Páginas

sábado, 20 de abril de 2024

João 17.4

João 17.4 "Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer."


"Eu glorifiquei-te na terra,"

O objetivo de Jesus ao passar pela terra foi glorificar a Deus. Isso acontece quando realizamos a sua vontade. Deus é glorificado quando manifestamos frutos de arrependimento mediante a boas obras: "Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus" (Mateus 5.16), quando isso acontece até os gentios glorificam a Deus: "E para que os gentios glorifiquem a Deus pela sua misericórdia" (Romanos 15.9). Deus é glorificado quando concordamos na terra: "Para que concordes, a uma boca, glorifiqueis ao Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 15.6). Deus é glorificado quando sofremos por causa da justiça: "Mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte" (1 Pedro 4.16).

Jesus havia manifestado as obras de Deus. Quando estava a caminho de Emaús ouviu o testemunho de um dos seus discípulos que não o houvera reconhecido: "És tu só peregrino em Jerusalém, e não sabes as coisas que nela têm sucedido nestes dias? E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus Nazareno, que foi homem profeta, poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo" (Lucas 24.18-19).

Demonstrou misericórdia a uma mulher siro-fenícia na questão da sua filha atormentada. Após isso: "a multidão se maravilhou vendo os mudos a falar, os aleijados sãos, os coxos a andar, e os cegos a ver; e glorificava o Deus de Israel" (Mateus 15.31). Pregou sobre acordo entre irmãos: "Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus" (Mateus 18.19).

E padeceu por causa da justiça: "pois também Cristo padeceu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. O qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente; Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados" (1 Pedro 2.21-24).


"... tendo consumado a obra que me deste a fazer."

Aqui Jesus disse que havia completado a missão para a qual Deus o enviara: Mais do que nunca, o fato de Jesus se fazer carne revelou a natureza do próprio Deus. Este foi o seu propósito ao vir à terra. Ele anunciou  que tinha vindo para fazer a vontade daquele que o enviara e para realizar a obra do Pai:  "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (João 4.34).

A obra que o Pai lhe havia confiado tinha como foco a cruz, como revelou Jesus na primeira vez em que anunciou que era chegada a sua hora: "É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado" (João 12.23)

Embora Jesus falasse como se a sua obra na terra já tivesse sido consumada, morrer na cruz era o único ato de obediência que lhe faltava realizar. Um dia antes de fazer seu sacrifício, ao se consagrar para isso em oração, ele antecipou a conclusão da obra da cruz. O fato de falar disso como se já o tivesse consumado mostra seu total comprometimento com a maior obra que Deus lhe confiara.

No outro dia a hora nona ele gritaria na cruz: "Está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito" (João 19.30)


DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
22/4/2024

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

PEARLMAN, Myer. João o Evangelho do Filho de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202204_04.pdf

Mateus 26.41

Mateus 26.41 “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. ” 

 

Após a última ceia Jesus foi com seus discípulos a um jardim chamado Getsêmani. Ali ele disse a maioria dos seus discípulos para se assentarem e orarem. Tomou dentre eles Pedro, Tiago e João e lhes confidenciou: "A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo"  (Mateus 26.38). Após isso, se afastou um pouco mais para orar em particular, quando retornou os achou dormindo. Então disse:

 

“Vigiai e orai, para que não entreis em tentação;”

“Vigiai”. Mais uma vez, Jesus instou esses apóstolos a vigiar. A palavra grega para “vigiar”, significa: “ficar acordado, alerta, dar total atenção, para evitar que por negligência ou indolência algumas calamidades destrutivas atinjam a vida de alguém (Mateus 24.42; 25.13; Apocalipse 16.15), ou ainda para evitar que alguém negue ou abandone a Cristo ou caia em pecado (1 Tessalonicenses  5.6; 1 Coríntios 16.13; 1 Pedro 5.8).

“Orai”. Oração é o oxigênio da alma que mantém o vigor da vida espiritual. Jesus nos deu exemplo, quando orou por Si mesmo (João 17.1-2); pelos Seus discípulos (João 17.15-19); e pelos pecadores (João 17.20). Oração não tem lugar previamente definido, mas a Bíblia nos relata que Jesus e os discípulos oravam no templo (Atos 3.1). A oração não tem hora marcada para acontecer, não tem tempo determinado. A Palavra de Deus diz: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5.17). A oração deve ser contínua, perseverante e com paciência (Lucas 18.1; Romanos 12.12; Salmos 40.1).

A vigilância vê a tentação chegar; a oração dá força para resistir a ela. Vigilância é saber que um simples vacilo pode ser fatal. Não adianta ser PHD, ter doutorado, se não vigiar. Não adianta ser excelente executor, se não vigiar, não adianta ser exímio conhecedor bíblico, se não vigiar, não adianta ter fé que transporta montes, se não vigiar, não adianta ser de oração, se não vigiar. Não adianta orar vinte e quatro horas por dia, se, quando se levanta da oração, não vigia, murmura, fala mal de alguém, xinga, mente e outras coisas mais que entristecem o Espírito Santo de Deus. Você está jogando fora toda a oração.

Havia uma hora de tentação se aproximando, e estava muito perto; as dificuldades de Cristo poderiam levar os seus seguidores a não crerem nele e a não confiarem nele, a negá-lo e desertá-lo, e a renunciarem a todo o relacionamento com Ele. Após a prisão de Jesus os discípulos de fato o abandonaram e fugiram (Marcos 14:50).

