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LIÇÃO 10 - Quando os Pais Sepultam seus Filhos – 2 Trimestre de 2023.
Contexto
No verso 7 Paulo diz: “Temos,
porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de
Deus, e não de nós ”. Que tesouro é este? A resposta está no verso 6 quando
Paulo cita (Gênesis 1.3) A iluminação de Cristo que nos deu o conhecimento da
glória de Deus. Paulo conhecia a glória. Ele também conhecia o sofrimento que
seu ministério muitas vezes acarretava. Seu conhecimento da glória de Deus em
Cristo é um tesouro inestimável. As pessoas naqueles dias dificilmente
pensariam em pôr jóias em simples vasos de barro. Mas nós que temos a luz de
Cristo ainda vivemos em corpos humanos frágeis em um mundo pecador. Deus não muda nosso corpo agora, mas escolheu
nos deixar em fraqueza humana de forma que seja óbvio a todos que a grandeza do
seu poder, manifestada por meio dos seus servos, é “de Deus e não de nós”.
Paulo foi usado por Deus para realizar muitos milagres, contudo ele permaneceu
fisicamente, fraco e sem impressão. Paulo queria que os coríntios soubessem que
pouco importava o que acontecesse, o tesouro no vaso de barro do seu corpo o
impedia de ser quebrado pelas circunstâncias ou pelos inimigos. Nesta seção da
carta Paulo se expressa numa série de quatro declarações paradoxais. Elas
refletem, de um lado, a vulnerabilidade de Paulo e de seus companheiros, e por
outro lado, o poder de Deus que os sustenta.
“Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; “ A palavra grega para
“atribulados”, significa afligido, sujeito a pressões, enquanto a palavra para
“angustiados”, traz a idéia de comprimir em lugar apertado. Tem que ver com o
aperto de uma pequena sala, de um espaço confinado, e, daí a dor que é sua
ocasião. A tribulação é uma prova externa, enquanto a angústia é um sentimento
interno. A tribulação produz angústia (SI 116.3), mas Paulo mesmo enfrentando
circunstâncias tão adversas era fortalecido pelo Senhor. Quais as tribulações que
Paulo enfrentou? Ele foi perseguido em Damasco, rejeitado em Jerusalém,
esquecido em Tarso, apedrejado em Listra, açoitado em Filipos, escorraçado de
Tessalônica e Beréia, chamado de tagarela em Atenas, de impostor em Corinto.
Enfrentou feras em Éfeso, foi preso em Jerusalém, acusado em Cesaréia,
enfrentou um naufrágio a caminho de Roma e foi picado por uma cobra em Malta.
Sofreu prisões, açoites, apedrejamento, fome, frio e pressão de todos os lados.
Contudo, Deus o assistiu não o deixando sucumbir diante de tantas adversidades.
Os problemas o pressionavam severamente de todos os lados (ou de todas as
formas), mas por causa do poder incomparável de Deus eles não podiam nem mesmo
restringi-lo de disseminar o Evangelho.
“...perplexos, mas não desanimados; ” A palavra grega para
“perplexos”, significa estar em dúvida, estar perplexo, enquanto a palavra para
“desanimados”, significa estar completamente em desespero, ou melhor o desespero
em seu estado final. Jesus morreu na cruz, mas Deus O ressuscitou para reinar à
Sua direita. Por isso, o apóstolo recusou-se a desistir mesmo quando perplexo
com o comportamento de seus companheiros judeus ou dos pagãos a quem pregava.
As dúvidas e brigas de outros crentes nunca levaram o apóstolo a ficar desanimado.
Durante todos os tumultos, Paulo confiou em Cristo, seu Amigo e Consolador. A
vitória dos cristãos é assegurada pela certeza de que o Senhor voltará. Paulo
sabia que os fiéis herdarão a vida eterna e os corruptos de coração serão
separados da presença do Senhor.
“...perseguidos, mas não desamparados; “ A palavra grega para
“perseguidos”, traz a ideia de perseguir e caçar como a um animal, enquanto a
palavra para “desamparados”, significa desertar, abandonar alguém em
dificuldades. Paulo se descreve como um fugitivo caçado por seus adversários,
contudo, na última hora Deus lhe dava um escape.201 Paulo sofreu duras
perseguições desde o começo de sua conversão até o último dia da sua vida na
terra. Não teve folga nem alívio. Foi perseguido pelos judeus e pelos gentios, pelo
poder religioso e pelo poder civil. No entanto, jamais se sentiu desamparado.
