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domingo, 31 de dezembro de 2023

Lição 01: A Origem da Igreja – 1 Trimestre de 2024.

TEXTO ÁUREO

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo. ” (Atos 2.38)

Após Pedro pregar seu primeiro sermão pentecostal na festa de Pentecoste, a multidão que o ouviu perguntaram a respeito do caminho a seguir: “E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? ” (Atos 2.37).

As palavras de Pedro foram como flechas. A travessaram a casca dura do preconceito judaico, a ponto de os ouvintes serem feridos de remorsos pela ideia de terem assassinado seu Messias. O incidente aponta para o dia em que a nação inteira lamentará por causa daquele a quem traspassaram (Zacarias 12.10).

Queriam saber como seriam perdoados por tão grande pecado. Como seriam aceitos no Reino do Messias. Tal pergunta é o primeiro passo para a conversão.

“E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, “

O verbo “arrepender-se” é a tradução de uma palavra grega composta que significa literalmente “mudar de ideia ou atitude em relação a”; aplicado ao ser humano, geralmente quer dizer “mudar de ideia em relação ao pecado” — decidir parar de pecar e viver um tipo de vida diferente!

No texto o arrependimento pode ser explicado nos seguintes termos: “Vocês mataram o Messias, no entanto, Deus derrotou os seus propósitos ao ressuscitá-lo. O que vocês fizeram realmente ajudou a cumprir o plano dele. Vocês, porém, fizeram isso por ódio: seu pecado é patente e permanece. Arrependam-se enquanto a misericórdia divina lhes é oferecida. Logo, Cristo virá como Juiz. Tornem-se seus amigos a fim de que sua vinda lhes seja motivo de alegria, não de condenação”.

Arrependimento é uma santa tristeza pelo pecado, seguida pelo abandono deste. E uma total reviravolta feita pela pessoa que descobriu estar andando pelo caminho errado. É um ato da vontade mediante o qual a pessoa, sob convicção, altera totalmente sua atitude para com Deus e com o pecado. Cumpre assim a ordem do profeta: “Criai em vós um coração novo e um espírito novo...” (Ezequiel 18.31).

“... e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, ”

“Batizado em nome de Jesus Cristo”. Não há conflito com a fórmula trinitariana: “Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mateus 28.19). Não se declara aqui que Atos 2.38 é uma fórmula de batismo. É apenas uma declaração da fonte de autoridade para o batismo do crente. Quem é batizado em nome de Jesus segue sua liderança. Por seu intermédio passa da antiga para uma nova vida de retidão, em obediência ao mandamento do Pai e por meio do Espírito Santo.

À primeira vista, estas palavras ensinam que o batismo na água é, de certa forma, essencial ao perdão dos pecados. No entanto, a remissão dos pecados está sendo mencionada em conexão com o arrependimento e não apenas com o batismo na água.

A maneira oriental de falar muitas vezes coloca o símbolo antes da experiência ou outra coisa simbolizada. Desta forma o ouvinte ocidental tem a impressão de que é o símbolo ou a coisa simbolizada que produz a experiência (Atos 22.16).

O que Pedro queria dizer era: “Arrependei-vos, e recebereis a remissão dos vossos pecados, e, como testemunho público disto, deveis ser batizados na água”.

Que o perdão dos pecados, dado por Deus, ocorre separadamente do batismo na água se comprova em Atos 10.44-48, pois os convidados de Cornélio após se arrependerem foram selados com o Dom do Espírito. E que nenhum poder existe inerente na água é demonstrado em Atos 8.13.21,22, Simão após ser batizado tinha que se arrepender: “Arrepende-te, pois, dessa tua iniquidade”. Naturalmente, isto não diminui a importância do batismo na água. Como um rito estabelecido por ordem divina exige assim a nossa obediência.

Por que a fé não é mencionada como condição prévia do batismo? A fé é entendida nas palavras: “em nome de Jesus Cristo". O batismo na água é uma expressão exterior da fé nele.

“... e recebereis o dom do Espírito Santo. ”

A purificação do pecado é seguida pelo revestimento do poder. "Mas recebereis a virtude do Espírito Santo...” O livro de Atos indica que estas são experiências distintas, embora possam ser recebidas simultaneamente (cf. At 19.4-7; 10.44).

Na época do Antigo Testamento, o Espírito era concedido a indivíduos especialmente escolhidos: profetas, reis e sacerdotes. Agora o dom é para “toda a carne”.

Pedro ensina que a promessa é universal. Sendo assim, eles não deviam pensar que a dádiva do Pentecoste era apenas para apóstolos, ou para os cento e vinte discípulos que tinham aguardado a vinda do Espírito por dez dias, ou para um grupo de elite, ou apenas para aquela nação ou geração. Deus não colocou esse tipo de limitação em sua oferta e dádiva. Pelo contrário: “Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe, a tantos quantos Deus nosso Senhor chamar” (Atos 2:39. Se Pedro tivesse explicado a salvação do ponto de vista humano, teria dito: “Para quantos aceitarem a chamada divina à salvação”.

Num só dia foram acrescentados 3000 aos 120 membros originais da primeira igreja - um acréscimo de 2500 por cento ־ a divina adição e multiplicação: “De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas”.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/12/2023

FONTES:

GONÇALVES, José. O Corpo De Cristo – Origem, Natureza e Missão da Igreja no Mundo. Rio de Janeiro CPAD, 2023.

PEARLAM, Myer. Atos – E a igreja se fez missão. Rio de Janeiro: Cpad, 1995. 

STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos Confins da Terra, São Paulo: ABU, 1994.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200109_07.pdf 

sábado, 30 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 30 de dezembro de 2023 - Mateus 28.19


 (Mateus 28.19) “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.


“Portanto, ide,” Esse versículo nos orienta de maneira cronológica a maneira que deve ser anunciada a Grande Comissão. Em primeiro lugar deve-se ir onde estão as pessoas sendo longe ou perto. Nosso Senhor fez o mesmo quando desceu do céu (saiu da zona de conforto), não tendo aspiração de ser semelhante a Deus (ignorou seu título, sua glória) e assumiu a forma de servo (fez-se semelhante a nós). E uma vez na nossa forma foi não somente as ovelhas perdidas da Casa de seu Pai: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. ” (Atos 10:38). Cristo foi o enviado do Pai agora nós que somos conhecidos pelo seu nome somos os enviados dEle: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. “ (João 20:21). Ou seja, devemos nos despojar de todo o nosso orgulho e conquistas, deixar a zona de conforto e nos misturarmos com aqueles que estão nas trevas a fim de os resgatar para a nossa maravilhosa luz. ” E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, “ (Filipenses 3:8). 


