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quarta-feira, 31 de agosto de 2022

MORDOMIA CRISTÃ - ELINALDO RENOVATO

 I. CONCEITOS DE MORDOMIA 

1. Mordomo. A palavra vem do latim, major domu, e significa “o criado maior da casa”, “administrador dos bens de uma casa”, “ecônomo” (Dicionário Aurélio).

Na Bíblia, a função aparece diversas vezes como “encarregado administrativo dos bens de um grande proprietário de terras”. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento essa função corresponde à de um administrador. Portanto, nós somos mordomos de Deus e, à luz do Novo Testamento, os líderes espirituais têm maior responsabilidade perante o Senhor da Igreja (Lc 12.48).

2. Mordomia. A palavra significa “cargo ou ofício do mordomo; mordomado”. Sua origem está no termo grego oikonomia e, por isso, a encontramos em alguns textos do Novo Testamento, como na “Parábola do mordomo infiel” (Lc 16.2-4). Na Bíblia, mordomia diz respeito a todo serviço que o crente realiza para Deus e o seu comportamento diante do Pai e dos homens. É a administração dos bens espirituais e materiais, tanto no aspecto individual quanto no coletivo do ser humano. Assim, nossas faculdades espirituais, emocionais e físicas são o objeto da Mordomia Cristã. Por isso, esta mordomia está ligada ao ensino da Palavra de Deus.


II. A MORDOMIA ESPIRITUAL DO CRISTÃO 

1. A mordomia do amor cristão. A mordomia cristã deve dar grande valor à prática do amor. Certa vez, um fariseu resolveu testar Jesus quanto à sua visão sobre os mandamentos da Lei de Moisés. Ele conhecia bem os dez mandamentos. Abordando Jesus, indagou-lhe: “Mestre, qual é o grande mandamento da lei?” (Mt 22.36). E Jesus respondeu-lhe de maneira sábia, serena e consistente:

1.1. “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração” (22.37). Nosso Senhor não aceita dominar apenas uma parte do nosso coração; Ele o requer por completo. Quanto a isso, Ele nunca fez concessões: “Quem não é comigo é contra mim; e quem comigo não ajunta espalha” (Mt 12.30). O mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).

1.2. “De toda a tua alma e de todo o teu pensamento” (v.37). Aqui, o Senhor Jesus enfatizou que, além de todo o coração, o primeiro mandamento exige toda a alma e todo o pensamento de uma pessoa. Essa é a base bíblico-doutrinária para dizer que a Mordomia Cristã valoriza a interioridade do crente. Logo, absolutamente tudo no interior do cristão — coração, alma e pensamento — deve estar voltado para Deus, que é o centro de todas as coisas.

1.3. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (22.58). O segundo mandamento enfatiza que, na medida em que amamos a Deus de todo coração, alma e pensamento, devemos amar o próximo como a nós mesmos. Tal mandamento é relevante para a nossa mordomia, pois no mundo atual, sem qualquer ranço pessimista, pode-se ver que o desamor é a tônica entre pessoas, famílias, países e, até mesmo, entre alguns que se dizem cristãos.

1.4. Quem é o próximo? Esta foi a grande pergunta feita por Jesus após contar a parábola do Bom Samaritano ao doutor da lei (Lc 10.30-37). O nosso próximo é um familiar: esposo, esposa, pai e filho, irmão, primo, sobrinho, etc. É o nosso irmão em Cristo, o nosso vizinho, o professor, o colega de trabalho, o carente ou o socialmente excluído. Assim, o mandamento revela o objeto da nossa mordomia de amor: fazer o bem ao próximo de forma concreta, com obras que revelam a nossa fé (Tg 2.14-17).

2. A mordomia da fé cristã. A palavra fé (gr. pistis ; lat. fides) traz a ideia de confiança que depositamos em todas providências de Deus. Mas a melhor definição de fé foi enunciada pelo autor da Epístola aos Hebreus, ao descrevê-la com profunda inspiração divina: “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não veem” (Hb 11.1). Aqui, há três características essenciais à fé:

(1) Ela é o fundamento ou base para a confiança em Deus;

(2) Ela envolve a esperança ou expectativa segura do que se espera da parte de Deus;

(3) Ela é “a prova das coisas que não se veem”, mas são esperadas por uma convicção antecipada.

3. A fé como patrimônio espiritual. A fé cristã é o depósito espiritual acumulado durante toda vida do crente. É o nosso patrimônio espiritual, de valor e virtudes inestimáveis. Essa fé que o crente foi estimulado a guardar para não perder a “coroa” (Ap 3.11). Ao escrever ao jovem discípulo, Timóteo, e já próximo da morte, o apóstolo Paulo disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2Tm 4.7,8). Querido irmão, prezada irmã, guarde sua fé!


III. A MORDOMIA DOS BENS MATERIAIS 

1. O cristão e as finanças. Na mordomia dos bens materiais, o cristão deve trabalhar honestamente para garantir sua sobrevivência financeira. Desde o Gênesis, após a Queda, o homem emprega esforços, com “o suor” de seu rosto (Gn 3.19), para obter os bens de que necessita. Isso é feito de maneira constante (1Ts 4.11). Nesse aspecto, a preguiça é um pecado intolerável diante de Deus. Assim, Ele exorta ao preguiçoso que aprenda com as formigas, pois estas trabalham no verão para garantir o mantimento no inverno (Pv 6.6,9; 10.26).

2. O cristão e as riquezas. Deus não demoniza a riqueza nem diviniza a pobreza. Mas o cristão não deve recorrer aos meios ou práticas ilícitas de ganhar dinheiro, como o bingo, a rifa, as loterias e outras formas “fáceis“ de buscar riquezas (Pv 28.20).

A Bíblia mostra que a avareza é a idolatria ao dinheiro, ou seja, uma compulsão para enriquecer a qualquer custo. É uma escravidão ao vil metal. Sobre isso as Escrituras também asseveram: “Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.10).

E Jesus ensinou: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15). E também ratificou: “Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam” (Mt 6.20).

3. O cristão e a contribuição para a igreja. Na igreja local há várias maneiras pelas quais o cristão pode e deve contribuir para a expansão e manutenção da Obra do Senhor. Essa contribuição deve ser feita através dos dízimos e das ofertas voluntárias (cf. Ml 3.8-12). Jesus reiterou a necessidade da contribuição com os dízimos, repreendendo a hipocrisia dos fariseus (Mt 23.23), pois há inúmeras necessidades da igreja que requerem as contribuições dos fiéis.


CONCLUSÃO 

Somos mordomos dos bens espirituais e materiais concedidos por Deus à sua Igreja. Se realizarmos nossa mordomia para a glória de Deus, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Usemos os recursos que Deus nos concedeu como verdadeiros mordomos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Tudo o que temos vem do Senhor!