Quando foi apedrejado em Listra, levantou-se para prosseguir o projeto
missionário. Quando foi preso em Filipos, cantou e orou à meia-noite. Quando foi
preso em Jerusalém, deu testemunho diante do Sinédrio. Quando foi levado para
Roma como prisioneiro de Cristo, testemunhou ousadamente aos membros da guarda
pretoriana. Mesmo quando ficou só em sua primeira defesa, em Roma, foi
assistido pelo Senhor (2 Timoteo 4.16-18).
“...abatidos, mas não destruídos; “ A palavra grega para
“abatidos”, significa lançar abaixo, derrubar violentamente. A palavra era
usada para falar da derrubada de um oponente na luta ou de derrubar uma pessoa
com a espada ou qualquer outra arma. Já a palavra para “destruídos”, significa
destruir e perecer. Paulo enfrentou circunstâncias desesperadoras, acima de suas
forças (1.8). Foi acusado, perseguido, açoitado, aprisionado, mas jamais sucumbiu.
Mesmo quando foi levado à guilhotina romana e teve seu pescoço decepado pelo
verdugo, não foi destruído (2 Timóteo 4.17,18), porque sabia que sua morte não
era uma derrota, mas uma vitória, uma vez que morrer é lucro, é deixar o corpo
e habitar com o Senhor, o que é incomparavelmente melhor. Na fraqueza de Paulo,
Jesus o tornou forte. O apóstolo parecia nunca esquecer que estava seguindo os
passos de Jesus. O próprio Senhor foi crucificado de um modo vergonhoso, mas,
por meio de Sua morte, Ele derrotou Satanás. A glória do ministério de Paulo
estava no fato de que ele transmitia os ensinamentos de Jesus, mas também
participara dos sofrimentos de Cristo. Ele jamais pensou em abandonar seu
ministério. Naquilo o mundo viu como fraqueza, o apóstolo encontrou força.
DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
24/5/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em
Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio
de Janeiro: CPAD, 2023.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_202107_02.pdf
KRUSE, Colin. 2 Coríntios – Introdução e comentário. São
Paulo: Vida Nova, 1984.
LOPES, Hernandes Dias. 2 Coríntios:
o triunfo de um homem de Deus diante das dificuldades. São Paulo: Hagnos, 2008.
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domingo, 21 de maio de 2023
LIÇÃO 9 - Uma Família Nada Perfeita – 2 Trimestre de 2023.
Contexto
O apóstolo Paulo está chegando ao
final de sua carta. Seus temas principais já foram apresentados. Tudo o que
resta são algumas advertências finais. À primeira vista, essas instruções e
exortações parecem estar muito frouxamente ligadas entre si. No entanto, um
exame mais detalhado, revelará o elo de ligação. É justo que os crentes, uma
vez tendo recebido instrução espiritual de seus mestres na fé, contribuam
materialmente em favor destes (v. 6). De acordo com a semeadura, assim será
também a colheita. Se plantais a semente de vossas cobiças egoístas, se semeais
no campo da carne, obtereis um a colheita corrupta. Mas se semeais na boa terra
do Espírito, obtereis um a colheita de vida eterna”. Tendo como base o fato de
que o princípio da semeadura é implacável, Paulo exorta os gálatas a não se
cansarem de fazer o bem, principalmente aos domésticos da fé (vv. 9 e 10). É a
explicação do grande princípio da semeadura e da colheita que será apresentado
no versículo 7:
“Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; “ Paulo começa com uma
advertência para que não se enganem, não errem. Essa advertência serve para
preparar a ideia seguinte, que é uma lei imutável. A possibilidade de se
enganar é mencionada diversas vezes no Novo Testamento. (1 Coríntios 15.33)
“Não vos enganeis: as más conversações corrompem os bons costumes”. Jesus
disse que o diabo é um mentiroso e o pai da mentira, e advertiu os seus
discípulos contra a possibilidade de serem enganados. João nos adverte, na sua
segunda epístola, que “muitos enganadores têm saído pelo mundo fora”; Paulo
nos roga, em sua carta aos Efésios: “ Ninguém vos engane com palavras vãs”.
