado lugar aos novos céus e à nova terra, os fiéis servos de Deus permanecerão para sempre, refletindo a glória de Deus por toda a eternidade.



DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/5/2024

FONTES:

Lopes, Hernandes Dias. I João: como ter garantia da salvação;  - São Paulo: Hagnos 2010.

HENRY. Matthew. Comentário Matthew Henry - Jó a Cantares. Rio de Janeiro CPAD, 2008.

RENOVATO, Elibaldo. O final de todas as coisas – Esperança e glória para os salvos. Rio de Janeiro CPAD, 2015.