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domingo, 30 de julho de 2023

Lição 6 - A Desconstrução da Masculinidade Bíblica - 3 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO “E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. ” (Gênesis 2:15)

“E tomou o Senhor Deus o homem, “ Depois de Deus ter criado o universo, foi observado que “não havia homem para lavrar a terra(Gênesis 2:8). Deus então criou um jardim: “E plantou o Senhor Deus um jardim no Éden, da banda do Oriente, e pôs ali o homem que tinha formado” (Gênesis 2:8). Nesse tempo, a ecologia era perfeita. Deus plantou um jardim para colocar o homem nele. Isso só ocorreu depois que o ambiente natural já estava pronto para ser habitado: “Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro” (Isaías 45.18). Muitas foram as árvores que brotaram, inclusive “a árvore da vida, no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Genesis 2.9). A natureza é um presente de Deus ao ser humano, pois é Ele “quem dá a todos a vida, a respiração e todas as coisas” (At 17.25). Por meio dela, Deus nos garante o ar, a água, o sol, a chuva, a germinação das plantas, o fruto e os alimentos necessários à nossa subsistência. Sem a natureza, não haveria vida. Tudo isso são dádivas naturais, fruto da graça de Deus, conforme nos revela o Evangelho: “porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mateus 5.45). Após a disposição dos ecossistemas, o Criador entregou ao homem a sua primeira grande missão:

“...e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. ” É importante notar que este compromisso do homem com o trabalho assemelha-se a sua criação; e esta, por sua vez, está diretamente relacionada com a necessidade do trabalho. Não só o homem é necessário para completar a criação, mas o trabalho do homem também é necessário. Seu trabalho é tão reflexivo e derivado do trabalho de Deus quanto e seu ser e, por esta razão, é tão importante e digno. Visto que o trabalho é um elemento integral da constituição de Deus do homem como o administrador de sua criação, o trabalho é o resultado da criação e não do pecado. Desse modo, as duas primeiras atividades envolvendo o trabalho de Adão na terra foram “lavrar” e “guardar” o que Deus criara. O primeiro homem foi o primeiro lavrador e guardador que o mundo conheceu. Logo, na criação do homem, no 6º dia, Deus concluiu que não seria bom o homem viver só, então Jeová criou uma “adjutora” para estar ao seu lado, diante da missão a ele confiada. O livro de Gênesis apresenta uma verdade surpreendente – o trabalho fazia parte do paraíso. Um teólogo resumiu tal fato desta maneira: “É perfeitamente claro que o excelente plano de Deus compreendia os seres humanos sempre trabalhando, ou, mais especificamente, vivendo no constante ciclo de trabalho e descanso. O contraste com outras religiões e culturas não poderia ser mais nítido. O trabalho não apareceu após um período dourado de lazer. Ele fazia parte do design perfeito para a vida humana, pois fomos criados à imagem de Deus, e parte de sua glória e felicidade é que ele trabalha, assim como o Filho de Deus, que afirmou: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5.17).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
13/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

RENOVARO, Elinaldo. Tempo, Bens e Talentos: Sendo Mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado. Rio de Janeiro: CPAD, 2019.

Lição 5 - A Dessacralização da Vida no Ventre Materno - 3 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO “E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. ” (Lucas 1.31)

Maria, uma virgem comprometida em casar-se com um homem chamado José, recebe em Nazaré a visita do anjo Gabriel (Lucas 1.26,27). O anjo a saudou causando-lhe espanto: “Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres” (Lucas 1:28); mas, o anjo a disse que não deveria temer, porque tinha achado graça aos olhos de Deus: “Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” (Lucas 1:30)

“E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, “ Quando Gabriel afirma que ela ficaria grávida ela se espanta por causa da sua virgindade: “Como se fará isto, visto que não conheço homem algum? ” (Lucas 1:34). Maria havia sido escolhida para cumprir a profecia que dizia: “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho...” (Isaías 7:14). Esse fato sobrenatural é o sinal de Deus para toda a humanidade: “Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, Para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos” (Gálatas 4:4,5).Mesmo sem entender completamente Maria se dispôs diante do mensageiro de Deus: “Eis aqui a serva do Senhor; cumpra-se em mim segundo a tua palavra. E o anjo ausentou-se dela. “ (Lucas 1:38).