Já em Gálatas ele pergunta aos seus leitores: “Quem vos fascinou? ” (3:1)
e fala ainda da pessoa que “ a si mesma se engana” (6:3). Afinal, muitos
se tem enganado acerca desta inexorável lei da semeadura e da colheita. A
palavra grega para escarnecer tem um sentido de “torcer o nariz”, “tratar
despercebidamente”, “ridicularizar” conforme escreve Salomão ““O filho sábio
alegra seu pai, mas o homem insensato despreza a sua mãe” (Provérbios
15.20). A ideia é tornar Deus ridículo mediante a defraudação e o não
cumprimento da sua vontade. A ausência do artigo no termo grego usado para Deus
demonstra que deve ser entendido qualitativamente. Deus não é do tipo
suscetível à zombaria. Torna-se extremamente fútil tentar zombar dEle. O que o
apóstolo diz aqui é que os homens podem enganar a si mesmos, mas não podem
enganar a Deus. Embora pensem que podem escapar desta lei da semeadura e
colheita, eles não podem. Podem até continuar semeando suas sementes e fechando
os olhos às consequências, mas um dia o próprio Deus vai fazer a colheita.
“...porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. “ Este é
um princípio de ordem e coerência que se acha inscrito em toda vida, material e
moral. A agricultura, por exemplo. Depois do dilúvio, Deus prometeu a Noé que,
enquanto houvesse terra, haveria “ sementeira e ceifa”, isto é, a semeadura e a
colheita não teriam fim: “Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio
e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão” (Genesis 8:22). Se
um lavrador deseja ter colheita, deve semear a semente no seu campo; caso
contrário, não haverá colheita. Além disso, o tipo de colheita que ele vai obter
é determinado de antemão pelo tipo de semente que ele semeia. Isso acontece com
a natureza, a qualidade e a quantidade. Se ele semear cevada, vai colher
cevada; se semear trigo, colherá trigo. Semelhantemente, uma boa semente produz
uma boa colheita, e uma semente ruim produz uma colheita ruim. Além disso, se
ele semeia com abundância, pode esperar uma colheita abundante; mas se semeia
parcamente, também vai colher parcamente: “E digo isto: Que o que semeia
pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância
ceifará” (2 Coríntios 9:6). Reunindo tudo, podemos dizer que se um lavrador
deseja uma safra abundante de um a determinada semente, então, além de semear a
semente adequada, esta deve ser boa e tem de ser semeada com abundância. Só
assim ele pode esperar uma boa colheita. O homem colherá o que semeou. Deus
deixa que o homem lavre sua sorte com as próprias mãos (livre arbítrio). Ele
concede liberdade ao homem para semear onde queira, e, portanto, para colher o
que queira. Exatamente esse mesmo princípio opera na esfera moral e na
espiritual. Quem decide como será a colheita, não são os que colhem, mas os
semeadores. Se um homem é fiel e consciencioso em sua semeadura, então pode
confiantemente aguardar uma boa colheita. Se ele “ semeia ventos”, como
costumamos dizer, só pode “ colher tempestades”! Por outro lado, segundo a
observação de Elifaz, o temanita: “os que lavram a iniquidade e semeiam o
mal, isso mesmo eles segam” (Jó 4:8). Ou, como Oséias advertiu os seus
contemporâneos (8:7), “ porque semeiam ventos, segarão tormentas”
(referindo-se ao juízo divino).
DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
18/5/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em
Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio
de Janeiro: CPAD, 2023.
SOARES, Germano. Gálatas – Comentário. Rio de Janeiro: CPAD,
2009.
BOYD, Frank M.
Comentário Bíblico.../ 1 ed. - Rio de Janeiro: Casa Publicadora das
Assembléias de Deus, 1996.
STOTT, John. A mensagem de gálatas. São Paulo: ABU, 2000.
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LIÇÃO 8 - A Importância da Paternidade na Vida dos Filhos – 2 Trimestre de 2023.