“... ensinai todas as nações,” Em segundo lugar deve-se ensinar todas as nações, afinal o nosso alvo é toda a criatura independente de cultura, passado, idade ou aparência. Era previsto na palavra que o messias seria mestre nessa disciplina: “Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores. ” (Salmos 25:8) e de fato o foi, ora de causar espanto: ”porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas. (Mateus 7:29). Nós igreja do Senhor, somos chamados a realizar as mesmas obras que ele realizou, sobre esse importante ministério o apostolo Paulo nos exorta: ...” se é ensinar, haja dedicação ao ensino; (Romanos 12:7). Ensinar para tornar nosso ouvinte um novo discípulo de Cristo. Discípulo é aquele que aprende de um mestre. O termo se aplica com frequência nos evangelhos aos seguidores de Jesus (Mateus 5.1; João 2.12). Disso segue o discipulado, ensino para ser seguidor de Cristo, ou seja, é o ensino bíblico básico para o novo convertido desenvolver-se espiritualmente. Trata-se de instruções que abrangem vários aspectos da vida, na área espiritual, emocional e social. O discipulado não é opção, é mandamento divino para a edificação e crescimento espiritual de cada cristão. Além do discipulado, Ele também ordenou que esses novos discípulos guardem o que aprenderam: “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28.20). Ou seja, as doutrinas e os pontos doutrinários que Jesus ensinou. O livro de Atos mostra os apóstolos no cumprimento dessa palavra (Atos 2.42; 4.1,2; 5.21,28). 


“batizando-as” Em terceiro lugar “batizando-as”. O batismo é uma ordenança de Cristo. Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizō) significa “imergir”, “mergulhar”. Todos os que creem devem ser batizados, porém para isso é necessário ser discípulo e não apenas ouvinte. Muitos usam o texto do Eunuco etíope para justificar que para se batizar basta somente crer. Analise o texto: “ E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. ” (Atos 8:36,37). Veja porem que o texto possui contexto e nos diz nele que esse eunuco “tinha ido a Jerusalém para adoração” o que quer dizer que era prosélito (Gentio convertido ao judaísmo) e “assentado no seu carro, lia o profeta Isaías” era conhecedor e estudante das doutrinas do judaísmo, ele possuía um rolo do profeta Isaias e estudava durante a viagem. Felipe na oportunidade lhe indicou Cristo e lhe esclareceu que a profecia que o eunuco lia se referia ao seu recente advento. E acontecendo assim, ele pediu para ser batizado. Ora, o eunuco não era um leigo das escrituras como a maioria dos judeus também não eram. Porém nós gentios nos é esclarecido “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. ” (Efésios 2:12). O que quero dizer é que na maioria das vezes muitos de nós somos leigos acerca das coisas de Deus. Por isso é sim necessário o discipulado básico ao menos. 


“... em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Por último em Mateus 28.19, encontramos a fórmula do batismo na expressão: “do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, pois a salvação procede do Pai que a planejou; do Filho, que a consumou; e do Espírito Santo que tanto efetuou a encarnação do Filho, como também aplica a salvação ao homem. A fórmula tríplice do batismo é uma maneira de ressaltar a Santíssima Trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. No entanto, os unitaristas deturpam e negam a doutrina da Trindade de Deus. As Escrituras, porém, ensinam que Deus é uno e ao mesmo tempo triúno, isto é, Deus o Pai, Deus o Filho, e Deus o Espírito Santo. 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
17/03/2021 

FONTES: 

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020. 

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005. 

 

Mensagem de natal 2023 - Isaías 7.14


“Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel”. (Isaías 7:14)


“Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal:”O contexto imediato do texto está descrevendo a ameaça dos Reis da Síria (Rezim) e do Rei de ISrael (Peca) contra o reino de Judá (Acaz).

O Senhor diz a Isaías e seu filho (Sear-Jasube)  saí ao encontro de Acaz (7.3-4) “E dize-lhe: Acautela-te, e aquieta-te; não temas, nem se desanime o teu coração por causa destes dois pedaços de tições fumegantes” (Isaías 7:4); “Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá” (Isaías 7:7).

Após transmitir essa mensagem a Acaz o Senhor acrescenta: “Pede para ti ao Senhor teu Deus um sinal; pede-o, ou em baixo nas profundezas, ou em cima nas alturas” (Isaías 7:11). Acaz se nega a exigir um sinal de Deus, diferentemente dos fariseus e seguidores da época de Jesus: "Uma geração má e adúltera pede um sinal, porém, não se lhe dará outro sinal senão o sinal do profeta Jonas” (Mateus 12:39). Como nessa passagem o Senhor transmite o sinal para as gerações futuras. Isaías, então, profetiza aos descendentes de Davi (Judá).


“...eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho,”Eis a profecia do nascimento virginal do nosso Senhor. Lucas e Mateus descrevem o cumprimento dessa profecia aproximadamente 700 anos após: “Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: Estando Maria, sua mãe, desposada com José, antes de se ajuntarem, achou-se ter concebido do Espírito Santo” (Mateus 1:18).

Lucas nos relata mais detalhadamente que  “foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria” (Lucas 1:26,27). O anjo a disse: “Eis que em teu ventre conceberás e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus” (Lucas 1:31). A resposta de Maria foi: “Como se fará isto, visto que não conheço homem algum?” (Lucas 1:34). A tréplica do Anjo foi: ”Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por isso também o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus” (Lucas 1:35).

Esse fato sobrenatural é o sinal de Deus para toda a humanidade: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4:4,5)


“...e será o seu nome Emanuel”. Todavia o noivo de Maria que sabia que não havia ainda consumado seu casamento duvidou quando Maria descreveu essa fato sobrenatural: “Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente” (Mateus 1:19). E quando ele vai dormir um anjo lhe aparece em Sonho e confirma o testemunho de Maria: “não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo; E dará à luz um filho e chamarás o seu nome JESUS; porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mateus 1:20,21). 

