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domingo, 15 de outubro de 2023

Lição 04: Missões Transculturais no Novo Testamento - 4 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. ” (João 3.16)

O novo nascimento é possível graças ao amor de Deus. João 3:16 tem sido devidamente chamado de “o texto áureo” das Escrituras. Se algum versículo resume o amor insondável de Deus, é este.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,

“Porque” conecta esta declaração com o pensamento anterior, apresentando o motivo pelo qual o Filho do Homem seria “levantado”: “E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado” (João 3:14) para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.

Deus amou o mundo. Pode-se imaginar os judeus pensando que o amor de Deus se restringia a Israel, mas essa passagem deixa claro que o amor de Deus não se restringe a nenhuma raça. Ele é universal, abrange a todos. Seu amor pelo mundo não é porque o mundo é amável; pelo contrário, o mundo é detestável. A humanidade é composta de ímpios, pecadores e inimigos de Deus: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5:8).

“De tal maneira” indica o grau ou a intensidade do amor de Deus. Seu amor pela humanidade custou-lhe a morte de seu próprio Filho “Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?“ (Romanos 8:32) Assim como o amor de Deus por Israel moveu-o a salvar o povo da morte física através das instruções que ele deu a respeito da serpente de bronze, seu amor o motiva a salvar da morte espiritual todos que olham para Jesus, seu Filho, o qual foi levantado.

O Termo Filho Unigênito termo aparece cinco vezes nos escritos de João, todas relacionadas a Jesus (1.14,18; 3.16,18; 1João 4.9). Isso revela claramente sua divindade.“Unigênito”, na Bíblia, conduz a idéia de natureza, caráter, tipo, e não de geração. Jesus é o “unigênito do Pai” no sentido do seu relacionamento exclusivo com Ele. Cristo não foi criado por Deus, Ele preexiste eternamente, por isso é chamado de Pai da Eternidade (Isaías 9.6). Ele já era chamado Filho mesmo antes da sua encarnação, como vemos em 1 João 4.9: “Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos

“... para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. ”

Deus não só deu o Seu Filho unigênito ao enviá-lo ao mundo, mas também O deu para ser levantado – para morrer na cruz – por todas as pessoas “E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim” (João 12:32)

O amor de Deus espera uma resposta de fé. Ele quer que cada pessoa creia nele. O novo nascimento requer fé. “Sem fé é impossível agradar a Deus” (Hebreus 11:6). Sem fé “nascer da água e do Espírito” não faria sentido, ou até seria impossível. Essa fé deve levar o crente a se submeter humildemente à vontade de Deus e fazer o que ele ordena em sua Palavra. O contexto dessa passagem ensina que essa fé é obediente. Assim como os israelitas tiveram que crer e olhar para a serpente de bronze para viver, hoje temos que crer em Jesus com uma fé obediente. A fé que salva é a fé que obedece “Se me amais, guardai os meus mandamentos “ (João 14:15)

O propósito do dom [dádiva] do Filho de Deus é declarado com uma negação e uma afirmação (veja 1:3): “para que todo o que crê em Jesus não pereça, mas tenha a vida eterna”. “Perecer” contrasta fortemente com ter “a vida eterna”.

João não oferece nenhum meiotermo entre crer e se negar a crer em Jesus. Crer no Filho resulta em vida, ao passo que se negar a crer no Filho resulta em perdição. Dado o contraste entre “perecer” e “ter a vida eterna”, é razoável concluir que perecer também é por toda a eternidade. A perdição e punição dos que se negarem a crer é ensinada explicitamente em outras passagens “ E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna” (Mateus 26.46). Este “perecer” não significa ser aniquilado, e sim passar a eternidade no inferno, separado de Deus e de Cristo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/10/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202111_01.pdf

CARSON, D. A. A difícil doutrina do amor de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2007.