“E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos” O sentido da palavra
"ira" nesse versículo é represália ou repulsa. Um tipo de exigência
irracional e incompreensível não oferece aos filhos a condição espontânea de
obedecer. Ao contrário, cria neles a revolta e uma espécie de antipatia em
relação ao tipo de obediência exigida. Não provocar "a ira" a nossos
filhos equivale a reconhecer que eles são iguais a nós como pessoas dotadas de
sentimentos. A ira pode ser representada por aqueles sentimentos que criam o
ódio, a amargura, o rancor. Os pais, quando tratam com os filhos, devem
lembrar-se de que eles são seres humanos, não máquinas nem robôs. Deve-se
respeitar o sentimento deles. A provocação da ira nos filhos afasta-os da
comunhão com os pais e os torna, muitas vezes, alienados dentro do lar. Os pais
podem facilmente abusar da autoridade, ou por fazerem exigências irritantes ou
absurdas que não levam em conta a inexperiência, ou por severidade e crueldade
num extremo, ou por favoritismo e agrados exagerados no outro, ou por humilhar
e oprimir os filhos, ou por fazer uso de duas armas vingativas: a ironia e a
ridicularizarão. Estas são algumas das atitudes dos pais que provocam
ressentimento e ira nos filhos. O mesmo versículo apresenta o caminho para que
os pais levem seus filhos à obediência, que é a disciplina:
"..., mas criai-os na disciplina e admoestação do Senhor".
A disciplina deve ser coerente com os padrões familiares expostos na Bíblia. A
disciplina deve ser consistente, ainda que flexível, isto é, ela deve ser
aplicada com firmeza e não deve sofrer alteração depois de emitida uma ordem
disciplinar. Entretanto, a disciplina deve ser flexível quanto ao método
aplicado. Os pais não devem persistir num método cujo efeito não alcance o
objetivo educacional. Os filhos devem sentir a força e o peso da disciplina aplicada
e mantida, para que os pais não caiam em descrédito perante eles.A disciplina
feita na "admoestação do Senhor" formará personalidades fortes e
sadias, moral e espiritualmente. A disciplina dentro dos padrões bíblicos
corrige não só os filhos, mas também os pais quanto aos métodos aplicados. O
padrão bíblico de disciplina familiar equilibra os métodos aplicados. Esses
métodos não devem ser excessivos nem permissivos. A disciplina excessiva traz
amargura e alienação dentro do lar. A disciplina permissiva satisfaz todos os
desejos dos filhos maus ou bons, e os transforma em tiranos e libertinos. A
Bíblia também é instrumento de correção, conforme está escrito: "Toda a
escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para
corrigir e para instruir em justiça" (2Timoteo 3.16).
DEIVY FERRREIRA
PANIAGO JUNIOR
18/04/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em Família – Superando
desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD,
2023.
RENOVATO, Elinaldo. Colossenses - A Perseverança da Igreja
na Palavra Nestes Dias Difíceis e Trabalhosos. Rio de Janeiro: CPAD.
CABRAL, Elienai. Comentário Bíblico: Efésios 3a Ed. – Rio de
Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999.
http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201312_03.pdf
STOTT, Jonh. A mensagem e Efésios – A nova sociedade de
Deus. São Paulo: Abu editora, 2001.
MARTIN, Ralph P. Colossenses e Filemom – introdução e
comentário. São Paulo: Vida Nova, 1984.
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domingo, 7 de maio de 2023
LIÇÃO 7 - O Relacionamento entre Nora e Sogra – 2 Trimestre de 2023.
Contexto histórico:
“E sucedeu que, nos dias em
que os juízes julgavam, houve uma fome na terra; por isso um homem de Belém de
Judá saiu a peregrinar nos campos de Moabe, ele e sua mulher, e seus dois
filhos; E era o nome deste homem Elimeleque, e o de sua mulher Noemi, e os de
seus dois filhos Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; e chegaram aos campos
de Moabe, e ficaram ali. (Rute 1:1,2). ” Após habitar ali cerca de 10 anos
Noemi perdeu para a morte seu marido e seus dois filhos. Então se levantou
ela com as suas noras, e voltou dos campos de Moabe, porquanto na terra de
Moabe ouviu que o Senhor tinha visitado o seu povo, dando-lhe pão (Rute 1:6).
” Decidiu então retornar para Judá. E despediu-se das suas noras.