Fonte:
LIÇÕES BÍBLICAS CPAD ADULTOS - 3º Trimestre de 2019
Título: Tempo, Bens e Talentos — Sendo mordomo fiel e prudente com as coisas que Deus nos tem dado
Comentarista: Elinaldo Renovato de Lima

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segunda-feira, 29 de agosto de 2022

LIÇÃO 10 A Sutileza Contra A Prática Da Mordomia Cristã - 3 Trimestre de 2022


(Texto Áureo) “...e [Abrão] deu-lhe o dízimo de tudo. ” (Gênesis 14.20)           

“...e [Abrão] deu-lhe o dízimo de tudo. ” O texto não revela como Melquisedeque ficou sabendo de Abraão, o estrangeiro rico cujo pequeno exército conquistara uma vitória extraordinária sobre os reis do Leste. A notícia provavelmente se espalhou com rapidez, especialmente após o caos que os invasores infligiram nas cidades periféricas de Canaã. Abraão não só derrotou os exércitos do Leste, como também resgatou o povo de Sodoma e seus bens. Melquisedeque quis se encontrar com aquele homem e honrá-lo oferecendo pão e vinho; e também quis abençoá-lo no nome do Deus Altíssimo, cujo nome pessoal é “Iavé”.  Quando o patriarca deu a Melquisedeque o dízimo de todos os espólios, o sacerdote sem dúvida foi abençoado por saber que aquele estrangeiro estava sendo sincero com respeito ao seu compromisso com o Deus verdadeiro e desejoso de demonstrar isso sendo generoso para com o representante do Senhor na terra de Canaã. No ato de apresentar essa generosa doação a Melquisedeque, Abraão experimentou a verdade que Jesus mais tarde anunciou: “Mais bem-aventurado é dar que receber” (Atos 20:35). Ao fazer isto, ele deu um exemplo para seus descendentes – Jacó (28:22) e os israelitas – seguirem: o exemplo de serem uma bênção para os que servem a Deus (Levítico 27:30–33; Números 18:21–32).

Gênesis 14:20 é a primeira referência a dízimo na Bíblia, mas o dízimo é uma prática muito antiga. O povo doava para o sustento dos sacerdotes em seus templos e também para os reis em seus palácios. O povo de Deus deu dízimo de seus bens ao Senhor como expressão de gratidão e reconhecimento de que Deus é o Criador e dono de tudo. Tudo que temos é uma dádiva das mãos de Deus às nossas mãos. Quando Davi deu liberalmente ao Senhor depois de testemunhar a prontidão e generosidade do povo ao ofertar para a construção do templo, ele orou: “Porque quem sou eu, e quem é o meu povo para que pudéssemos dar voluntariamente estas coisas? Porque tudo vem de Ti, e das Tuas mãos To damos” (1 Crônicas 29:14). Paulo usou uma terminologia que ecoa a de Davi quando incentivou os irmãos de Corinto a contribuírem de boa vontade e com generosidade para a grande coleta que ele está juntando das igrejas gentílicas da Europa e Ásia Menor para os santos pobres de Jerusalém (1 Coríntios 16:1–4). O apóstolo enfatizou que a base para a contribuição financeira cristã deve ser a mesma dos dias de Davi: os generosos e graciosos dons de Deus ao Seu povo. Paulo lembrou a igreja que ele não estava mandando que contribuíssem, mas estava oferecendo uma oportunidade para provarem a sinceridade de seu amor. Disse ele: “Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos” (2 Coríntios 8:9; veja 9:7–15).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
29/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_01.pdf

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201510_02.pdf

terça-feira, 23 de agosto de 2022

O FENÔMENO DOS DESIGREJADOS - César Moisés Carvalho

 O “FENÔMENO DOS DESIGREJADOS” 

1. O fenômeno. O fenômeno dos desigrejados é novo, nasceu no final do século 20 nos Estados Unidos, e lá foi denominado de Emerging Church (Igreja Emergente). Há no Brasil adeptos dessa nova forma de “ser igreja”. Porém, não é este fenômeno específico apontado pelo censo 2010 do IBGE, mas algo que possivelmente faça parte do que o instituto classifica como sendo os “sem religião”. Esse “grupo” — que não tem nada em comum a não ser a crença, ou não, em Deus e o não nutrir simpatia por nenhuma denominação — já é o segundo maior do país. É possível que entre as pessoas pesquisadas haja adeptos do “movimento igreja emergente”, porém, tanto um quanto o outro, erroneamente, desistiram das igrejas convencionais (1Jo 2.19). Sabemos que “estreita é a porta, e apertado, o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontram” (Mt 7.14).


2. As possíveis causas. Não há dúvida que muitos desse grupo foram enganados e seduzidos por ideias, doutrinas e demais pensamentos que têm origem nas ações ou nas astutas ciladas do Maligno (Ef 6.11). Outros saem por insubordinação, falta de compromisso e também por quererem dominar sobre o povo (At 15.24; Tt 1.10-16). Contudo, é preciso ponderar o fato inegável de que existem também outras causas, dentre estas, questões de ordem pessoal (Rm 2.24). A despeito disso, a recomendação da Palavra de Deus é clara: O crente não pode deixar de congregar com os irmãos (Hb 10.25).


3. A pior causa da rejeição. Em relação aos que já pertenciam às igrejas e por uma razão ou outra saíram, talvez a preocupação seja menor. Entretanto, para os que nunca pertenceram a igreja alguma e dizem acreditar em Deus, mas não querem pertencer a nenhuma denominação por causa de maus testemunhos, é algo que deve nos preocupar (Lc 17.1). A igreja deve comportar-se como sal da terra e luz do mundo. Precisa demonstrar à sociedade secularizada e relativista que não existe outro caminho, outra verdade que não seja Jesus Cristo — cabeça da Igreja (Ef 4.15). Além do mais, não podemos nos esquecer que, um dia, todos — líderes, liderados e desigrejados — teremos de prestar contas dos nossos atos Àquele que conhece todas as coisas e sonda os corações (Rm 14.12).


Fonte:

Título: Novos Tempos, Novos Desafios — Conhecendo os desafios do Século XXI

Comentarista: César Moisés Carvalho



EDITAL DE CONVOCAÇÃO COMOESPO (ATA 30— 21ºA.G.E.)

CONVENÇÃO DOS MINISTROS ORTODOXOS DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO ESTADO DE SAO PAULO E OUTROS — COMOESPO

EDITAL DE CONVOCAÇÃO (ATA 30— 21ºA.G.E.)

Nos termos do art.23 do Estatuto Social por determinação do Presidente Pastor Alcides Favaro, ficam convocados os membros da convenção dos Ministros Ortodoxos das Assembleias de Deus no Estado de São Paulo e outros a se reunirem em ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA — (21º A.G.E.), no dia 10 de Setembro 2022, as 08h30min em primeira Convocação como quórum estatutário e as 09h00min em Segunda convocação com qualquer número, no Templo da Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga na cidade de Bauru: Rua Felicíssimo Antônio Pereira, 1-29, Vila Independência– Bauru— Estado de São Paulo, para deliberarem sobre a seguinte ORDEM DO DIA: Assuntos devocionais; Estudos Bíblicos; Leitura do Edital e da vigésima nono Ata; reforma do Estatuto e Regimento Interno da COMOESPO conforme o artigo 54 do Estatuto Social da COMOESPO, Reconhecimento de Pastores e Evangelistas; Relação dos nomes desfilados do Cadastro de Convencionais da COMOESPO, e demais assuntos administrativos. São Paulo, 22 de agosto de 2022.

Pastor Alcides Fávaro - Presidente da COMOESPO.

