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sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Lição 1 – O Mundo do Apóstolo Paulo – 4 Trimestre de 2021.


(Texto Áureo) “Mas disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel” (At 9.15).

“Mas disse-lhe, porém, o Senhor: Vai...” Essas palavras foram proferidas em visão ao discípulo chamado Ananias de Damasco. A ordem foi: “Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando; (Atos 9:11) ” após ouvir o mandato de Deus, Ananias temeu muito, pois, bem conhecia quem era Saulo e sua autoridade: “Senhor, a muitos ouvi acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; E aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome (Atos 9:13,14) ”. Apesar de todos os medos e preocupações de Ananias o Senhor disse-lhe: “Vai”. Moises quando a frente do mar Vermelho clamou ao Senhor, como que dizendo “e agora? ”, a resposta de Deus foi: “Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que marchem” (Êxodo 14:15). Não podemos jamais esquecer que Deus é o nosso auxilio e socorro bem presente, quando Ele nos envia a locais que possuem perigos ele garante: “Quando passares pelas águas estarei contigo, e quando pelos rios, eles não te submergirão; quando passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti (Isaías 43:2). ”. Saulo, o homem que Ananias temia tinha sido cercado de um resplendor de luz do céu e ouvido a voz do Senhor que ele perseguia durante sua viagem: “E ele disse: Quem és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti recalcitrar contra os aguilhões (Atos 9:5). ”. Ananias não sabia disso, porém Saulo que estava cego por conta do resplendor que o confrontou já o esperava, pois, em Damasco na casa de Judas ele teve uma visão: “E numa visão ele viu que entrava um homem chamado Ananias, e punha sobre ele a mão, para que tornasse a ver. (Atos 9:12) ”. Ananias temeu encontrar com Saulo que perseguia os cristãos, porém esse Saulo não existia mais, portanto não havia mais necessidade de teme-lo.

“...porque este é para mim um vaso escolhido...” Ele era um vaso no qual o tesouro-evangelho deveria se instalar para servir de veículo para muitos. Era um vaso de barro (2 Corintios 4.7), mas um vaso escolhido. O vaso que Deus usa, Ele mesmo escolhe. E justo que Ele mesmo escolha os instrumentos que Ele usa: Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós (João 15.16). Ele é um vaso de honra, e não deve ser negligenciado em atual penúria, nem jogado fora como um vaso quebrado e imprestável ou um vaso no qual não há prazer

“...para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel. ” Os apóstolos que estiveram com Jesus demoraram a entender que a mensagem do evangelho não se restringia numa visão limitada inicialmente e apenas ao povo judeu (At 11.19). Naturalmente, não levou muito tempo para que aqueles discípulos que estiveram com Jesus entendessem que o evangelho deveria romper culturas e alcançar outros povos. Não foi por acaso, nem tampouco um erro de cálculo do Senhor quando convocou a Paulo e chamou-o porque ele tinha as caraterísticas de quem seria capaz de romper fronteiras sociais, culturais e geográficas para dimensionar o evangelho. A cultura romana e grega que Paulo havia adquirido davam-lhe condições de perpetrar o mundo gentílico. Ele formou comunidades cristãs na Galácia, Acaia e Ásia Menor. Ele não se importava com status social, porque tinha bagagem cultural para entrar nos palácios, nos sinédrios judeus, nas praças e até no famoso Areópago em Atenas. A cultura geral que Paulo havia adquirido ao logo da sua vida tornou-o capaz de enfrentar os oponentes do evangelho com ousadia e ciência. Diante de reis, governadores, tribunos e autoridades religiosas (Agripa, Felix, Festo, Nero, Sumo Sacerdote), Paulo era excelente orador e arguto no conhecimento de várias ciências. Paulo tinha uma personalidade forte e dinâmica, orientada por convicções fundamentais.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR

29/09/2021

Fontes:

CABRAL, Elienai. Apóstolo Paulo – Lições da vida e ministério do apóstolo dos gentios para a Igreja de Cristo. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Atos a Apocalipse. Rio de Janeiro: CPAD, 2008.


Lição 13 – O cativeiro de Israel: O reino de Judá – 3 Trimestre de 2021


(Texto Áureo) “Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve” (II Crônicas 36.16).