“...e pôr-lhe-ás o nome de Jesus. ” Quando Maria comunicou o seu noivo José. Este não aceitou o seu testemunho. Mateus nos conta que ele intentou deixa-la secretamente: “Então José, seu marido, como era justo, e a não queria infamar, intentou deixá-la secretamente” (Mateus 1:19), e projetando ele isso, quando foi dormir teve um sonho angélico: “eis que em sonho lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo” (Mateus 1:20). José recebeu a mesma incumbência que Maria havia recebido. Nomear essa criança com o nome “Jesus”.  Jesus do hebraico “Joshua” significa “O Senhor é salvação”, afinal ele salvaria o seu povo dos seus pecados (Mateus 1.21). José e Maria obedeceram a instrução do anjo: “E, quando os oito dias foram cumpridos, para circuncidar o menino, foi-lhe dado o nome de Jesus, que pelo anjo lhe fora posto antes de ser concebido. “ (Lucas 2:21)

Sobre o nome de Jesus, Eusébio de Cesaréia escreve na sua História Eclesiástica, Livro I, capitulo III o artigo intitulado: (De como os nomes de Jesus e de Cristo já eram conhecidos desde a antiguidade e honrados pelos profetas inspirados por Deus). “Mas o mesmo Moisés, por obra do espírito divino, conhecia de antemão bem claramente também o nome de Jesus, considerando-o mesmo digno de um privilégio único. Na verdade, nunca se havia pronunciado este nome entre os homens antes de ser conhecido por Moisés. Este aplica o nome de Jesus pela primeira e única vez àquele que, novamente conforme a figura e o símbolo, ele sabia que viria a sucedê-lo depois de sua morte no comando supremo. Nunca antes seu sucessor havia usado o nome de Jesus, mas era chamado por outro nome, Oséias, exatamente o que lhe haviam dado seus pais. Moisés deu-lhe o nome de Jesus como um privilégio precioso, muito maior do que o de uma coroa real. Deu-lhe este nome porque, em realidade, o próprio Jesus, filho de Iavé, era portador da imagem de nosso Salvador, o único que, depois de Moisés e depois de haver concluído o culto simbólico por ele transmitido, o sucederia no comando da verdadeira e sólida religião. E desta maneira Moisés, dando-lhes a maior honra, aplicou o nome de Jesus Cristo nosso Salvador aos dois homens que, segundo ele, mais sobressaíam em virtude e glória sobre todo o povo, a saber, o sumo sacerdote e aquele que haveria de sucedê-lo no comando. ” Sobre Cristo Moisés também havia profetizado: “O Senhor teu Deus te levantará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis” (Deuteronômio 18:15)

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

CESARÉIA, Eusébio. História Eclesiástica. São Paulo: Novo Século, 2002.

Lição 4 - Quando a Criatura Vale mais que o Criador – 3 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO “Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém! ” (Romanos 1.25)

“Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, “ A NTLH diz: “trocam a verdade sobre Deus pela mentira”. De fato, o texto grego diz literalmente: “a mentira”. Segundo Paulo, a rejeição da revelação divina que resulta em idolatria é “a mentira”. Francis Schaeffer diz que, quando o homem se rebela e se afasta da sua referência primeira em Deus, do relacionamento apropriado com Deus, tudo se torna mentira. O ser humano não sabe quem é. Toda verdade é negada. Ele passa questionar não apenas a existência de Deus. Questiona igualmente a própria existência. Quando as pessoas jogam fora o Deus da verdade, a verdade desaparece como um todo. E tudo o que resta são conjuntos de opiniões, deuses e prazeres pessoais.

 “...e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, “ De que maneira honram a criatura? “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis” (V.23). Qual foi o resultado? O resultado disto foi a idolatria. A glória de Deus foi mudada em imagens de formas humanas e animais. Qual é a raiz pecaminosa da idolatria? A raiz pecaminosa da idolatria é o egoísmo. O homem faz um ídolo. Traz-lhe ofertas e lhe apresenta suas orações. Por que? A fim de que sejam promovidos seus próprios esquemas e sonhos e propósitos. Todo o seu culto é por causa de si mesmo e não por causa de Deus. Na totalidade desta passagem somos confrontados face a face com o fato de que a verdadeira essência e base do pecado é colocar-se a si mesmo no lugar de Deus. A maneira mais comum em que muitos servem “a criatura no lugar do Criador” é servindo a si mesmos e esforçando-se para saciar seus próprios desejos em vez de procurar saber qual é a vontade de Deus e esforçar-se para agradá-lo. Tal atitude torna “Deus pequeno e nós, grandes”.