Fonte:



LIÇÃO 9 - A Sutileza do Movimento dos Desigrejados - 3 Trimestre de 2022


(Texto Áureo) “Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” (Hebreus 10.25)

“Não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; ” A estabilidade espiritual é alcançada através das atividades promovidas neste versículo, ou seja, “congregar” e “fazer admoestações”. A palavra grega para “congregar”, significa “reunir em assembleia”. Esta passagem, juntamente com Tiago 2:2, pode implicar que a “sinagoga” era usada como um local de encontro da igreja do primeiro século 2. O termo inicialmente denotava “reunir-se”, mas veio a significar “local de reunião”. Todavia, grupos inteiros se reuniam nas sinagogas em Jerusalém – onde havia muitas sinagogas. À luz desta possibilidade, dizer que não havia “prédios de igreja” na época do Novo Testamento pode não ser completamente verdade. Os cristãos deveriam se encontrar com o propósito de encorajar e exortar uns aos outros, como o versículo 24 convoca os santos a fazerem. Recordemos que o autor de Hebreus incentivou que isso fosse feito diariamente (3:12, 13). Este versículo não está dizendo para nos “estimularmos a congregar”, mas para “congregarmos para nos estimular”. Como aqueles cristãos poderiam se estimular e fortalecer uns aos outros, senão passando tempo juntos? Eles deveriam se encontrar a fim de fazer essa exortação à fidelidade constante. Edificar, exortar e estimular são propósitos essenciais da reunião dos cristãos (1 Coríntios 14:26–33). O autor de Hebreus não considerou possível quem não se reúne regularmente com outros crentes ser fiel ao Senhor. O “solitário” pode ser um crente, mas ele não é um crente firme e constante. Por isso ele exorta seus leitores porque observou que alguns já estavam com esse mau costume, e isso era extremamente nocivo à comunhão cristã. É um alerta que ecoa forte nestes dias onde aumenta assustadoramente o número de desigrejados. “Deixar” as reuniões da igreja é um sinal inequívoco de apostasia – ou um sinal de que logo acontecerá a apostasia. A palavra “deixar” significa “abandonar”. Negligenciar a assembleia dos santos geralmente leva a uma total deserção da fé. Os primeiros leitores desta epístola estavam lutando contra pressões a eles impostas pelas fortes influências judaicas para que continuassem a adoração no templo segundo a lei. A admoestação do autor era que eles deveriam se manter fiéis a Cristo. Eles ainda não haviam desistido, mas haviam permanecido fieis no passado em tribulações semelhantes (vv. 32–36).

 “...e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia.” Os crentes precisam uns dos outros, especialmente em razão das circunstâncias difíceis e à medida “que se vai aproximando aquele dia” (10.25). “O dia” que se aproxima é o dia do ajuste de contas.
Existem três interpretações principais sobre seu significado:
a) O cerco romano contra Jerusalém poderia já ter começado quando a carta aos Hebreus foi escrita. Deste modo, o dia da destruição da cidade e do Templo que foi profetizado por Jesus pode ter sido um evento iminente e um sinal patente para todos os judeus (cristãos e outros), em relação à dissolução da antiga ordem.
b) Pode se referir ao Dia do Julgamento, quando “cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus” (Rm 14.12).
c) Pode se referir principalmente à aproximação do retomo de Cristo e à responsabilidade que tal evento representa. Este fato forneceria um incentivo adicional para ser um participante ativo na vida da igreja local. Por mais longo que possa ser o período entre a primeira vinda de Cristo e seu retorno, o tempo de sua volta está sempre próximo (Ap 1.3). Bruce comenta que “cada geração cristã sucessiva é chamada a viver como a geração do final dos tempos”, para quem Cristo pode retornar em breve (1990,259). Uma vez que como crentes verdadeiros já experimentamos “as virtudes do século futuro” (6.5) e recebemos “um reino que não pode ser abalado” (12.28), existe uma realidade presente em nossa adoração, e na esperança do final dos tempos. Assim, continuemos inabaláveis no caminho da esperança, em completa lealdade para com Cristo e seu povo.

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201406_07.pdf

GONÇALVES, José. A supremacia de Cristo Fé, esperança e ânimo na carta aos Hebreus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

ARRINGTON French L; STRONSTAD Roger. Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

domingo, 21 de agosto de 2022

Novo Currículo - Lições Bíblicas Adulto 4° trimestre 2022

Lições Bíblicas Adultos Aluno 4º Tr. 2022

TEMA: A Justiça Divina - A Preparação do Povo de Deus para os Últimos Dias no Livro de Ezequiel

COMENTARISTAEsequias Soares 

Sumário:

Lição 1 - Ezequiel, o Atalaia de Deus
Lição 2 - Vem o Fim
Lição 3 - As Abominações do Templo
Lição 4 - Quando se Vai a Glória de Deus
Lição 5 - Contra os Falsos Profetas
Lição 6 - A Justiça de Deus
Lição 7 - A Responsabilidade É Individual
Lição 8 - O Bom Pastor e os Pastores Infiéis
Lição 9 - Gogue e Magogue: Um Dia de Juízo
Lição 10 - A Restauração Nacional e Espiritual de Israel
Lição 11 - A Visão do Templo e o Milênio
Lição 12 - Imersos no Espírito nos Últimos Dias
Lição 13 - O Senhor Está Ali 

Sobre o Autor

Esequias Soares - É pastor da igreja evangélica assembleia de Deus em Jundiaí. É graduado em Hebraico pela Universidade de São Paulo e mestre em Ciências da Religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Autor de diversos livros, entre eles, O Ministério Profético na Bíblia, Manual de Apologética Cristã e Visão Panorâmica do Antigo Testamento, todos publicados pela CPAD.



sexta-feira, 19 de agosto de 2022

LIÇÃO 8 - A sutileza do enfraquecimento da Identidade Pentecostal - 3 Trimestre de 2022


(Texto áureo) “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. ” (Atos 2.4).

“E todos foram cheios do Espírito Santo...”  Quem são esses todos? Quase 120 pessoas (Atos 1:15). Esses quase 120 permaneceram no mesmo lugar, em Jerusalém (Atos 2:1), obedecendo a ordem de Jesus para aguardarem a Promessa do Pai de Serem batizados com o Espírito Santo (Atos 1:4). Essa promessa do Pai diz respeito a promessa que Deus o fez a Abraão de todas as nações serem benditas nele: “Para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito “ (Gálatas 3:14). O fato de todos terem recebidos a promessa demonstra o que Pedro afirma na casa de Cornélio:  “Reconheço por verdade que Deus não faz acepção de pessoas; Mas que lhe é agradável aquele que, em qualquer nação, o teme e faz o que é justo “ (Atos 10:34,35). Afinal o próprio Jesus durante o último dia da festa dos tabernáculos: Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão do seu ventre. E isto disse ele do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; porque o Espírito Santo ainda não fora dado, por ainda Jesus não ter sido glorificado. ” (João 7:38,39). Importante ressaltar a diferença do termo “ser cheio do Espírito Santo” Na teologia de Lucas e do Apóstolo Paulo, segundo o contexto de Lucas ser cheio do Espírito Santo sempre está associado ao dom de línguas, enquanto para Paulo uma vida cheia do Espírito refere-se a evidenciar o fruto do espírito: “E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito (Efésios 5:18).