“Disse, porém, Rute: ” O significado do nome de Rute a moabita não
é muito claro. O que está claro é a sua nacionalidade. Ambos os filhos de Elimeleque
casaram-se com adoradoras de Camos e, embora tal casamento não fosse
aparentemente proibido porque eles não eram considerados cananeus, os moabitas
não eram admitidos na congregação para o culto. Nenhum amonita nem moabita
entrará na congregação do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na
congregação do Senhor eternamente. (Deuteronômio 23:3). Moabe era filho de
Ló com sua filha mais velha: E a primogênita deu à luz um filho, e
chamou-lhe Moabe; este é o pai dos moabitas até ao dia de hoje. (Gênesis
19:37). Rute era casada com Malom e posteriormente na história casou-se com
Boaz com quem teve um filho. ...E deram-lhe o nome de Obede. Este é o pai de
Jessé, pai de Davi. (Rute 4:17). Rute, foi incluída na linhagem ancestral do
rei Davi e na genealogia do próprio Messias. Rute deixa seu povo, seus deuses,
sua terra, sua parentela e se une a uma sogra israelita, convertendo-se ao Deus
de Israel.
“Não me instes para que te deixe e me afaste de ti; ” Enquanto Órfã
deu prova do seu amor na obediência ao desejo de Noemi de que partisse para se
casar novamente, Rute demonstrou o seu amor tornando-se sua filha. Lemos que
Rute se apegou a Noemi (versículo 14). Este verbo é a palavra que expressa um
"apego" fiel e sincero em um relacionamento pessoal, como o do homem
com a esposa no jardim do Éden. O amor é paciente. Ele não retrocede diante das
dificuldades. Ele é firme no seu propósito. Ele não se curva diante dos arrazoados
da lógica. Nenhum argumento usado por Noemi demoveria Rute de segui-la. O amor
vai às últimas consequências para estar ao lado da pessoa amada.
“...porque, aonde quer que tu
fores, irei eu e, onde quer que pousares à noite, ali pousarei eu; O amor de
Rute não faz exigências. Ele tem disposição para enfrentar novos desafios. Ele
se sacrifica a favor da pessoa amada. Rute está pronta a deixar sua terra, sua
parentela, sua religião, para caminhar na companhia de sua sogra, sem garantias
do amanhã. A firme determinação de Rute é que nada, nem mesmo a morte, vá
separá-la de Noemi. Rute quer compartilhar do futuro de Noemi: sua viagem, seu
lar, sua fé. É a promessa de uma fidelidade sincera na vida e para toda a vida.
Ou, por que não dizer, além da vida: os membros de uma família partilhavam do
mesmo chão ao serem sepultados, pelo menos na Palestina primitiva. Macpela: Ali
sepultaram a Abraão e a Sara sua mulher; ali sepultaram a Isaque e a Rebeca sua
mulher; e ali eu sepultei a Lia. (Gênesis 49:31)
“...o teu povo é o meu povo, o teu Deus é o meu Deus. ” A fé de
Noemi com certeza era tão eficaz, mesmo na adversidade, apontando para o governo
soberano de Javé, que Rute, através do testemunho de Noemi, foi agora capaz de exercer
a sua própria fé no Deus dela e de se considerar agora como parte do povo da
aliança de Javé. Não teria sido precisamente a fé de Noemi, em meio às
incertezas, que mostrou a Rute o Senhor? Com que frequência o Senhor usa as
experiências do seu povo, especialmente em períodos de aflição e dificuldades,
para atrair outros a si! Quando Moisés foi ao encontro de Jetro, seu sogro, ele
contou "tudo o que o Senhor havia feito a Faraó e aos egípcios por amor de
Israel, todo o trabalho que passaram no Egito, e como o Senhor os
livrara." Jetro se regozijou pelo livramento cheio de graça de Deus:
"Agora sei que o Senhor é maior que todos os deuses." O Senhor está
atraindo Rute à fé, certamente usando como testemunho persuasivo a experiência
da graça de Noemi através da aflição. Um Deus que se revela no vale das sombras
é digno de nossa confiança também nos dias de maior conforto. Noemi ou Mara?
(1:19-22). Rute está disposta a fazer rompimentos com o passado e novas
alianças com o futuro. Ela está disposta a deixar sua terra e seus deuses para
abraçar o povo de Deus e o Deus desse povo. Rute não apenas ama a sua sogra,
mas se converte ao Deus de sua sogra e adota o povo de sua sogra como o seu
povo.
DEIVY FERRREIRA PANIAGO JUNIOR
24/04/2023
FONTES:
CABRAL, Elienai. Relacionamentos em
Família – Superando desafios e problemas com exemplos da Palavra de Deus. Rio
de Janeiro: CPAD, 2023.
ATKINSON, David. A Mensagem de RUTE.
Abu, 1991.
LOPES, Hernandes Dias. Rute: Uma
perfeita história de amor. São Paulo: Hagnos, 2007.