“...que é bendito eternamente. Amém! ” Quando Paulo analisou como a humanidade havia negligenciado a Deus e deixado de glorificá-lo, ele não pôde se conter. Encerrou o versículo 25 com estas palavras. A palavra grega traduzida por “bendito” tem a mesma raiz que “elogio” (“uma palavra boa”). Significa “digno de ser louvado”. No Novo Testamento, o termo é aplicado somente a Deus. A NTLH diz: “que deve ser louvado para sempre. Amém! ”

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
11/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

http://biblecourses.com/Portuguese/Po_lessons/Po_200809_05.pdf

SCHAEFFER, Francis A. A obra consumada de Cristo. Cultura Cristã.

BARCLAY, William. The Letter to the Romans - Tradução: Carlos Biagini

J. W. McGarvey e Philip Y. Pendleton, Thessalonians, Corinthians, Galatians and Romans. Cincinnati: Standard Publishing, s.d., p. 305.

LOPES, Hernandes Dias. Romanos: o evangelho segundo Paulo. São Paulo, SP: Hagnos, 2010.

quinta-feira, 13 de julho de 2023

As Razões dos Não-Dizimistas – Rev. Hernandes Dias Lopes

A doutrina do dízimo é inaceitável para aqueles que ainda não tiveram uma experiência pessoal com Jesus Cristo. Isto porque não foram ainda marcados pela consciência da causa de Deus nem pela prioridade do Seu Reino. No Novo Testamento a palavra DÍZIMO aparece 9 vezes e ligadas a duas situações:

1) MATEUS 23.23= Partindo dos lábios de Jesus em relação aos fariseus. Jesus aqui reafirma a necessidade do dízimo, ao mesmo tempo que denuncia sua prática como demonstração de piedade exterior (Lc 18.12) – “Jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho.” Também Jesus denuncia a prática do dízimo como substituição de valores do Reino tais quais: justiça, misericórdia e fé (Lc 11.42).

2) HEBREUS 7. 1-10 = Eis as lições desse texto: a) O Pai da fé deu dízimo de tudo – v. 2; b) O pai da fé deu o dízimo do melhor – v. 4; c) A entrega dos dízimos se deu não por pressão da lei, uma vez que o povo israelita ainda não existia e, portanto, muito menos a lei judaica – v. 6; d) Hebreus nos faz perceber e reconhecer a superioridade do valor do dízimo que é dado a Cristo (imortal) em relação ao dado aos sacerdotes (mortais) – v. 8; e) O autor destaca que os que administram os dízimos também devem ser dizimistas – v. 9.
Ser ou não ser dizimista é uma questão de acreditarmos na causa que abraçamos, na “pérola que encontramos”. Hoje, muitos crentes não são fiéis a Deus na entrega dos dízimos. Para justificar esta atitude, criam vários justificativas e desculpas. Se dependesse deles, a igreja fecharia as portas. Não existiriam templos, nem pastores, nem missionários, nem bíblias distribuídas, nem assistência social. Eis as justificativas clássicas dos não-dizimistas:

I. JUSTIFICATIVA TEOLÓGICA: Ah, eu não sou dizimista, porque DÍZIMO é da lei. E eu não estou debaixo da lei, mas sim da graça”. Sim! O dízimo é da lei, é antes da lei e é depois da lei. Ele foi sancionado por Cristo. Se é a graça que domina a nossa vida, porque ficamos sempre aquém da lei? Será que a graça não nos motiva a ir além da lei? Veja: a lei dizia “Não matarás = EU PORÉM VOS DIGO AQUELE QUE ODIAR É RÉU DE JUÍZO”. A lei dizia: “Não adulterarás = EU PORÉM VOS DIGO QUALQUER QUE OLHAR COM INTENÇÃO IMPURA…”. A lei dizia:” Olho por olho, dente por dente = EU PORÉM VOS DIGO: SE ALGUÉM TE FERIR A FACE DIREITA, DÁ-LHE TAMBÉM A ESQUERDA”. A graça vai além da lei: porque só nesta questão do dízimo, ela ficaria aquém da lei? Esta, portanto, é uma justificativa infundada. Mateus 23.23 mostra que justiça, misericórdia e fé também são da lei. Se você está desobrigado em relação ao dízimo por ser da lei, então você também está em relação a estas virtudes.