Quem nos narra esse fato é Mateus, e ele associa o avento a profecia de Isaías: “Tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que foi dito da parte do Senhor, pelo profeta, que diz; Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco” (Mateus 1:22,23)

Emanuel, no hebraico, é a junção de dois termos — immánu, que significa “conosco”, e El, que significa “Deus” ou “Senhor”, literalmente “conosco [está] Deus”. Jesus não somente foi homem, mas estabeleceu morada entre os homens: “E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós...” (João 1:14).

Essa atitude de Jesus demonstra o imenso amor de Deus para com a humanidade perdida, que de outra forma jamais entenderia esse amor. Ele se tornou como um de nós e nos amou para que nós o amassemos e fôssemos definitivamente dEle.

Jesus não se chamava Emanuel como nome próprio, mas vários textos bíblicos apontam para Ele como sendo designado por esse nome como aquilo que Ele de fato é: Deus Conosco. Esse nome designa sua missão entre a humanidade de fazer Deus estar com a humanidade, de habitar entre os homens.

Mostra a natureza divina do Filho de Deus como sua obra messiânica da graça, habitando entre os homens e ao mesmo tempo significando que “porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2.9).

Mateus aplicou corretamente esta profecia a Jesus, o Messias (Mateus 1.23).” Note também que Mateus termina o seu livro com Jesus dizendo: “E eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém” (28.20). Ele continua sendo o Emanuel, “Deus conosco”.

Escatologicamente todos os que nele creem habitarão com Ele: “E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus” (Apocalipse 21.3)

DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
12/06/2023

FONTES:

CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

HORTON, Stanley. Isaías - O profeta messiânico. Rio de Janeiro: CPAD, 2016.

POMMERENING, Clayton Ivan. Lições Bíblicas Jovens - Lição 9: O sinal do Emanuel. CPAD, 3º Trimestre de 2016.

domingo, 24 de dezembro de 2023

Lição 14: Missões e a Volta do Senhor Jesus – 4 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO

“E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” (Mateus 24.34)

Jesus havia profetizado sobre o templo, dizendo que não ficaria pedra sobre pedra que não fosse derrubada. Isso causou grandes dúvidas a respeito do futuro aos seus discípulos. Quando se assentaram em particular com Jesus no monte das oliveiras seus discípulos lhe perguntaram sobre o fim dos tempos. Eles fazem a ele três perguntas: “Dize-nos, quando serão essas coisas, e que sinal haverá da tua vinda e do fim do mundo?” (Mateus 24:3).

·         Quando serão essas coisas? Diz respeito a destruição do templo profetizada por Jesus: “Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada” (Mateus 24:2).

·         Que sinais haverá da sua Vinda? Diz respeito a sua vinda em Glória: “Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória” (Mateus 24:30).

·         Que sinais haverá do fim do mundo? Diz respeito a consumação de todo o plano divino apontando para o novo céu e a nova terra: “E este evangelho do Reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, e então virá o fim.” (Mateus 24.34).

Alguns acreditam que Jesus somente voltará quando a evangelização terminar. Isso faz da igreja e sua missão uma espécie de Relógio de Deus. Jesus só voltará quando a igreja cumprir sua missão. Wagner Gaby escreve em seu livro tema: O fim virá somente depois que o “ evangelho do Reino” for devidamente pregado em todo o mundo. O “ evangelho do Reino” é o evangelho pregado no poder e na justiça do Espírito Santo e acompanhado dos sinais principais do evangelho. O dever de cada crente é ser fiel e alcançar “ todo o mundo” até que o Senhor Jesus volte para levar a sua Igreja ao Céu João 14.3; 1 Tessalonicenses 4.13)

Todavia, o próprio versículo indica em que pergunta dos discípulos ele se enquadra “então virá o fim”. A palavra mundo (oikoumene) – significa “área habitada da terra”. Essa evangelização ocorreu na era apostólica. Aqui descrevo algumas afirmações de Paulo sobre isso:

Romanos 1.8Antes de tudo, sou grato a meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vocês, porque em todo o mundo está sendo anunciada a fé que vocês têm”.
Romanos 10.17-18A fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida mediante a palavra de Cristo. Mas eu pergunto: Eles não a ouviram? Claro que sim: A sua voz ressoou por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo”.
Colossenses 1:23Se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé, e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro”.

Essa evangelização mundial será realizada durante o milênio pelos judeus: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: Ainda sucederá que virão os povos e os habitantes de muitas cidades. E os habitantes de uma cidade irão à outra, dizendo: Vamos depressa suplicar o favor do Senhor, e buscar o Senhor dos Exércitos; eu também irei. Assim virão muitos povos e poderosas nações, a buscar em Jerusalém ao Senhor dos Exércitos, e a suplicar o favor do Senhor. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Naquele dia sucederá que pegarão dez homens, de todas as línguas das nações, pegarão, sim, na orla das vestes de um judeu, dizendo: Iremos convosco, porque temos ouvido que Deus está convosco” (Zacarias 8:20-23).

Consumando a pregação, Jesus se assentará no grande torno branco e julgará a todos os mortos, grandes e pequenos e a terra e o céu se esconderão diante da sua glória. Então se fará novos céus e nova terra: “E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas” (Apocalipse 21:5).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
08/12/2023

 

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

sábado, 23 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 23 de dezembro de 2023 - Mateus 24.45-51


Mateus 24:45-51

⁴⁵ Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento a seu tempo?
⁴⁶ Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim.
⁴⁷ Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens.
⁴⁸ Mas se aquele mau servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá;
⁴⁹ E começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios,
⁵⁰ Virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe,
⁵¹ E separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes. 

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 22 de dezembro de 2023 - Atos 20.24


(Atos 20:24) “Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa, contanto que cumpra com alegria a minha carreira, e o ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus. “


No final de sua terceira viagem missionária. O apóstolo Paulo decide passar de largo de Eféso, para não gastar mais tempo na Ásia, pois queria estar em Jerusalém para a festa de pentecostes. Ele decide chamar os anciãos (Presbiteros) da igreja de Éfeso para se despedirem deles em Mileto.

Em Mileto Paulo prega um sermão de despedida a esses presbíteros. Por mais que a maioria dos cristãos não são presbíteros, esperamos que muitos homens aspirem ao episcopado: “Esta é uma palavra fiel: se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja” (1 Timóteo 3:1).