“Porém zombaram dos mensageiros de Deus, e desprezaram as suas palavras, e escarneceram dos seus profetas, ” Os profetas tinham um caráter de denúncia da injustiça, da opressão e do pecado e apelavam à consciência do povo, mas especialmente aos líderes, indicando que os fatos denunciados, bem como a idolatria, estavam chegando na medida de Deus enviar o seu juízo, o que, de fato, aconteceu com o cativeiro babilônico. Vários profetas haviam predito a ruína de Jerusalém, incitando o povo ao arrependimento para que a justiça divina não agisse contra o povo, a Cidade Santa e o Templo, mas todos os avisos foram em vão. Dentre os profetas pré-exílicos do Reino do Sul, podemos citar Miqueias, Sofonias, Naum e Habacuque. Joel e Obadias profetizaram bem antes do exílio. Isaías foi o maior profeta em período anterior ao exílico de Judá, e Jeremias anunciou, acompanhou e relatou todas as atrocidades dos cercos babilônicos e da sorte dos cativos. Ezequiel e Daniel atuaram no exílio. O ministério de Jeremias foi o mais importante desse período. Ele iniciou suas atividades proféticas no reinado de Josias e deu continuidade durante os quatro reinos seguintes (Jeremias 1.1-3). No tempo desse grande profeta, havia muita discórdia e confusão sobre o que era a verdadeira e a falsa palavra de Deus:  Assim diz o Senhor dos exércitos: “Não deis ouvidos às palavras dos profetas que entre vós profetizam; ensinam-vos vaidades e falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que me desprezam: O Senhor disse: Paz tereis; e a qualquer que anda segundo o propósito do seu coração, dizem: Não virá mal sobre vós”(Jeremias 23.16,17). Eles zombaram dos mensageiros de Deus (o que era uma grande afronta para Aquele que os enviou), desprezaram as suas palavras, e não só isso, mas escarneceram dos Seus profetas, tratando-os como seus inimigos. O mau tratamento que eles deram a Jeremias que viveu nesta época, sobre o qual lemos em detalhes no livro da sua profecia, é um exemplo disso. Esta foi uma evidência de uma inimizade implacável a Deus, e uma resolução invencível para continuarem nos pecados que praticavam. Isto trouxe sobre eles uma ira irremediável, pois pecavam contra aquilo que seria o seu remédio.

“...até que o furor do SENHOR subiu tanto, contra o seu povo, que mais nenhum remédio houve” O autor de Reis afirma: “O Senhor não o quis perdoar” (II Reis 24.4), porque já havia chegado a um tal nível de deterioração que seria impossível o povo voltar-se novamente para Deus, a não ser que fossem severamente castigados para refletirem sobre o mal cometido. Outra afirmação forte de Reis é que o Senhor rejeitou-os da sua presença (II Reis 24.20), o que também é corroborado pelo profeta Jeremias (6.20). Deus chegou a chamar Jerusalém de Gomorra (Jeremias 23.14; Isaías 1.9,10)! Se Ele chamou assim a sua cidade escolhida, então vale a pena atentarmos para nossa situação de enxertados na oliveira e vivermos uma vida digna da glória de Deus (Romanos 11.17,18,21). Havendo rejeitado a postura de filhos da aliança servos de Yahweh, a comunidade judaica espalhada pelo cativeiro agora cumpriria o papel de escravos em terra estranha. Somente quando se cumprisse o tempo da disciplina, o povo poderia sonhar com o retorno à sua terra. Então reassumiria a responsabilidade de ser verdadeiramente a nação santa e o povo de Deus.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
23/09/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Históricos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

Lição 12: O reinado de Josias - 3 Trimestre de 2021


 (Texto Áureo) “Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: Achei o livro da Lei na Casa do Senhor. E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. ” (II Reis 22.8).

“Então, disse o sumo sacerdote Hilquias ao escrivão Safã: ” Josias mandou que arrecadassem dinheiro do povo para a reparação do Templo, que, desde a época de Ezequias, não havia passado por reformas substanciais. Por isso o rei mandou ao escrivão Safã ao sacerdote Hilquias para que tomasse o dinheiro que se trouxe à casa do Senhor. Sobre Hilquias e Safã:
1. Hilquias significa “Javé é a minha porção”, refere-se ao sumo sacerdote em Jerusalém, filho de Salum e descendente de Zadoque que exerceu ministério nos dias do rei Josias. Foi também um ancestral de Esdras (I Crônicas 6.13; 9.11; Esdras 7.1). Foi em parte sob a sua liderança que o grande avivamento teve lugar durante o reinado de Josias.
2. Safã - filho de Azalias, filho de Mesulão. Era um oficial proeminente na corte do rei Josias, cujos filhos e netos também estavam envolvidos nos eventos dos últimos dias de Judá. Safã, o “escriba” de Josias, com toda probabilidade, desempenhou simultaneamente a função de secretário particular do rei, e secretário de estado, pois ele parece ter estado envolvido oficialmente em muitas destas atividades. Muitos descendentes de Safã são citados nas escrituras: Seu filho Aicâo, juntamente Safã e com outros, foram consultar a profetisa Hulda a respeito de seu procedimento. Este mesmo Aicão, protegeu o profeta Jeremias da morte: “Porém a mão de Aicão, filho de Safã, foi com Jeremias, para que o não entregassem na mão do povo, para ser morto.” (Jeremias 26.24). Foi nas câmaras de um outro filho de Safã, Gemarias, que Baruque leu o rolo de Jeremias ao povo e Miquéias, filho de Gemarias, relatou a profecia a seu pai (Jeremias 36.10-12). Pelas mãos de Elasa, filho de Safã, e de Gemarias filho do sumo sacerdote Hilquias, (Jeremias 29.3) Jeremias enviou sua carta aos cativos na Babilónia. A linhagem desta família ilustre termina com Gedalias, filho de Aicão e neto de Safã, que foi indicado para governador de Judá depois da queda de Jerusalém, e a quem foi confiado o cuidado para com o profeta Jeremias (2 Reis 25,22; 41.2)