II. JUSTIFICATIVA SENTIMENTAL. Muitos dizem: “A bíblia diz em II Coríntios 9.7 ‘Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria’ (= contribuição espontânea e com alegria). Só que este texto não fala de dízimo e sim de oferta. Dízimo é dívida. Não pagar dízimo é roubar de Deus. Perguntamos também: O que estará acontecendo em nosso coração que não permite que não tenhamos alegria em dizimar? Em sustentar a Causa que abraçamos e defendemos?

III. JUSTIFICATIVA FINANCEIRA. “O que eu ganho não sobra ou mal dá para o meu sustento”. 1) O dízimo não é sobra = Dízimo é primícias. “Honra ao Senhor com as primícias da tua renda.” Deus não é Deus de sobras, de restos. Ele exige o primeiro e o melhor. 2) Contribua conforme a tua renda para que a tua renda não seja conforme a tua contribuição = Deus é fiel. Ele jamais fez uma exigência que não pudéssemos cumprir. Ele disse que abriria as janelas dos céus e nos daria bênçãos sem medidas se fôssemos fiéis. Ele nos ordenou a fazer prova Dele nesta área. Ele promete abrir as janelas do céu! Ele promete repreender o devorador por nossa causa. 3) Se não formos fiéis, Deus não deixa sobrar = Ageu diz que o infiel recebe salário e o coloca num saco furado. Vaza tudo. Foge entre os dedos. Quando somos infiéis, fechamos as janelas dos céus com as nossas próprias mãos e espalhamos o devorador sobre os nossos próprios bens.

IV. JUSTIFICATIVA ASSISTENCIAL. “Prefiro dar meu dízimo aos pobres. Prefiro eu mesmo administrar meu dízimo”. A Bíblia não nos autoriza a administrar por nossa conta os dízimos que são do Senhor. O dízimo não é nosso. Ele não nos pertence. Não temos o direito nem a permissão nem para retê-lo nem para administrá-lo. A ordem é: TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS À CASA DO TESOURO PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA MINHA CASA. A casa do Tesouro é a congregação onde assistimos e somos alimentados. Mas será que damos realmente os “nossos” dízimos aos pobres? Com que regularidade? Será uma boa atitude fazer caridade com a parte que não nos pertence?

V. JUSTIFICATIVA POLÍTICA. “Eu não entrego mais os meus dízimos, porque eles não estão sendo bem administrados.” Não cabe a nós determinar e administrar do nosso jeito o dízimo do Senhor que entregamos. Se os dízimos não estão sendo bem administrados, os administradores darão conta a Deus. Não cabe a nós julgá-los, mas Deus é quem julga. Cabe a nós sermos fiéis. Não será também que esta atitude seja aquela do menino briguento, dono da bola, que a coloca debaixo do braço sempre que as coisas não ocorrem do seu jeito? Deus mandou que eu trouxesse os dízimos, mas não me nomeou fiscal do dízimo.

VI. JUSTIFICATIVA MÍOPE.  “A igreja é rica e não precisa do meu dízimo.” Temos conhecimento das necessidades da igreja? Temos visão das possibilidades de investimento em prol do avanço da obra? Estamos com essa visão míope, estrábica, amarrando o avanço da obra de Deus, limitando a expansão do Evangelho? AINDA, não entregamos o dízimo para a igreja. O dízimo não é da igreja. É DO SENHOR. Entregamo-lo ao Deus que é dono de todo ouro e de toda prata. Ele é rico. Ele não precisa de nada, mas exige fidelidade. Essa desculpa é a máscara da infidelidade.

VII. JUSTIFICATIVA CONTÁBIL. “Não tenho salário fixo e não sei o quanto ganho.” Será que admitimos que somos maus administradores dos nossos recursos? Como sabemos se o nosso dinheiro dará para cobrir as despesas de casa no final do mês? Não sabendo o valor exato do salário, será que o nosso dízimo é maior ou menor do que a estimativa? Porque ficamos sempre aquém da estimativa? Será auto-proteção? Será desinteresse?