“Mas de nada faço questão, nem tenho a minha vida por preciosa,”

O apóstolo fala sobre desapego material na vida do obreiro. Paulo não sentia orgulho de nada que havia conquistado, somente de Cristo: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8)

Paulo tinha o coração livre da avareza e da ganância. Muitos querem fazer do evangelho causa de ganho: “... homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho; aparta-te dos tais. Mas é grande ganho a piedade com contentamento” (1 Timóteo 6:5,6). Podemos nos perder ministerialmente por causa da avareza e da ganância. Na verdade, Paulo estava pronto a trabalhar com as próprias mãos para ser pastor. Estava pronto a sofrer toda sorte de perseguição e privação para pastorear. Estava disposto a ser preso, a sofrer ataques externos e temores internos para pastorear a igreja de Deus. Estava pronto a dar a própria vida para cumprir cabalmente seu ministério.

Sua vida mostra que o desprendimento das coisas materiais e plena dependência em Deus são características inegociáveis na vida do obreiro cristão.

 “... contanto que cumpra com alegria a minha carreira,”

Paulo disse que a única questão que o preocupava era cumprir a comissão que Deus lhe dera — e ser fiel até o fim! Quando Paulo está passando o bastão a seu filho Timóteo, antes de enfrentar o martírio, relembra-o de como havia sido sua vida: “Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé”. A vida para Paulo não foi uma feira de vaidades nem um parque de diversões, mas um combate renhido. O apóstolo pode morrer tranquilo porque havia concluído sua carreira, e isso era tudo o que lhe importava.

Deus não livrou Paulo da morte, mas na morte: “E o Senhor me livrará de toda a má obra, e guardar-me-á para o seu reino celestial; a quem seja glória para todo o sempre. Amém” (2 Timóteo 4:18). Paulo não foi poupado da morte, mas libertado através da morte. A morte para ele não foi castigo, perda ou derrota, mas vitória. O aguilhão da morte foi tirado. Morrer é lucro, é precioso, é bem-aventurança, é ir para a Casa do Pai, é entrar no céu e estar com Cristo.


“... e o ministério que recebi do Senhor Jesus,”

Paulo diz que recebeu seu ministério do Senhor Jesus, Quando caiu na estrada de Damasco o senhor lhe disse: “Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer” (Atos 9:6). Quando Ananias tentou esquivar-se de curá-lo, o Senhor lhe disse: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (Atos 9:15)

Paulo não se lançou no ministério por conta própria. Ele foi chamado, vocacionado e separado para esse trabalho. Paulo não se tornou um pastor porque buscava vantagens pessoais. Não entrou para as lides ministeriais buscando segurança, emprego ou lucro financeiro. Não entrou no ministério com motivações erradas.

Paulo não tinha apenas convicção de sua vocação, mas também consciência das implicações desse chamado: “ E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:16)


“... para dar testemunho do evangelho da graça de Deus.”

Finalmente, Paulo diz que no seu coração ardia uma grande paixão. A grande paixão de Paulo era testemunhar o evangelho da graça de Deus. Ele caracteriza seu ministério como testificar “do evangelho da graça de Deus”, o que significa que a salvação é o dom gratuito de Deus. Na sua conversão, Cristo lhe tinha dado a tarefa de declarar a graça de Deus (Atos  9.10-16). Agora o que importa é cumprir fielmente sua parte da missão de evangelizar o mundo.

A pregação enchia o peito do velho apóstolo de entusiasmo. Ele sabia que a justiça de Deus se revela no evangelho. Sabia que a mensagem do evangelho de Cristo é a única porta aberta por Deus para a salvação do pecador.

Paulo se considerava um arauto, um embaixador, um evangelista, um pregador, um ministro da reconciliação. Sua mente estava totalmente voltada para a pregação. Seu tempo era todo dedicado à pregação. Mesmo quando estava preso, entendia que a Palavra não estava algemada.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
12/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.

Lopes, Hernandes dias - Paulo, o maior líder do cristianismo / Hernandes Dias Lopes; São Paulo, SP: Hagnos, 2014

ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

Swindoll, Charles R. Paulo: Um homem de coragem e graça / Charles R. Swindoll — tradução: Neyd Siqueira. — São Paulo: M undo Cristão, 2003.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200204_08.pdf


quinta-feira, 21 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 21 de dezembro de 2023 - 2 Coríntios 5.10


2 Coríntios 5:10

¹⁰ Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal. 


quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 20 de dezembro de 2023 - Mateus 24.14


Mateus 24:14

¹⁴ E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim. 

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 19 de dezembro de 2023 - 1 Coríntios 9.16


(1 Coríntios 9.16) “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ”


“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar,”

A pregação do apóstolo não era motivo para ele se gloriar, ou se gabar.  Houve um momento em sua vida em que ele achava que ser sábio era se gloriar nas coisas que tinha: “Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível” (Filipenses 3:4-7). 

Mas ele considerou todas essas glórias do seu passado como esterco, como lixo, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo:  Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8)

Visto que tudo que conseguimos e somos é o resultado da morte sacrifical de Cristo na cruz, não devemos nos gloriar nelas ou em nós mesmos como se as possuíssemos alguma coisa: Gaiatas 6.14 "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo."

Podemos apenas seguir a ordem formal de Jeremias de nos gloriarmos no Senhor: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9:23,24)

Toda jactância ou vanglória só pode trazer dano à Igreja, mas gloriar-se no Senhor significa que colocamos nossa confiança nele e somente nele.


 “... pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ”

Paulo sente uma compulsão interior (que sem dúvida vinha da comissão que Jesus lhe dera na estrada de Damasco, uma comissão confirmada por Ananias como também pelo Espírito Santo: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:15,16).

Ele deve ter se sentido como Amós, quando disse: “Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará?” (Amós 3-8), ou como Jeremias, ao dizer que a palavra de Deus “foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso mais” (Jeremias 20.9).

Paulo não pretendia pregar o Evangelho quando partiu tomando a estrada de Damasco. Estava apenas satisfazendo um encargo que Jesus lhe tinha entregado (quando Ele o chamou para ser apóstolo aos gentios).

Essa obrigação pesa sobre ele. E essa obrigação deve também pesar sobre todos os que experimentaram o poder do Evangelho em suas vidas.