 

“... na verdade, o espírito está pronto, mas a carne é fraca. ”

Jesus admitiu que o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. O “espírito” aqui se refere ao ser vivente dentro de nós, a alma que nos torna seres animados e nos vivifica. Ela é a fonte da nossa percepção, vontade e emoção. Se fosse só pelo espírito, ele resistiria, mas quando entra a carne há um enfraquecimento natural peculiar ao ser humano. Temos então aqui o contraste entre o espírito e a carne, muito comum no Novo Testamento (Romanos 8.5-9; Gálatas 5.17).

A “carne” é um termo frequentemente usado nas Escrituras, com variação semântica muito ampla. Aqui essa palavra pode indicar a fragilidade da nossa natureza física: Ele, porém, que é misericordioso, perdoou a sua iniquidade; e não os destruiu, antes muitas vezes desviou deles o seu furor, e não despertou toda a sua ira. Porque se lembrou de que eram de carne, vento que passa e não volta” (Salmos 78.38-29), visto que os discípulos estavam cansados, exaustos e entristecidos.

Mas também pode ser uma referência à fraqueza da natureza humana decaída “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamento” (Efésios 2.3). Algumas versões traduzem a palavra “carne” por “natureza humana” (NTJ).

Por causa da associação com a palavra “tentação”. A expressão pode indicar as coisas simultâneas ou qualquer uma dessas interpretações.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

http://www.biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201211_05.pdf

https://www.estudantesdabiblia.com.br/licoes_cpad/2019/2019-01-12.htm

https://escolabiblicadominical.org/licao-05-ordenanca-para-uma-vida-de-vigilancia-e-oracao/

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

Provérbios 28.13

Provérbios 28.13 “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.” 

 

“O que encobre as suas transgressões nunca prosperará,”

Aqui, temos a tolice de tolerar o pecado, de aliviá-lo e desculpá-lo, negá-lo ou reduzi-lo, diminuí-lo, dissimulá-lo, ou lançar a culpa por ele sobre outras pessoas: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará”, é melhor que nem espere isto.

Pois, quem oculta seu pecado não será bem sucedido nesse esforço, pois este será descoberto, mais cedo ou mais tarde: “Nada há encoberto que não haja de ser descoberto” (Lucas 12.2). Um pássaro no ar levará a notícia. O homicídio será revelado, e também todos os outros pecados: “E disse Deus (a Caim): Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra” (Genesis 4.10). Ele não prosperará, isto é, não obterá o perdão para o seu pecado, nem terá nenhuma verdadeira paz de consciência.

Davi reconhece ter estado em constante agitação quando encobriu seus pecados: “Quando eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio” (Salmos 32.3-4).

Enquanto o paciente esconde a sua doença, não pode jamais ter esperança de uma cura.

 

“... mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia.”

Aqui está os benefícios de se afastar do pecado por uma confissão penitente: aquele que confessa a Deus a sua culpa, e toma cuidado para nunca mais retornar ao pecado, alcançará misericórdia com Deus, e terá a consolação no seu próprio seio: “E disse-lhe Jesus (a mulher adúltera): Nem eu também te condeno; vai-te, e não peques mais” (João 8.11).

A nossa consciência será aliviada. Deus está mais pronto para perdoar o pecado, após nosso arrependimento, do que nós estamos prontos para nos arrepender para obter o perdão. Foi com muita comoção que Davi veio a confessar os seus pecados. Ele resistiu por muito tempo e não se entregaria até chegar ao extremo. Veja com que rapidez, com que facilidade, ele obteve bons termos: “eu disse apenas: eu confessarei, e tu perdoaste (Salmos 32.5).

A nossa destruição será evitada: “Volta, ó rebelde Israel, diz o Senhor, e não farei cair a minha ira sobre ti; porque misericordioso sou, diz o Senhor, e não conservarei para sempre a minha ira (Jeremias 3.12). Sob o nosso arrependimento, a transgressão é perdoada, ou seja, a obrigação da punição sob a qual nós estamos, pela virtude da sentença da lei, é desfeita, cancelada. Pois, quando Deus perdoa o pecado, Ele não se lembra mais dele, Ele deixa-o para trás.

Seremos purificados de toda a injustiça: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça” (1 João 1.9). A justiça de Cristo é atribuída a nós, a nossa iniqüidade não é imputada, pois Deus coloca sobre Cristo a nossa iniqüidade e o faz pecado por nós. Quando o pecado é perdoado, ele é coberto com o manto da justiça de Cristo, como as túnicas de pele com as quais Deus vestiu Adão e Eva.

Que encorajamento isso é para os pobres arrependidos, e que garantia isso nos dá de que, se confessarmos os nossos pecados, nós descobriremos que Deus é não só fiel e justo, mas gracioso e bom, para nos perdoar os pecados!

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
20/4/2024

FONTES:

GOMES, Osiel. A Carreira que nos está proposta – O caminho da salvação, santidade e perseverança para chegar ao céu. Rio de Janeiro, CPAD, 2024.

MESQUITA, Antônio Neves. Estudo no Livro de Provérbios — princípios para uma vida feliz. Rio de Janeiro: JUERP, 1979.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico-Livros Poéticos:  Rio de Janeiro, CPAD.