“Achei o livro da Lei na Casa do Senhor. ” Durante a reparação do Templo, Hilquias descobriu "o livro da Lei na casa do Senhor". Alguns pensam que esse livro fosse o autógrafo, ou o manuscrito original, dos cinco livros de Moisés, escritos por sua própria mão. Outros pensam que fosse uma cópia antiga e autêntica. É mais provável que fosse aquele que, por ordem de Moisés, foi colocado no Santo dos Santos (Deuteronômio 31.24ss.): 1. Parece que esse livro da Lei estava perdido. Talvez ele tivesse se perdido por descuido e negligência, jogado em um canto (como alguns jogam suas Bíblias) por aqueles que não conheciam o seu valor, e esquecido ali. Ou ele foi maliciosamente escondido por algum dos reis idólatras, ou seus agentes, os quais foram impedidos pela providência de Deus ou por suas próprias consciências, de queimá-lo e destruí-lo, mas o encobriram, na esperança de que nunca visse novamente a luz. Ou, como pensam alguns, foi cuidadosamente guardado por alguns de seus amigos, para que não caísse nas mãos dos seus inimigos. Quem quer que fosse o instrumento da sua preservação, nós devemos reconhecer que a mão de Deus estava com ele. Se essa era a única cópia autêntica do Pentateuco que então existia, que (como eu posso dizer) escapou por pouco de perecer, eu admiro os corações de todas as boas pessoas que não tremeram por aquele tesouro sagrado como o tremor de Eli pela arca, e tenho certeza de que agora temos razão para agradecer a Deus, de joelhos, por aquela feliz providência pela qual Hilquias encontrou esse livro nesse tempo, encontrou-o quando não o buscava (Is 65.1). Se as Sagradas Escrituras não fossem de Deus, elas não existiriam hoje. O cuidado que Deus tem pela Bíblia é uma clara indicação de seu interesse nela.

 “...E Hilquias deu o livro a Safã, e ele o leu. ” Quando o escrivão Safã recebeu o livro das mãos de Hilquias, ele imediatamente tomou um tempo para lê-lo. Depois de tomar conhecimento do seu conteúdo, Safã levou o livro ao rei, que o leu tão avidamente e causou-lhe tanto impacto que, diante da percepção concreta de que haviam falhado grandemente em cumprir o seu conteúdo, ele rasgou as vestes, o que, na antiguidade, era um sinal de profunda consternação e tristeza (2 Reis 22.3-13; II Crônicas 34.8-21. Isso mostra um profundo arrependimento e contrição por parte desse rei piedoso, mas também coragem de lutar contra aquilo que o seu pai e, principalmente, o avô haviam instituído. O rei sabia que não seria um trabalho fácil, pois toda a sociedade e todas as camadas dela estavam tomadas pela idolatria e, além disso, não estavam há tempos fazendo o culto a Deus corretamente. Ele pediu a Hilquias e a outros: “Consultai ao Senhor por mim”. Hilquias dirigiu-se a Hulda, a profetisa, e por meio dela recebeu do Senhor o pronunciamento do julgamento sobre Judá, mas conforto e bênçãos pessoais a Josias. Hilquias desempenhou um papel de liderança na reforma que se seguiu, marcada por uma momentânea observação da Páscoa (II Reis 22-23; II Crônicas 34-35).

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/10/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Históricos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.

WISEMAN, Donald J. I e II Reis Introdução e Comentário- Serie Cultura Biblica. Vida Nova, 2006.

PFEIFFER, Charles F.; REA, VOS, Howard F.; REA, John. Dicionário Bíblico Wycliffe. 1. ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006.

Lição 11: O reinado de Ezequias - 3 Trimestre de 2021


 “No SENHOR, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” (2Rs 18.5).