Paulo pensa em alguma desgraça vindo sobre ele, se não pregar. “Ai de mim” é, normalmente, um grito de dor diante do castigo. Falar de castigo não é algo agradável na sociedade moderna. Todavia, a Bíblia apresenta claramente a verdade da prestação de contas e do castigo de Deus àqueles que são infiéis na obediência aos seus mandamentos.

A natureza do ai não é explicada no contexto imediato. Mas se lembramos das palavras de Deus a Ezequiel fará sentido:  Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão” (Ezequiel 33:8)

A vontade de Deus é a salvação do pecador, por isso o objetivo da mensagem é que o ímpio tenha consciência do perigo em que se encontra, e que se desperte para buscar a Deus e seja salvo: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55.7). 

Essa parte do discurso revela a responsabilidade do Profeta em se tratando do destinatário original dessa mensagem e a nossa responsabilidade como cristãos que recebemos do Senhor Jesus a incumbência de anunciar o evangelho ao pecador (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-20; Lucas 24.46-49). Não pregar o evangelho é colocar-se na posição de experimentar o castigo de Deus. 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
06/12/2023
 

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Esequias e Daniele. A justiça divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro do profeta Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

https://gilvanbarbosa.wordpress.com/2009/07/23/ai-de-mim-se-nao-pregar-o-evangelho/


segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

Leitura Bíblica diária Cpad - 18 de dezembro de 2023 - Mateus 28.19


 (Mateus 28.19) “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”.


“Portanto, ide,” Esse versículo nos orienta de maneira cronológica a maneira que deve ser anunciada a Grande Comissão. Em primeiro lugar deve-se ir onde estão as pessoas sendo longe ou perto. Nosso Senhor fez o mesmo quando desceu do céu (saiu da zona de conforto), não tendo aspiração de ser semelhante a Deus (ignorou seu título, sua glória) e assumiu a forma de servo (fez-se semelhante a nós). E uma vez na nossa forma foi não somente as ovelhas perdidas da Casa de seu Pai: “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo bem, e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele. ” (Atos 10:38). Cristo foi o enviado do Pai agora nós que somos conhecidos pelo seu nome somos os enviados dEle: “Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós. “ (João 20:21). Ou seja, devemos nos despojar de todo o nosso orgulho e conquistas, deixar a zona de conforto e nos misturarmos com aqueles que estão nas trevas a fim de os resgatar para a nossa maravilhosa luz. ” E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo, “ (Filipenses 3:8). 


“... ensinai todas as nações,” Em segundo lugar deve-se ensinar todas as nações, afinal o nosso alvo é toda a criatura independente de cultura, passado, idade ou aparência. Era previsto na palavra que o messias seria mestre nessa disciplina: “Bom e reto é o Senhor; por isso ensinará o caminho aos pecadores. ” (Salmos 25:8) e de fato o foi, ora de causar espanto: ”porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas. (Mateus 7:29). Nós igreja do Senhor, somos chamados a realizar as mesmas obras que ele realizou, sobre esse importante ministério o apostolo Paulo nos exorta: ...” se é ensinar, haja dedicação ao ensino; (Romanos 12:7). Ensinar para tornar nosso ouvinte um novo discípulo de Cristo. Discípulo é aquele que aprende de um mestre. O termo se aplica com frequência nos evangelhos aos seguidores de Jesus (Mateus 5.1; João 2.12). Disso segue o discipulado, ensino para ser seguidor de Cristo, ou seja, é o ensino bíblico básico para o novo convertido desenvolver-se espiritualmente. Trata-se de instruções que abrangem vários aspectos da vida, na área espiritual, emocional e social. O discipulado não é opção, é mandamento divino para a edificação e crescimento espiritual de cada cristão. Além do discipulado, Ele também ordenou que esses novos discípulos guardem o que aprenderam: “ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mateus 28.20). Ou seja, as doutrinas e os pontos doutrinários que Jesus ensinou. O livro de Atos mostra os apóstolos no cumprimento dessa palavra (Atos 2.42; 4.1,2; 5.21,28). 


“batizando-as” Em terceiro lugar “batizando-as”. O batismo é uma ordenança de Cristo. Na língua original do Novo Testamento, o grego, a palavra batismo (baptizō) significa “imergir”, “mergulhar”. Todos os que creem devem ser batizados, porém para isso é necessário ser discípulo e não apenas ouvinte. Muitos usam o texto do Eunuco etíope para justificar que para se batizar basta somente crer. Analise o texto: “ E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. ” (Atos 8:36,37). Veja porem que o texto possui contexto e nos diz nele que esse eunuco “tinha ido a Jerusalém para adoração” o que quer dizer que era prosélito (Gentio convertido ao judaísmo) e “assentado no seu carro, lia o profeta Isaías” era conhecedor e estudante das doutrinas do judaísmo, ele possuía um rolo do profeta Isaias e estudava durante a viagem. Felipe na oportunidade lhe indicou Cristo e lhe esclareceu que a profecia que o eunuco lia se referia ao seu recente advento. E acontecendo assim, ele pediu para ser batizado. Ora, o eunuco não era um leigo das escrituras como a maioria dos judeus também não eram. Porém nós gentios nos é esclarecido “Que naquele tempo estáveis sem Cristo, separados da comunidade de Israel, e estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança, e sem Deus no mundo. ” (Efésios 2:12). O que quero dizer é que na maioria das vezes muitos de nós somos leigos acerca das coisas de Deus. Por isso é sim necessário o discipulado básico ao menos. 


“... em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Por último em Mateus 28.19, encontramos a fórmula do batismo na expressão: “do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”, pois a salvação procede do Pai que a planejou; do Filho, que a consumou; e do Espírito Santo que tanto efetuou a encarnação do Filho, como também aplica a salvação ao homem. A fórmula tríplice do batismo é uma maneira de ressaltar a Santíssima Trindade: O Pai, o Filho e o Espírito Santo. No entanto, os unitaristas deturpam e negam a doutrina da Trindade de Deus. As Escrituras, porém, ensinam que Deus é uno e ao mesmo tempo triúno, isto é, Deus o Pai, Deus o Filho, e Deus o Espírito Santo. 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
17/03/2021 

FONTES: 

SOARES, Esequias. O Verdadeiro Pentecostalismo: A atualidade da doutrina bíblica sobre a atuação do Espírito Santo. Rio de Janeiro: CPAD, 2020. 