“...e começaram a falar em outras línguas, ”. Notemos alguns fatos importantes sobre o falar em línguas. O que produz esta manifestação? O impacto do Espírito de Deus sobre a alma humana. É tão direto e com tanto poder, que a pessoa fica extasiada, falando de modo sobrenatural. Isto pelo fato de a mente ficar totalmente controlada pelo Espírito. Para os discípulos, era evidência de estarem controlados pelo poder do Espírito prometido por Cristo. Quando a pessoa fala uma língua que nunca aprendeu, pode ter a certeza de que algum poder sobrenatural assumiu o controle sobre ela. Alguns argumentam que a manifestação do falar em línguas limitou-se à época dos apóstolos. Aconteceu para ajudá-los a estabelecer o Cristianismo, uma novidade naquela época. Não existe, no entanto, limites à continuidade dessa manifestação no Novo Testamento. Mesmo no quarto século depois de Cristo, Agostinho, o notável teólogo do Cristianismo, escreveu: “Ainda fazemos como fizeram os apóstolos, quando impuseram as mãos sobre os samaritanos, invocando sobre eles o Espírito mediante a imposição das mãos. Espera-se por parte dos convertidos que falem em novas línguas. ” Ireneu (115-202 d.C.), notável líder da Igreja, era discípulo de Policarpo, que por sua vez foi discípulo do apóstolo João. Ireneu escreveu: “Temos em nossas igrejas muitos irmãos que possuem dons espirituais e que. por meio do Espírito, falam toda sorte de línguas” . A Enciclopédia Britânica declara que a glossolalia (o falar em línguas) “ocorreu em reavivamentos cristãos durante todas as eras; por exemplo, entre os frades mendicantes do século XIII, entre os jansenistas e os primeiros quaquers, entre os convertidos de Wesley e Whitefield, entre os protestantes perseguidos de Cevennes, e entre os irvingitas”. Podemos multiplicar as referências, demonstrando que o falar em línguas, por meios sobrenaturais, tem ocorrido em toda a história da Igreja. (Nota: O falar em línguas nem sempre é em língua conhecida. Ver 1 Coríntios 14.2.)

“...conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem. ” Cremos e ensinamos que o Espírito Santo é uma pessoa. Sua personalidade está presente em toda a Bíblia de maneira abundante e inconfundível e tem sido crença da Igreja desde o princípio. A Bíblia revela todos os elementos constitutivos da personalidade do Espírito Santo, como intelecto, emoção e vontade, em 1 Coríntios 12:11 está escrito: “Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer“. Esse versículo nos revela que o Espírito Santo possui vontade, nos indicando sua personalidade “ como quer “ Essa vontade nunca contradiz as outras pessoas da Trindade, pois possuem uma mesma natureza e essência. O Espírito Santo relaciona-se com os crentes de maneira pessoal, pois somente uma pessoa poderia agir como mestre, consolador, santificador e guia. Cremos e declaramos que o Espírito Santo ensina, fala, guia em toda a verdade, julga, ama, contende, convida e intercede. Ele é Deus, Ele é pessoal. Até por isso os cristãos são batizados também em seu nome: "batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mateus 28.19).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
14/03/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

PEARLMAN, Myer. Atos: e a Igreja se Fez Missões. Rio de Janeiro: CPAD, 1995.

SOARES, Esequias. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2017.

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

PECADOS CONTRA O ESPÍRITO SANTO - PASTOR ANTONIO GILBERTO

Os pecados contra o Espírito Santo consistem em palavras, atitudes e atos. Entre os pecados por palavras, acham-se as afrontas verbais e as blasfêmias. As atitudes e atos constam da resistência ao Espírito, e da recusa contínua de se cumprir a vontade de Deus. Contudo, a resistência ao Espírito é o pecado inicial que se comete contra o Consolador. Uma vez cometida esta ofensa, as demais parecerão de somenos importância, visto que o coração do ofensor, afetado terrivelmente pela iniqüidade, considerará o pecado algo comum e corriqueiro.

Lembremo-nos que o Espírito Santo, simbolizado nas Escrituras pela pomba, é muito sensível.

 

I. RESISTÊNCIA AO ESPÍRITO SANTO

 

Este pecado contra o Espírito pode ser compreendido pelo modo como Estevão concluiu seu sermão diante dos anciãos de Israel: “Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo” (At 7.51). O pecado daqueles homens não era um ato isolado, mas contínuo: resistir “sempre” ao Espírito Santo (v.51).

1. O que é resistir ao Espírito Santo. É recusar, de forma consciente, a vontade divina transmitida pelo Espírito Santo mediante a Palavra de Deus e por meio de seu trabalho em nossos corações.

2. O sentido do texto bíblico. O verbo resistir usado por Estevão no original, vai além de uma mera resistência. Significa lutar contra; lutar com agonia; cair em cima. O povo de Israel até hoje sofre as conseqüências disso (1Ts 2.15,16). O texto em estudo revela que os ouvintes de Estevão lutavam contra o Espírito Santo, empregando nesta peleja, todas as suas forças. Ver Zc 7.12; Gn 6.3; Is 30.1; Ne 9.30; Ez 8.3,6.

Você tem resistido ao Espírito Santo? Israel, o povo de Deus, fez isso por rebeldia contumaz e o Espírito do Senhor tornou-se inimigo deles e passou a lutar contra eles. Que relato terrível e condenatório! (Is 63.10).

 

II. AGRAVO AO ESPÍRITO SANTO

 

Acostumados como estavam ao culto levítico, e sob perseguição por causa do evangelho de Cristo, os cristãos de origem judaica começaram a deixar a igreja e a retornar ao judaísmo centrado no Templo em Jerusalém. Em Hebreus 10.29, eles são incisivamente exortados a não fazê-lo: “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”.

Aqueles irmãos cometeram três horrendos pecados: o de pisar o filho de Deus; o de ter por comum o sangue da aliança; e o de agravar o Espírito Santo. Agravar, como aqui é empregado é afrontar, ultrajar, debochar, zombar, injuriar, insultar com desdém.

 

III. ENTRISTECER O ESPÍRITO SANTO

 

Na Epístola aos Efésios, exorta-nos Paulo: “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o Dia da redenção. Toda amargura, e ira, e cólera, e gritaria, e blasfêmias, e toda malícia seja tirada de entre vós” (Ef 4.30,31).

1. Tristeza do Espírito Santo. O vocábulo original tem a ver com agravo, dor, aflição, angústia. Diante desta recomendação do apóstolo Paulo, um teólogo asseverou: “O Espírito, que faz os homens experimentarem a verdade, é envergonhado quando os santos mentem uns para os outros e têm conversas vãs”.

2. O que pode entristecer o Espírito Santo. Matthew Henry responde: “Toda conversação maligna e corrupta, que estimule os desejos pecaminosos e a luxúria, contrista o Espírito Santo”. O Espírito Santo também é entristecido quando, desprezando a vontade divina, preferimos seguir nossos desejos e ambições; quando o cristão não reverencia a sua presença manifesta e ignora a sua voz; quando não busca a sua vontade e direção.