Todos os reis do Norte (Israel), são acusados negativamente. Já no Reino do Sul (Judá), dois são elogiados sem restrições, Ezequias e Josias. Asa, Josafá, Joás, Amazias, Azarias e Jotão foram parcialmente aprovados, com reservas. Os demais receberam a acusação de terem “praticado o mal aos olhos do Senhor” ou de terem “[andado] no caminho de Jeroboão”. O contraponto comparativo é o rei Davi, de quem o autor refere-se como: “andou contigo em verdade, e em justiça, e em retidão de coração, perante a tua face” (1 Rs 3.6); caminhou “com inteireza de coração e com sinceridade” (1 Rs 9.4); o seu coração “[...] era perfeito para com o Senhor, seu Deus” (1 Rs 11.4); “reto ao meus olhos, guardando os meus estatutos e os meus mandamentos” (1 Rs 11.38); “[...] guardou os meus mandamentos e [...] andou após mim com todo o seu coração para fazer somente o que era reto aos meus olhos” (1 Rs 14.8). Portanto, toda a monarquia israelita e judaica foi julgada conforme o modelo de Davi, cujo prumo estava sempre diante dos olhos do autor de Reis. No caso especifico de Ezequias o escritor do livro de Reis diz: No SENHOR, Deus de Israel, confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” (2Rs 18.5).

“No SENHOR, Deus de Israel, confiou” Ezequias foi temente a Deus, confiou nEle nos momentos de crise e deixou uma grande lição espiritual para todo crente: o Senhor sempre ouve um coração sincero que confia nEle mesmo nos momentos de medo e insegurança. Uma firme confiança na plena suficiência de Deus para nos proteger e recompensar muito contribuirá para nos fazer sinceros, corajosos e vigorosos no caminho de nosso dever, como Ezequias. Quando ele assumiu a coroa, encontrou o seu reino rodeado de inimigos, mas ele não buscou o auxílio de estrangeiros por socorro, como seu pai fez, mas confiou no Deus de Israel para ser o guarda de Israel. O Império Assírio estava crescendo e invadindo vários países do Oriente Médio. Invadiu Israel e levaram-no cativo (2 Rs 18.11,12). Agora, Senaqueribe, rei da Assíria, achava que poderia fazer o mesmo com Judá. Assim, ele enviou um poderoso exército para cercar Jerusalém e mensageiros para assustar o rei Ezequias e o povo, pois este se rebelara contra a Assíria, que tornara Judá um reino vassalo. A reação de Ezequias às ameaças do grande exército assírio é um modelo para todo crente que sabe que o socorro só pode vir do Senhor, não adiantando confiar em apoios humanos no caso de Ezequias, a referência é do rei do Egito. Para intensificar as ameaças, o rei assírio enviou uma carta a Ezequias, que a tomou nas mãos e literalmente a apresentou na Casa do Senhor num gesto de fé simples, porém cheio de sinceridade, fazendo, assim, uma oração de quem confia em Deus mesmo em meio a maior angústia. Ezequias engrandeceu ao Senhor Deus, declarou o seu domínio e soberania sobre tudo e todos, apresentou as palavras de Senaqueribe e a afronta diante do Senhor e pediu a ajuda e livramento dEle. Entretanto, o mais importante é que Ezequias expressou a sua alma diante de Deus no singelo gesto de colocar as cartas na presença dEle.

“...de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os reis de Judá, nem entre os que foram antes dele” Ele era um genuíno filho de Davi, que teve uns muito degenerados (v. 3): Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor.; conforme tudo o que fizera Davi, seu pai, com quem foi feita a aliança, e por essa razão ele deveria ter o benefício dela. Nós temos lido de alguns deles que fizeram o que era reto, ainda que não como Davi (14.3). Eles não amaram as ordenanças de Deus, nem se apegaram a elas como ele fez. Mas Ezequias foi um segundo Davi, teve tal amor pela palavra de Deus, e pela casa de Deus, como Davi teve. Que nós não nos amedrontemos com um receio da contínua decadência da virtude, como se, quando os tempos e os homens forem maus, devem, necessariamente, ir de mal a pior. Isso não procede, pois, depois de muitos reis maus, Deus levantou um que era como o próprio Davi. Por isso não houve ninguém como ele, porque ele apegou-se ao Senhor com uma fixa resolução e nunca se apartou de após Ele (v. 6). Alguns de seus predecessores que começaram bem caíram: mas ele, como Calebe, perseverou em seguir o Senhor. Ele não apenas aboliu todos os costumes idólatras, mas guardou os mandamentos de Deus e em tudo teve consciência de seu dever.

DEIVY FERREIRA PANIAGO JUNIOR
01/10/2021

Fontes:

POMMERENING, Claiton, Ivan. O Plano de Deus para Israel em meio a infidelidade da nação – As correções e os ensinamentos divinos no período dos reis de Israel. Rio de Janeiro: CPAD, 2021.

HENRY, Matthew. Comentário Bíblico – Livros Históricos. Rio de Janeiro: CPAD, 2010.