MENZIES, W. W.; HORTON, S. M. Doutrinas bíblicas: os fundamentos da nossa fé. 5.ed., RJ: CPAD, 2005. 


domingo, 17 de dezembro de 2023

Lição 13: O Propósito de Missões – 4 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ” (1 Coríntios 9.16)

“Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar,”

A pregação do apóstolo não era motivo para ele se gloriar, ou se gabar.  Houve um momento em sua vida em que ele achava que ser sábio era se gloriar nas coisas que tinha: “Ainda que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu: Circuncidado ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; segundo a lei, fui fariseu; Segundo o zelo, perseguidor da igreja, segundo a justiça que há na lei, irrepreensível” (Filipenses 3:4-7). 

Mas ele considerou todas essas glórias do seu passado como esterco, como lixo, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo:  “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo” (Filipenses 3:7,8)

Visto que tudo que conseguimos e somos é o resultado da morte sacrifical de Cristo na cruz, não devemos nos gloriar nelas ou em nós mesmos como se as possuíssemos alguma coisa: Gaiatas 6.14 "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim, e eu para o mundo."

Podemos apenas seguir a ordem formal de Jeremias de nos gloriarmos no Senhor: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas, Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jeremias 9:23,24)

Toda jactância ou vanglória só pode trazer dano à Igreja, mas gloriar-se no Senhor significa que colocamos nossa confiança nele e somente nele.

 “... pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho! ”

Paulo sente uma compulsão interior (que sem dúvida vinha da comissão que Jesus lhe dera na estrada de Damasco, uma comissão confirmada por Ananias como também pelo Espírito Santo: “Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome” (Atos 9:15,16).

Ele deve ter se sentido como Amós, quando disse: “Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará?” (Amós 3-8), ou como Jeremias, ao dizer que a palavra de Deus “foi no meu coração como fogo ardente, encerrado nos meus ossos; e estou fatigado de sofrer e não posso mais” (Jeremias 20.9).

Paulo não pretendia pregar o Evangelho quando partiu tomando a estrada de Damasco. Estava apenas satisfazendo um encargo que Jesus lhe tinha entregado (quando Ele o chamou para ser apóstolo aos gentios).

Essa obrigação pesa sobre ele. E essa obrigação deve também pesar sobre todos os que experimentaram o poder do Evangelho em suas vidas.

Paulo pensa em alguma desgraça vindo sobre ele, se não pregar. “Ai de mim” é, normalmente, um grito de dor diante do castigo. Falar de castigo não é algo agradável na sociedade moderna. Todavia, a Bíblia apresenta claramente a verdade da prestação de contas e do castigo de Deus àqueles que são infiéis na obediência aos seus mandamentos.

A natureza do ai não é explicada no contexto imediato. Mas se lembramos das palavras de Deus a Ezequiel fará sentido:  “Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para dissuadir ao ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniqüidade, porém o seu sangue eu o requererei da tua mão” (Ezequiel 33:8)

A vontade de Deus é a salvação do pecador, por isso o objetivo da mensagem é que o ímpio tenha consciência do perigo em que se encontra, e que se desperte para buscar a Deus e seja salvo: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55.7). 

Essa parte do discurso revela a responsabilidade do Profeta em se tratando do destinatário original dessa mensagem e a nossa responsabilidade como cristãos que recebemos do Senhor Jesus a incumbência de anunciar o evangelho ao pecador (Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-20; Lucas 24.46-49). Não pregar o evangelho é colocar-se na posição de experimentar o castigo de Deus.

  

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
06/12/2023 

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

SOARES, Esequias e Daniele. A justiça divina – A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro do profeta Ezequiel. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

HORTON, Stanley. I e II Coríntios – os problemas da igreja e suas soluções. Rio de Janeiro: CPAD.

MORRIS, Leon. I Coríntios: Introdução e Comentário. Tradução Odayr Olivetti. São. Paulo. Mundo Cristão, 1983

https://gilvanbarbosa.wordpress.com/2009/07/23/ai-de-mim-se-nao-pregar-o-evangelho/ 

sábado, 16 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 16 de dezembro de 2023 - Salmo 126.5,6


Salmos 126:5,6

⁵ Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria.
⁶ Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos. 

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 15 de dezembro de 2023 - Atos 14.26-27


(Atos 14:26,27) “E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido. E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé.”


O contexto dos versículos em destaque é a primeira viagem missionária de Saulo e Barnabé, mais precisamente quando evangelizavam a região da galácia.

Começando pela cidade de Listra: Após curarem um homem coxo, desde o ventre da sua mãe. Paulo e Barnabé foram aclamados por toda a cidade, pois acreditavam que eles eram deuses e o chamavam “Jupiter e Mercurio”. Após não aceitarem receber sacrifícios disseram: “Senhores, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós” (Atos 14:15) e impediram que a multidão lhes sacrificassem. No entanto, após esse evento “sobrevieram ali uns judeus de Antioquia e de Icônio que, tendo convencido a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora da cidade, cuidando que estava morto” (Atos 14:19).

Todavia, os missionários sobreviveram e prosseguiram a missão até a cidade de Derbe (v.20). Em Derbe eles fizeram muitos discípulos e retornaram a todos as cidades que já haviam visitado naquelas cercanias: “...voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia, Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé” (Atos 14:21,22). E também elegeram anciões para administrarem cada igreja.

Após essas missões desceram a panfilia e embarcaram de volta a Síria.


“E dali navegaram para Antioquia, de onde tinham sido encomendados à graça de Deus para a obra que já haviam cumprido.”

Após descerem no porto de Seleucia chegaram de volta a antioquia de onde haviam sido encomendados: “E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. ” (Atos  13.2).

Paulo e Barnabé não saíram a missão por vontade própria, mas porque Deus os havia separados a esta obra.Eles pertenciam a uma igreja e eram dentro das possibilidades amparados por ela: “E na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a saber: Barnabé e Simeão chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes o tetrarca, e Saulo” (Atos 13:1)

Por terem sido encomendados por esta igreja, ali retornaram para prestar conta e testemunhar da graça de Deus que os acompanhou e retornou com eles.