VIII. JUSTIFICATIVA ECLESIOLÓGICA. “Não sou membro da igreja”. Acreditamos mesmo que os nossos deveres de cristãos iniciam-se com o Batismo e a Profissão de Fé ou com a inclusão do nosso nome num rol de membros? Não será incoerência defendermos que os privilégios começam quando aceitamos a Cristo: (o perdão, a vida eterna) e os deveres só depois que nos tornamos membros da igreja? Somos menos responsáveis pelo crescimento do Reino de Deus só porque não somos membros da igreja?

CONCLUSÃO. É hora de abandonarmos nossas evasivas. É hora de darmos um basta às nossas desculpas infundadas. É hora de pararmos de tentar enganar a nós mesmos e convencer a Deus com as nossas justificativas. É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos que tudo é de Deus: nossa casa, nosso carro, nossas roupas, nossas jóias, nossos bens, nossa vida, nossa saúde, nossa família. TUDO É DELE. Somos apenas mordomos, administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós obediência e não desculpas. Fidelidade e não evasivas. Que atitude vamos tomar? Nosso coração está onde está o nosso tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino de Deus, não vamos ter problemas com o dízimo. Amém.


Publicado em: 25 de março de 2015 Por: Rev. Ageu Magalhães

Lição 3 - O Perigo do Ensino Progressista – 3 Trimestre de 2023.

TEXTO ÁUREO “ Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos. ” (2 Timóteo 3.1)

“ Sabe, porém, isto: “ O Apóstolo Paulo está preso numa masmorra conhecida como prisão Marmetina, na sala de espera do seu próprio martírio. Entendemos pelas epístolas que depois de deixar Tito em Creta, Paulo navega rumo ao norte com a intenção de ir a Nicópolis passando por Trôade e Macedônia. (Tito 3:12) Trófimo, o seu companheiro, adoeceu durante a viagem e ficou em Mileto. (2 Timóteo 4:20) Navegando para Trôade, o apóstolo permaneceu na casa de um homem chamado Carpo. Onde foi preso pela segunda vez, dessa vez como líder dos Cristãos que haviam sido acusados falsamente pelo imperador Nero de incendiar a cidade de Roma. Ou seja, a fornalha da perseguição contra a igreja está acesa. Paulo então escreve dessa prisão para dar suas últimas recomendações a Timóteo, um pastor jovem, doente e tímido, sobre como enfrentar vitoriosamente o tempo do fim.  

“...que nos últimos dias...” Os últimos dias, segundo a opinião de John N. D. Kelly, denotam o período pouco antes da vinda em glória do Senhor e do fim da era presente. Outros entendem que é uma referência a todo o período compreendido entre a primeira e a segunda vindas de Cristo. O termo pode se referir a qualquer época a partir do momento em que Deus nos falou pelo Seu Filho: “Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hebreus 1:1) — desde o dia de Pentecostes, quando a igreja começou: “E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, Que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne” (Atos 2:17) até os últimos dias da apostasia (1 Timóteo 4:1–3), quando virão os escarnecedores (2 Pedro 3:3–7) e o Dia do Juízo (João 12:48).

 “...sobrevirão tempos trabalhosos. ” Para descrever esses dias duros, trabalhosos, difíceis, furiosos e violentos. Paulo emprega um termo grego usado para descrever os endemoninhados gadarenos que estavam furiosos (Mateus 8.28). Isso indica que a violência dos últimos dias será incitada pelos demônios (1 Timóteo 4.1).  Será uma época de terrível florescimento do mal, em que todos os alicerces morais são sacudidos. É como se o mundo se tornasse ainda mais mundano. (2 Timóteo 3:2-4) “…porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, ”. Sempre houve tempos difíceis ou trabalhosos para a igreja cristã. Ela nasceu debaixo da perseguição dos judeus; experimentou a perseguição dos imperadores de Roma, que intentavam eliminar o cristianismo da face da terra; na Idade Média, sofreu a perseguição dos reis, dos imperadores, e da Igreja Católica Romana, que tudo fizeram para silenciar a voz dos protestantes, que confrontavam os desmandos do clero corrupto que se aproveitava da ignorância do povo. Depois, veio, na História, a perseguição diabólica, por meio do materialismo ateu e anticristão. Os comunistas entenderam (e ainda entendem) que o cristianismo é um empecilho aos seus objetivos declarados ou velados de dominação do mundo. Os comunistas foram derrotados e alijados em seu próprio berço, a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Esse regime de tirania e injustiças eliminou muitos cristãos, matando-os nas prisões, na Sibéria, deixando-os morrer de inanição e frio insuportável. Mas o comunismo foi destruído na Europa Oriental. No entanto, o cristianismo continuou e continua em sua marcha vitoriosa em busca do encontro com Cristo, na eternidade.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
3/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

LOPES, Hernandes Dias. 2Timóteo: o testamento de Paulo à igreja. São Paulo: Hagnos, 2014. 