 

IV. MENTIR AO ESPÍRITO SANTO

 

A mentira ao Espírito Santo está categoricamente exemplificada na passagem em que Pedro, pelo Espírito Santo, denuncia a mentira de Ananias e Safira: “Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo e retivesses parte do preço da herdade?” (At 5.3). Vejamos o que significa este tipo de pecado:

1. O sentido da palavra “mentira” em Atos 5.3. Aqui, o termo original corresponde a contar uma falsidade como se fosse verdade. Ananias e Safira, certamente, ensaiaram esta mentira, como pode ser visto no versículo 9.

2. As implicações de se mentir ao Espírito Santo. Quem mente ao Espírito Santo, menospreza a sua deidade; Ele é Deus (vv.3,4). Como a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade, Ele é onisciente, onipresente e onipotente. Isso significa que o Espírito Santo tudo sabe e tudo conhece. Logo, mentir e tentar o Espírito do Senhor (v.9), é testar a tolerância de Deus, isto é, pecar até enquanto Deus suportar. Ver Nm 14.22,23; Dt 6.16; Mt 4.7.

 

V. EXTINGUIR O ESPÍRITO SANTO

 

Paulo escrevendo aos irmãos de Tessalônica, exortou-os: “Não extingais o Espírito” (1Ts 5.19). Tem-se a impressão de que aquela igreja, esquecendo-se de seu primeiro fervor (1Ts 1.2,3,7), tornara-se formalista; sua liturgia começava a extinguir o Espírito Santo. Se por um lado, não podemos concordar com as meninices e fanatismos; por outro, não haveremos de nos conformar ao mero ritualismo, pois sempre resulta na supressão e extinção das operações do Espírito Santo em nosso meio.

1. O que é extinguir o Espírito. O termo traduzido por “extinguir” referente ao Espírito Santo, tem o sentido colateral de apagar aos poucos uma chama, um fogo que está a arder. Portanto, extinguir o Espírito é agir de modo a impedir, suprimir ou limitar a manifestação do Espírito do Senhor. Quando se perde o primeiro amor, extinguimos ou apagamos de nossas vidas o Espírito de Cristo (Ap 2.4).

2. O perigo de se extinguir o Espírito. A extinção das operações do Espírito Santo na vida da igreja quando não é letal, a adoece e debilita, sem que ninguém o perceba. Mais tarde, resta somente a lembrança do passado quando o fogo do céu ardia. Sempre que for detectada a falta de operações do Espírito Santo em nosso meio, devemos clamar a Deus sem cessar por um avivamento espiritual. A extinção do Espírito Santo leva a igreja a mornidão espiritual (Ap 3.14-22).

 

VI. BLASFEMAR CONTRA O ESPÍRITO SANTO

 

1. O que é blasfemar contra o Espírito Santo? Encontrava-se o Senhor Jesus numa sinagoga em Cafarnaum, a sua cidade, quando lhe trouxeram um endemoninhado cego e mudo. Jesus por sua compaixão libertou totalmente o homem possesso. Os fariseus alegaram que Ele operara tal milagre pelo poder do chefe dos demônios. Era o cúmulo do pecado deles contra o Espírito Santo (Mt 12.24). Jesus lhes disse: “Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro” (Mt 12.31,32; Mc 3.28-30; Lc 12.10).

Os adversários de Jesus blasfemavam contra Ele e o Espírito Santo, declarando consciente, proposital e seguidamente que Jesus operava milagres pelo poder de Satanás, o chefe dos demônios (Mt 9.32-34; 12.22-24; Mc 3.22; Lc 11.14,15). Com essa blasfêmia, eles estavam rejeitando de modo deliberado o Espírito Santo que operava em Jesus, o Messias (Mt 12.28; Lc 4.14-19; Jo 3.34; At 10.38).

2. A blasfêmia contra o Espírito Santo é imperdoável. O ser humano pode chegar a tal cegueira espiritual a ponto de blasfemar contra o Espírito. Ver Mt 23.16,17,19,24,26. A blasfêmia contra o Espírito de Deus é a conseqüência de pecado similares que a precedem, como: (1) Rebelar-se e resistir ao Espírito (Is 63.10; At 7.51); (2) Abafar e apagar o fogo interior do Espírito (1Ts 5.19; Gn 6.3; Dt 29.18-21; 1Ts 4.4); (3) Endurecimento total do coração, cauterização da consciência e cegueira total. Chegando o ser humano a este ponto, torna-se réprobo quanto à fé (2Tm 3.8) e passa a chamar o mal de bem e o bem de mal (Is 5.20). A blasfêmia contra o Espírito do Senhor é imperdoável porque sendo Ele o que nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.7-11), e, que intercede por nós (Rm 8.26,27), é recusado, rejeitado e blasfemado. Ver 1Sm 2.25.


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terça-feira, 9 de agosto de 2022

EVIDÊNCIAS INTERNAS E EXTERNAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

Evidências Internas e Externas da Inspiração da Bíblia

Os cristãos ao longo dos séculos têm sido desafiados a provar sua fé, apresentar as razões em defesa desta fé (1ª Pe 3:15). Vamos então estudar as evidências que dão apoio à doutrina da inspiração bíblica.

Há dois tipos de evidências que devemos levar em conta no que diz respeito à inspiração da Bíblia:

  • A que existe dentro da própria Bíblia (Interna).
  • A que surge fora da Bíblia (Externa)

 Abaixo estudaremos uma síntese das evidências da doutrina da inspiração:

Evidências internas da inspiração da Bíblia

1. A evidência da autoridade que se auto confirma - A Bíblia diz que Jesus ensinava com autoridade (Mc 1:22) e de modo semelhante a expressão contida no Velho Testamento “Assim diz o Senhor”, fala por si mesma. As palavras da Bíblia não precisam ser defendidas, precisam apenas ser ouvidas. Podemos comparar com um leão: a melhor maneira do leão provar sua autoridade é solta-lo da jaula onde está. Da mesma maneira, a Bíblia. Seus ensinos precisam apenas ser expostos, pois a Bíblia fala por si mesma; 

2. A evidência do testemunho do Espírito Santo – Está intimamente relacionada com a autoridade da própria Bíblia. A Palavra de Deus se confirma na vida do crente pelo Espírito Santo. O mesmo Espirito Santo que moveu homens a registrar as palavras de Deus é o mesmo que nos ilumina a entender a Bíblia (1ª Co 2:14), é o mesmo Espírito Santo que afirma que a Bíblia é a Palavra de Deus (2ª Pe 1:20 e 21). Desta forma a Bíblia recebe confirmação do Espírito Santo; 

3. A evidência da capacidade transformadora da Bíblia – Outra evidência interna é a capacidade que a Bíblia tem de edificar, exortar, corrigir e mudar a vida de quem a lê. Assim diz Hebreus: “A Palavra de Deus é viva e eficaz mais penetrante do espada alguma de dois gumes…” (4:12). Muitos têm sido curados pela Palavra. A evidência de que Deus deu autoridade à Bíblia está em seu poder edificante e evangelístico; 

4. A evidência da unidade da Bíblia – A Bíblia foi escrita ao longo de 1500 anos, por cerca de 40 autores. É constituída de 66 livros, escritos em diversas línguas. Não pode ser mero acidente que, dado este contexto, a Bíblia apresenta o mesmo assunto: Jesus Cristo. A Bíblia afirma que existe um problema: o pecado, e uma solução: Jesus Cristo. Este único assunto unifica toda a Bíblia do Gênesis ao Apocalipse. Seria impossível que alguém tramasse um plano para escrever um livro desta natureza, pois seria como se vários autores escrevessem um capítulo da novela, sem ao menos saber o enredo todo, e no final os capítulos escritos por todos estes autores fizessem algum sentido na mesma estória! O fato de a Bíblia ter sido escrita por homens não invalida a autoridade divina e a inspiração a ela atribuída. 