Eles estiveram fora por mais de um ano, possivelmente por vários ano , e a igreja de Antioquia talvez não tivesse recebido nenhuma notícia deles durante todo esse tempo . Imagine a agitação quando as notícias correram pela comunidade cristã: “Barnabé e Paulo voltaram!” Os missionários estavam ansiosos por relatar tudo; e os discípulos, por ouvir.


 “E, quando chegaram e reuniram a igreja, relataram quão grandes coisas Deus fizera por eles, e como abrira aos gentios a porta da fé.”

A igreja foi reunida para que os missionários relatassem sobre as igrejas que fundaram, os sinais que os seguiam, e sobre a grande quantidade de gentios que agora criam no evangelho.

É bíblico apresentar relatórios de uma missão numa reunião de cristãos; é imperativo que a glória seja dada a Deus. McGarvey disse: “Quem volta de um campo difícil de semear carregando boas notícias, fica com o coração palpitando enquanto sua história não é contada”. Sei como é verdadeira essa afirmação — e como me sinto grato às congregações que me deram oportunidade de contar minha história, congregações que confirmaram sua confiança no trabalho que eu estava realizando. A congregação que ignora os relatórios missionários não compreende sua missão.

Quando a primeira viagem missionária de Paulo foi concluída, ele e Barnabé haviam percorrido aproximadamente dois mil quilômetros de algumas das regiões mais perigosas e acidentadas da terra. Aquela fora uma viagem histórica. Agora era hora de recarregar suas baterias espirituais. A história acaba assim: “E permaneceram não pouco tempo com os discípulos” (v. 28).

Essas palavras implicam que Paulo e Barnabé não ficaram lá permanentemente e que viria o tempo em que novamente fariam as malas, partindo para lugares distantes.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
10/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200202_02.pdf


quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

Leitura Bíblica Diária - 14 de dezembro de 2023 - Atos 13.2,3


Atos 13:2,3

² E, servindo eles ao Senhor, e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
³ Então, jejuando e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. 

quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 13 de dezembro de 2023 - 1 Coríntios 12.28


1 Coríntios 12:28

²⁸ E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. 

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 12 de dezembro de 2023 - Atos 8.1


Atos 8:1

¹ E também Saulo consentiu na morte dele. E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos.

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Leitura bíblica diária Cpad - 11 de dezembro de 2023 - Atos 11.19-20


 (Atos 11:19,20) “E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus.”


“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. “

Em Jerusalém estava a maior parte dos cristãos, dirigida pelos apóstolos. Nessacidade haviam vários judeus que tinham influências helenistas e falavam o grego,sendo distinguidos dos outros judeus anti-helenistas. Na Igreja haviam conversosde ambas as posições. Então houve a necessidade de se nomear os diáconos (deorigem helênica), entre esses Estevão, que trabalhavam junto com os apóstolos na área social eadministrativa, representando os judeus gregos na direção da igreja.

O Versículo 19 nos situa dentro da história da expansão da igreja primitiva. E nos torna ao martírio de Estevão e a consequência que isso gerou sobre os judeus que creram no evangelho. Em Atos 8:1 está escrito: “E fez-se naquele dia uma grande perseguição contra a igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apóstolos”. 

Como narra Atos dos Apóstolos, a igreja crescia na comunhão, mas cresciatambém a perseguição contra ela e os cristãos se dispersavam, mas isso fez que expandisse a fé: “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a palavra”(Atos 8:40).

Os dispersos caminharam até Fenícia, Chipre e Antioquia:

Fenícia, região da famosa rainha Jezabel, é o atual Líbano. Os fenícios se dedicaram e obtiveram muito sucesso no comércio marítimo. As cidades fenícias mais citadas na bíblia foram Tiro e Sidon.

Chipre é uma grande, bela e fértil ilha do mar MediterrâneoEra a terra natal de Barnabé (Atos 4.36), por causa disso recebeu cedo recebeu o Evangelho na primeira viagem missionária. Hoje pertence a Turquia.

Antioquia - Foi fundada por Seleuco I Nicátor, que a tornou a capital do seu império. Flávio Josefo descreveu Antioquia como tendo sido a terceira maior cidade do Império Romano e também do mundo, depois de Roma e Alexandria. Cresceu a ponto de se tornar o principal centro comercial e industrial da província romana da Síria. Nesse Lugar foram os discípulos chamados cristãos pela primeira vez.

Os cristãos judaicos pregavam apenas por onde passavam aos judeus, ainda não entendendo que a dispersão indicava o tempo dos gentios. Cristo quando entre ales dizia: “Mas ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel” (Mateus 10:6). O apóstolo Pedro quando pregou na Casa de Cornélio se justificou por causa desse pensamento em comum com esses judeus dispersos: “Vós bem sabeis que não é lícito a um homem judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo” (Atos 10:28)


 “E havia entre eles alguns homens chíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Jesus. ”

Todavia os judeus dispersos não eram apenas anti-helenistas, mas judeus gregos que se converteram a partir da descido do Espírito Santo no pentecoste: “E em Jerusalém estavam habitando judeus, homens religiosos, de todas as nações que estão debaixo do céu” (Atos 2:5). Os versos 9 a 11 de Atos 2 descrevem algumas origens: “Partos e medos, elamitas e os que habitam na Mesopotâmia, Judéia, Capadócia, Ponto e Asia, E Frígia e Panfília, Egito e partes da Líbia, junto a Cirene, e forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos, Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus” (Atos 2:9-11)

Aqui são citados judeus chiprios e cirenenses. Como os bereanos foram mais prudentes que os de tessalônica quanto ao estudo, esses judeus foram mais prudentes que os demais quanto a evangelização.

Porque, como Pedro e João, não conseguiram deixar de anunciar “o que viram e ouviram” (Atos 4:20). Como os chiprios e cirenenses não podemos deixar de anunciar o evangelho a toda a criatura, pois somos testemunhas das grandezas de Deus: “O que também aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz será convosco” (Filipenses 4:9)

A cidade de Antioquia, evangelizada por estes judeus, veio a ser um grande centro missionário, ela foi o ponto de partida para Paulo. Ele, ainda como assistente de Barnabé, iniciou suas viagens missionárias. Estas resultaram na implantação de igrejas na Ásia Menor, Macedônia e Grécia.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
2/12/2023

FONTES:

GABY, Wagner. Até os confins da terra – Pregando o evangelho a todos os povos até a volta de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

GONZALEZ, Justo L.; A Era dos Mártires, 3ª ed. São Paulo: Edições Vida Nova, 1986

JOSEFO, F. História dos hebreus. 8. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2004.