PEARLMAN, Myer. Através da Bíblia Livro por Livro. São Paulo: Editora Vida, 1999

RENOVATO, Elinaldo. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

HORTON, Stanley M. Nosso Destino, 1a ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembleias de Deus, 1998.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_200401_01.pdf

Lição 2 - A Deturpação da Doutrina Bíblica do Pecado - 3 Trimestre de 2023

TEXTO ÁUREO "Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. ” (Romanos 3.20)

"Por isso, nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, “ Paulo conclui, ninguém será declarado justo diante Deus baseando-se na obediência à lei, literalmente "por obras da lei" (ARA). Mas o que ele quer dizer com "obras da lei"? Até mesmo entre os mais experientes eruditos há alguma dúvida sobre o que signifique a expressão as obras da lei. Enquanto que alguns as incluem à observância de toda a lei, outros as restringem exclusivamente às cerimônias.  Temos, contudo, muitas razões para crer que Paulo está falando, aqui, de toda a lei. Somos fortemente corroborados pelo fio de raciocínio que temos seguido até aqui, ao qual continuaremos a seguir. Há muitas outras passagens que não nos permitem pensar de outra forma. Portanto, é uma memorável verdade de primeira grandeza, a saber, que ninguém é capaz de alcançar a justiça pela observação da lei. Paulo apresentou sua razão para isso, e no presente texto ele o reiterará, ou, seja: todos os homens, sem exceção, são culpados de transgressão, e estão todos condenados pela lei como injustos. Estas duas proposições – ser justificado pelas obras e ser culpado de transgressão – são opostas entre si.  O termo carne, se não for particularmente especificado, significa simplesmente homens, embora pareça comunicar um sentido um tanto mais geral, assim como é mais expressivo dizer todos os mortais, do que dizer todos os homens. O ser humano pode se vangloriar de suas obras perante as demais pessoas, mas perante Deus não encontrará justificativa, pois nem mesmo Abraão alcançou por méritos (Romanos 4.1-3). Se houvesse um só ponto ou característica de ser humano que o pudesse justificar, existiriam outros caminhos para se alcançar a justificação além do caminho da morte e cruz apresentado por Jesus, e, certamente, os seres humanos escolheriam o caminho mais simples.

 “...porque pela lei vem o conhecimento do pecado. ” Uma vez que ele evidencia que a lei era insuficiente para salvar, qual era então a função da lei? O apóstolo deixa mais evidente a função quando escreve a epístola aos gálatas (G1 3.23-25), na qual afirma que a lei serviu como aio para se chegar a Cristo. A palavra grega “aio” significa uma pessoa que conduz uma criança”, tutores responsáveis por proteger os filhos de seus senhores, educá-los, bem como corrigi-los. Portanto, o aio tinha uma função transitória, e não definitiva, pois, quando o filho chegava à sua maturidade, não tinha mais função a desenvolver. Dessa forma, a função da lei era dar consciência tanto a judeus como gentios de sua culpabilidade e conduzi-los a Cristo, a solução para o pecado da humanidade. A lei em si era insuficiente para a salvação, mas tinha sua função, que era a de conscientizar o ser humano de sua miserabilidade e a necessidade de alternativa para se salvar. Dessa forma, abre-se o caminho para apresentar a grande revelação da justiça de Deus para a humanidade, que é apresentada na carta, as boas novas da salvação para uma humanidade em pecado e que não têm como pagar sua dívida. Paulo está preparando o leitor para receber a doutrina da justificação pela fé.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
3/7/2023

FONTES:

BAPTISTA, Douglas. A igreja de Cristo e o império do mal – Como viver neste mundo dominado pelo espírito da Babilônia. Rio de Janeiro: CPAD, 2023.

NEVES, Natalino das. Justiça e Graça: Um Estudo da Doutrina da Salvação na Carta aos Romanos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

CALVINO, João, (1509-1564). Romanos [tradução de Valter Graciano Martins]. São José dos Campos, SP: Fiel, 2014.