Evidências externas da inspiração da Bíblia 

A evidência interna se baseia unicamente na experiência do crente, pois alguém que está fora do cristianismo não pode sentir o testemunho do Espírito Santo, ou ouvir a voz de Deus, exceto claro, pela última evidência, que é palpável a todos que examinam a Palavra. ë neste ponto que entra a evidência externa, pois funciona como sinais que conduzem ao “interior” da verdadeira vida cristã. 

1. A evidência baseada na historicidade da Bíblia – Grande parte do conteúdo da Bíblia é história, e por isso mesmo pode ser comprovado. Nos últimos tempos os arqueólogos têm descoberto milhares de objetos que datam dos tempos do Velho Testamento, e nenhuma destas descobertas invalidou quaisquer relatos ou ensinos bíblicos. É bem verdade que nenhuma destas descobertas históricas representam evidência direta de alguma afirmação espiritual feita pela Bíblia. Porém, sua historicidade confere credibilidade às suas declarações e ensinos. Assim como disse Jesus: “Se vos falei de coisas terrestres, e não crestes, como crereis, se vos falar das celestiais?” (Jo 3:12); 

2. A evidência do testemunho de Cristo – O testemunho de Cristo está relacionado à historicidade dos documentos do Novo Testamento. Estes documentos nos fornecem todo ensino de Cristo, que tinha autoridade para isso. Como já foi provado que Jesus realmente existiu, e um de seus ensinos foi a autoridade e inspiração divinas, logo concluímos que realmente, pelo testemunho de Cristo, a Bíblia é realmente inspirada por Deus. Se alguém realmente achar que isto é falso deverá provar que Jesus não existiu e que Jesus não tinha autoridade; 

3. A evidência da Profecia – Outro testemunho externo de grande força são as profecias cumpridas que a Bíblia registra. Algumas feitas centenas de anos antes de se cumprirem, se concretizaram literalmente. A época do nascimento e morte de Jesus (Dn 9:25 e 26). Outras profecias como a da explosão da comunicação e conhecimento (Dn 12:4), a da repatriação de Israel e repovoamento da Palestina (Is 61:4), estão sendo cumpridas em nossos dias; 

4. A evidência da influência da Bíblia – Nenhum outro livro no mundo, em qualquer que seja a época tem sido mais traduzido. Nenhum outro livro tem exercido tamanha influência sobre o curso dos acontecimentos. Tem influenciado governos, pessoas, entidades, pensamentos. Nenhum outro livro foi, e é objeto de tantos estudos e descobertas. É o livro mais vendido de todos os tempos. Na verdade, nenhuma outra obra religiosa exerce o papel moral que a Bíblia desempenha e nenhuma outra obra apresenta um conceito tão majestoso de Deus e de seu amor; 

5. A evidência da indestrutibilidade da Bíblia – Mesmo com toda a sua influência e importância, ou então por causa disso, a Bíblia tem sido muito atacada em todos os tempos. O imperador Diocleciano tentou destruí-la, porém hoje é o livro mais impresso e vendido do mundo. Ainda hoje historiadores, psicólogos, humanistas têm tentado desautoriza-la, contradizê-la, mas a Bíblia permanece indestrutível. Na idade média era comum queimar Bíblias para que o povo comum não a lesse, mas como comprovamos de nada adiantaram e de nada adiantarão as tentativas para fazer calar o livro vivo, a Palavra de Deus. “Passarão céus e terra, mas as minhas palavras jamais passarão” (Mc 13:31); 

6. A evidência vinda da integridade de seus autores humanos – Não existem razões sólidas para não considerarmos os escritores da Bíblia dignos de crédito. Uma vez que eles morreram por causa da fé que abraçaram, morreram acreditando no que haviam escrito, pois tinham dito ter recebido do próprio Deus. Como fazer para não acreditar que mais de quinhentas pessoas haviam visto a Jesus ressurreto que reivindicam a autoridade divina da Bíblia (1ª Co 15:6)? Se alguém crer que estavam todos intoxicados ou padecendo de algum surto psicótico isso viola a própria credulidade e lógica humana. O fato é que eram todos sadios, de reconhecida integridade moral e reivindicam a inspiração divina da Bíblia, não há motivos para não darmos crédito a eles. Isto constitui uma importante evidência da autoridade e inspiração divina da Bíblia. Estes argumentos podem satisfazer um incrédulo? Estes argumentos são infalíveis? Não claro que não. Pois até um filósofo amador poderia contra argumentar diante destes fatos. O leitor deve tomar sua decisão. E para aqueles que têm a tendência à indecisão, fica o lembrete do apóstolo Pedro a todos nós: “Senhor, para quem iremos nós? Só tu tens as palavras de vida eterna” (Jo. 6:68). Agora se não crermos que a Bíblia é mesmo inspirada por Deus, a quem nos dirigiremos? É nela que encontramos as palavras de vida eterna.

Fonte:

https://alexandremilhoranza.wordpress.com/2009/09/08/evidencias-da-inspiracao-da-biblia/

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LIÇÃO 7 - A Sutileza Da Relativização Da Bíblia - 3 Trimestre de 2022


(Texto áureo) “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça. ” (2 Timóteo 3.16)