PEARLMAN, Myer. Atos: E as igreja se fez missões. CPAD, 1ª edição, Rio de Janeiro, 1995.


domingo, 10 de dezembro de 2023

Lição 12: O Modelo de Missões da Igreja de Antioquia - 4 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO

“E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado. ” (Atos  13.2)

“E, servindo eles ao Senhor e jejuando,”

Um grupo de mestres de profetas (que exerciam o dom de falar sob inspiração) dedicavam-se a um período especial de oração e jejum. É provável que o restante da igreja estivesse orando também. Os acontecimentos subseqüentes indicam a busca de luz sobre o programa missionário da igreja. Oravam em gratidão pelo que Deus realizara entre os gentios daquela cidade (Antioquia). E também, em favor das multidões não evangelizadas da Ásia Menor e Europa.

O Espírito Santo não procurou os missionários entre os que “esperavam algo para fazer”; Ele fez sua seleção a partir dos que estavam ativos no serviço do Senhor! Se você ainda não encontrou seu lugar adequado na igreja, talvez seja porque não está envolvido em fazer aquilo que pode. “Deus chama pessoas ocupadas.”

Esta é a primeira vez que o jejum (abstinência deliberada de alimento por um período) é mencionado em Atos. No Antigo Testamento, o jejum era uma prática relacionada a um momento de humilhação diante de Deus, seja para receber de Deus o perdão, expressava arrependimento: “Convertei-vos a mim de todo o vosso coração; e isso com jejuns, e com choro, e com pranto”(Joel 2:12), no Novo Testamento, indica prioridades: “E era viúva, de quase oitenta e quatro anos, e não se afastava do templo, servindo a Deus em jejuns e orações, de noite e de dia” (Lucas 2:37). Jesus jejuou no deserto, antes de ser tentado. Ensinou aos seus discípulos que há espíritos malignos que só seriam expulsos após um período de jejum e oração (Marcos 9.29). Em Atos 10, o centurião Cornélio jejuou por quatro dias e recebeu uma orientação divina para chamar Pedro para falar em sua casa.

O alimento não era tudo o que importava para os primeiros cristãos. Às vezes, para cumprir os propósitos de Deus, eles ignoravam à hora das refeições.

 “[…] Disse o Espírito Santo:”

A pessoa do Espírito Santo fala e direciona os líderes da igreja como Cristo havia prometido aos seus discípulos: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar “(João 16: 13,14). Esse mesmo Espírito está disponível hoje a toda a igreja, pois habita dentro dela: “O Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco, e estará em vós” (João 14:17); “Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus “ (1 Coríntios 2:12). Quando o ouvimos devemos atentar ao seu mandar e orientação, pois Ele fala com autoridade divina: “Hoje, dizendo por Davi, muito tempo depois, como está dito: Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações. ” (Hebreus 4:7); “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas” (Apocalipse 2:29). 

“Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.”

A pessoa do Espírito Santo convoca para a obra missionária dois entre os seus líderes: “Barnabé e Saulo”.  

Barnabé era um levita de Chipre. Seu nome era José; o nome Barnabé lhe foi dado pelos apóstolos para indicar o seu caráter (Filho da Consolação, Atos 4.36). Foi o primeiro homem mencionado por sua generosidade, que vendeu uma propriedade e trouxe o dinheiro da venda aos apóstolos para que as necessidades dos membros mais pobres da igreja fossem supridas (Atos 4.36). Ele aparece novamente em Atos 9.27 prestando os seus bons serviços a Saulo de Tarso, quando Saulo retornou a Jerusalém no terceiro ano após a sua conversão, recomendando-o aos apóstolos, afirmando que Saulo era um crente genuíno. Isto sugere que ele já conhecia Saulo. Quando, alguns anos mais tarde, chegou a Jerusalém a notícia de que uma evangelização em larga escala havia ocorrido em Antioquia da Síria, por cristãos helenistas refugiados da perseguição que teve início na Judéia após a morte de Estêvão, Barnabé foi enviado até lá para investigar a situação e agir da forma que julgasse ser mais apropriada. Não podiam ter enviado um homem mais adequado. Longe de sentir-se chocado pelas inovações que ali encontrou, Barnabé sentiu prazer por ver a graça de Deus em ação na conversão dos pagãos em Antioquia, e assim encorajou tanto os evangelistas quanto os novos convertidos com todas as suas forças. Barnabé fortaleceu grandemente os laços de amizade entre a congregação de Antioquia e a igreja-mãe em Jerusalém (At 11.22-30).

Saulo, um israelita circuncidado da tribo de Benjamin, que falava a língua aramaica em sua casa, herdeiro da tradição do farisaísmo, estrito observador das exigências da Torá, e mais avançado no judaísmo do que seus contemporâneos era o primeiro e o mais proeminente entre os judeus (Filipenses 3.5,6; Gálatas 1.14). Era um judeu da Dispersão, nascido em Tarso da Cilicia, um lugar que não era insignificante (At 21.39), apesar de ser natural de Tarso estudou desde cedo em Jerusalém como ele mesmo diz aos pés de Gamaliel: “...e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zelador de Deus, como todos vós hoje sois”(Atos 22:3). Após sua célebre conversão no caminho de Damasco procurou conhecer os demais apóstolos em Jerusalém por intermédio de Barnabé, depois de algum tempo em Jerusalém foi enviado para sua terra natal, pois em Jerusalém procuravam matá-lo: “Sabendo-o, porém, os irmãos, o acompanharam até Cesaréia, e o enviaram a Tarso” (Atos 9:30). Após algum tempo em Tarso, foi convidado por Barnabé para ajudá-lo na supervisão daquela da igreja de Antioquia: “E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e, achando-o, o conduziu para Antioquia” (Atos 11:25). 

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR 
14/11/2023 

FONTES: 

GOMES, Osiel. Os valores do reino de Deus – a relevância do sermão do monte para a igreja de Cristo. Rio de Janeiro: Cpad, 2022. 

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John.Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006. 

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2010. 

PEARLAM, Myer. Atos – E a igreja se fez missão. Rio de Janeiro: Cpad, 1995. 
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200201_05.pdf