“Toda a Escritura divinamente inspirada” Essa é a declaração mais forte da própria Bíblia sobre si mesma. É uma passagem que destaca o valor da Palavra de Deus. O termo “Escritura” no Novo Testamento é usado exclusivamente para a “escritura sagrada”. “Toda”, pode significar também “cada”. Há quem faça distinção entre esses dois significados, afirmando que “toda a Escritura” pode ser a Bíblia como um todo, e “toda Escritura” pode especificar suas partes individuais. “Inspirada por Deus” traduz (theopneustos), formado de (Theos, “Deus”) e (pneō, “inspirar”); literalmente, “soprada por Deus”. Alguns comentaristas acreditam que essa imagem venha da criação do homem, quando Deus “lhe soprou nas narinas o fôlego de vida, e o homem passou a ser alma vivente” (Gênesis 2:7). Deus “soprou” a Palavra e esta passou a ser “viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hebreus 4:12). Outros preferem a simples imagem de expirar. Dale Hartman falou da Bíblia como “o sopro de Deus impresso”. Independentemente da imagem pretendida, a frase expressa a atividade criadora de Deus, declarando em termos inequívocos que as Escrituras são de origem divina. O agente divino da inspiração foi o Espírito Santo. Quando se citava uma declaração de Davi, observava-se que ele estava “no Espírito Santo” quando a proferiu (Marcos 12:36). Jesus disse a Seus discípulos que enviaria o Espírito Santo para guiá-los “a toda a verdade” (João 16:13; veja 14:26). Pedro afirmou que “homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:20, 21). As Escrituras não são inspiradas porque um conselho da igreja decretou que elas são inspiradas. Elas são inspiradas porque Deus as fez assim. Nenhum outro texto se enquadra na categoria “inspirado por Deus”. J. W. Roberts escreveu: Os Apócrifos Judaicos e os Pseudoepígrafos, bem como os escritos tradicionais dos primeiros pais da igreja... não pertencem à categoria das Escrituras Sagradas. Além disso, não há lugar no ensino das Escrituras para “profetas dos últimos dias” e revelações. A única predição de futuras revelações, Escrituras e “Chaves” das Escrituras é o aparecimento de falsos profetas e mestres enganadores. A maneira mais natural de se ler o versículo 16 é que “toda a Escritura é [em sua totalidade] inspirada por Deus”. Conforme observado anteriormente, a frase “sagradas letras” no versículo 15 inclui apenas os Escritos do Antigo Testamento, uma vez que esses eram os únicos escritos inspirados disponíveis quando Timóteo era criança. Também é verdade que quando os primeiros cristãos liam o termo “Escritura” (3:16), eles provavelmente pensavam primeiramente nos escritos do Antigo Testamento. Isso não significa, no entanto, que a passagem se aplique apenas ao Antigo Testamento. Em 2 Pedro 3:15 e 16, Pedro falou dos escritos de Paulo e os colocou ao lado das “demais Escrituras”. Em 1 Timóteo 5:18, Paulo falou de uma citação de Moisés e de uma citação de Lucas como “Escritura”48. Assim como no Antigo Testamento, “homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:21), no Novo Testamento homens guiados pelo Espírito também falaram e escreveram a verdade do céu (João 14:26; 16:13). Quando dizemos que “toda a Escritura” “é em sua totalidade inspirada por Deus”, temos em mente tanto o Antigo como o Novo Testamento. Nada afeta mais a compreensão da Bíblia do que a atitude em relação a ela. Devemos crer de todo o coração que a Bíblia é inspirada por Deus e que é tão relevante hoje como era nos dias de Paulo.

Sobre a utilizada da Palavra de Deus: “Ela é proveitosa” para:

1) “Ensinar”, ou seja, transmitir ensinos espirituais, com base na Palavra de Deus, que são úteis e necessários para um a boa formação cristã; sem ensino, nenhum a igreja se mantém de pé; é necessário que as pessoas escutem a Palavra do Senhor Jesus e as ponham em prática, para poderem ficar firmes. Do contrário, serão destruídas pelas intempéries espirituais (cf. Mateus 7,24-27; 2.25; Tito 2.12).

2) “Para redarguir” ou seja, “retrucar, responder, replicar”, ou argumentar com segurança; e também, como em outras traduções, “para repreender”; o ensino fundamentado na Palavra de Deus capacita o cristão para argumentar com segurança acerca de sua fé (cf. 1 Pedro 3.15).

3) “Para corrigir”. O ensino bíblico bem fundamentado é como um prumo, que mostra o que está fora do lugar na construção de uma casa. Na vida cristã, se não houver o cuidado indispensável com as instruções e orientações do Senhor, muita coisa fica “torta” ou em desacordo com a vontade de Deus. O ensino é que conduz o homem à santidade e à santificação (SaImo 119.105; Romanos 15.4; 1 Coríntios 4.17).

4) “Para instruir em justiça ”. O ensino da Palavra de Deus é instrução que leva o homem a viver de modo justo e digno. O salmista disse: “Refrigera a minha alma; guia-me pelas veredas da justiça por amor do seu nome” (SaImo 23.3).

 

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
09/08/2022

Fontes:

GONÇALVES, José. Os ataques contra a igreja de Cristo – As sutilezas de Satanás nestes dias que antecedem a volta de Jesus Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2022.

BAPTISTA, Douglas. A Supremacia das Escrituras – a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

RENOVATO, Elinaldo. As ordenanças de Cristo nas cartas pastorais. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

ROPER, David. A Verdade para Hoje, 2019. Disponível em: <http://biblecourses.com/Portuguese/po_lessons/PO_201904_05.pdf>. Acesso em 03 jan.2022.

HARTMAN, Dale. “Prophecy of Scripture,” sermão pregado na igreja de Cristo Eastside, Midwest City, Oklahoma. 45

ROBERTS, J. W. Letters to Timothy, The Living Word. Austin, Tex.: R. B. Sweet Co., 1964, pp. 91–93.

domingo, 7 de agosto de 2022

O QUE É A IDEOLOGIA DE GÊNERO? DOUGLAS BAPTISTA

O QUE É A IDEOLOGIA DE GÊNERO?

A ideologia de gênero pretende desconstruir os papéis dos sexos masculino e feminino. A ideologia de gênero, também conhecida como “ausência de sexo”, é um mal presente na sociedade pós-moderna e indica o grau da corrupção da espécie humana. A palavra “ideologia” é composta pelos vocábulos gregos eidos, que indica “ideia”, e logos, com o sentido de “raciocínio”. Assim, ideologia significa qualquer conjunto de ideias que se propõe a orientar o comportamento, a maneira de pensar e de agir das pessoas, seja individualmente, seja em sociedade. Em um sentido amplo, a ideologia se apresenta como aquilo que seria ou é ideal para um determinado grupo.

Na busca da hegemonia política, o filósofo e político italiano Antônio Gramsci (1891-1937) Gramsci recomenda a reforma intelectual e moral da sociedade por meio de pessoas influentes como políticos, músicos, artistas, famosos, jornalistas e por todos os meios disponíveis que possam manipular a opinião pública. Mediante essas ações, é possível modificar o senso comum do “certo” e do “errado”. Com o uso intenso da mídia, das artes da literatura, das escolas, universidades e por via de palavras de ordem e a massificação de uma “nova cultura”, cria-se o “homem coletivo”, que passivamente assimila a “filosofia nova” e passa a pensar como todo o mundo. A partir desse momento, quem ousar discordar do “senso comum modificado” sofrerá o patrulhamento ideológico.

Esse patrulhamento tem como objetivo desqualificar quem faz oposição e pensa diferente. O propósito é desprestigiar quem se manifesta contrário à ideologia. As pessoas que oferecem resistência são estigmatizadas e são acusadas com termos pejorativos tais como “fundamentalista”, “homofóbico”, “preconceituoso”, “machista”, “racista” e “reacionário” dentre outros. Desse modo são construídas muralhas invisíveis que amordaçam o cidadão temeroso da censura. Assim, a liberdade de expressão é controlada pelas grades do “politicamente correto”.

Ideologia de Gênero - Definição

A palavra “gênero” tem origem no grego genos e significa “raça”. Na concepção da Lógica, o termo indica “espécie”. Usualmente, deveria indicar o “masculino” e o “feminino”. Nesse sentido, a expressão é inofensiva, porém, na sociedade pós-moderna, tal significado é relativizado e desvirtuado em “ideologia de gênero”. Essa ideologia também é conhecida como “ausência de sexo”. Esse conceito ignora a natureza e os fatos biológicos, e alega que o ser humano nasce sexualmente neutro. Afirmam que os gêneros — masculino e feminino — são construções culturais impostas pela sociedade.

Quanto à sexualidade, a ideologia ensina que o gênero e a orientação do desejo sexual não são determinados pela constituição anatômica do corpo humano. Nesse caso, consideram que a atração pelo sexo oposto corresponde a determinados estereótipos e papéis sociais previamente estabelecidos pelo contexto histórico, político e cultural da sociedade. 

A ideologia de gênero e sua propagação Como acontece com toda a ideologia, a identidade de gênero vem sendo amplamente divulgada pela grande mídia em busca da construção do “homem coletivo”. Na tentativa de desqualificar seus oponentes, imprime-se, por exemplo, a ideia de que o relacionamento afetivo entre pessoas de mesmo sexo é objeto de discriminação e preconceito homofóbico. Desse modo, instituiu-se a denominada “mordaça gay”, em que, por meio do “patrulhamento ideológico”, cidadãos de bem convivem com o cerceamento de sua liberdade de expressão, nada podendo dizer em contrário à ideologia de gênero sob pena de ser considerado preconceituoso.

Marxismo e Feminismo como Fonte dessa Ideologia

O marxismo exerceu forte influência no feminismo, especialmente o livro A Origem da Família, a Propriedade Privada e o Estado (1884), em que a família patriarcal é tratada como sistema opressor do homem para com a mulher. Desse modo, a ideia central do conceito de gênero nasceu com a feminista e marxista Simone de Beauvoir, autora da obra “O Segundo Sexo” (1949), em que é afirmado que “não se nasce mulher, torna-se mulher”. Assim, do contexto social marxista que deu origem à “luta de classes” surgiu na pós-modernidade a ideologia culturalista como sendo “luta de gêneros”, ou seja, uma fantasiosa “luta de classes entre homens e mulheres”.

O conceito marxista de família O conceito marxista acerca da família patriarcal está desenvolvido no livro A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado (1884), elaborado pelo sociólogo alemão Karl Marx, porém organizado e assinado por Friedrich Engels, dado à morte de Marx antes da publicação da obra (ENGELS, 2014, p. 1-3). Nesse livro, ele pretende explicar a gênese da realidade familiar por meio de um viés de liberdade sexual desraigada e casamento dissolúvel.

Marx dividiu os tipos familiares de quatro maneiras, quais sejam: família consanguínea, família punaluana, família sindiásmica e família monogâmica. Sua veraz crítica e seu conceito de patriarcado é com a família monogâmica, pois em seu entendimento ela “baseia-se no triunfo do homem” e “os laços conjugais não podem ser rompidos por qualquer uma das partes” (ENGELS, 2014, p. 67). Na visão marxista, esse modelo de matrimônio escraviza o cônjuge a ter relações sexuais apenas com o seu cônjuge, e, na opinião do sociólogo, isso é uma discrepância, tendo em vista que a liberdade sexual é necessária para a sociedade (ENGELS, 2014, p. 70-72). Desse modo, a intenção de Marx é desconstruir o sistema patriarcal e promover a liberdade sexual. Por isso, afirma-se que a ideologia de gênero é desdobramento do marxismo que também pretende eliminar o modelo familiar monogâmico, patriarcal e heterossexual.

O conceito feminista de gênero

A francesa Simone de Beauvoir (1908-1986), considerada uma das mais importantes feministas da história, escreveu, como já afirmado, uma polêmica obra a respeito do feminismo, o livro O Segundo Sexo (1949). Filósofos afirmam que as mais de 800 páginas de seu livro podem ser sintetizadas pela frase já imortalizada pelos adeptos da ideologia de gênero: “Não se nasce mulher, torna-se mulher”. Beauvoir afirma em sua obra que “todo ser humano do sexo feminino não é, portanto, necessariamente mulher; cumpre-lhe participar dessa realidade misteriosa e ameaçada que é a feminilidade.” (BEAUVOIR, 2009, p. 13). Diante de tal construção teórica e filosófica, surgiu o conceito feminista de gênero, isto é, que a pessoa do sexo feminino não nasce mulher, sendo a construção social da sociedade machista que a transforma em mulher. A partir daí nasceu a expressão “empoderamento”, para sinalizar a luta pela igualdade de gêneros e a busca da libertação sexual, em que todos podem fazer opção de querer ser homem ou mulher.

Fonte:
BAPTISTA, Douglas. Valores Cristãos - Enfrentando as questões morais do nosso Tempo. Rio de Janeiro: CPAD, 2018.

Lições Bíblicas 2018 - 2º Trimestre. Valores cristãos — Enfrentando as questões morais de nosso tempo - Douglas Baptista 

PDF da Lição



sexta-feira, 5 de agosto de 2022

Convenção COMOESPO 2022 - Bauru.

COMUNICADO DA MESA DIRETORA DA COMOESPO

São Paulo, 05 de Julho de 2022.

A Mesa diretora da COMOESPO através do seu Presidente Pastor Alcides Fávaro, comunica aos Ministros filiados, que a próxima AGE (Assembleia Geral Extraordinária), será realizada no dia 10 de setembro de 2022, na Sede Setorial da Assembleia de Deus Ministério no Ipiranga na cidade de Bauru: Rua Felicíssimo Antônio Pereira, 1-29, Vila Independência CEP. 17054-000 – Bauru/SP.

Programação: Inicio 08h30min em primeira Convocação como quórum estatutário e as 09h00min em Segunda convocação comqualquer número, conforme o Edital de convocação.

Obs.: Haverá somente Reconhecimento de Ministros Oriundos de outros Ministérios e Desligamento e Ministros que não estão mais conosco:

Obs. As fichas dos ministros a serem reconhecidos nesta AGE deverão ser entregues na secretaria da COMOESPO até o dia 13/08/2022.
As fichas incompletas (com falta de documentos) serão devolvidas. 

Você que é ministro convencionado não pode deixar de participar da A.G.E. da COMOESPO. A ausência injustificada do ministro a três Assembleias da COMOESPO (seguidamente) implicará nas cominações, conforme o artigo 9º, inciso II do Estatuto Social da COMOESPO. (perderá o direito de ministro filiado na COMOESPO).

Maiores informações entre em contato com o Pr. Gilberto Felix, através dos telefones: (11) 2067-7650 - ramal 230, ou pelo WhatsApp (11) 99440-4762.

INSCRIÇÕES PARA A PRÓXIMA AGE EM BAURU ESTÃO ABERTAS:

Obs. As inscrições realizadas até o dia 13/08/2022: R$ 90,00.
Após o dia 13/08/2022, até o dia da convenção: R$ 120,00.

As Inscrições poderão ser feitas pelo Pix da COMOESPO: tesouraria@comoespo.com.br. E enviar o comprovando para o mesmo e-mail com o nome completo e CPF do Ministro.

Para maiores Informações sobre as inscrições favor entrar em contato com a tesouraria da COMOESPO pelo WhatsApp (11) 2391-3278.

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As inscrições realizadas até o dia 13/08/2022: R$ 90,00.
Após o dia 13/08/2022, até o dia da convenção: R$ 120,00